terça-feira, 10 de julho de 2007

Casino Estoril com exposição de Robert de la Cal


“Os Sonhos e as Imagens”
de Robert de la Cal na
Galeria de Arte do Casino Estoril


Robert de la Cal, toda a vida um apaixonado pela pintura, realiza, aos 60 anos, a sua primeira exposição individual na Galeria de Arte do Casino Estoril, a inaugurar no próximo dia 13 de Julho, sexta-feira, às 21,30 horas.
Tendo nascido no Missouri, Estados Unidos, cedo foi viver para Havana com seus pais, a jornalista Martha de la Cal e Benito de la Cal, um cubano de ascendência espanhola. No início dos anos 60 a família deslocou-se para Madrid, onde o jovem Robert estudou pintura e desenho, primeiro na FAE e mais tarde no IADE.
Durante o período da sua estada em Espanha, visitou diversas capitais europeias – Roma, Atenas, Paris, Ankara e outras grandes cidades – tendo como objectivo principal conhecer os grandes museus, conhecimento que lhe proporcionou apreciar as obras de alguns dos mais notáveis mestres da pintura dos países visitados.
Tais visitas avivaram em Robert o seu gosto pela pintura e quando em 1967 se fixou com a família em Lisboa, retomou o estudo do Desenho e da Pintura na ARCO, que frequentou durante quatro anos (1981/1985).
Na exposição que agora irá inaugurar, Robert de la Cal apresenta uma selecção de três dezenas dos seus muitos trabalhos. É a concretização de um sonho de longos anos, razão talvez da escolha para esta exposição do nome de Os sonhos e as imagens, representativas da sua linguagem pictórica, que se divide entre o neofigurativismo, o geometrismo e o expressionismo abstracto, a escrita dominante nas obras de produção mais recente.
Esta exposição ficará patente ao público todos os dias, das 15 às 24 horas, até 25 de Julho.

Rossini no Festival de Sintra

O Barbeiro de Sevilha,
no Palácio Nacional de Queluz,
dias 12, 13 14 de Julho, 21 horas


O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini, é uma ópera cómica em dois actos.
Esta história divertida com um estilo cómico e inteligente mostra-nos a avidez pela vida que surge no despontar do amor jovem.O Conde Almaviva apaixona-se pela bela Rosina, que é mantida como uma prisioneira pelo seu guardião, o Dr. Bártolo. Almaviva contrata o multifacetado e astuto Fígaro para o ajudar a libertá-la, o que consegue recorrendo a engenhosos truques e divertidos disfarces.
Nesta produção da Op-Companhia de Ópera, a diversão da música de Rossini transparece, realçada pela interpretação carregada de humor, divertindo plateias e encantando o público por todo o país.
De Gioacchino Rossini
Elenco:
Ana Paula Russo Luís Rodrigues Mário João Alves João Merino João Oliveira Ana Luísa Cardoso Jorge MartinsEncenação: Carlos Avilez


Marky Ramone em Corroios




“HEY HO… LET’S GO SUMMER FESTIVAL”

MARKY RAMONE


15 de Julho no Cine-Teatro Corroios

Abertura das Portas : 16 horas


MARKY RAMONE, nasceu em 15 de julho de 1956 em Brooklyn, Nova York, e é precisamente no dia em que comemora o seu 51º aniversário que regressa a Portugal para mais um concerto. Marky foi baterista dos Ramones desde 1978 onde substituiu Tommy.

Além dos Ramones tocou nos The Voivods e nos Dust.

Em 1983 saiu dos Ramones, voltando depois em 1987 onde se manteve até ao final da banda. Já no passado mês de Janeiro, Marky Ramone passou pelos palcos nacionais dando um grande concerto em Lisboa.

O regresso estava previsto para 22 de Julho no festival de Vilar de Mouros, mas o cancelamento desde histórico festival de Verão antecipou a visita de Marky Ramone e da sua banda ao nosso país.
Inserido num festival intitulado "HEY HO... LET’S GO SUMMER FESTIVAL" o regresso de Marky será apadrinhado pelos THE QUEERS, banda Punk/rock Americana fundada em 1982, e pelos portugueses CAPITÃO FANTASMA, MATA-RATOS, DECRETO 77, GRANKAPO e BLESS THE OGGS.

Os bilhetes têm o preço de 19 euros se comprados antecipadamente ou 22 euros se comprados no dia do concerto.

Locais de venda :

Portugal Ultra, Dark Doll, Velvet Touch, Carbono (Amadora e Lisboa), Xaranga e Cine-Teatro Corroios.
Será esta, quem sabe, a ultima oportunidade de ver ao vivo esta lenda do punk no nosso país. Não é permitido perder a actuação de Marky, revisitando os temas históricos dos míticos RAMONES.

António Chainho na Feira de Artesanato do Estoril


ANTÓNIO CHAINHO
actua na 44ª Feira de Artesanato do Estoril
(recinto em frente ao Centro de Congressos do Estoril),
esta 6ª feira, dia 13 de Julho, às 21:30h
acompanhado na viola de fado por Fernando Alvim
e pela voz de Isabel Noronha

Schubert no Centro Comercial de Belém


“SCHUBERTÍADA”

13 de Julho 2007 21H00
Pequeno Auditório
Duração aproximada: 2h com intervalo
Schostakovich-Ensemble (DSCH)
Filipe Pinto-Ribeiro – piano
Tatiana Samouil – violino
Justus Grimm – violoncelo


Programa

I

Franz SCHUBERT (1797-1828)


Sonata para violino e piano em Lá Maior, D. 574
I. Allegro moderato
II. Scherzo: Presto
III. Andantino
IV. Allegro vivace
Franz SCHUBERT (1797-1828)
Sonata “Arpeggione” para violoncelo e piano em Lá menor, D. 821
I. Allegro moderato
II. Adagio
III. Allegretto

II


Franz SCHUBERT (1797-1828)


Trio para piano, violino e violoncelo n.º 2 em Mi bemol Maior, D. 929
I. Allegro
II. Andante com moto
III. Scherzo: Allegro moderato
IV. Allegro moderato
Notas ao Programa
Sonata para violino e piano em Lá Maior, D. 574


Este duo, escrito em 1817, adopta uma estrutura formal já experimentada nas sonatinas para violino e piano, escritas no ano anterior.

O que a distingue das sonatinas é uma maior elaboração e uma maior eloquência e equilíbrio no discurso entre os dois instrumentos. Esta peça permaneceu anónima até 1851, data em que foi baptizada como “Duo” e publicada por Diabelli.
Sonata “Arpeggione” para violoncelo e piano em Lá menor, D. 821
Esta peça, que conserva ainda hoje grande popularidade, foi fruto de um perfeito acaso.

Foi escrita com o objectivo de promover as qualidades do arpeggione, um instrumento derivado da viola da gamba, comparável ao violoncelo (pela forma) e da guitarra (pelas seis cordas). Também designado por guitarra-violoncelo, ou ainda por guitarra de arco, este instrumento, criado em 1823 pelo luthier vienense Johann Georg Staufer, teve uma existência efémera.

Terá sido provavelmente Staufer a encomendar a peça a Schubert, em Novembro de 1824. Vincenz Schuster, virtuoso impulsionador do arpeggione, estreou a peça em sua casa, com o próprio Schubert ao piano.

A primeira edição, que contava ainda com uma transcrição para violino e violoncelo, surgiu apenas em 1871.

Entretanto foram aparecendo transcrições para viola e guitarra, versões orquestrais da parte de piano, entre outras.

Hoje, a peça é geralmente tocada numa versão para violoncelo e piano. Composta por três andamentos, tem um carácter tranquilo, charmoso e improvisado.
Trio n.º 2, em Mi bemol Maior, D. 929
Segundo o manuscrito original pertencente à família Wittgenstein, este trio foi escrito em Viena, em Novembro de 1827.

A sua primeira execução pública decorreu no mês seguinte, na imponente sala vienense Musikverein. Uma segunda execução, organizada pelo próprio compositor, teve lugar na mesma sala em Março de 1828. À semelhança de outras obras deste período, a estruturação formal deste trio foi cuidadosamente trabalhada, estando subjacente a preocupação de assegurar uma unidade temática entre os quatro andamentos.

A partitura foi editada pela Editora Probst, em Leipzig, a qual pagou ao compositor apenas 30 florins, um quarto do valor comercial esperado por uma obra desta envergadura. Schubert viria a morrer ainda antes de ter oportunidade de rever as provas de impressão da partitura.


SCHOSTAKOVICH-ENSEMBLE (DSCH)


“A música de câmara exige do compositor a mais perfeita das técnicas e uma grande profundidade de pensamento. Compor obras de música de câmara é significativamente mais difícil do que compor obras orquestrais…
A pobreza de pensamento na música de câmara é simplesmente insuportável.”
Dmitri Schostakovich

O Schostakovich-Ensemble (DSCH) é um agrupamento de música de câmara criado no ano do centenário do nascimento de Dmitri Schostakovich (2006) com o propósito de divulgar a sua mensagem artística através da interpretação da sua obra de música de câmara e da obra de outros compositores, independentemente do espaço temporal que ocupam na História da Música.
Apresentou-se em concerto em várias capitais europeias como Lisboa, Estocolmo, Tallinn e Moscovo, obtendo o reconhecimento unânime da crítica especializada.
Desde a sua fundação, o Schostakovich-Ensemble (DSCH) contou com a participação dos violinistas Tatiana Samouil, Ludwig Dürichen e José Despujols, dos violetistas Natalia Tchitch e Mateusz Stasto, dos violoncelistas Pavel Gomzkiakov, Vicente Rosas Chuaqui e Justus Grimm, dos pianistas Rosa Maria Barrantes e Filipe Pinto-Ribeiro e dos cantores Zlata Rubinova e Yuri Kissin. O seu repertório é composto pela obra de música de câmara de Dmitri Schostakovich, Franz Schubert, Wolfgang Amadeus Mozart, Maurice Ravel, Johannes Brahms, Fernando Lopes-Graça, Robert Schumann, Ludwig van Beethoven, Sofia Gubaidulina, entre outros.
O Schostakovich-Ensemble (DSCH) tem a direcção artística de Filipe Pinto-Ribeiro.
Qual o significado do criptograma DSCH no nome Schostakovich-Ensemble?
O criptograma DSCH é o famoso motivo musical ré-mi bemol-dó-si utilizado por Schostakovich em várias obras. Trata-se de uma assinatura musical oculta que foi criada a partir das primeiras letras do seu nome e apelido em caracteres latinos que, na língua alemã, correspondem a notas musicais: Dmitri SCHostakovich = D-ré, S (lê-se “e s”) -mi bemol, C-dó e H-si.
Ao interpretar ou ouvir a sua música, pressente-se o enigma irresistível que encerra o seu credo artístico de autenticidade e humanismo. As obras de música de câmara de Schostakovich exigem aos intérpretes um apurado realismo sonoro e profundidade espiritual: este é o objectivo do Schostakovich-Ensemble (DSCH).


TATIANA SAMOUIL – violino


Nasceu em São Petersburgo, numa família de músicos. Aos nove anos estreou-se como solista com a Orquestra Nacional da Moldávia, sob a direcção de seu pai, Alexander Samouil.
Diplomou-se com menção especial do júri no Conservatório Tchaikovski de Moscovo, na classe de Maia Glezarova. Concluiu o mestrado no Conservatório Real de Bruxelas com Igor Oistrakh, onde recebeu o Prémio Especial Maurice Lefrank. Estudou ainda com José Luis Garcia na Escola Superior de Música Rainha Sofia em Madrid.
Foi distinguida com o 1.º Prémio no Concurso Tenuto, o Grand-Prix do Concurso Henri Vieuxtemps, a medalha de ouro no Concurso Mundial de Violino Michael Hill, a medalha de bronze no Concurso Tchaikovski de Moscovo e é ainda laureada do Concurso Jean Sibelius e do Concurso Rainha Elisabeth de Bruxelas.
Tocou como solista com a Orquestra Nacional da Rússia, Orquestra Nacional da Bélgica, Orquestra Sinfónica de São Petersburgo, Orquestra Sinfónica da Holanda, Orquestra Sinfónica do Teatro Colón de Buenos Aires, Orquestra Sinfónica do Teatro La Monnaie, Orquestra da Rádio da Finlândia, Filarmónica de Nijni Novgorod, Filarmónica de Auckland, Orquestra Nacional de Câmara de Toulouse, Deutsches Kammerorchester de Berlim, sob a direcção, entre outros, de G. Varga, B. Engeset, M. Harth-Bedoya, Alexander Rabhari, K. Ono, H. Beissel, A. Anissimov e L. Gorelik.
Tem uma actividade intensa no domínio da música de câmara tocando, entre outros, com Gérard Caussé, Bruno Pasquier, Michaela Martin, Frans Helmersson, Katia e Marielle Labèque, Sonia Wieder-Atherton e Augustin Dumay.
É docente na Chapelle Musicale Reine Elisabeth e no Instituto Superior de Música de Namur. É concertino da Orquestra Sinfónica do Teatro La Monnaie de Bruxelas.


JUSTUS GRIMM – violoncelo


Nascido em Hamburgo, Justus Grimm recebeu aos cinco anos a sua primeira lição de violoncelo de seu pai.
Mais tarde, estudou em Saarbrücken com Ulrich Voss e em Colónia/Estocolmo com Claus Kanngiesser e Frans Helmerson. Participou em masterclasses com Steven Isserlis, Heinrich Schiff, Boris Pergamenschikov e William Pleeth.
Justus Grimm recebeu o primeiro prémio como violoncelista na Escola Superior de Música de Colónia e foi premiado no Concurso de Escolas Superiores de Música na Alemanha.
Em 1999, com o pianista Florian Wiek, ganhou o primeiro prémio no Concurso Nacional “Deutscher Musikrat”, e obteve ainda o primeiro prémio e medalha de ouro no Concurso Internacional “Maria Canals” em Barcelona. Desde então, apresentam-se regularmente em vários festivais pela Europa (Ludwigsburger Festspiele, Festival van Vlaanderen, Grieg Festival na Noruega, Festival Zermatt na Suíça, Festival Mitte Europa).
Desde 1999, é o primeiro Violoncelo Solo da Ópera Nacional de la Monnaie, em Bruxelas.
Justus Grimm teve a sua estreia como solista em 1993 com a Orquestra Filarmónica de Hamburgo. Posteriormente, tem-se apresentado com a Orquestra Filarmónica de Bona, Staatsorchester Rheinische Philharmonie, Orquestra Sinfónica de la Monnaie, Orquestra Filarmónica de Brandenburgo, Orchestra Royal de Wallonie, Orquestra de Câmara da União Europeia, English Chamber Orchestra, em salas de concerto como a Berliner Konzerthaus, Musikhalle Hamburg, Beethovenhalle Bonn, a Cologne Philharmonie e o Palais des Beaux Arts em Bruxelas, em parceria com os músicos Heribert Beissel, Gerard Caussé, Augustin Dumay, Abdel Rahman El Bacha, Kazushi Ono ou Antonio Pappano.
Para além de numerosas apresentações em rádio e televisão (WDR, NDR, SWR, DLF, RTBF, VRT, Musique France…), Justus Grimm gravou um CD com obras de Beethoven, Brahms e Schostakovich para a etiqueta Ars Musici. Para a mesma etiqueta, gravou recentemente um CD com o Trio Wiek, incluindo obras de Weber e Mendelssohn. Desde 2004, Justus Grimm é professor de violoncelo no IMEP, em Namur.


FILIPE PINTO-RIBEIRO – piano


Nasceu no Porto. É doutorado com a máxima classificação pelo Conservatório Tchaikovski de Moscovo, e considerado um dos músicos portugueses mais relevantes da actualidade.
Enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou no Conservatório Tchaikovski de Moscovo sob a orientação de Liudmila Roschina – chefe de cátedra de piano – tendo concluído, com a classificação “Excelente” a todas as disciplinas, o Doutoramento em Interpretação Pianística.
Em Portugal, estudou com Helena de Sá e Costa e graduou-se com Pedro Burmester na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, no Porto.
Recebeu a influência de diversos mestres e participou com frequência em masterclasses internacionais. Foi apreciado e aconselhado por alguns dos maiores nomes do panorama pianístico mundial, incluindo Elisso Virsaladze e Dmitri Bashkirov.
É professor no Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares, em Almada, e na Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Tem orientado frequentemente masterclasses de piano.
O seu CD de estreia, interpretando obras de Modest Mussorgsky, Alexander Scriabin, Dmitri Schostakovich, Claude Debussy e Maurice Ravel, está em segunda edição (Numérica 1118). O CD Berlin Sessions (Numérica 1105), gravado pelo pianista na capital alemã, contendo sonatas de Domenico Scarlatti, Carlos Seixas, Ludwig van Beethoven, Richard Wagner e Serguei Prokofiev, obteve excelente recepção por parte do público e da crítica musical.
Gravou um CD em duo com a pianista Rosa Maria Barrantes incluindo obras de Gabriel Fauré, Eric Satie, Claude Debussy, Francis Poulenc e Maurice Ravel (Numérica 1119).
Desenvolve uma intensa actividade solística e camerística, abrangendo um vasto repertório que se estende do barroco até aos nossos dias.
Fez a estreia em Portugal de obras como os 24 Prelúdios e Fugas, Opus 87 de Dmitri Schostakovich, a chaconne de Sofia Gubaidulina, o Concerto para piano e orquestra, Opus 33 de Antonín Dvorák ou a versão para piano de As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz de Joseph Haydn.
Apresenta-se frequentemente a solo com diversas orquestras, como a Orquestra Filarmónica da Arménia, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, sob a direcção, entre outros, dos maestros Marc Tardue, Roman Brogli-Sacher e John Nelson.
É director artístico do Schostakovich-Ensemble (DSCH).
Pianista laureado, tem actuado em algumas das principais cidades da Europa, Ásia e América, vendo o seu pianismo reconhecido como ímpar pela crítica especializada.
Franz Schubert (1797-1828)
Nasceu em Viena. Compositor austríaco, foi buscar a sua inspiração criadora aos seus antecessores imediatos, Mozart e Haydn, que determinaram o seu estilo, reconhecendo na música do seu contemporâneo Beethoven “um ideal inatingível”. Realizou-se plenamente no domínio lírico, especificamente no Lied, género que os seus antecessores ainda não tinham abordado. Entre a abundante produção de Schubert, as sonatas são injustamente negligenciadas, facto que se deve principalmente ao desconhecimento desta parte do repertório schubertiano.
Representa a personalidade contemplativa, viajante solitário com aspirações panteístas. A sua música reflecte essa ânsia de fuga e de lirismo, é prolixa, fértil em prolongamentos e digressões, repetitiva.

Na realidade, a mais bela da sua música é feita de reminiscências de temas inesquecíveis. Ao génio melódico, alia-se o génio modulador do compositor, que oscila incessantemente entre tonalidades maiores e menores, alargando o domínio da tonalidade e definindo as fronteiras da atonalidade.

Em Schubert, a escrita pianística toma as cores da intimidade e da espontaneidade; a sua fantasia transcende as regras, para cantar a ternura ou a melancolia risonha.

João Pedro Pais no Casino Estoril


João Pedro Pais ao vivo
no Casino Estoril


Compositor e intérprete, João Pedro Pais é a principal atracção dos “Grandes Concertos do Casino Estoril”, na próxima Quinta-Feira, às 23 e 30.
De regresso ao Du Arte Lounge, o artista convida o público a revisitar os êxitos mais expressivos do seu repertório.
João Pedro Pais editou, recentemente, “Lado a Lado”, um projecto iniciado, em 2006, com Mafalda Veiga. São vários duetos, que exploram novas sonoridades e unem o universo musical dos dois artistas.
Nos seus concertos, João Pedro Pais recupera, habitualmente, êxitos como “Ninguém é de Ninguém”, “Louco Por Ti”, “Nada de Nada”, “Resto de Tudo”, “Lembra-te de Mim”, “Mentira”, “Mais Que Uma Vez”, “Um Pouco de Ti” ou “Não Há”.
João Pedro Pais é reconhecido pelos arranjos e som de inquestionável qualidade.

Os álbuns “Tudo Bem”, “Segredos”, “Outra Vez” ou “Falar por Sinais” constituem alguns dos momentos mais altos do seu percurso musical.
Após esgotar, no ano passado, o Du Arte Lounge, onde o público, predominantemente jovem, se rendeu à sua melhor música, João Pedro Pais regressa aos “Grandes Concertos do Casino Estoril” para outra actuação inspirada nos seus registos mais românticos.
Presença obrigatória no Du Arte Lounge, João Pedro Pais sublinha que este ciclo de concertos, “constitui um contributo muito importante na divulgação da música nacional, nomeadamente pela forma como tem convidado músicos portugueses para actuarem no seu palco”.
A animação no Du Arte Lounge será assegurada, a partir das 21 horas, com a participação de vários agrupamentos residentes.

Recorde-se que, por imperativo legal, o acesso aos espaços do Casino Estoril é reservado a maiores de 18 anos.

Começou a competição em Vila do Conde

O terceiro dia do Festival de Curtas de Vila do Conde contou com um pequeno incidente numa das principais sessões, a das 21.30h.