quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Rodrigo Leão com novo disco

"Portugal, um retrato social" é o novo álbum de Rodrigo Leão que até ao final do ano tem agendados 25 espectáculos, tanto em Portugal como no estrangeiro.

O músico disse à Lusa que "há um fio nostálgico" nas composições que escreveu para a série documental, "Fui compondo conforme a narrativa fílmica. Ia recebendo as imagens e ia compondo sem quaisquer pressões, nomeadamente em colocar este ou aquele instrumento por qualquer razão ligada ao documentário. Tive liberdade absoluta", disse.

Além de Rodrigo Leão nos sintetizadores, o grupo de instrumentistas que tocam “Portugal, um retrato social” é constituído por Viviena Toupikova (violino), Jano Lisboa (viola), Miguel Fernandes (violoncelo), Celina da Piedade (acordeão), Tiago Lopes (baixo e percussão) e Tiago Abelho (percussão).

Rodrigo Leão e o seu ensemble apresentam-se, no dia 16 de Novembro em Santarém, no Teatro Sá da Bandeira, e no dia seguinte, dia 17 em Albufeira, no Auditório Municipal. Dia 23 Rodrigo Leão e os seus músicos estarão em Viana do Castelo, no Teatro Sá de Miranda.

Em Dezembro, dia 05, Rodrigo Leão actua no Teatro Académico Gil Vicente em Coimbra e inicia dia 19 duas temporadas no Teatro S. Luiz em Lisboa, a primeira de 19 a 22 e a segunda de 26 a 29 de Dezembro, sempre no Jardim de Inverno.

Pedro Almodovar desfez-se em elogios recentemente sobre Rodrigo Leão, este ano foi convidado para a festa de uma das mais prestigiadas revistas de arte e cultura do país vizinho, é indiscutivelmente um dos mais inspirados e sérios compositores contemporâneos.

Fim de semana no Fragil

O fim de semana no Fragil começa com o concerto de Nicole Eitner, as 24h seguido do DJ JP Diniz, no dia 15 de Novenbro, no dia 16 há Flashdance by Dinis e por fim sábado dia 17 é a vez de Rui Murka.

Nicole Eitner apresenta canções do seu álbum “Vampires”. Inspirado no melhor jazz. Em “Vampires”, Nicole Eitner propõe a fusão entre ritmos Pop, registos clássicos e de jazz. Baseado num perfil romântico, “Vampires” revela, ainda, uma componente espiritual que seduz o público. “Cada canção que escrevo tem um mundo próprio e exalta sentimentos distintos e, por vezes, contraditórios, como o amor, a saudade, o medo ou a esperança”, sublinha. Autora e compositora dos seus próprios temas, a artista distingue-se, também, pela qualidade das interpretações.

É conhecido pela sua dedicação à causa. Começou por ser Dj por acaso (em 1995), mas rapidamente essa passou de actividade esporádica a sentido de vida. O percurso de «aprendizagem» fê-lo descobrir discos e render-se à música negra, levou-o à rádio (passou pela XFM e Voxx, actualmente tem um programa na Oxigénio) e, sobretudo, deu-lhe os comandos de pistas de dança exigentes: Captain Kirk, Ciclone (na altura como elemento da Cooltrain Crew) e finalmente Frágil, onde está desde 1998.

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, com o apoio da Área Metropolitana de Lisboa, promove na próxima Sexta-feira, dia 16 de Novembro, pelas 21.30 Horas, no Auditório do Ateneu Artístico Vilafranquense, em Vila Franca de Xira, um espectáculo da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, sob a direcção artística de Vasco Wellenkamp.

Neste espectáculo serão apresentadas as coreografias “Zulia” e “Sete Sonhos de Pássaros”.

A entrada é livre, limitada à lotação da sala, mediante levantamento de ingresso na bilheteira, a partir das 20.30 Horas do dia do espectáculo.

Encontro de Coros do Concelho de Vila

De 16 e 18 de Novembro vai realizar-se o Encontro de Coros do Concelho de Vila
Franca de Xira. A organização está, este ano, a cargo do Coro da Casa do Povo
de Arcena (Alverca do Ribatejo), com o apoio da Câmara Municipal de Vila
Franca de Xira, ao abrigo do Protocolo celebrado entre a autarquia e os agentes
culturais do Concelho.

Estão previstos dois concertos descentralizados (dias 16 e 17 de Novembro) e um
concerto final (18 de Novembro), em que participam todos os coros do Concelho e
um coro convidado. Eis o programa desta iniciativa:

16 de Novembro - 21.30 Horas - Casa do Povo de Arcena
Coro Notas Soltas
Coro da Sociedade Euterpe Alhandrense
Grupo Coral Unidos do Baixo Alentejo

17 de Novembro - 21.30 Horas - Sociedade Euterpe Alhandrense
Grupo Coral Académico de Alverca
Associação Coral Ares Novos
Coro do Ateneu Artístico Vilafranquense
Coro e Orquestra da Casa do Povo de Arcena

18 de Novembro – 15.00 Horas - Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense
Coro Notas Soltas
Coro da Sociedade Euterpe Alhandrense
Grupo Coral Unidos do Baixo Alentejo
Grupo Coral Académico de Alverca
Associação Coral Ares Novos
Coro do Ateneu Artístico Vilafranquense
Coro e Orquestra da Casa do Povo de Arcena
Coro Convidado: Grupo Coral Davil de Sousa (Figueira da Foz)

ViMus viaja da Póvoa até Lisboa

O Festival ViMus estende-se até Lisboa, marcando presença no Festival Cosmopolis, que decorre a 16 e 17 de Novembro. A Edição Zero do Festival ViMus decorreu na Póvoa de Varzim, entre 6 e 9 de Setembro.

Organizado com o objectivo de distinguir e divulgar os autores dos vídeos musicais realizados no país e no estrangeiro, o ViMus conhece agora nova divulgação, ao associar-se ao Cosmopolis, um festival de música electrónica que decorre em vários espaços de Lisboa, como o Convento do Beato ou o Castelo de São Jorge. No programa deste festival lisboeta inclui-se, então, para o dia 16, a apresentação dos vídeos premiados e de uma selecção de outros vídeos exibidos no ViMus, na Póvoa de Varzim, como “Hold Still”, de David Fonseca, “Gold Lion”, dos Yeah Yeah Yeah, “Poetas de karaoke”, de Sam the Kid, “Bad Mirror”, dos Vicious Five, “1234” dos Feist, entre muitos outros.

Clã no Theatro Circo

Sem necessidade de grandes apresentações, os populares e aclamados “Clã” são a banda portuguesa que, a 17 de Novembro (21h30), sobe ao palco da sala principal do Theatro Circo para dar a conhecer ao público bracarense o seu mais recente álbum de originais, “Cintura”, recentemente editado.

O novo registo da banda de Manuela Azevedo, que se impôs como uma das maiores referências da “pop” nacional, já se faz representar nas maiores emissoras de rádio nacionais com o “single” “Tira a Teima” e conta com as colaborações de Paulo Furtado (“The Legendary Tigerman”) e da brasileira Fernanda Takai (“Patu Fu”), que, recorde-se, já subiu ao palco do Theatro Circo ao lado da vocalista da banda para a interpretação de temas que foram abrilhantados pelas afinidades e cumplicidades vocais das duas cantoras.

Três anos após o lançamento do último álbum de originais – “Rosa Carne” – e depois da edição de um disco ao vivo, “Cintura” surge como um disco feito sem pressões, o que resulta do estatuto já conquistado por Manuela Azevedo no contexto musical português.

Na composição dos doze temas que constituem o registo agora apresentado em digressão nacional destacam-se as participações na criação das letras de Carlos Tê, Arnaldo Antunes, Adolfo Luxúria Canibal e Regina Guimarães, entre outros.

Com Manuela Avezedo (voz, piano e percussões), Hélder Gonçalves (baixos, guitarras barítono, acústica eléctrica, entre outros), Miguel Ferreira (sintetizadores, piano e voz), Pedro Biscaia, Pedro Rito (baixo eléctrico) e Fernando Gonçalves (bateria), os Clã mantêm, após 15 anos de existência, a formação responsável pela edição, em 1994, do álbum de estreia “Luso Qualquer Coisa”, que colocou nas rádios nacionais “Pois é” e “Novas Babilónias”.

Desde uma sólida carreira enquanto formação até às colaborações com alguns dos mais prestigiados nomes da música nacional e internacional, os Clã, que reaparecem agora com o sétimo álbum de originais, têm vindo a conquistar um espaço inalienável na música portuguesa que resulta, em grande parte, do carisma e timbre invulgar de Manuela Azevedo.

A par dos super lotados e enérgicos concertos ao vivo, os Clã, que também marcaram presença nos festivais “SuperBock Super Rock”, Paredes de Coura, Sudoeste ou Transatlântico, este um evento evocativo dos 500 anos da descoberta do Brasil, ultrapassaram fronteiras e destacaram-se com notáveis actuações em Macau, Cannes (França), Espanha, estando ainda previsto o lançamento, a médio prazo, de uma compilação dos temas emblemáticos da banda no Brasil.

Os ingressos para este espectáculo, a 15 euros, podem ser adquiridos nas bilheteiras do Theatro Circo.

PORTUGAL JAZZ NOVAMENTE EM COIMBRA

FESTIVAL ITINERANTE DE JAZZ
PORTUGAL JAZZ

Sítio de Sons em quarteto
SALÃO BRAZIL
COIMBRA
17 de NOVEMBRO às 22:00

Esta formação juntou-se com o propósito de participar no Portugal Jazz.
Em palco, propõem (re)visitar não só as sonoridades de alguns dos clássicos do jazz, mas também de fazer uma incursão “pelas linguagens” contemporâneas de Sting, ou até percorrer os caminhos de Chico Buarque, Milton Nascimento ou Hermeto Pascoal.
Pretende-se com este reportório variado, oferecer um espectáculo com dinâmica própria, desprovido de abordagens complexas aos conteúdos musicais, sugerindo uma comunicação espontânea e até simples ao emaranhado das emoções!
… e proporcionar não só ao público mas também aos próprios músicos, um reencontro afectivo e emocional com outras “estórias musicais”… já tantas vezes contadas e cantadas!
Sítio de sons

Voz Susana China
Guitarra Mauro Ribeiro
Baixo eléctrico Miguel Duarte
Bateria Luís “Formiga”

INFORMAÇÕES
Portugal Jazz - Festival Itinerante de Jazz
www.portugaljazz.org
Jacc - Jazz ao Centro Clube
www.jacc.pt
Tel.: 239 837 078
geral@portugaljazz.org

XVII FESTUNA DE COIMBRA


TEATRO ACADÉMICO DE GIL VICENTE
17 de NOVEMBRO às 21:30

TUNAS PARTICIPANTES
- Tuna da Faculdade de Ciências da Universidade do Minho (Azeituna)
- Tuna Universitária do Minho
- Tuna da Universidade Lusíada do Porto
- Estudantina Universitária de Lisboa
- Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico
- Tuna de Veteranos da Coruña (extra-concurso)- Estudantina Universitária de Coimbra (organização)

Contactos para reservas / informações
http://seccaodefado.blogspot.com/

Teatro Académico de Gil Vicente
teatro@tagv.uc.pt
http://www.uc.pt/tagv
http://blogtagv.blogspot.com
Bilheteira
Informações e reservas
Horário 17h00-22h00
Telefone 239 855 636

"Agakuke e os Estranhos Estrounhos" estreia no Museu da Marioneta


Estreia de

“Agakuke e os Estranhos Estrounhos”


“Agakuke e os Estranhos Estrounhos” estreia amanhã, dia 16 de Novembro, às 21h30, no Museu da Marioneta.

Depois de ter dado a volta ao mundo, Agakuke chega, finalmente, à Europa onde se espanta com os estranhos estrounhos.

Este é o quinto e último espectáculo de marionetas do ciclo “Agakuke o Inuit”, um conto do Continente Europeu, em que a imaginação vai ajudar a resolver estranhos problemas.


O espectáculo está em cena até dia 16 de Dezembro, no Museu da Marioneta.


3ª, 5ª e 6ªfeira às 10h30 4ªf às 10h30 e 14h30 Escolas


Sábado às 16h domingo às 11h30 Público em Geral
Sessão extra: 29 de Novembro às 21h30
Reservas: T 214 430 591 F 210 093 444 TM 966 046 448 teatro@luacheia.pt

Concerto pedagógico "Pedro e o Lobo"

Concerto pedagógico
PEDRO E O LOBO


Pavilhão Multidesportos de Coimbra
17 de Novembro às 16:00

Póvoa do Varzim celebra o Dia Nacional do Mar


DIA NACIONAL DO MAR


No próximo dia 16 de Novembro comemora-se em Portugal o Dia Nacional do Mar.
Para celebrar esta efeméride, a Câmara Municipal apresenta a sua mais recente publicação, Mares Poveiros da autoria de Luís Martins.

O lançamento do número 17 da Colecção Na Linha do Horizonte – Biblioteca Poveira irá decorrer pelas 21h30, na Biblioteca Municipal.

Luís de Sousa Martins doutorou-se em Antropologia pelo ISCTE, com uma tese intitulada Inovação e Resistência – um estudo sobre estratégias nas companhas de pesca, uma pesquisa que deu origem a este livro.

Mares Poveiros – Histórias, ideias e estratégias de pescadores da Póvoa de Varzim é o resultado de intenso trabalho de investigação e de uma notável experiência adquirida em muito prolongado e íntimo contacto com as nossas mais importantes comunidades piscatórias, com realce para os poveiros.

Para conhecer melhor a realidade vivida pelo pescador poveiro, o investigador esteve alojado durante algum tempo em casa de um conhecido homem do mar, Manuel Carvalheira.





TUTTI ENSEMBLE ORQUESTRA

TUTTI ENSEMBLE ORQUESTRA



Teatro da Cerca de S. Bernardo
Coimbra
17 de Novembro às 21h30

Obras de W. A. Mozart, Josef Haydn e Claude Debussy


I Parte
· "A Flauta Mágica" KV 620 (W.A.Mozart)
· Sinfonia 34 em dó maior K. 338 (W.A.Mozart)
- Allegro vivace
- Andante di molto
- Finale, Allegro vivace
II Parte
· Concerto para Trompete em mi bemol (Josef Haydn)
- Allegro
- Andante
- Allegro
Daniel Tapadinhas, trompete
· Petite Suite pour Orchestre (Claude Debussy)
I. En Bateau
II. Cortège
III. Menuet
IV. Ballet
Trompete - Daniel Tapadinhas
Maestro - João Ventura
TUTTI ENSEMBLE - ORQUESTRA
Flautas
João Alvarenga
Sílvio Pleno
Oboés
Jorge Cardoso
Luís Barreto
Guilherme Sousa
Clarinetes
Jorge Campos
Pedro Balhau
Fagotes
Raquel Saraiva
Rita Pereira
Trompas
Ana Rosa Carvalho
Margarida Ferreira
Trompetes
João Vilão
Ricardo Pimentel
Trombones
Gilberto Almeida
Ruben Tomé
João Fernandes
Percussão
Ismael Silva
Rui Lúcio
André Gatões
Harpa
Ana Maria Silva
Violinos I
Dina Pinto
Sandrina Carrasqueira
Mário Siegle
Helena Milheiro
Sofia Grilo
Daniel Miguéis
Violinos II
César Nogueira
José Nascimento
Alexandre Sayal
Magali Parreiral
Dulce Félix
Miguel Barata
Gaspar Santos
Violas
Inês Santos
Carlos Lourenço
João Paulo Gaspar
Violoncelos
Valter Marrafa
Teresa Nogueira
José Guerra
Contrabaixos
Inês Ochoa
Hélder Ramos
Preçário
Geral €5
Estudantes e > 65 anos €3
Informações
Casa Municipal da Cultura de Coimbra
Telef. 239 702 630
Fax 239 702 496
cultura@cm-coimbra.pt



" Boneca" estreia hoje no D.Maria II

“Boneca”

Estreia hoje " Boneca", o espectáculo que o encenador Nuno Cardoso assina a partir da peça “Uma Casa de Bonecas”, de Henrik Ibsen, e que fará carreira em Lisboa entre 15 de Novembro e 16 de Dezembro.
Trata-se de um clássico da dramaturgia mundial que causou polémica no século XIX, pois coloca em cena uma mulher, Nora, que, para conseguir realizar-se como pessoa, terá de abandonar a família.

Quando Nora percebe que o marido não a considera como um indivíduo completo, decide partir e encontrar o seu próprio lugar no mundo.

No palco do TNDM II, a personagem será interpretada pela actriz Ana Brandão.

SINOPSE

Nora Helmer pediu emprestada, em segredo, uma larga soma de dinheiro para que o marido pudesse recuperar de uma doença grave.
Nunca lhe falou do empréstimo que secretamente foi pagando com o que poupara.

Quando é nomeado director do Banco Comercial, a primeira medida do seu marido, Torvald, é despedir um homem cuja reputação tinha sido desgraçada por forjar a assinatura de um documento.

Este homem, Nils Krogstad, é a pessoa a quem Nora pediu o dinheiro emprestado.

Nora também forjou a assinatura do seu pai para conseguir obter o dinheiro.

Para defender o emprego, Krogstad ameaça revelar o crime de Nora e assim, destruir a vida do casal.

Nora tenta influenciar o marido, mas para ele Nora é uma criança que não compreende decisões de negócios.

Desesperada, Nora prepara-se para a descoberta da verdade pelo marido.

A peça estará em cena:

Sala Estúdio TNDM II – Lisboa 15 Nov a 16 Dez 2007
Theatro Circo Braga 11 e 12 Jan 2008
THSC Porto 7 a 16 Fev 2008


NUNO CARDOSO
Encenador

Encenar é a presunção e também a inocência de acharmos que a nossa opinião interessa aos outros. Encenar é convencer os outros e ao fazê-lo convencermo-nos a nós.
Encenar é inútil.
No meio do bulício da sala de ensaios esquecemo-nos do primeiro porquê. A presunção esbate-se no corpo dos actores e a inocência na vertigem do tempo que se some. A persuasão é a outra face da dúvida.
Encenar é inútil.
Ninguém encena ninguém a não ser a si próprio. As palavras que ocupam o vazio entre momentos em que os actores dão a sua Voz ao texto – o antes, o depois, o entretanto – são mais a impotência do dizer do que a capacidade para tal. As sombras não são de carne e osso.

FERNANDO VILLAS-BOAS
Tradutor


O teatro não busca “abordar problemas”, como se diz na indústria da divulgação e da publicidade, mas busca personagens – pela mesma razão porque não é feito para jornalistas ou sociólogos, mas para seres humanos curiosos com dificuldades e paixões muito diferentes.
O palco não é uma mesa redonda e a peça não é uma conferência animada. A pergunta que fazemos a quem está no palco é: “quem és, o que queres?”, e não “que assunto te traz aqui?”.
De outro modo, Ibsen não teria tocado públicos tão diferentes como fez nos últimos anos na Suécia e no Paquistão (no primeiro caso pela mão de Ingmar Bergman).
O retrato do casamento que está em cena em Uma Casa de Bonecas já sobreviveu a muitas reformas legais e já serviu muito debate político. Já viu correr pelos lares educados o lema rimado em francês: “Il est défendu de discuter La Maison de Poupées”. Porém, apesar das mudanças de cenário que ajudou a provocar, digamos assim, o texto continua a dar vida a figuras que nos intrigam e valem uma noite de atenção.
A mim intrigam-me as falas (ou os gestos, e cada produção encontrará os seus) que saem do quadro e são capazes de assombrar o nosso quotidiano individual. Quando Nora diz a Helmer: “...Não julgues que me vais salvar”. Que estranha ansiedade a move, num momento de rápida mudança da relação dos dois. E quando Rank, vindo da festa, no serão do próprio dia em que sabe quando irá morrer, diz: “O vinho era inacreditável...”. Que alegria aquela.


HENRIK IBSEN
Biografia

Quando Henrik Ibsen nasceu, a 20 de Março de 1828, a Noruega estava longe do lugar entre os países que lhe valeu, em 2006, o topo do índice de desenvolvimento das Nações Unidas. Depois de o negócio do pai, comerciante, ter falido, Ibsen trabalhou como ajudante de farmácia. Ao mesmo tempo que tentava a carreira médica, começou a ganhar a vida a escrever peças, e editando um folheto satírico semanal.
Depois de falhar o acesso à carreira médica, conseguiu emprego como director de cena e dramaturgo residente do Teatro da Noruega de Bergen.

Escreveu dramas em verso dedicados à história e às lendas do seu país, que não foram bem recebidos. Entre 1857 e 1862, ano em que o teatro foi à falência, Ibsen trabalhou no Teatro da Noruega de Christiania (hoje Oslo).

Nesse ano, a publicação de A Comédia do Amor, uma sátira do casamento, permite-lhe a profissionalização como escritor.
Viveu no estrangeiro durante vinte e sete anos, especialmente na Alemanha e na Itália, graças a subsídios do Estado e de mecenas privados.

A sua primeira grande fase criativa incluiu os dramas em verso Brand (1866) Peer Gynt (1867).
A segunda fase criativa trouxe os seus dramas ditos “sociais”, como Uma Casa de Bonecas (1879), Fantasmas (1881), O Ganso Selvagem (1881), e Hedda Gabler (1890).

As protagonistas da primeira e última peças desta série provocaram grande comoção pública. Mas o escândalo inicial da recepção destas peças foi-se transformando em reconhecimento artístico e até efeito político.
Muitas das peças do final da sua carreira são dramas carregados de simbolismo (O Mestre Construtor, 1892; O Pequeno Eyolf, 1894; Quando Nós Os Mortos Acordamos, 1899).

Mas Ibsen não deixou de procurar um estilo mais falado e doméstico, como no drama John Gabriel Borkman, de 1896.
Em vida, Ibsen teve de lidar com muitas reacções negativas da crítica e das plateias, mas também assistiu ao surgimento de um público à medida da sua exigência.

Alcançou também a admiração de colegas de profissão como George Bernard Shaw e Oscar Wilde.

Wilde viu em Hedda Gabler a mesma capacidade de comover e a mesma dignidade de um drama grego.
Ibsen faleceu a 23 de Maio de 1906, ao fim de cinco anos de doença prolongada.

Ficha Técnica


Encenação NUNO CARDOSO
Tradução FERNANDO VILLAS-BOAS
Assistência de Encenação PAULA GARCIA
Design Luz JOSÉ ÁLVARO CORREIA
Cenografia FERNANDO RIBEIRO
Figurinos STORYTAILORS
Sonoplastia RUI DÂMASO
Apoio ao Movimento MARTA SILVA



Com

ANA BRANDÃO

FLÁVIA GUSMÃO

JOSÉ NEVES

LÚCIA MARIA

PETER MICHAEL

SÉRGIO PRAIA

Concerto de Julee Cruise no Casino Estoril

Concerto de Julee Cruise e Pluramon
no Du Arte Lounge
do Casino Estoril



Em estreia absoluta no Du Arte Lounge, Julee Cruise interpreta as melhores sonoridades dos Pluramon, na próxima Quinta-Feira, a partir da meia-noite.

No âmbito do “European Film Festival”, a cantora norte-americana propõe, ainda, outras composições que lhe trouxeram grande notoriedade.
Julee Cruise e os Pluramon editaram, recentemente, “Dream Top Rock”, um álbum inspirado na electrónica, folk e rock.

Perante os mais exigentes auditórios, a voz de Julee Cruise projecta, de forma singular, as ambiências dos Pluramon.

Em 1996, Marcus Schmickler concebeu este inovador conjunto, que enveredou, precisamente, pela área da música electrónica.
Trata-se de mais um concerto inserido no programa complementar do “European Film Festival”.

Aliás, Julee Cruise distingue-se, também, na arte de representar.

Em "Twin Peaks", assumiu o duplo papel de actriz e cantora, interpretando "The Falling", o tema principal da famosa série televisiva, que foi, posteriormente, transportada para o cinema.
Com um talento multifacetado como compositora, cantora e actriz, Julee Cruise colaborou em vários filmes de David Lynch e Angelo Badalamenti, nomeadamente, em "Twin Peaks" ou "Blue Velvet".
Inserido no programa de eventos complementares do “European Film Festival”, o Concerto de Julee Cruise no Du Arte Lounge está marcado para 15 de Novembro, a partir da meia-noite.

A entrada é gratuita.

" Sonho de uma noite de Verão" um musical para toda a família




“Sonho de uma Noite de Verão”,




Versão musical do conhecido clássico de William Shakespeare, reescrito por Claudio Hochman e musicado por Alfredo Moura, estreia no próximo dia 16, antecedendo o período natalício e cumprirá carreira na Sala Garrett até ao final do ano – mais propriamente até 30 de Dezembro.

Sinopse

Teseu, Duque de Atenas, vai casar-se com Hipólita, Rainha das Amazonas, e lança um concurso de teatro para animar a boda.


Ao concurso, concorre um divertido grupo artesãos que, com mais vontade do que talento, se dirige ao bosque para ensaiar a tragédia de Píramo e Tisbe.

Hérmia e Lisandro, dois jovens atenienses, estão apaixonados. Demétrio também está apaixonado por Hérmia e tem o apoio do pai dela para se casarem, mas a rapariga não está pelos ajustes. Helena, por seu lado, sofre, porque está apaixonada por Demétrio e não é correspondida.
Quando Teseu é chamado a dar uma resolução ao problema ordena a Hérmia que escolha: ou casa com Demétrio, cumprindo o desejo do pai, ou irá para um convento. Terá até ao dia do casamento para se decidir… Em vez disso, porém, ela foge com Lisandro. Demétrio segue-os e Helena segue Demétrio.
No bosque, Oberon, rei dos duendes, quer recuperar o amor de Titania, rainha das fadas, e pede a Puck que lhe arranje uma flor mágica que, esfregada nos olhos de uma pessoa, faz com que se apaixone pela primeira criatura que lhe aparecer à frente. Mas Puck desata a pôr o extracto da flor nos olhos errados e a partir deste momento desencadeia uma sucessão de enganos entre os jovens, os artesãos e os deuses que habitam o bosque mágico, numa inesquecível noite de Verão.
Mais de trinta canções originais – interpretadas ao vivo – contarão, de forma viva, esta divertida história e ilustrarão os sentimentos das personagens.


William Shakespeare

Pouco ficou documentado sobre a vida de Shakespeare mas, a julgar pelo seu registo de baptismo, acredita-se que terá nascido em 1564, no seio de uma família de comerciantes.

Apesar de não ter chegado a ir à Universidade, frequentou a escola.

Em 1582, com apenas 18 anos, casou-se com Anne Hathaway, oito anos mais velha, e desse casamento nasceram três filhos: Susanna (1582) e os gémeos Judith e Hamnet (1586). Hamnet morreu em 1587, sem que hoje se conheçam as causas.

Entre 1586 e 1592, a vida de Shakespeare passou por um período menos claro.

É muito possível que tenha deixado a terra natal, Stratford-upon-Avon, e a família, para se juntar a uma trupe de actores em digressão, embora haja quem defenda que, durante esse tempo, tenha trabalhado como preceptor ou mestre-escola.

Certo é que, em 1592, já era conhecido nos teatros londrinos, como autor.
A profissão teatral era, de resto, emergente na altura e havia procura de autores que escrevessem para a cena.

Shakespeare vendia os seus escritos e era tão bem sucedido que, em 1594, tornou-se sócio da companhia de Lord Chamberlain’s Men, que tinha por mecenas Henry Wriothesley.
Em 1594, já Shakespeare tinha escrito as comédias “The Comedy of Errors”, “The Two Gentlemen from Verona” e “The Taming of the Shrew”; e as tragédias “Titus Andronicus” e “Richard III”.
Dividindo-se entre os palcos e a pena – para além de escrever, Shakespeare gostava também de representar – o autor assinará, a partir de 1594, uma média de duas peças por ano. Entre esse ano e 1598 escreveu “King John”, “Love’s Labour’s Lost”, “A Midsummer Night’s Dream”, “The Merchant of Venice”, “Romeo and Juliet”, “Richard II”, “Henry IV” e “Henry V”. Entretanto, o dinheiro ganho com a sua actividade era rapidamente investido: Shakespeare comprou uma casa imponente em Stratford, e investiu no negócio do malte.
Em 1598, perante a ameaça de fecho do teatro (por parte do senhorio), a companhia mudou-se para a zona sul do rio Tamisa e aí construiu um novo teatro, baptizando-o como The Globe. E é aí que começa o período mais florescente da escrita de Shakespeare.
Entre em 1599 e 1608, escreveu “Much Ado About Nothing”, “As You Like It”, “Twelfth Night”, “All’s Well That Ends Well”, “Troilus and Cressida”, “The Merry Wives of Windsor”. Escreveu, também, as grandes tragédias “Julius Caeser”, “Hamlet”, “Othello”, “Antony and Cleopatra”, “Coriolanus” e “Timon of Athens”. Neste período, a companhia adquiriu um novo estatuto: passaram a ser The King’s Men (os homens do rei).
Shakespeare continuava a adquirir bens em Stratford, sobretudo terras, e a partir de 1608, já perseguido pela fama dos seus rivais mais jovens (os dramaturgos emergentes Beaumont e Fletcher), escreveu as suas últimas peças: “Péricles, Prince of Tyre, “Cymbeline”, “The Winter’s Tale”, “The Tempest”, “Henry VIII”, “The Two Noble Kinsmen” e “Cardenio” (hoje perdida).
Em 1613, o Globe foi destruído pelo fogo e Shakespeare perdera o ascendente no panorama teatral londrino.
É razoável supor que se terá retirado, passando os seus últimos anos em Stratford.
Morreu em 1616.


CLAUDIO HOCHMAN

Formado em Encenação pela Escuela Municipal de Arte Dramático de Buenos Aires, Argentina, de onde é natural.

Tem assinado encenações em vários países, nomeadamente em Espanha, no México e em Portugal, onde se instalou em 2002.

Na Argentina, trabalhou vários anos no Teatro Gral. San Martín, de Buenos Aires, onde assinou várias adaptações de textos de autores como Brecht, Shakespeare ou Molière e pecas suas. Noutros teatros, dirigiu peças de teatro, musicais, operetas, espectáculos de tango ou espectáculos para a infância, alguns de sua autoria.
Tem trabalhado com regularidade em Espanha, levando à cena textos de autores como, Plauto, Júlio Verne, Isabel Allende, Eduardo Galeano ou Ruiz de Alarcón, para além de muitas peças de Shakespeare: "Sonho de uma Noite de Verão", "Conto de Inverno", "Medida por Medida" ou "Noite de Reis", em cidades como Valladolid, Sevilha, Albacete, Valência, Jaén, Gijón ou Granada, entre outras.
Em Portugal, tem assinado espectáculos em todas as temporadas desde 1996, muitos inspirados nas obras de Shakespeare, como "Comédia de Enganos", "Julietta", "Príncipe Fim" ou "Homlet", que dirigiu para a companhia que fundou em Lisboa – a Shakespeare Women Company.


No Teatro Nacional D. Maria II fez "Os Contos de Shakespeare", mas trabalhou também no Teatro da Trindade, onde dirigiu espectáculos como "Cyrano", a partir de Edmond Rostand, "Navio dos Rebeldes", musical sobre a revolta estudantil de 1962, "Proof" de David Auburn, "O Último Tango de Fermat" e "Os Sonhos de Einstein", musicais de Joshua Rosemblum e Joanne Sidney Lessner, "As Bodas de Fígaro", de Mozart, ou "Fungagá", musical a construído a partir das canções de José Barata Moura.
A convite da Companhia de Dança Paulo Ribeiro dirigiu "Anfitriões", a partir de Camões, Plauto e Molière, "José", musical de Tim Rice e Andrew Lloyd Webber, e participou como criador no espectáculo "Ego Skin" de Amélia Bentes, todos apresentados no Centro Cultural de Belém.
Como formador, tem dirigido inúmeros workshops de teatro, quer no seu país quer em Portugal, Espanha ou México, nas áreas de encenação, interpretação, teatro musicado e teatro de marionetas.


Na Argentina, foi orientador da disciplina de Interpretação na Escuela Nacional de Arte Dramático de Buenos Aires.


Como formador, tem dirigido inúmeros workshops de teatro, quer no seu país quer em Portugal, Espanha ou México, nas áreas de encenação, interpretação, teatro musicado e teatro de marionetas.

Na Argentina, foi orientador da disciplina de Interpretação na Escuela Nacional de Arte Dramático de Buenos Aires.
Ao longo da sua carreira, tem sido distinguido com vários prémios.

Entre os mais recentes, estão o Prémio FETEN Gijón para Melhor Espectáculo em Pequeno Formato (2004), o Prémio Revelação 2002 na Feira Palma del Rio, em Sevilha, menção especial para Melhor Espectáculo obtida no Festival Internacional de Marionetas de Plovdiv, na Bulgária. Com "Cyrano" obteve o Prémio do Certamen Metropolitano de Buenos Aires (1992) e o Primeiro Prémio Bienarte Córdoba (1993). Com “A Tempestade” (1996) e “El Collar de Perlita” (1997) ganhou os prémios ACE dos críticos de teatro de Buenos Aires. Em 1999 foi distinguido com o Prémio Maria Guerrero de Carreira.

Ficha Técnica


Versão e encenação Claudio Hochman

Música original Alfredo Moura

Apoio Vocal Isabel Campelo

Com : Bruno Huca, Catarina Guerreiro,Diogo Mesquita, João Miguel Mota, Fernanda Paulo, Marta Queirós, Rita Cruz e Samuel Alves.


Músicos: Eduardo Jordão, Eduardo Lála, Gonçalo Santos, Jorge Silva, Pedro Pernas, José Luis Carvalho.