domingo, 9 de setembro de 2007

Em Setembro no Instituto Franco Português

Setembro, um mês rico em acontecimentos no Instituto Franco Português.
Banda Desenhada
1 a 30 de Setembro, NLF
Exposição no âmbito do festival International de Taxi
“Un taxi nommé Nadir”, pranchas da BD de Romain Multier e Gilles Tevessin
(Edições Actes Sud)
FESTIVAL MÚSICA VIVA 2007
11 de Setembro, 21h30, IFP
Sond’Ar-te Electric Ensemble
Agrupamento dedicado ao “repertório misto”, onde se combinam e misturam
instrumentos tradicionais e meios electrónicos. Uma nova iniciativa da Miso
Music Portugal para a temporada 2007/08. Concerto de estreia.
Pedro Amaral: direcção, maestro titular; Frances Lynch: soprano e Jean-Marc
Sullon: electrónica. Direcção artística: Miguel Azguime
Obras de Filipe Pires, Masataka Matsuo, Pedro M. Rocha, Cândido Lima e
Philippe Leroux.
Preço dos bilhetes 10€ ; 5€ até aos 30 anos
co-produção: Instituto Franco-Português. Apoio: British Council, Sacem
Quarta-feira, 12 de Setembro, 21h30, IFP
Orquestra de Altifalantes I – Música Electrónica
MusicAL - concerto integrado na European Conference of Artificial Life 2007,
no seguimento do “Workshop de Música e Vida Artificial” Musical que juntou
cientistas e músicos que trabalham no campo da vida artificial (ou A-Life).
Obras de Jack Stamps ; Scott; Isabel Pires; Daniel Jones; David
Plans Casal; Eduardo Reck Miranda; Graziano Lella; Paula Matthusen;
Alexis Kirke & Lola Perrin; Tim Blackwell
Bilhetes 10€ ; 5€ até aos 30 anos
co-produção: ECAL, Instituto Franco-Português
Quinta-feira, 13 de Setembro, IFP
18h00 :
“Approach to Traditional Culture and Instruments by Japanese
Composers”
Conferência por Masataka Matsuo. Entrada livre
21h30: Electric Voice Theatre
Frances Lynch: soprano; Paul Bull: electrónica
Obras de Judith Weir; Andrew Lovett; Isabel Soveral; Alejandro Viñao
Bilhetes 10€ ; 5€ até aos 30 anos
Apoio: British Council
Sexta-feira, 14 de Setembro, 21h30 , IFP
Saxofínia José Massarão: saxofone soprano; José António Lopes: saxofone alto; MárioMarques: saxofone tenor; Alberto Roque: saxofone barítono, formam o Quartetode saxofones Saxofínia, surgido em 1987 no Conservatório Nacional de Lisboa,na classe do Professor Vítor Santos.
Obras de: António Pinho Vargas ; Clotilde Rosa; Christopher Bochmann;Luís Antunes Pena; José Luís Ferreira; Carlos Azevedo
Bilhetes 10€ ; 5€ até aos 30 anos
Co-produção: Instituto Franco-Português
EXPOSIÇÃO / LIVRO
De 13 de Setembro a 27 de Outubro, IFP
13 de Setembro, 18h30
Apresentação do livro de Brigitte D’Ozouville e Isabelle Lebastard “
Destino
de peixe
” (Livros Horizonte) seguida da Inauguração da Exposição “Destino
de Peixe”. Fotografias de Brigitte D’Ozouville e poemas de Isabelle
Lebastard, duas mulheres que se entusiasmaram por Portugal, sua luz, sua
linguagem. Um conjunto de imagens e de visões que nos lembra simbolicamente
o destino do homem do mar português junto ao Tejo e ao Sado.
20 de Setembro, 19h30, NLF
Lançamento do livro “Un taxi nommé Nadir” de Romain Multier e Gilles Tevessin (Edições ActesSud) No âmbito do festival Internacional do Táxi
29 de Setembro a 25 de Novembro, Culturgest
Jean-Luc Moulène
Conhecido sobretudo pelo seu trabalho em fotografia, J-L. Moulène tem situado a sua prática igualmente nos domínios da escultura e do desenho.
Curador: Miguel Wandschneider
DANÇA
13 e 14 de Setembro, 22h00, Piscina do Jamor, Estádio Nacional
Waterproof
De Daniel Larrieu pela Companhia Astrakan
Reposição de uma das peças emblemáticas da dança contemporânea
Organização: Culturgest -
http://www.culturgest.pt/, www.culturgest.pt
26 e 27 de Setembro às 21h00, IFP
Lígia e Andresa Soares I « O Que Foi Já Era O Que Vier Será » seguido de « Também Passará » de LígiaSoares « Sopro Fino Em Pedra Dura » seguido de « Ventanias de Outono » de AndresaSoares
Concepção/ interpretação – Andresa Soares e Lígia Soares,
Música – JoãoLucas
Uma produção Máquina Agradável com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian edo IFP.
29 e 30 de Setembro às 21h00, IFP
Lígia e Andresa Soares II « Monstros I » de Lígia Soares « Monstros II » de Andresa Soares
Concepção/ interpretação – Andresa Soares e Lígia Soares,
Música – JoãoLucas
Uma produção Máquina Agradável com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian edo IFP.
LER mais, VER melhor
14 de Setembro, 18h30, IFP
Conferência
Livros de Artista Infantis”, Elisabeth Lortic, especialista em ilustração,
Associação Les Trois Ourses, Paris.
15 de Setembro a 15 de Novembro, AMAC, Barreiro No melhor pano cai o livro Exposição das ilustrações em tecido dos livros da artista Louise-MarieCumont.
17 de Setembro, 15h00, AMAC, Barreiro Workshop de Louise-Marie Cumont
DEBATE
19 de Setembro, 21h00, IFP CAFÉ PHILO Tema : O Tempo O Café Philo está de volta para os seus encontros mensais. Venha debater oTEMPO em português ou francês
22 de Setembro, 11h00, IFP Hora do conto e Workshop “Histoires de vagues…” para crianças 4-9 anos com a artista Pascale Maguerez (www.lafrenchtouch.net)
Curtas-metragens
20, 21 e 22 de Setembro, das 21h00 às 24h00
No âmbito do Festival Internacional do Táxi, o FIKE organizou um concurso de
curtas-metragens tendo o táxi como mote. Venha ver e conhecer em primeira
mão o trabalho dos vencedores.
Uma colaboração Institut pour la Ville en Mouvement, Instituto
Franco-Português e FIKE
TEATRO
20 de Setembro a 28 de Outubro, Teatro Nacional D. Maria II
Peine d’amour perdu / Tanto Amor Desperdiçado
Pela Comédie de Reims. Direcção de Emmanuel Demarcy-Mota
De terça a Sábado às 21h30 e Domingos às 16h00.
CONCERTOS ANTENA 2
24 de Setembro, 19h00, IFP
As cordas descobriram o acordeão
O clássico quarteto de cordas com uma ampla história na música erudita
funde-se com o acordeão, um instrumento contemporâneo de extraordinárias
potencialidades.
Paulo Jorge Ferreira – Acordeão, Xuan Du – Violino I, Alexandra Mendes –
Violino II, Lu Zhenj – Viola, Catherine Strynckx - Violoncelo
Transmissão em directo para a Antena 2














XAVIER TRINDADE no Museu Nacional Soares dos Reis


O Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, recebe a exposição de pintura “Xavier Trindade – Um pintor de Goa (1870-1935)”, de 6 de Setembro a 31 de Outubro.

As 31 obras pertencem ao Espólio Trindade – colecção de pintura de António Xavier Trindade e da filha Ângela Trindade e foram doadas à Fundação Oriente por Esther Trindad Trust, responsável pela preservação do património artístico de ambos os pintores.

António Xavier Trindade nasceu em Goa, em 1870. Uma das características da sua obra é o retrato do quotidiano da Índia, os faquires, as mulheres de sari com o pote para a realização dos rituais (puja), ou o mendigo católico de Goa.
Outro traço específico que assimilou na sua obra é o sentimento religioso e espiritualista do povo indiano, nas suas múltiplas etnias e credos. As pinturas que Xavier Trindade fez das peregrinações dos hindus às águas sagradas do Ganges incluem as vistas dos templos às margens do rio, captando a luz típica daqueles locais.
Pinturas que reflectem a vivência na Índia com tendências do classicismo e naturalismo europeus. Óleos, aguarelas, desenhos e alguns esquissos fazem da obra de Xavier Trindade um verdadeiro exemplo de cruzamento dos universos culturais do Oriente e do Ocidente.
As pinturas de Xavier Trindade distinguem-se pela naturalidade e respeito pela Índia e já foram apresentadas nos Estados Unidos em 1996, no Museu de Arte da Geórgia e na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, em 2005.

A Fundação Oriente assumiu a função de divulgar a obra do pintor em Portugal e a expô-la de forma permanente em Goa.

Horário

Terça-Feira, das 14h00 às 18h00
Quarta-Feira a domingo das 10h00 às 18h00
Encerrado à segunda-Feira
Museu Nacional Soares dos Reis (Porto)
Entrada no Museu: 3,00 € (desconto de 50% para 3ª idade e estudantes até aos 25 anos)








Amanhã nas bancas


Ciclo Clint Eastwood em Coimbra

Com uma selecção de filmes da responsabilidade de
Abílio Hernandez Cardoso



o Teatro Académico de Gil Vicente apresenta o


Ciclo de cinema CLINT EASTWOOD


Dias 10, 11, 12, 13, 17 e 18 de Setembro
21h30


Por que razões vos convido a (re)ver estes filmes de Clint Eastwood?
1. Pela surpreendente singularidade da sua obra, impermeável a passageiras modas estilísticas, e herdeira, no contexto da cinematografia norte-americana contemporânea, do grande cinema clássico de Hollywood.
2. Pela sua clarividência em compreender como poucos, e saber expressá-lo como ninguém, o que é afinal o cinema de autor: «That auteur crap is exactly that. It's an ensemble: fifty, forty, twenty – or however big your crew is – guys all working together».
3. Pelo classicismo da sua mise-en-scène, pelo clima de envolvimento e pela cumplicidade que a câmara estabelece com as suas personagens.
4. Pela complexidade moral do seu universo ficcional e pelo olhar lúcido, corajoso, crítico e obstinado que nos oferece da América e do mundo.
Abílio Hernandez Cardoso

Programa

Dia 10
Bird
EUA, 1988, 160`, M/18
Clint Eastwood assina uma versão pessoal da vida do genial saxofonista negro Charlie Parker, num filme fragmentado que vai quebrando progressões psicológicas e emocionais da trajectória do músico, retratado de forma notável numa misteriosa e fascinante amálgama de evocações. Uma bela e nostálgica homenagem ao imortal “Bird” e à sua música, que Forest Whitaker recria de forma portentosa num dos melhores papéis da sua carreira, justamente premiado no Festival de Cannes.

Dia 11
Unforgiven
EUA, 1992, 125`, M/16
"Unforgiven" não foi só o grande e incontestado vencedor dos Oscares da Academia desse ano, mas a confirmação da grande maturidade de Eastwood atrás das câmaras. Por outro lado "Unforgiven" é um Western, género que conseguiu resistir às modas e às mortes anunciadas, onde Eastwood justamente demonstra ser um dos últimos e mais inspirados herdeiros da grande tradição de um cinema genuinamente americano. Mas Eastwood, que tantas vezes encarnou o herói mítico e romântico do Oeste, constrói um Western nos antípodas da saga épica e aventureira. Na verdade, "Unforgiven" é uma obra densa, amarga, sombria e cruel, que reflecte de forma impressionante sobre o abominável acto de matar.

Dia 12
Mystic River
EUA, 2003, 137`, M/12
Mystic River cruza a relação de três amigos de infância com um inquérito para descobrir um assassino. Jimmy Markum, Dave Boyle e Sean Devine cresceram juntos em Boston e passavam os dias a brincar num quarteirão sossegado. Até que um dia, Dave foi vítima de um acontecimento trágico que mudou as suas vidas para sempre. Vinte e cinco anos mais tarde, outro acontecimento trágico volta a reuni-los. A filha de 19 anos de Jimmy é assassinada. Sean, que é polícia, é destacado para o caso, juntamente com o seu colega. Os dois vão ter de estar um passo à frente de Jimmy que, cego de raiva, quer fazer justiça com as próprias mãos. Uma série de coincidências ligam Dave ao crime e isso vai obrigá-lo a lidar com os fantasmas do seu passado, fantasmas que ameaçam também o seu casamento. Todos estes acontecimentos vão pôr em causa a amizade dos três homens e as suas famílias e desenterrar uma inocência perdida demasiado cedo.

Dia 13
Million Dollar Baby
EUA, 2004, 145`, M/16
Um filme sobre os limites. Os limites da determinação, da força, da dedicação, do empenho, a matéria-prima da construção da vida. Clint Eastwood aparece velho, sem disfarces, exposto na usura do tempo sobre o corpo, proporcional ao crescimento da alma. O olhar é austero, preciso. O narrador, aquela soberba voz off que parece dirigida ao espectador e se sabe, no fim, que fala para o buraco negro afectivo da personagem principal, transporta um mundo de reflexão, de amadurecimento triado até à extrema depuração. E o gesto de amor com que culmina a história, libertando de uma sobrevivência cruel quem tinha lutado pela vida até à exaustão, toca no âmago da fragilidade maior de cada um de nós – quanto tempo teremos para sermos quem somos?

Dia 17
Flags of Our Fathers
EUA, 2006, 132`, M/12
Partindo da evocação de um facto concreto, a tomada da ilha de Iwo Jima pelos soldados americanos em 1945, uma das batalhas mais cruciais e sangrentas da 2ª Guerra Mundial, Clint Eastwood filma a América na guerra e, mais do que isso, a percepção pública da América na guerra e o modo como a América se auto-encena nessas circunstâncias, num momento em que o Iraque continua ao fundo, num estado indefinido algures entre uma guerra e um pós-guerra. Outro grande tema neste filme é o do "regresso", o do regresso dos soldados. Voltam de onde, voltam para onde (e quem volta)? As respostas a essas perguntas, solitárias e individuais, são substituídas por uma grande ficção "desumanizante" pronta a servir – arvorados em heróis e em símbolos, os soldados lutam contra a dissolução da sua experiência e, a partir daí, da sua identidade. Não têm outra além da do papel que lhes foi reservado no quadro da grande "ficção" de que se tornaram actores.

Dia 18
Letters from Iwo Jima
EUA, 2006, 140`, M/16
No seguimento de “Flags Of Our Fathers” surge “Letters From Iwo Jima”, a segunda parte do díptico de Clint Eastwood sobre a batalha de Iwo Jima.
Olhando pelo lado japonês, Clint Eastwood humaniza o inimigo americano através de três personagens: o general a cargo da defesa da ilha, Tadamichi Kuribayashi; um ex-padeiro convocado para a guerra, Saigo; e um ex-atleta olímpico, o Tenente Baron Nishi. São sobretudo as cartas dos dois primeiros às suas mulheres que dão nome ao filme.
Da mesma forma que os japoneses mal aparecem em “Flags of our Fathers”, a presença dos americanos neste filme é também reduzida. Mas enquanto o primeiro lidava sobretudo com os efeitos do pós-guerra, o segundo debruça-se mais profundamente sobre a realidade da guerra, a tragédia de morrer sem um motivo válido, a reacção perante a inevitabilidade (“O que vou fazer depois de morreres?”, pergunta a mulher de Saigo quando ele é recrutado) e o conceito de honra (onde entra o ritual suicídio).

Preço normal 4,50€
Preço estudante e sénior 3,50€