terça-feira, 17 de julho de 2007

Sonho de Uma Noite de Verão no Alentejo



Footsbarn Theatre

em Vila Nova de Santo André



O Teatro Nacional D. Maria II apresenta, em colaboração com a AJAGATO, “Sonho de uma Noite de Verão”, o clássico de William Shakespeare revisto pelo Footsbarn Travelling Theatre.
Em Vila Nova de Santo André, no litoral Alentejano, os Footsbarn vão montar a sua tenda, com capacidade para 400 pessoas, e apresentar “Sonho de uma Noite de Verão” nos dias 20,21 e 22 de Julho.

A companhia britânica é reconhecida nos circuitos internacionais por recorrer a formas teatrais populares (inclusivamente à linguagem circense e à mímica).

Há 25 anos, na altura em que se estrearam entre nós, a sua presença obteve grande impacto junto ao público e à crítica.

Com uma linguagem simultaneamente acessível e rica, os Footsbarn abordam o público de forma simples, sem perder a complexidade dos textos sobre os quais decidem trabalhar.

Neste caso, uma peça de William Shakespeare, que integra o repertório da companhia vários anos e que agora foi remontada, fazendo a sua estreia em França no passado dia 4 de Julho.

encenação Patrick Hayter
cenografia e máscaras Fredericka Hayter
figurinos Hannah Sjodin
música Steve Johnston
desenho de luz Bruno Hocquard
fotografia Sophie Lascelles

com
Joey Cunningham Vincent Gracieux Paddy Hayter Caroline Piette
Muriel Piquart Mas Soegeng Akemi Yamauchi

músicos
Chandran Veyattummal Pawel Paluch

Sinopse

Hérmia está apaixonada por Lisandro mas o pai quer fazê-la casar-se com Demétrio. Os dois amantes decidem fugir, mas Helena – que ama Demétrio – revela-lhe o plano, na expectativa de o conquistar. Os quatro jovens embrenham-se no bosque, onde os esperam aventuras tão inesperadas quanto inesquecíveis.

Entretanto, uma trupe de actores ensaia a peça “A Tragédia de Píramo e Tisbe” para o casamento de Teseu, Duque de Atenas, e Hipólita, a rainha das Amazonas. Dois convidados ilustres para a boda – Oberon, rei das fadas, e a sua rainha, Titania – chegam ao mesmo bosque, mas estão desavindos: a rainha recusa-se a entregar o seu pajem para servir o marido e este decide castigá-la, fazendo-a apaixonar-se por... um burro.
Depois de uma sequência de enganos cómicos, a acção de “Sonho de uma Noite de Verão” termina com três casamentos, para contentamento de todos.

O AUTOR: WILLIAM SHAKESPEARE

Pouco ficou documentado sobre a vida de Shakespeare, mas acredita-se que terá nascido em 1564, em Stratford-on-Avon, no seio de uma família de comerciantes. Apesar de não ter chegado a ir à Universidade, frequentou a escola. Em 1582, com apenas 18 anos, casou-se com Anne Hathaway, oito anos mais velha, e desse casamento nasceram três filhos: Susanna (1582) e os gémeos Judith e Hamnet (1586).

Entre 1586 e 1592, a vida de Shakespeare passou por um período menos claro. É possível que tenha deixado a terra natal e a família, para se juntar a uma trupe de actores em digressão, embora haja quem defenda que, durante esse tempo, tenha trabalhado como preceptor ou mestre-escola. Certo é que, em 1592, já era conhecido nos teatros londrinos, como autor.
Em 1594, tornava-se sócio da companhia de Lord Chamberlain’s Men e dividia-se entre os palcos e a pena.

Em 1598, perante a ameaça de fecho do teatro (por parte do senhorio), a companhia mudou-se para a zona sul do rio Tamisa e aí construiu um novo teatro, baptizando-o como The Globe e adquirindo o patrocínio real.
Em 1613, porém, o Globe foi destruído pelo fogo e Shakespeare – que perdera o ascendente no panorama teatral londrino – retirou-se, passando os seus últimos anos em Stratford.
Morreu em 1616.
Entre as suas peças mais conhecidas contam-se “A Midsummer Night’s Dream”, “The Merchant of Venice”, “Romeo and Juliet”, “Richard III”, “Much Ado About Nothing”, “Hamlet”, “Othello” ou “Coriolanus”.

O ENCENADOR: PATRICK HAYTER

Nasceu em 1952, em Londres, filho do actor e encenador Richard Hayter.

Estudou Zoologia, Botânica e Geologia, mas um atelier de teatro fê-lo abandonar o projecto de se tornar veterinário para abraçar a vida teatral. Em 1968, juntava-se ao Repertory Company de Londres, onde trabalhou como assistente de encenação, e, no ano seguinte, estava na companhia The Orchard Theatre, da qual se tornou director técnico ao mesmo tempo que interpretava pequenos papéis.

Em 1969, partiu para a Escola Jacques Lecoq, em Paris, onde, durante dois anos e graças a uma bolsa de estudos paga pelo governo inglês, pôde aprofundar a sua formação teatral, até então feita essencialmente da prática. Depois de França, partiu para Berlim, na Alemanha, onde trabalhou com o mítico Bread an Puppet Theatre.

Em 1973, de regresso a Inglaterra, integrou o Footsbarn Travelling Theatre, onde actualmente desempenha funções de actor, encenador e co-manager.

A COMPANHIA: FOOTSBARN TRAVELLING THEATRE

O Footsbarn Travelling Theatre foi fundado em 1971, na Cornualha, por Oliver Foot e Jean Paul Cook e deve o seu nome ao primeiro local de ensaios da companhia – o celeiro da família Foot.
Inicialmente, a trupe apresentava-se essencialmente em praças públicas, com o objectivo de levar o teatro até um público carenciado de oferta cultural. A sua estética era o mais simples possível: importava fazer espectáculos que contassem histórias e suscitassem emoções de forma divertida e acessível. Dez anos passados sobre a sua fundação, o grupo foi crescendo e, considerando que a sua missão estava cumprida no que diz respeito à Cornualha, fez-se à estrada. Rapidamente, tornou-se uma referência no circuito das artes performativas e começou a ser requisitado para grandes festivais internacionais na Holanda, Alemanha, Irlanda, País de Gales, Inglaterra ou França – onde se apresentou, inclusivamente, no prestigiado Festival de Avignon.
Actualmente sediado em França, o Footsbarn Theatre integra elementos de oito nacionalidades distintas e inclui, na sua equipa de trabalho, actores, técnicos, cozinheiros, uma costureira, administradores, um assessor de imprensa, um fotógrafo, mecânicos e dois professores encarregados de instrução das crianças.

O seu objectivo é o de sempre: fazer teatro como se fazia na Idade Média, conseguindo a maior proximidade possível com as mais diversas plateias.

Duração 2 horas sem intervalo
Língua Inglês (sem legendagem)
Nao sera a melhor opcao, certamente!

Centro Cultutal de Belém apresenta programação para 2007/2008















Centro Cultural de Belém

Programação 2007/2008






Hoje, pela manhã , e com a presença de Isabel Pires de Lima, Ministra da Cultura, Mega Ferreira e o seu staff cultural apresentaram ,em conferência de Imprensa ,a programação do Centro Cultural de Belém para 2007/2008 ( Setembro a Agosto).

E são várias as inovações constantes desta programação:

O artista associado, figura até agora inexistente, surgirá durante toda a época com participações a vários niveis. Será ele Pedro Carneiro, músico e compositor.


" Música Portuguesa Hoje" é a aposta na divulgação da música portuguesa actual erudita e não só.

A Escola de Verão de Jazz ( Jazz Summer School) será outra das novidades e que irá proporcionar um grande Encontro entre formadores nacionais e estrangeiros.

Em termos musicais este período será marcado pela presença de Beethoven, melhor da sua obra. Poderemos ainda ouvir duas Oratórias de Bach.

Jorge Palma com Quarteto de Cordas
terá carta branca para criar um espectáculo.
A 25 de Abril , Rafael Fraga, um jovem musico portugues, apresentará um trabalho sob a designação " Vinte Canções para Zeca Afonso" que testemunhará a importância daquele poeta e músico na Cultura Portuguesa. Cuja obra Rafael Fraga so conheceu depois da sua morte
Pina Bausch regressará com os bailados " Café Muller e Mazurca de Fogo e ainda Nefes.
Também será possivel assistir a exibições divertidas e deconstruidas do Royal Ballet de Flandres, sob orientação de Willian Forsythe. " Impressing the Czar" é uma dessas exibições.
No teatro surge uma novíssima encenadora italiana, melhor siciliana, de seu nome Emma Dante que apresentará três espectáculos sobre as relações inter famílias.
Enrique Diaz, conhecido encenador brasileiro, também estará presente com uma nova leitura sobre " Hamlet" de Shakespeare e sobre " A Gaivota " de Anton Tchekov.
O audio visual articulando com o teatro e outros programas para os mais novos estará igualmente presente.
Há contudo um aspecto que Mega Ferreira fez questão de salientar: ao completar quinze anos de existência o Centro Cultural de Belém recebe pela primeira vez Sequeira Costa.

Este virtuoso do piano dará dois concertos com obras dos seus compositores favoritos, Chopin, Liszt, Beethoven, orientará um Master Class e apresentará uma autobiografia.

Permitimo-nos dizer: uma estreia em grande!



E é esta a programação que o Centro Cultural de Belém nos oferece para a temporada 2007/2008.















Máscara Ibérica na Estação do Rossio

“Máscara Ibérica” em exposição

A exposição “Máscara Ibérica” é inaugurada dia 19 de Julho, às 19h00, na Estação do Rossio, numa cerimónia onde estará presente o secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho.
Esta é uma iniciativa conjunta da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, da Progestur e da Agência Baixa Chiado.
A exposição mostra ambientes e imagens dos rituais da Máscara que, ainda hoje, acontecem em Portugal e nas regiões da Galiza e de Castela e León.
Cem imagens de média e grande dimensão, assim como dezenas de máscaras originais, fatos e adereços usados nos rituais, estarão patentes até 2 de Setembro.
Esta mostra abrange, ainda, a maior exibição alguma vez apresentada ao público de “Máscaras de Lazarim”, algumas delas com mais de 50 anos.
A iniciativa conta com o apoio do Turismo de Portugal, Ministério da Cultura, Junta da Galiza e Junta de Castilla e León.
Parte das receitas obtidas revertem a favor de duas instituições cuja actividade e objectivos projectem o apoio social, como a Associação ABRAÇO e a Associação Portuguesa de Deficientes.

Citemor 2007



E já lá vão…. 29 edições

O CITEMOR – FESTIVAL DE MONTEMOR-O-VELHO comemora este ano a sua 29ª edição.
De 19 de Julho a 11 de Agosto a arte e a cultura vão andar de mãos datas em Montemor-o-Velho.
Esta vila, cujos vestígios remontam ao período neolítico, há muito que sabe receber bem os artistas e quem a visita. Os meses de Julho e Agosto são sinónimo de Festival e animação.
As apresentações decorrerão em vários locais históricos entre os quais destacamos o castelo e o Teatro Esther de Carvalho.
As primeiras referências à povoação e ao castelo datam do ano de 848, quando Ramiro I das Astúrias e o seu tio, o Abade João do Convento de Lorvão o conquistaram. Já em 1994, o edifício sofreu obras de recuperação e consolidação das muralhas, arranjo dos jardins e instalação da iluminação permanente. Foi decretado Monumento Nacional em 1910 e das suas muralhas avistam-se os arrozais do rio Mondego.
O Teatro Esther de Carvalho, recuperado e reaberto ao público em 2003, é um edifício do final do Século XIX com uma estrutura arquitectónica simples mas com elementos interiores de decoração mais rica. Foi um dos últimos teatros projectados com inspiração nos modelos neoclássicos. Com a designação inicial de Teatro Infante D.Manuel, a sua riqueza interior em muito se deve à decoração em madeira totalmente pintada. No século XX, em homenagem à actriz montemorense, Esther de Carvalho passa a ter a actual designação.
PROGRAMA Citemor — 29º Festival de Montemor-o-Velho

OS VIVOS
Teatro O Bando
19, 20 e 21 de Julho 22:30
Praça da República
co-produção, residência de criação, estreia

OITO EXERCÍCIOS PARA MÃE E FILHA
Marta Pisco
26 e 27 de Julho 22:30
Teatro Esther de Carvalho
co-produção, residência de criação, antestreia

ÚLTIMA CHAMADA seguido de COLECÇÃO PRIVADA
Rafael Alvarez,
28 de Julho 22:30
sala b
co-produção, estreia


LESIONES INCOMPATIBLES CON LA VIDA seguida de BROKEN BLOSSOMS e YO NO SOY BONITA
Angélica Liddell
2 e 4 de Agosto 22:30
sala b
estreia nacional


SPACEBOYS + Rodrigo Amado + Flak
3 de Agosto 22:30
Teatro Esther de Carvalho

A MORTE DO ARTISTA
9 de Agosto 22:30
Teatro Esther de Carvalho
co-produção


EL TEMBLOR DE LA CARNE
Carlos MarquerieCompañía Lucas Cranach
10 e 11 de Agosto 22:30
Celeiro Agrícola
co-produção, residência de criação, estreia

COMUNIDADES
Ciclo de Cinema ao Ar Livre
22, 25 e 29 de Julho; 1, 5 e 8 de Agosto 22:30
Castelo


Informações e reservas

http://www.citemor.com
http://www.citemor.blogspot.com/
festival@citemor.com

CITEMOR – FESTIVAL de MONTEWMOR-o-VELHO
Apartado 7
3141-250 Montemor-o-velho
Telf.: +351 239 689 505

Apoios


Teatro Nacional D. Maria II
Teatro Nacional de S. João
Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo
Companhia de Teatro de Almada
Centro Cultural de Belém
Máfia
Cooperativa Teatro dos Castelos
Junta de Freguesia de Montemor-o-VelhoGutenberg - Artes Gráficas
Atlético Clube MontemorenseAssociação Diogo de Azambuja
Atalanta Filmes
Câmaras Municipais de Aveiro, Coimbra e Figueira da Foz







Visitas ao Panteão Nacional em Coimbra

Câmara Municipal de Coimbra promove visitas à Igreja de Santa Cruz


Promover e valorizar o património local, com relevância no contexto histórico e sócio-cultural nacional e europeu, é um dos principais objectivos do Departamento de Cultura da Autarquia ao organizar, a partir da próxima Quarta-feira, 18, uma série de visitas ao Panteão Nacional, estatuto reconhecido à Igreja de Santa Cruz desde o dia 22 de Agosto de 2003.
As visitas, de periodicidade quinzenal, decorrem sempre às 16h00, sendo orientadas por uma Técnica Superior da Divisão de Acção Cultural do Departamento de Cultura da Autarquia.

A visita versará as seguintes temáticas:
_ Enquadramento legal do Panteão Nacional;
_ Importância que teve para Coimbra a Primeira Dinastia (de D. Afonso Henriques a D. Dinis);
_ Significado do Mosteiro de Santa Cruz enquanto centro cultural e religioso europeu;
_ Breve apontamento sobre Arte Tumular, com ênfase na exploração dos Túmulos de D. Afonso Henriques e D. Sancho I, bem como a respectiva descrição heráldica e artística do monumento;
_ Abordagem a alguns momentos marcantes para a arte e história do edifício, da cidade e da Nação.

A adesão à iniciativa é gratuita e está aberta à população em geral.
A concretização das visitas está condicionada a um número mínimo de 6 participantes e a um limite máximo de 25, por visita.
As inscrições são feitas com base no preenchimento de uma ficha de inscrição, que está disponível na Casa Municipal da Cultura e outros espaços municipais (Edifício Chiado e Postos Municipais de Turismo), devendo ser remetida através do fax nº239702496 ou via e-mail para
cristina.leal@cm-coimbra.pt.
Informações adicionais podem ser obtidas através do telefone nº239702630.

ALTERAÇÃO AO PROGRAMA DO CICLO DE CINEMA "OUTROS FILMES OUTROS LUGARES"

"OUTROS FILMES OUTROS LUGARES"
COM NOVA PROGRAMAÇÃO


Por motivos alheios ao Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) o programa do ciclo de cinema "OUTROS FILMES OUTROS LUGARES" sofreu uma alteração na calendarização dos filmes.

Nova calendarização

Dia 16 de Julho
A vida dos outros
Alemanha, 2006, 137`
De Florian Henckel
Óscar para Melhor Filme Estrangeiro

Situando-se em 1984, cinco anos antes da queda do muro de Berlim, na parte oriental da cidade o socialismo continua a ser preservado através de uma força invisível, a Stasi (policia secreta), cujos métodos são escutas nas residências dos suspeitos e posteriores interrogatórios ininterruptos. Um desses interrogadores, professor universitário e inspector da polícia secreta, pessoa desconfiada por natureza, tem a missão de supervisionar a vigilância a um dramaturgo aparentemente fiel ao Partido. Sabendo que os motivos que geraram a missão são de natureza pessoal (um Ministro corrupto e prevaricador pretende afastar o dramaturgo por ciúmes, já que cobiça a namorada deste; e o chefe da Stasi quer ficar nas boas graças do Ministro), o inspector deixa-se influenciar pelas escutas sobre liberdade e direitos humanos.

Dia 17 de Julho
O Caimão
França/Itália, 2006, 112`
De Nanni Moretti

O último filme de Nanni Moretti, uma metáfora sobre a Itália contemporânea, relata a história de um produtor em falência profissional e sentimental, Bruno Bonomo, que tem um passado de produtor de filmes de série Z com títulos inspiradores como "Os Mocassins Assassinos" ou "Maciste vs. Freud". Mas agora não consegue arranjar financiamento para o seu próximo projecto, "O Regresso de Cristóvão Colombo". Estrangulado pelas dívidas e fraquezas, com o casamento em risco e os filhos perdidos, Bruno perde o norte. É aí que o seu caminho se cruza com o de uma jovem realizadora que lhe entrega um guião, "O Caimão".

Dia 18 de Julho
Inland Empire
EUA/França/Polónia, 2006, 172`, M/16
De David Lynch

David Lynch analisa a relação entre o actor e a representação através de uma mulher presa aos papéis que lhe são dados representar, quer na sua profissão quer na sua vida, e para quem a entrega à interpretação torna totalmente difusa a linha entre ambas. A textura maleável do vídeo digital (o filme foi todo filmado em digital de baixa resolução) alia-se a um tempo que se dobra sobre si mesmo, (con)fundindo o ontem, o amanhã, o depois de amanhã, no presente em que é pensado/visto. Pode-se estar em diversos locais ao mesmo tempo ou diversos tempos no mesmo local. Lynch sabe como funciona a mente do espectador, como insistimos sempre em colar os bocados todos da história. Mas ele prefere que cada um faça, na sua mente, o seu próprio filme. Em cada imagem, joga com as nossas expectativas. Usando as palavras que todos conhecemos, constrói uma linguagem com frases novas, surpreendentes e perturbantes.

Dia 19 de Julho
Climas
Turquia, 2006, 101`, M/12
De Nuri Bilge Ceylan
Prémio da Crítica Internacional em Cannes em 2006

Climas é um filme feito das subtilezas próprias da amargura. Não existe aqui propriamente uma felicidade, uma satisfação perante a vida, existem palavras que ficam por dizer, sentimentos que ficam por explicar. Há momentos que não voltam e há tempos que passam, de repente é tarde de mais. Mesmo que nos pareça que o tempo se prolonga até à eternidade nos grandes planos do filme, belíssimos, longos e extremamente significativos. [...] Climas vive destes desencontros na vida das pessoas, alimentado por uma bela fotografia e por momentos de suspensão temporal baseados em grandes planos, em tempos longos, como se não existisse tempo. E ficamos com essa sensação de angústia sem tempo, que pode durar toda um vida.

Dia 23 de Julho
Still Life – Natureza Morta
China/ Hong Kong, 2006, 108`, M/12
De Jia Zhang Ke

“Natureza Morta” pertence a uma família do cinema contemporâneo e moderno que tomou como prioridade fazer trabalho de memória: filmar o que está condenado, filmar o que vai desaparecer. No caso, uma cidade chinesa.
Há uma "poesia das ruínas" a trabalhar em "Natureza Morta", e é por ela, pelo seu efeito hipnótico, que a cidade se transforma num labirinto feito de uma estranha e quase acolhedora familiaridade. Aliás, as histórias "humanas" de "Natureza Morta" falam disso: gente que vem de fora à procura de outros, que vieram para Fengjie meses ou anos antes trabalhar nas demolições e nunca mais deram sinal de vida. As entranhas descarnadas de Fengjie também são "o mundo", uma bolsa que acolhe os desenraizados e os volta a enraizar em estado catatónico.
Dia 24 de Julho
A Maldição da Flor Dourada
China/Hong-Kong, 2006, Cores, 114`, M/16
De Zhang Yimou
Baseado na peça do chinês Yu Cao, que por seu turno tem várias alusões à obra de Shakespeare, nomeadamente a King Lear, Othello ou Hamlet, esta história de traição, crime e vingança passa-se na China do século X, no final da Dinastia Tang. Na véspera do Festival Chong Yang, flores douradas enchem o Palácio Imperial. O Imperador regressa inesperadamente com o seu segundo filho, o Príncipe Jai. O pretexto é celebrar as festividades com a família, apesar da relação fria que mantêm com a Imperatriz. Durante as grandiosas e belíssimas festividades, negros segredos serão revelados, rebeliões tomarão forma e o sangue manchará o dourado das flores.


Dia 25 de Julho
A Nuvem
Alemanha, 2006, 105`, M/12
De Gregor Schnitzler

Um acidente numa central nuclear perto de Frankfurt lança o pânico no país. Uma gigantesca nuvem radioactiva foi libertada e avança em direcção à cidade de Schlitz. Toda a população que vive nos arredores da central nuclear fica imediatamente contaminada e rapidamente morrem 38.000 pessoas. Todos os que vivem um pouco mais afastados tentam fugir. Entre eles está Hannah, de 16 anos, e o namorado Elmar. À medida que a lei e a ordem deixam de existir, eles tentam escapar da zona de perigo.
Baseado no bestseller de Gudrun Pausewang, o filma procura retratar a angústia, o desespero e a incapacidade de lidar com um acidente nuclear, mesmo num país como a Alemanha.

Dia 26 de Julho
20, 13 – Purgatório
Portugal, 2006, M/16
De Joaquim Leitão

Guerra do Ultramar, Norte de Moçambique, 24 de Dezembro de 1969. Uma patrulha percorre a picada, de regresso ao aquartelamento, trazendo um prisioneiro. Estão cansados, avançam sob um calor sufocante, estão desejosos por chegar e têm um dos seus ferido. Avizinham-se também as festividades, para matar por umas horas a saudade e iludir a tristeza de estar longe, da guerra. Contam que terão uma noite em paz, sem tiros, dado o costume da trégua tácita em noite e dia de Natal. Mas não será uma noite tranquila.


Preçário
Preço normal 4,50€
Preço estudante e sénior 3,50€
Para mais informações contactar:
Teatro Académico de Gil Vicente
Praça da República
3000-343 Coimbra
Telefone: 239 855 630
Bilheteira: 17h00-22h00 de segunda a sábado
Telefone: 239 855 636