segunda-feira, 7 de abril de 2008

Primeiro fim-de-semana do INJAZZ em Montemor-o-Velho

Maria João (en)cantou no Teatro Esther de Carvalho



A primeira incursão do Festival INJAZZ 2008, em Montemor-o-Velho, arrancou na sexta-feira com Maria João e o seu quarteto no Teatro Esther de Carvalho.
Este Teatro, do final do século XIX, foi recuperado e reaberto ao público em 2003 e desde então para cá tem mantido uma programação regular. Com inspiração neoclássica, deve grande parte da sua riqueza arquitectónica interior à decoração totalmente em madeira pintada em que predominam os tons de azul, pastel e dourado.

A cantora que ainda hoje não sabe se entrou na Escola de Jazz do Hot Club, em 1982, pela espectacularidade do seu improviso ou porque havia falta de cantores na escola, foi recebida por um público caloroso que esgotou a sala.
Esta actuação, de quase duas horas, foi essencialmente uma viagem ao cancioneiro brasileiro do seu último álbum “João”, lançado em 2007, mas também a temas mais antigos com arranjos musicais de Mário Laginha.
Na memória de quem teve o privilégio de assistir a este concerto, tal como a HARDMUSICA.COM, ficarão os solos e improvisos inenarráveis e irrepetíveis, que só o virtuosismo de uma voz impar e poderosa, como a da Maria João, se permite aventurar pelos caminhos mais sinuosos. O resultado só podia ser um. Um grande concerto que também muito deve ao suporte musical propiciado pela guitarra, contabaixo e bateria do seu quarteto.


O músico e professor Zé Eduardo, que foi fundador e director do Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e da Orquestra de Jazz do Hot Club Unit, foi o senhor que se seguiu. Subiu ao palco no sábado à noite com o trio Zé Eduardo Unit.
Em Dezembro de 2007, como a HARDMUSICA.COM já aqui teve oportunidade de publicar, Zé Eduardo dirigiu a European Movement Jazz Orchestra (EMJO), em Coimbra.


http://hardmusicapontocom.blogspot.com/2007/12/european-movement-jazz-orchestra-actuou.html
Para a próxima sexta-feira a organização convidou a LUME Big Band, que actuará no auditório da Filarmónica de Verride e no sábado Bernardo Sassetti tem o Teatro Esther de Carvalho reservado para o seu piano. Assim encerra esta viagem do INJAZZ a Montemor-o-Velho.
Teresa Arsénio e Pedro Vila Nova
Fotografias de Maria João 4teto – Teresa Arsénio

Musicalidades nos jardins da AAC

Queima das Fitas de Coimbra
Musicalidades em Abril
7,14,21 e 28 às 22:00
Jardins da Associação Académica

Informações: www.queimadasfitas.org

PLUMA ao vivo na FNAC Forum Coimbra

Pluma
Simplicidade
10 de Abril às 22:00
FNAC Forum Coimbra

Fotografia: Teresa Arsénio (Coimbra;19 de Dezembro de 2007)

O projecto Pluma nasceu de uma troca de ideias, letras e acordes que juntou Miro Vaz (ex-guitarrista de Squeeze.Theeze.Pleeze) e Sílvia de Sousa (ex-vocalista de Bluecherry). Para além desta, existem outras vozes convidadas como Joana França, Bianca Jhordão, Tico Santa Cruz e DJ Cleston. E Grito... é o primeiro avanço de Simplicidade, um trabalho pautado pela pop com melodias cheias de guitarras rock.
Informações
Departamento de comunicação
Fnac Forum Coimbra
Loja 1.03
Horário da Loja: 10h-24h

Sond`Ar-te Electric Ensemble dia 10 no TAGV

A cor do som
Recitais e concertos TAGV
Sond`Ar-te Electric Ensemble
10 de Abril às 21:30
Teatro Académico de Gil Vicente
Coimbra


Maestro titular Pedro Amaral
Director artístico Miguel Azguime
Monika Duarte Streitová flauta
Nuno Pinto clarinete
Suzanna Lidegran violino
Marco Pereira violoncelo
Ana Telles piano
Músicos convidados Jorge Alves viola Laurent Rossi trompa
Miso Studio (Paula Azguime e Miguel Azguime) assistência informático-musical
Novo ensemble fundado pela Miso Music Portugal com direcção artística de Miguel Azguime e maestro titular Pedro Amaral, que se dedica especificamente a um repertório onde se conjugam instrumentos acústicos com as mais recentes tecnologias electrónicas.
É característica original do Sond’Ar-te Electric Ensemble a primazia na interpretação de repertório instrumental com integração de meios electrónicos, sendo por isso um projecto inovador, tanto a nível nacional como internacional.
As razões e a necessidade desta singularidade justificam-se pelas recentes tendências da história musical contemporânea. Do mesmo modo que o desenvolvimento da grande orquestra sinfónica, como paradigma, esteve intimamente ligado ao repertório europeu do século XIX, o repertório da segunda metade do século XX suscitou o aparecimento de um paradigma contemporâneo mais restrito e não menos caracterizante: o ensemble. Assim, as décadas de oitenta e noventa, que assistiram à generalização da informática musical com a consequente democratização dos meios electroacústicos, alargaram de modo decisivo as noções de escrita musical, suscitando uma quantidade crescente de repertório misto que por sua vez impõe uma modificação sensível no paradigma instrumental e organizacional. Em termos internacionais os ensembles têm procurado adaptar-se a este novo contexto decorrente da mais recente evolução histórica, estabelecendo parcerias para cada projecto com estúdios, laboratórios musicais ou centros tecnológicos. O ensemble como instituição, torna-se polivalente, tentando abranger os repertórios instrumentais que estiveram na sua origem e os repertórios mistos que entretanto ocupam um lugar fundamental e cada vez mais determinante na criação musical contemporânea.
É neste contexto que surge o Sond’Ar-te Electric Ensemble, que se constitui assim desde a sua origem especificamente vocacionado para a interpretação deste novo repertório.
Este ensemble tem uma constituição permanente de sete intérpretes mais maestro – flauta, clarinete, piano, violino, violoncelo e electrónica – aos quais serão acrescentados reforços esporádicos em função dos programas.
Programa
I Parte
Pedro M. Rocha
To a world free from beliefs
Enrique X. Macias
Itinerário de Luz
II Parte
João Pedro Oliveira
Timshel
Miguel Azguime
Derrière Son Double
Organização TAGV, no âmbito da programação «TAGV Digital»
Apoio Reitoria da UC
Preçário
Preço normal 10,00€
Preço estudante e sénior 8,00€
Preço escolas 3,00€
Preço família 15,00€
Preço amigo/a TAGV e estudantes dos Conservatórios 5,00€
Informações e reservas
Teatro Académico de Gil Vicente

Praça da República, Coimbra
http://www.uc.pt/tagv
http://blogtagv.blogspot.com/
Bilheteira
Horário 17h00-22h00
Telefone 239 855 636
E-mail
teatro@tagv.uc.pt

Conversas ao fim da tarde com José M. Pureza

Conversas ao fim da tarde
José Manuel Pureza
9 de Abril às 18:00
Biblioteca Municipal de Coimbra




Informações: Casa Municipal da Cultura-Telefone nº239 702 630

CAMANÉ no Coliseu

CAMANÉ
Coliseu de Lisboa

16 de Maio



Camané anuncia apresentação ao vivo no Coliseu de Lisboa no próximo dia 16 de Maio.


Esta será a primeira vez que Camané actua no Coliseu de Lisboa e promete ser, para já, a grande apresentação ao vivo do tão aguardado novo disco – “Sempre de Mim” – cuja edição está marcada para o próximo dia 21 de Abril.

O quinto álbum de estúdio – o primeiro desde 2001 – é composto por 16 temas; dez são fados tradicionais com letras, propositadamente escolhidas para estas gravações, de grandes poetas ligados ao Fado e de cúmplices velhos e novos de Camané: Pedro Homem de Mello, Luís de Macedo e David Mourão-Ferreira; Fernando Pessoa, Manuela de Freitas e Jacinto Lucas Pires.

Dois outros temas são inéditos absolutos, nunca antes gravados, do lendário compositor de Amália, Alain Oulman, com letras de Pedro Homem de Mello.

Três são melodias originais de José Mário Branco (também responsável pela produção) para letras de David Mourão-Ferreira e Manuela de Freitas. A 16ª é um inédito que Sérgio Godinho ofereceu a Camané.

Relembre-se que “Sempre de mim”, editado a 21 de Abril, terá uma edição especial acompanhada por um DVD com um documentário de 30 minutos registado durante as gravações pelo realizador Bruno de Almeida.


Os bilhetes para o Coliseu de Lisboa estarão à venda a partir de hoje (07 de Abril) nos locais habituais.

Primavera celebrada na Madeira




“As Danças das Flores”
Madeira celebra Primavera

A edição de 2008 da Festa da Flor da Madeira teve lugar nos dias 5 e 6 de Abril. O cartaz deste ano foi dedicado ao tema “As Danças das Flores” e levou à baixa citadina funchalense a homenagem às flores madeirenses.

O programa arrancou no dia 26 de Março com várias iniciativas, desde a construção de tapetes florais, à Exposição da Flor no Largo da Restauração, a actuações de grupos folclóricos, concertos de música clássica e diversos espectáculos de variedades.

No dia 5 de Abril, milhares de crianças desfilaram até à Praça do Municipio onde depositaram uma flor e construiram, simbolicamente, “O Muro da Esperança”.

O “Grande Cortejo Alegórico da Flor” realizou-se no dia 6 de Abril e contou com a participação de vários grupos, cerca de 1.200 figurantes uma dezena de carros alegóricos enfeitados com uma multiplicidade de flores típicas da Ilha.

Esta celebração anual da Primavera junta nas ruas da capital madeirense milhares de residentes e visitantes e oferece um dos cartazes turísticos mais atractivos da Ilha da Madeira.

7 a 13 de Abril jazz no Casino Lisboa



Casino Lisboa recebe
festival de Jazz, World Music e Blues



Com um elenco de notáveis músicos, o Casino Lisboa acolhe o Sky Fest, de 7 a 13 de Abril. Trata-se de um festival multicultural que se distingue por um diversificado programa de Jazz, World Music e Blues.
Em espaços bem distintos, o Auditório dos Oceanos, Palco Arena, e Multiusos recebem um conjunto de concertos destes três universos musicais.



Ao longo de uma semana, o Sky Fest concilia intérpretes consagrados com outros novos talentos que prometem ocupar um lugar de relevo no meio artístico.
Os visitantes do Casino Lisboa podem assistir no Auditório dos Oceanos às actuações das principais figuras de cartaz deste original ciclo. São três noites de música que privilegiam os melhores repertórios de James Cotton (blues), Gonzalo Rubalcaba e Jacinta (jazz) e Estrella Morente (world music).


No palco Multiusos são aguardados Olissipo Electrico (jazz fusão), Jazz Me Brown (jazz), Dâna (world music), Madame Godard (jazz fusão), Lady G Brown & Dr. Bastard (electro world music), Sara Valente (jazz) e Canto da Terra (world music).

Por sua vez, no Palco Arena, actuam Rosa Negra (world music), O'Questrada (fado ska), The Soaked Lamb (blues), Nancy Vieira (world music), Sweet Vandals (jazz fusão), Deolinda (world music) e Tango Crash (electro world music).

Num ambiente vanguardista, o Sky Fest integra uma série de concertos de entrada livre, assim como a oportunidade de um encontro informal entre os artistas e os admiradores do mais genuíno Jazz, World Music e Blues.
Paralelamente às actuações dos artistas, realizar-se-ão workshops de instrumentos musicais etnográficos, bem como conferências direccionadas para o futuro da indústria musical, lideradas por conceituados oradores.

Programa do Sky Fest:

7 Abril
Olissipo Electrico (jazz fusão) Multiusos 22h30
Rosa Negra (world music) Palco Arena 23h30


8 Abril
Jazz Me Brown (jazz) Multiusos 22h30
O'Questrada (fado ska) Palco Arena 23h30

9 Abril
Dâna (world music) Multiusos 22h30
The Soaked Lamb (blues) Palco Arena 23h30

10 Abril
James Cotton (blues) Auditório dos Oceanos 22h
Madame Godard (jazz fusão) Multiusos 23h30
Nancy Vieira (world music) Palco Arena 00h30

11 Abril
Gonzalo Rubalcaba e Jacinta (jazz) Auditório dos Oceanos 22h
Sweet Vandals (jazz fusão) Palco Arena 23h30
Lady G Brown & Dr. Bastard (electro world music) Multiusos 00h30

12 Abril
Estrella Morente (world music) Auditório dos Oceanos 22h
Sara Valente (jazz) Multiusos 23h30
Deolinda (world music) Palco Arena 00h30


13 Abril
Canto da Terra (world music) Multiusos 22h30
Tango Crash (electro world music) Palco Arena 23h30

Jazz e Blues no Casino Lisboa

SKY FEST
World Music Jazz & Blues Festival
Casino Lisboa



James Cotton


Apesar de um problema de garganta que lhe torna voz rouca, James Cotton mantém a sua carreira e as digressões mundiais.
Conhecido pela sua harmónica, James Cotton canta e escreve temas memoráveis preferindo os blues em todos os seus sub-géneros. Começou em 1955 na Muddy Waters Band mas depressa formou a James Cotton Blues Band com a qual já ganhou várias nomeações para os Pémios Grammy.
Integrado no programa do 1º Sky Fest, James Cotton subirá ao palco do Auditório dos Oceanos, dia 10 de Abril para relembrar temas como Cotton Crop Blues, Rocket 88 ou Baby Don't You Take My Clothes.


Gonzalo Rubalcaba e Jacinta


Gonzalo e Jacinta unem-se para um espectáculo único, de grande cumplicidade, dia 11 de Abril às 22h no Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa, prometendo momentos de grande intensidade num ambiente bastante intimista.
"Um dos maiores virtuosos do piano jazz" (The New York Times), junta-se àquela que foi considerada a melhor jovem artista de jazz do continente europeu em 2007, com o intuito de criar, recriar e suscitar o gosto pelo jazz.
Com uma abordagem francamente contemporânea, Gonzalo e Jacinta trazem-nos um repertório baseado em standards de jazz, procurando ainda aliar harmonias e ritmos da América Latina.


Estrella Morente


Depois de em Junho passado ter surpreendido com um memorável e esgotado concerto no CCB, a nova diva do flamenco e intérprete de "Volver", está de regresso a Lisboa para participar no 1º Sky Fest.
«O concerto tem início com 5 músicos sentados, Guitarra, Percussão e 3 "Palmas" em acção! Estrella aparece de mantilha de renda a abanar um grande leque. Após esta entrada dramática canta algumas músicas acompanhada apenas pela guitarra. É inebriante e também desconcertante escutar uma voz tão autoritária e antiga vinda de uma mulher tão jovem! O diálogo com o público é constante.», inThe Guardian UK.
Para vêr no Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa, dia 12 de Abril, às 22h.





Livro sobre a Primeira Grande Guerra apresentado amanhã


DAS TRINCHEIRAS COM SAUDADE
A vida quotidiana dos militares portugueses

na Primeira Guerra

Mundial
de ISABEL PESTANA MARQUES


SINOPSE


«De noite é que é o inferno. […] os telefones retinem, os estafetas põem-se a andar e o S.O.S. sobe ao céu, no vinco luminoso dos very-lights […] até que se apagam e o mundo é apenas escuridão. […] Ouve-se o crac-crac das metralhadoras que o boche despeja e que nós despejamos. E transida, bafejando as mãos, sem sono, a gente escuta o ecos e o nosso coração doente como um velho relógio tonto oscilando entre a saudade dos que estão longe e a ideia de morrer ali, armado e equipado, sonolento e triste, com um cão sem forças.»
(Albino Forjaz Sampaio, oficial português na Flandres).

A partir de Janeiro de 1917, o cais de Alcântara assiste aos sucessivos embarques de tropas portuguesas rumo à Flandres.

Em França reúnem -se aos aliados ingleses para combaterem, na I Guerra Mundial, contra o inimigo comum: a Alemanha.

A 2 de Abril de 1917, a coberto da bruma da madrugada, entraram nas trincheiras os primeiros soldados portugueses que iriam participar na campanha da I Guerra Mundial, num total de 55 mil expedicionários.

Na Flandres, em França, encontraram um novo tipo de guerra. Enfrentaram o frio, a lama pegajosa, o barulho ensurdecedor dos bombardeamentos, habituaram-se ao «corned beef» que os fazia suspirar pelo bacalhau e o pão escuro nacional, adoeceram, sentiram medo, desolação e cansaço.

Na frente de batalha, combateram ao lado dos ingleses, com coragem e heroísmo, outros desertaram ou foram aprisionados pelos alemães, e nos momentos de descanso aproveitavam para fugir ao terror dos ataques, jogando às damas, cantando, escrevendo cartas aos familiares ou namorando com francesas, belgas e inglesas, mesmo sem saber uma palavra do seu idioma.


BIOGRAFIA


Isabel Pestana Marques é Mestre em História Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Investigadora de História Contemporânea, colabora no Instituto de História Contemporânea e da Comissão Portuguesa de História Militar. Publica artigos em revistas especializadas e participa em colóquios e congressos nacionais e internacionais.


Baseado em testemunhos diários deixados por militares e com material fotográfico inédito, a autora apresenta-nos o rosto humano de uma guerra devastadora e uma perspectiva diferente sobre a campanha portuguesa da Flandres, entre 1917 e 1919.


Noventa anos após a Batalha de La Lys, a 9 de Abril de 1918, a historiadora explica-nos como o recuo estratégico dos soldados portugueses foi fundamental para travar o avanço dos alemães no terreno.
Foi galardoada com o prémio Defesa Nacional, em 1996, com a tese de mestrado Os Portugueses nas Trincheiras – Um quotidiano de Guerra.