segunda-feira, 30 de abril de 2007

Exposiçao em V.N.de Famalicao




Revolta Académica de 1907 em exposição no Museu Bernardino Machado

No dia 25 de Abril, em que se celebra o 33.º aniversário da Revolução dos Cravos, que trouxe a liberdade, a democracia e o pluralismo de ideias ao povo português, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão através do Museu Bernardino Machado, inaugura, pelas 18h00, a exposição nacional dedicada ao “Centenário da Revolta Académica de 1907”.


A mostra, que estará patente até dia 2 de Setembro, é constituída por documentos do fundo particular de Bernardino Machado e do Arquivo da Universidade de Coimbra, e ainda um conjunto interessante de fotografias, caricaturas e recortes de imprensa, seleccionados em periódicos da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, de Vila Nova de Famalicão, da Biblioteca Pública Municipal do Porto e da Biblioteca Pública de Braga.


A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira das 10h00 às 17h30 e aos fins-de-semana das 14h30 às 17h30.
A reprovação de José Eugénio Ferreira, licenciado em Direito, nas provas de doutoramento, em Fevereiro de 1907, esteve na origem do protesto da Academia de Coimbra que, rapidamente, evoluiu para um movimento estudantil de dimensão nacional.


A greve nos estabelecimentos de ensino superior e liceus de norte a sul do país, a seguir à condenação pelo Conselho dos Decanos de um grupo de estudantes, considerados os mentores e instigadores da revolta académica, conduziu à intervenção de destacadas personalidades políticas e a uma forte contestação ao governo de João Franco.
Bernardino Machado, na época professor catedrático da Universidade de Coimbra, solidarizou-se com os estudantes, apoiando as reivindicações de reforma do ensino e abolição do foro académico.


A exoneração do cargo, a seu pedido, era inevitável.
Para o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, Famalicão tem “todas as razões para se associar a este acontecimento nacional”. Desde logo, “porque estamos perante a maior revolta académica do país, que levou ao encerramento da Universidade de Coimbra, à expulsão de estudantes da academia e ao fecho das Cortes”, mas também porque “naquela época, o famalicense Bernardino Machado era professor catedrático em Coimbra, e não hesitou em colocar-se ao lado dos estudantes, demitindo-se da cátedra”.
Por sua vez, o coordenador científico do Museu Bernardino Machado, Norberto Cunha, salienta que a “revolta estudantil de 1907 foi um dos acontecimentos sociais e políticos mais relevantes, ocorridos no ocaso da Monarquia”.


Referindo-se à participação de Bernardino Machado nesta revolta académica, Norberto Cunha salienta que “embora repudiando o alegado envolvimento do Partido Republicano na greve”, o antigo presidente da República “apoiava as suas reivindicações, porque as justificava a liberdade de pensamento, a moral e a renovação do ensino”.
Neste sentido, o responsável explica ainda que “na greve ficaram frente a frente e num painel que se alastrou a nível nacional, a propósito de um mero acto académico, o principio da autoridade (Monarquia) e o principio da liberdade (República)”.

FICHA TÉCNICA



Exposição documental
Título: “Centenário da Revolta Académica de 1907”



Local: Museu Bernardino Machado
Data: de 25 de Abril a 2 de Setembro de 2007
Horário: De terça a sexta-feira das 10h00 às 17h30 e aos fins-de-semana das 14h30 às 17h30
Entrada Livre

3-5 de Maio em Coimbra


SEGUNDO CONGRESSO INTERNACIONAL MIGUEL TORGA

Ópera em S.Carlos


Teatro Nacional de São Carlos


2. 3. 4. 5. 8. 9. 10. Maio _ 20:00h

6. Maio 2007 _ 16:00h

L’italiana in Algeri, ópera de enorme êxito de Gioachino Rossini, regressa
ao palco do São Carlos numa produção do Festival International d’Art Lyrique
d’Aix-en-Provence em co-produção com o Grand Théâtre do Luxemburgo e
o Teatro Nacional de São Carlos.

Com direcção musical de Donato Renzetti e encenação de Toni Servillo.

Companhia Bill T.Jones em Serralves



“BLAUVELT MOUNTAIN" COMPANHIA BILL T. JONES/ARNIE ZANE



2 MAI, 22H, Auditório de Serralves



“Blauvelt Mountain (A Fiction)” (1980) foi um dos trabalhos realizados por Bill T. Jones e Arnie Zane que primeiramente assinalou a chegada do duo ao mundo da dança.


Esta peça apresenta-nos diversas verdades coexistentes e presentes na forma como Catherine Cabeen e Leah Cox dançam.


Aliás, a repetição está largamente patente no trabalho.


Um conjunto de material transporta o público e os intérpretes para inúmeras situações e emoções que se vão multiplicando.


Ao ver a mesma proposta repetidamente, os olhos prendem-se a determinados acontecimentos, podendo o público observar como essas cenas mudaram com o passar do tempo, tornando-se mais confortáveis e empolgantes.


Sussurrar implica a passagem de uma situação tensa entre o público e os performers para um caso mais informal e compreensivo.


Uma vez que nos sentimos mais familiarizados com a rotina e percebemos o que os bailarinos desejam, o segredo já não é tão confidencial.



Bill T. Jones e Arnie Zane



Bill T. Jones e Arnie Zane conheceram-se em 1971, quando frequentavam a Universidade de Nova Iorque, em Binghamton, realizando desde logo o seu primeiro dueto Begin the Beguine.


Em 1973, co-fundaram, juntamente com Lois Welk e Jill Becker, um colectivo de dança denominado American Dance Asylum.


Em 1982, Jones e Zane formaram a Companhia de Dança Bill T. Jones/Arnie Zane.
No decorrer dos seus 25 anos de existência, a relação pessoal entre os artistas proporcionou material para as suas performances, contribuindo para a redefinição da estrutura do dueto e para a expressão de questões relacionadas com a identidade, forma e crítica social.
Conjuntamente, criaram várias co-produções como Intuitive Momentum (1982), Secret Pastures (1984) – com cenários de Keith Haring – e History of Collage (1988), peça que aborda as questões sobre a sexualidade, o racismo e estruturas do poder político.
Foi com a estreia mundial de Intuitive Momentum, em 1983, com o baterista lendário Max Roach, na Brooklyn Academy of Music que a companhia integrou a cena internacional.
Em 1988, após a morte de Zane, vítima de sida, Jones tornou-se director artístico, coreógrafo e representante da Companhia.


A partir dessa data, foram criados trabalhos notáveis como Last Supper at Uncle Tom’s Cabin/Promised Land (1990), The Mother of Three Sons (1990) e Still Here (1994).




Actualmente, a Companhia de Harlem é aclamada como uma das companhias mais inovadoras no mundo da dança contemporânea.