sábado, 28 de junho de 2008

Teatro Nacional de D.Maria II estreia peça de Heiner Muller


TRÍPTICO + 1
ESTREIA 3ª-FEIRA, DIA 1 DE ABRIL ÀS 21H45

NA SALA ESTÚDIO DO TEATRO NACIONAL D MARIA II



O Teatro Nacional, em colaboração com o Departamento de Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), estreia a 1 de Julho "Tríptico + 1", o exercício-espectáculo dos alunos finalistas da licenciatura em Teatro da ESTC., às 21h45, na Sala Estúdio.

A partir de textos emblemáticos da dramaturgia de Heiner Müller – "Margem Decrépita", "Material de Medeia", e "Paisagem com Argonautas", com tradução de Anabela Mendes e ainda o fragmento "Descrição de um Quadro", na tradução de João Barrento – este trabalho pretende convocar um conjunto de imagens e reflexões cénicas sobre a ruína e a barbárie, no indivíduo e na História.

Sinopse

"Tríptico + 1 é uma sequência de quadros cénicos que apresentam as catástrofes com as quais a Humanidade se ocupa, descrevendo uma paisagem violenta, cruel, apaixonada e até hilariante na sua prostração.
Um quadro onde o presente político e social de Heiner Müller se miscigena com o nosso, sob a ameaça da auto-destruição, e em permanente confronto com o íntimo desejo revolucionário de um outro mundo.

O espaço é o lugar comum, do eu colectivo, da memória e da imaginação, onde não há passado, presente ou futuro, apenas a vida condensada na raia do aniquilamento, onde emergem problemas e conflitos insolúveis.

Neste espaço autónomo, com regras próprias onde as coisas acontecem per si, libertas da causalidade aristotélica, rompe um teatro de manifestações contidas, angustiante e frenético, insólito e inoportuno, repugnante e sensível.

Heiner Müller
Heiner Muller (1929-1995) é considerado um dos maiores dramaturgos da segunda metade do século.

Comunista alemão radicado desde sempre em Berlim Leste, com 19 anos participa num concurso de peças radiofónicas.

Em 1951, ao contrário da família, fica na RDA, onde conhece Brecht, de quem herda várias teorias.

Homem profundamente ligado à prática teatral como dramaturgista e encenador, escreve, com Inge Müller, O Fura-Tabelas e A Correcção.

Em 1959, é dramaturgo no Teatro Máximo Gorki.

Em 1961, depois de proibida a encenação de A Emigrante ou A Vida No Campo em Berlim-Leste, Heiner Müller é expulso da Associação dos Escritores.

Em 1965, A Construção recebe duras críticas e é abandonado o projecto de encenação.
É por esta altura que trabalha sobre temas da Antiguidade Grega (Homero, Ésquilo e Sófocles), que traduz Shakespeare, Molière, Tchekov, Pogodin e Césaire e que escreve libretos para Paul Dessau.

Desta fase são Filoctetes (1958/64), Hércules (1964), Édipo Tirano (1966) e Os Horácios (1968). Nos seus últimos anos de vida, depois da reunificação da Alemanha, foi director do Berliner Ensemble.

Heiner Müller reclama um novo teatro didáctico, violento, que se insurja contra o esvaziamento do sentido da cultura e da vida social.

design de cena e produção JOSÉ ESPADA
dramaturgia ARMANDO NASCIMENTO ROSA

com FRAN GUINOT JOÃO ABEL MANUEL HENRIQUESRITA PIMENTEL RUBEN SANTOS SOFIA DINGERSOFIA GALLIS TIAGO VIEIRA

design de cena ANNA KUCEROVÁ CHRISTINA ROMIRER LENA GÄTJENS TOMÁS SCHIAPPA

dramaturgia ISABEL BARROS SÍLVIA ALBERTO VERÓNIKA DIANISKOVA

corpo e movimento LUCA APREA

voz MARIA JOÃO SERRÃO

guarda-roupa MESTRA OLGA AMORIM

produção CATARINA FERREIRA

gabinete de produção ESTC PEDRO AZEVEDO CONCEIÇÃO ALVES COSTA RUTE REIS


(créditos Pedro Azevedo )

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