quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Deolinda vai ao Music Box


“... o seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital.

Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho...”


Deolinda é um projecto lisboeta de música original popular portuguesa, inspirado pelo fado e as suas origens tradicionais.

Formado em 2006 por 4 jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), procuram, através do cruzamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade de cariz popular que sirva de base às composições originais do grupo.

Encarnam a Deolinda:
Ana Bacalhau, na voz
José Pedro Leitão, no contrabaixo
Luís José Martins, na guitarra clássica
Pedro da Silva Martins, na guitarra clássica

Exposição de Fotografia em Braga



DRUMOND TRAZ AO MUSEU DA IMAGEM
“METÁFORAS DO SENTIR”

EM FOTOGRAFIA


O Museu da Imagem, em Braga, inaugura sábado (29 de Setembro, 18h00) a exposição de fotografia “Metáforas do Sentir”, de António Drumond, membro do designado “Grupo IF” que expõe regularmente desde 1980.
A mostra, que vai estar patente ao público até 18 de Novembro neste espaço cultural do Município de Braga dedicado à fotografia, pode ser apreciada de terça a sexta-feira (11h00/19h00) e aos sábados e domingos (14h30/18h30).

De acordo com o Director do Museu da Imagem, a obra fotográfica de António Drumond reveste-se de alguma peculiaridade no panorama da fotografia portuguesa: «como é sabido, o território fotográfico nacional foi fortemente dominado, a partir dos anos de 1950, pelo designado salonismo, prática improdutiva e inconsequente que domina até quase aos finais da década de 1970; a génese da criação artística de Drumond localiza-se no início dos anos de 1960, num interesse mais próximo da pintura e no contacto com alguns artistas plásticos da mesma época».
É, no entanto, a partir de 1976 que eclode o verdadeiro interesse pela fotografia de António Drumond, cuja aprendizagem tem lugar de forma autodidacta e informal, no seio da então Associação Fotográfica do Porto.
«Se bem que aquela instituição tivesse uma matiz fortemente salonista, Drumond nunca se enfeudou fortemente nesse caminho, procurando antes tomar conhecimento do que de mais sério se produzia», conta Rui Prata, sublinhando que a revista francesa “Camera” e autores como Ralph Gibson, Josef Koudelka, Jean-Loup Sief e mais tarde Robert Frank, constituem algumas das suas referências, que vão pesar naturalmente no seu processo criativo.


Em 1978, o autor das imagens que dão agora corpo a esta mostra do Museu da Imagem entra no “Grupo IF”, no Porto, tendo participado em todas as suas actividades, nomeadamente na exposição do Museu Soares do Reis intitulada “Esquinas do Tempo”, que, à época, marcou a cena nacional.
Já nos finais da década de 1980, com praticamente dez anos de percurso na fotografia, Drumond assume uma vontade de mudança de conteúdos.
«Não negando as influências do humanismo francês ou do neo-realismo italiano, sente um forte desejo de se libertar desses códigos visuais e partir para uma linguagem mais construída e afastada de um instante encontrado ocasionalmente numa qualquer deambulação», evoca Rui Prata.
O director do Museu da Imagem cita Bernardo Pinto de Almeida para afirmar que o autor em referência «preferiu desde sempre mergulhar no espaço interrogativo da sua própria solidão, apetrechando-se para o fazer da sua única capacidade de considerar a contemplação como processo interior do acto criativo».
O processo de criação do fotógrafo – lembra Prata – é solitário e, no quadro dessa solidão, confirma-se nestas imagens um gosto pelo intimismo, por uma delicadeza dos conteúdos e por uma poesia visual.
As imagens da década de 80 oferecem, assim, fragmentos de corpos e tecidos que conferem uma forte sensualidade da representação, acentuada pela visibilidade do grão, evocando o universo imagético de Ralph Gibson.
«Essa sensualidade é ainda acentuada pelo carácter de ausência, pela textura dos tecidos, pelos tons de cinza. E o olhar do fotógrafo vai-se soltando, tornando-se cada vez mais ousado e ao encontro da sua própria essência.

Liberto de estereótipos epocais, constrói, paulatinamente, um corpo de trabalho cada vez mais sólido donde emerge um complexo jogo de metáforas», escreve Prata no texto de apresentação da mostra.
Segundo o Director do Museu da Imagem, na maioria das fotografias realizadas por Drumond a partir do ano 2000 a presença humana é cada vez mais escassa, dando-se primazia ao diálogo dos objectos que criam uma rima e um jogo metafórico que ultrapassa a intenção do autor.
«Cada espectador pode, de acordo com as suas referências culturais, tecer um código interpretativo próprio para cada uma das imagens. Algumas podem remeter-nos para momentos de sofrimento ou tortura, outras para rituais ou memórias passadas, enquanto doutras emerge um jogo de sensibilidade obscura onde a negritude do fundo nos pode ainda evocar o medo», considera.
Para Rui Prata, a pedra de toque da obra de António Drumond assenta precisamente no criar destas imagens, aparentemente simples, mas imersas numa complexa teia psicológica evocativa dum universo surrealista.
«Drumond é um apaixonado do imagético onírico que procura materializar, a partir de interferências cruzadas, as suas emoções numa teatralização de objectos de significado múltiplo. Cada composição emana um jogo simbólico que se corporiza em imagens fotográficas plenas de intensidade e alegorias, onde cada espectador é confrontado com a sua própria realidade», conclui.
António Drumond nasceu no Funchal em 1936, tendo vindo residir para o Porto em 1959, onde se licenciou em Economia. Expõe regularmente desde os anos de 1980.

Coimbra, um diálogo com o património

O MUNICÍPIO DE COIMBRA ADERE. E VOCÊ?...



Visitas guiadas
28 e 29 de Setembro
11h30 e 15h00

Torre de Almedina e Edifício Chiado





Os dois edifícios, que integram o Museu Municipal de Coimbra, enquadram-se em artérias urbanas que foram, em momentos históricos diferentes, espaços de elevada azáfama comercial.

As visitas têm início na Torre de Almedina, compreendendo o visionamento de um filme que aborda a evolução urbana de Coimbra, seguido de uma explicação e respectivo enquadramento histórico, com base numa maqueta do Núcleo da Cidade Muralhada, que versará a contextualização e localização das principais artérias comerciais da Idade Média na Cidade (Rua das Tendas e Rua das Fangas, actuais Quebra Costas e Rua Fernandes Tomás).

Posteriormente, é realizada uma visita ao Edifício Chiado, sucursal dos Grandes Armazéns lisboetas, situado na Rua Ferreira Borges, antiga Rua da Calçada, uma das principais artérias comerciais de Coimbra desde o século XV até aos nossos tempos.


Acesso gratuito, sujeito a inscrição prévia
Telef. 239 833 771; fax nº239 837 967
e-mail: cidade.muralhada@cm-coimbra.pt

Coimbra dança

9ª Semana[d]ança em Coimbra
Teatro Académico de Gil Vicente
28 a 30 de Setembro

O projecto Semana(d)ança pretende contribuir para o desenvolvimento dos conhecimentos teóricos e práticos na área da dança contemporânea e destina-se a jovens (maiores de 15 anos), estudantes universitários, artistas e público em geral.
O workshop será repartido por três módulos:
Técnica Release
Composição / Performing Dance
"Músculo de Ideais".
A ideia central do primeiro módulo (Técnica Release) é a conexão do bailarino com o solo. O objectivo é desenvolver a capacidade de direccionar energia conscientemente pelas diferentes articulações e membros do corpo, aumentando assim a capacidade e alcance do movimento por meio de uma maior consciencialização corporal.No segundo módulo (Composição / Performing Dance) diferentes áreas de inspiração servem de proposta para criar material que sirva à criação coreográfica. Como organizar/desorganizar o movimento no espaço, usando técnicas de improvisação. O objectivo deste módulo é experimentar novas capacidades do corpo em movimento e do bailarino como performer, em grupo ou em solo. Os participantes irão investigar a composição em termos de ritmo e o seu desenvolvimento pelo espaço.O módulo "Músculo de Ideias" dirige-se a todos aqueles que manifestam interesse na área da criação artística, através da criação de um espaço e um momento de debate, permitindo o confronto de pontos de vista diferentes.
Formadora Vânia Gala
Calendarização
28 de Setembro
17h00-19h00Aula Técnica (técnica Release)
29 de Setembro
15h00-17h00Aula Técnica (técnica Release)
17h00-20h00Composição- Performing Dance
30 de Setembro
15h00-17h00Aula Técnica (técnica Release)
17h00-19h00Músculo de Ideias
Público-alvo Jovens (maiores de 15 anos), estudantes universitários, artistas e público em geral que manifestem interesse nesta área.
Valor da inscrição 35,00 euros
Informações
Teatro Académico de Gil Vicente
Telefone: 239 855 636

TAGV divulga a literatura russa


A divulgação da literatura russa em Portugal
Teatro Académico de Gil Vicente
28 de Setembro às 18h00
Café-Teatro

Moderação Manuel Portela (director do TAGV)

Convidados Alexej Schipenko (dramaturgo e encenador)

António Pescada (tradutor)

Maria Hermínia Brandão e Saodat Sayberdieva (tradutoras, editora Campo das Letras)
Vladimir Pliassov (professor de estudos russos)
A Rússia ofereceu à história da literatura universal alguns dos seus nomes mais importantes. Autores como Pushkin, Dostoievski, Tolstoi ou Thékhov são ainda hoje reconhecidos como escritores de primeira grandeza e continuam a influenciar muitos outros criadores, por todo o mundo, nos diversos domínios literários – romance, poesia, novela, conto e teatro.Com o estatuto de “clássicos”, estas obras chegaram também a Portugal, onde estão publicadas há vários anos, embora quase sempre em traduções feitas a partir de línguas que não a original.Nos últimos anos, assiste-se a um renovado interesse por estes autores, registando-se a aposta de algumas editoras na encomenda de novas traduções, feitas a partir do russo, o que permitirá ao público português uma reaproximação em relação a estas obras.Menos divulgada, no entanto, é a literatura russa contemporânea, que continua pouco conhecida junto do público nacional. Como noutros momentos e em relação à literatura de outros países, é curiosamente do Teatro que têm surgido algumas das mais significativas excepções a esta situação. A estreita colaboração do dramaturgo e encenador Alexej Schipenko com a Companhia de Teatro de Braga, para a qual escreveu, inclusivamente, duas novas peças de teatro, é disso um dos mais importantes exemplos.A pretexto do projecto “Tchékhov em um acto” e, em particular, da apresentação do espectáculo “Tchékhov e a Arte Menor”, o Teatro Académico de Gil Vicente e A Escola da Noite organizam um debate informal sobre a divulgação da literatura russa em Portugal, oferecendo quatro perspectivas diferentes para o início da conversa: a investigação académica, a tradução, a edição e a criação dramatúrgica. Aberta ao público em geral, a discussão passará necessariamente por um ponto da situação em relação à literatura russa publicada e/ou encenada em Portugal, pela apresentação e divulgação de obras e autores menos conhecidos no nosso país, bem como pela identificação dos principais constrangimentos que se colocam a uma mais eficaz divulgação da produção literária russa nos nossos dias.
Entrada Livre

Iformações
Teatro Académico de Gil Vicente
Bilheteira: 17h00-22h00 _ segunda a sábado
Telefone: 239 855 636