sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Open Day em Portimão


Pavilhão desportivo de Portimão recebe apresentação de modalidades de BTS
Inserido nas comemorações dos 10 anos de existência, o ginásio BetoFitnessClub organiza este sábado, dia 13 de Outubro, pelas 18h00 o maior open day do Algarve.
O Pavilhão Gimnodesportivo de Portimão volta a acolher esta iniciativa de divulgação do desporto. Nesta jornada, em que se praticarão todas as modalidades de BTS, será demonstrado que a idade não tem importância.
No Gimodesportivo estarão presentes 12 instrutores certificados pela Manz Produções, e com a participação de dois instrutores vindos da própria Manz.

Mais de 400 pessoas irão experimentar os 250 steps e as 100 barras de pump aguardam também, ansiosamente por si, neste este fim-de-semana de festa que continua noite dentro com a famosa música de aniversário e o apagar das velas na discoteca Katedral na Praia da Rocha.

Concerto com Septeto Maria Balbi e Solistas da Orquestra Gulbenkian

Salão Nobre da Câmara Municipal de Portimão recebe concerto, este sábado.

A Fundação Calouste Gulbenkian aproxima, uma vez mais o público da música clássica. É já este sábado, 13 de Outubro, que num concerto conjunto entre Septeto Maria Balbi e os Solistas da orquestra da Gulbenkian são apresentados compositores com obras tão distintas como Beethoven e Schoenberg.
O Salão Nobre da Câmara Municipal de Portimão vai ser o palco do espectáculo que tem inicio às 21h30. Portimão é a única cidade algarvia que se juntou à iniciativa da Fundação.

Noites de Ópera em Portimão


Gala de Ópera em Outubro, La Traviata, Fidelio e Tosca
As Noites de Ópera de Portimão iniciam-se no dia 16 de Outubro com a Gala de Ópera – Momentos, um espectáculo que vai reunir as mais belas árias de ópera numa viagem por compositores como Mozart, Verdi ou Bizet, e que vai contar com a participação do Coro Infantil do Grupo Coral Adágio.

Nos dias 19 e 20 de Outubro será a vez de La Traviata de Giuseppe Verdi, uma ópera em três actos baseada na novela La Dame aux Camélias de Alexandre Dumas filho.

No dia 23 de Outubro sobe ao palco a versão concerto de Fidelio, uma obra em dois actos de Beethoven, segundo a peça francesa Leonore, ou L’Amour Conjugal de Jean Nicolas Bouilly.

A Ópera Tosca de Puccini encerra a primeira edição das Noites de Ópera de Portimão, com actuações nos dias 26 e 27 de Outubro.

As Noites de Ópera de Portimão deram origem a um CD que reúne obras de compositores que marcaram a história do canto lírico, uma colectânea que pretende ser uma mostra do evento e que vai estar à venda no local do espectáculo.

Todos os espectáculos vão ter lugar no remodelado Auditório Muncipal de Portimão. Para além da pintura interior e exterior sala, os lugares são marcados e numerados, e as cadeiras foram substituídas tendo em vista o conforto e a comodidade dos espectadores.
Outra das novidades das Noites de Ópera de Portimão é o Serviço de Acompanhamento de Crianças. Destinado a crianças entre os 3 e os 8 anos, e assegurado por animadores com experiência, este serviço de entretenimento gratuito vai ser disponibilizado nos dias dos espectáculos a partir das 21h00, até ao fim do mesmo, mediante marcação prévia
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Há fados no Chapitô


Seu Jorge em Portugal


Simone actua no Casino Estoril


Referência da música popular brasileira, Simone actua, em concerto, no Casino Estoril, no próximo dia 17 de Outubro. A cantora baiana, de São Salvador, regressa ao Salão Preto e Prata para apresentar os melhores sucessos de uma versátil carreira, incluídos, aliás, no seu novo álbum, “Simone ao Vivo”.

No âmbito do ciclo de comemorações do 50º aniversário da Estoril Sol, a intérprete de “Começar de Novo”, “Tô Voltando” ou “Jura Secreta” assegura, assim, a tradição e o “glamour” das noites de Gala no Casino Estoril.

Acompanhada pelo virtuosismo musical da sua inseparável banda, Simone divide o palco com Ricardo Leão, na direcção musical e teclados, Waltinho Villaça, na guitarra e violão, Tavinho Menezes, na guitarra e violão, Caca Cólon, na bateria, Fernando Souza, no baixo, e André Siqueira, na percussão.

Em versão de CD e DVD, “Simone ao Vivo” reúne um elenco de temas, bem conhecidos do público, como “Saravá, Sarava”, “O Que Será à Flor da Terra”, “Desenho de Giz”, “Sob Medida / Fica Comigo Esta Noite”, “É Festa”, “Ex-Amor”, Dia Branco”, “Nós”, “Parei Contigo” ou “O Amanhã”.

Num registo original, Simone protagoniza, ainda, vários duetos: “Encontros e Despedidas” e “Cigarra”, com Milton Nascimento; “Vitoriosa” e “Dandara”, com Ivan Lins; e “Não Vá Ainda” e “Idade do Céu”, numa dupla com Zélia Duncan.

Filha de um cantor de ópera e de uma pianista, Simone cresceu convivendo numa aprendizagem permanente com a música. Muito jovem, em 1972, lançou o seu primeiro trabalho fonográfico, intitulado precisamente “Simone”.

Com um elenco de 35 discos gravados, Simone construiu um notável percurso musical. Em três décadas, a artista recebeu várias distinções por álbuns como “Corpo e Alma”, de 1982, “Desejos”, de 1984 ou “Cristal”, de 1985. Posteriormente, são referências, entre outros, “Sou Eu”, gravado em 1993, “Seda Pura”, em 2001, “Feminino, em 2002” e, mais recentemente, “Baiana de Gema”, em 2004.

Com o Welcome Drink marcado para as 20 horas, no Du Arte Lounge, seguir-se-á o jantar, pelas 21 horas, no Salão Preto e Prata. Simone sobe ao palco pelas 23 horas. O preço é de € 80 por pessoa, sendo recomendado como traje o fato escuro.

Por imperativo legal, o acesso aos espaços do Casino Estoril é reservado a maiores de 18 anos.

AOK em Ovar


ANGRY ODD KIDS (AOK)
vão actuar dia 12 de Outubro, pelas 23 horas, na S.A. (Sociedade Anómima), no Furadouro - OVAR.
A entrada é gratuita.
Do alinhamento deste concerto, para além das músicas do Ep-CD "Histórias de sempre", vão também constar vários temas novos, entre os quais o tema "Há Sempre Uma Saída" cuja versão demo já está disponível no myspace da banda em:
www.myspace.com/angryoddkids
O álbum de estreia dos AOK tem edição prevista para o 1º trimestre de 2008.

Domingos há fado no Estoril



Tal como vem sendo divulgado, ao novo ciclo de FADOS NO CASINO ESTORIL foi acrescido factor valorativo que certamente motivará a atenção do público interessado em poder apreciar as inegáveis capacidades de Comunicação do apresentador convidado para a condução das noites de Domingo no TEATRO AUDITÓRIO do CASINO ESTORIL. Nada mais, nada menos que Carlos Cruz, que aceitou o convite do seu homónimo, o Produtor a quem coube a iniciativa por este ciclo de espectáculos, sob responsabilidade da sua própria Empresa C2E.

Quando da entrada surpresa em palco, na noite do passado dia 30 de Setembro, para Apresentação do Grupo Artístico QUATRO CANTOS, Carlos Cruz foi brindado com fortíssima ovação pela maior parte do público de pé, o que, certamente, lhe terá permitido rapidamente ganhar a sua tradicional confiança e poder de comunicação, esvanecendo os nervos com que confessou ter partilhado os primeiros momentos de palco, ao lado do anfitrião seu homónimo.

Para terceiro espectáculo, estão programadas as actuações de Margarida Bessa, António Zambujo e Maria de Fé.

Tal como nas noites anteriores, espera-se um animado e diversificado Espectáculo de Fado, com um novo factor surpresa a ser revelado nesta terceira noite de “O Fado volta ao Casino”.

A China imaginária no CCB


A Trilogia dos Dragões fala de uma China imaginária, que se desenhava na cabeça de duas meninas dos anos trinta educadas no ambiente misterioso do bairro chinês do Quebeque, hoje desaparecido. Uma das raparigas, a única personagem que terá contacto com todas as partes da peça, iniciava o espectáculo com algumas palavras que anunciavam, em simultâneo os limites e o interesse do projecto: “Nunca fui à China…”

No início, não havia nada, ou quase nada.

Seis actores, o encenador que os escolheu, com dois cenógrafos e um produtor, e que procuram a rota do Oriente.

Um terreno vazio que se tornou num parque de estacionamento, onde a imaginação e a memória se deveriam aprofundar.
No início, havia três bairros chineses: o de Quebeque, nos anos trinta, que iria servir de pano de fundo ao dragão verde, primaveril, aquático; o de Toronto, próspero nos anos cinquenta, decoração do dragão vermelho, de terra e de fogo; o de Vancôver, dos anos oitenta, florescente, onde se estende o dragão branco, outonal e aéreo.

Existia a China imaginária, do mito e do comércio, Tintim e o lótus azul, Tao, Yi King, mah jong, tai chi, lavandarias e comida chinesa, yin, yang, riquexó, chin chin e made em Hong Kong. Havia a história da tia Marie-Paule casada com um chinês, a mãe nos CWAC (Canadian Women’s Army Corps), o guarda do parque de estacionamento e a sua cabana, e uma bola de vidro que tocava uma música japonesa.
No início, havia Françoise e Jeanne. Têm doze anos, e são inseparáveis. Brincam na loja com caixas de sapatos, recriando a Rua St-Joseph e as suas lojas. Havia Lépine o gato-pingado… Havia a barbearia do pai de Jeanne, onde ela cruza olhares com Bédard, cujos cabelos ruivos a fascinam… Havia a lavandaria do velho Wong, onde chegou, numa noite fresca, William S. Crawford, vindo de Inglaterra na esperança de instalar o seu negócio no Quebeque…
Talvez se descubra nesta peça uma nova resposta para a pergunta feita tantas vezes, entre o fumo do ópio, o tai chi e os cânticos maoístas:
Então, com que é que sonha o chinês da lavandaria do bairro chinês de Saint-Roche?

A Trilogia dos Dragões, Grande Prémio do Festival de Teatro das Américas em 1987, já foi apresentada em mais de quarenta cidades da América do Norte, Europa e Oceânia, de 1985 a 1992.

LA TRILOGIE DES DRAGONS (A TRILOGIA DOS DRAGÕES)

Apresentada na sua versão integral de seis horas, no circuito do Festival de Teatro das Américas de 1987, no hangar número 9 de Vieux Port de Montreal, A Trilogia dos Dragões suscita um momento raro de deslumbramento.

Este espectáculo já deu a volta ao mundo e projectou o criador e encenador Robert Lepage para os grandes palcos mundiais.
O regresso de Lepage ao antigo jardim Zen da sua peça seminal, sugere a sua forma peculiar de conceber uma peça sobre a memória e a transmissão, um momento para nos dar prazer. Remexe, então, as pedras, para que a magia que se desprende da folhagem, com o perfume do Oriente e do Ocidente, irrompa arrebatadamente.
Assistido por uma nova equipa de actores e de designers, Lepage reconstitui os cenários, dando-lhes a forma de uma antiga oficina de caminhos-de-ferro. Num enorme rectângulo de areia e cascalho, situado num parque de estacionamento no meio do nada e apenas iluminado pela claridade nocturna, Jeanne e Françoise reencarnam os personagens principais desta saga, em torno da qual gravitam figuras inesquecíveis: Crawford, Lee Wong, Bédard, Morin, Stella, Irmã Marie-de-la-Grâce, Yukali, Pierre, entre muitas outras.

UMA VALSA NUM BERÇO

Esta fabulosa saga tem a estrutura de uma valsa a três tempos, assinalando a Primavera, o Outono e o Inverno. No primeiro tempo, uma valsa de inocência, de premonições e de destinos em declínio. No segundo tempo, uma valsa de guerra, de viagens e de progresso. No terceiro tempo, uma valsa de morte e de renascimento. Esta longa dança migratória viaja entre a Ásia e o Ocidente até às portas do Oriente, levando-nos através de três bairros chineses: Quebeque, Toronto e Vancôver, passando por Hong Kong, Inglaterra, Tóquio, Hiroxima, a China de Mao, e perseguindo a trajectória do cometa de Halley os percursos de vida projectados na História universal, entre 1910 e 1985.
Movidos por um fluxo de energia vital, os personagens revelam a sua vida através dos sulcos cavados por uma trama imaginária mal explorada, ligadas ao refluxo do Ocidente. O Oriente. Na abertura da peça, três vozes na sombra, com sonoridades familiares e desconhecidas, vozes de mulheres e de homens articuladas, convidam-nos a embarcar numa viagem: “Nunca fui à China. Quando era pequeno, havia casas aqui. Aqui era o bairro chinês. Se esgravatares o chão com as unhas encontrarás água e óleo de motor. Se escavares mais fundo, é provável que encontres pedaços de porcelana e de jade e as fundações das famílias chinesas que ali viveram. Se escavares ainda mais fundo, chegarás à China.”

A MAGIA DO IMPALPÁVEL

No palco de A Trilogia dos Dragões, o movimento é cíclico, marcado por uma dinâmica ternária, quebrando a lógica da oposição binária entre o mito e a realidade, o corpo e o espírito, a intuição e a razão, a interioridade e a exterioridade, o sublime e o trivial, o trágico e o cómico. A obra materializa-se através de impulsos, de sensações sugestivas, de condensações temáticas e metafóricas. A dança, o gesto, a palavra, os objectos e a acção formam um corpus, estimulam esta conspiração poética de falas, de linguagens, de códigos, de referências e de citações, de respirações íntimas daqueles seres que habitam, vivem e morrem nos corpos dos actores. O que nos é dado a ver são cenas representadas simultaneamente no espaço-tempo de uma canção, abraçando o Quebeque, Toronto, Tóquio e uma base militar na Inglaterra; sequências montadas em contraponto dentro de uma narrativa que é comentada; partituras dançadas, reunindo a acção através de movimentos de tai chi e passos de tango; metáforas inseridas na trama anedótica; rupturas de tons e de ritmos que relançam o movimento nas suas oscilações entre o humor e a seriedade, a emoção e a contenção.

TRÊS DRAGÕES NUM RECTÂNGULO DE AREIA
Vários exemplos para descrever a forma harmoniosa da escrita, o seu tecido orgânico, urdido e bordado com múltiplos elementos: caixas de sapatos, sapatos, patins, panos, fósforos, uma bicicleta, uma cadeira rolante, um riquexó, lâmpadas eléctricas, pincéis, telas e uma bola de vidro; fatos e perucas. Personagens e actores que recriam o mundo num rectângulo de areia organizado pela luz, pela música, por coreografias, por imagens projectadas num ecrã de publicidade. Robert Lepage põe em cena o teatro do duplo[1], projectando a sua saga de vida, de morte e de transformação incessante, através de um foco de luz que transporta os personagens e os espectadores para uma China imaginária. O que os espectadores trazem consigo, o que um colectivo de actores, lançados em 1985, numa operação de pesquisa arqueológica e imaginária, é esvaziado num parque de estacionamento do bairro Saint Roch do Quebeque, local outrora ocupado por uma comunidade chinesa.
Cada detalhe de A Trilogia dos Dragões contém todo o espectáculo, reproduzindo o princípio do holograma. Os setenta e cinco anos de vida e as dezenas de vidas que se sucedem ao longo de três gerações depositar-se-ão numa galeria de arte em Vancôver. O terceiro e último movimento da valsa dos dragões acompanha duas jovens artistas, filhas da terceira geração de migrantes e de mestiçagem, numa reflexão sobre a arte e a criação, numa luta constante entre o impulso de vida e a morte, entre a interioridade e a exterioridade, entre a vontade e a alma, entre o visível e o invisível.
Neste teatro-instalação onde os personagens da saga vêm morrer, vê-se o Oriente e o Ocidente a reflectir-se no mar do Pacífico, aldeões chineses a celebrar o ano do dragão, Pierre e Yukali a fazer amor num jardim Zen, guardado por três dragões que repousam num leito de estrelas. Ao mesmo tempo, um piloto da Air France mergulha na noite entre Vancôver e o Japão, a cabeça de Stella fere o metal, Françoise enterra uma bola de vidro, Crawford volta a Hong Kong pela chaminé. Um velho vigia sai da sua guarita e recolhe a bola de vidro, artefacto de uma representação que se extingue.
Antonin Artaud dizia que o teatro era oriental, Ariane Mnouchkine referia-se ao Oriente como o local onde qualquer artista ocidental deve regressar se quiser recuperar o corpo e a carne do teatro.

Em A Trilogia dos Dragões, Robert Lepage põe em cena o teatro do duplo.
Ocidente e Oriente olham-se, à noite, no espelho do Pacífico.
Lorraine Hébert no programa do Festival de théâtre des Amériques
Tradução: Mafalda Melo Sousa

ROBERT LEPAGE
Homem do teatro polivalente, Robert Lepage exerce com igual mestria os cargos de encenador, cenógrafo, autor dramático, actor e realizador. Reconhecido pela crítica mundial, cria e leva a palco obras originais que subvertem as regras de realização teatral clássica, nomeadamente pela utilização de novas técnicas. Inspira-se na história contemporânea e a sua obra, moderna e insólita, transcende as fronteiras.
Nasceu no Quebeque em 1957. Muito cedo, descobriu a paixão pela geografia e, atraído por todas as formas de arte, vem-se a interessar pelo teatro. Em 1975, então com 17 anos, entra no Conservatório de Arte Dramática do Quebeque. Em 1978, faz um estágio em Paris e no seu regresso participa em diversas criações onde acumula os papéis de comediante, autor e encenador. Dois anos mais tarde, ingressou no Théâtre Repère.
Em 1984, criou a peça Circulations que foi apresentada por todo o Canadá e que recebeu o prémio da melhor produção canadiana, no âmbito da Quinzena Internacional de Teatro do Quebeque. No ano seguinte criou La Trilogie des Dragons (“A Trilogia dos Dragões”), espectáculo que teve um grande reconhecimento internacional. Seguiram-se as peças Vinci (1986), Le Polygraphe (1987) e Les Plaques tectoniques (1988). Em 1988, fundou a sua própria sociedade de gestão profissional, Robert Lepage inc. (RLI).
De 1989 a 1993, ocupou o cargo de director artístico do Teatro Francês do Centro Nacional das Artes em Otava. Paralelamente a esta nova função, prosseguiu a sua carreira artística apresentando Les Aiguilles et l’opium (1991-1993/1994-1996), Corolian, Macbeth, La Tempête (1992-1994) e A Midsummer Night’s Dream (1992), peça que lhe permitiu tornar-se o primeiro norte-americano a dirigir uma peça de Shakespeare no Royal National Theatre de Londres.
O ano de 1994 marca uma etapa importante na carreira de Robert Lepage com a fundação de uma companhia multidisciplinar, Le Projet ExMachina, da qual é director artístico. Esta nova equipa apresentou ininterruptamente Les Sept Branches de La rivière Ota (1994), Le Songe d’une nuit d’été (1995), bem como o espectáculo a solo Elseneur (1995-1997). Ainda em 1994, aborda pela primeira vez o cinema fazendo os cenários e realizando a longa-metragem Le Confessionnal, apresentado no ano seguinte na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Em seguida, realizou Le Polygraphe (1996), Nô (1997), Possible Worlds (2000), uma primeira longa-metragem em inglês (versão original) e, por fim, em 2003, a adaptação para cinema da sua peça La Face cachée de la Lune.
Foi com o seu incentivo que o centro de produção pluridisciplinar a Caserne nasceu em Junho de 1997, em Quebeque. Nestes novos espaços, Robert Lepage e a sua equipa criaram e produziram La Géométrie des miracles (1998), Zulu Time (1999), La Face cachée de la Lune (2000), La Casa Azul (2001), The Busker’s Opera (2004), uma nova versão de La Trilogie des Dragons com novos actores (2003), ópera 1984 baseada no romance de Georges Orwell, com direcção musical do maestro Lorin Maazel (2005), Le Projet Andersen (2005), a nova criação de Ex Machina Lipsynch (2007) e The Rake’s Progress ópera de Igor Stravinsky apresentada numa grande estreia no Théâtre Royal de la Monnaie de Bruxelas, em Abril de 2007.
Como consequência do êxito que obteve recebeu numerosos convites que lhe permitiram aplicar os seus conhecimentos artísticos noutras áreas. Foi com sucesso que encenou as óperas Le Château de Barbe-Bleue e Erwartung (1992). Em 1993, assinou a encenação da digressão mundial do espectáculo de Peter Gabriel, The Secret World Tour. Voltou à cena lírica assegurando a encenação de La Damnation de Faust no Japão, em 1999, e posteriormente em Paris em 2001. Em 2000, participou na exposição Métissages no Museu da Civilização de Quebeque. Em 2002, de novo com Peter Gabriel encenou o espectáculo Growing Up Live. Em Fevereiro de 2005, apresentou KÀ, um espectáculo em permanência do Cirque du Soleil em Las Vegas, do qual foi o criador e encenador.
A obra de Robert Lepage foi coroada de numerosos prémios. Entre os mais prestigiados destacam-se, em 1999, la Médaille des Officiers de l’Ordre National du Québec. Em Setembro de 2000, recebeu o Prémio de La SORIQ (La Sociedade das Relações Internacionais do Quebeque), pelo êxito alcançado fora do Quebeque. Em Outubro de 2001, foi galardoado pela Associação dos World Leaders no Harbourfront Centre, o que sublinha uma vez mais a dimensão da sua carreira internacional. Em 2002, a França presta-lhe homenagem concedendo-lhe a Legião de Honra. Foi nomeado Grand Québécois pela Câmara do Comércio do Quebeque e recebeu o Herbert Whittaker Drama Bench Award pela sua contribuição excepcional para o teatro canadiano. No ano seguinte, recebeu o prémio Denise-Pelletier, a mais alta distinção concedida pelo governo do Quebeque no domínio das artes do palco, bem como o prémio Gascon-Thomas concedido pela Escola Nacional de Teatro. Em 2004 foi-lhe atribuído o Prémio Hans-Christian-Andersen confiado a um artista excepcional que contribuiu para honrar internacionalmente o nome de Hans Christian Andersen. Em 2005, recebeu o prémio Samuel-de-Champlain concedido pelo Institut France-Canada pela sua contribuição para a cultura francesa, e o prémio Stanislavski pela sua contribuição para o teatro internacional e os êxitos obtidos nas produções La Trilogie des Dragons (“A Trilogia dos Dragões”), Les Sept Branches de la rivière Ota e The Busker’s Opera. Em 2007, o Festival de l’Union des Théâtres de l’Europe concedeu-lhe o prestigiado prémio Europe. Robert Lepage é o artista mais jovem laureado com este prémio, desde Ariane Mnouchkine, o segundo artista não europeu depois de Bob Wilson e o primeiro cuja base de trabalho não se situa na Europa.



FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA :




Texto: Marie Brassard, Jean Casault, Lorraine Côté, Marie Gignac, Robert Lepage, Marie Michaud
Encenação: Robert Lepage
Assistência dramatúrgica: Marie Gignac
Assistente de encenação: Félix Dagenais
Assistente de encenação, versão original: Philippe Soldevila

Interpretação:
Sylvie Cantin: Uma velha chinesa, Stella, Irmã Marie-de-la-Grâce
Jean Antoine Charest: Morin o Barbeiro, oficial americano, enfermeiro e outros
Simone Chartrand: Françoise e outras
Hugues Frenette: Bédard, Lépine o Gato-pingado, Pierre Lamontagne
Tony Guilfoyle: Crawford, o médico
Éric Leblanc: O velho chinês, Lee Wong, o piloto e outros
Véronika Makdissi-Warren: Jeanne e outras
Emily Shelton: Uma velha chinesa, Yukali (3 gerações)

Música original: Robert Caux
Assistência e arranjos: Jean-Sébastien Côté
Interpretação da música: Martin Gauthier
Cenografia original: Jean François Couture, Gilles Dubé
Assistente de cenografia e de adereços: Vano Hotton
Assistente de adereços: Marie-France Larivière
Desenho de luz: Sonoyo Nishikawa
Desenho original de luz: Louis-Marie Lavoie, Lucie Bazzo
Figurinista: Marie-Chantale Vaillancourt
Assistente: Sylvie Courbron
Multimédia: Jacques Collin
Criação de imagens: Lionel Arnould

Rita Redshoes ao vivo em Ourem


RITA REDSHOES AO VIVO EM OURÉM


No seguimento do sucesso de “Dream on Girl”, tema destacado por algumas rádios nacionais e referência como uma das canções do ano, Rita Redshoes apresenta-se pela primeira vez ao vivo, desde a sua estreia na FNAC, no Arte Caffé em Ourém, hoje, a partir das 0h00.
Neste aguardado concerto poderemos ficar a conhecer melhor o repertório deste novo talento apresentado pela colectânea “Novos Talentos – FNAC 2007”, e onde certamente a sua música nos transportará para um mundo de sonhos onde a realidade da sua voz nos embala e nos transporta através dum caminho mais maduro, sólido e surpreendente.

Dream On Girl” marca o arranque de uma carreira...

Confraria do Bucho no Casino Estoril

Confraria do Bucho de Arganil
promove convívio no Casino Estoril

Está marcado para o dia 13 de Outubro, no Casino Estoril, o 2.º Capítulo da Confraria Gastronómica do Bucho, acontecimento que assinala o 1.º aniversário do que é a mais recente manifestação associativa do concelho de Arganil.
Esta opção é, no entender da respectiva Mordomo-Mor, drª Fernanda Maria Dias, “uma forma de homenagear os nossos conterrâneos radicados em Lisboa, pois eles são os continuadores dos que nas primeiras décadas do século XX, souberam assumir-se em diáspora de maneira a retirar as suas terras das condições de subdesenvolvimento em que se encontravam”.
Para a Mordomo-Mor, o que é um fruto desse singular associativismo da chamada Beira-Serra, a Confraria Gastronómica do Bucho, quer assim “evidenciar o reconhecimento pelo que fizeram pelas suas terras, mas também expressar o seu orgulho pelo trabalho que têm desenvolvido nos mais diversos sectores da vida lisboeta, com especial realce para as áreas da restauração e similiares”.
A Confraria Gastronómica do Bucho foi fundada, oficialmente, no dia 6 de Abril de 2006, com a assinatura da escritura da constituição, e os seus primeiros corpos sociais foram eleitos na reunião da Assembleia Constituinte, efectuada nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, em 8 de Maio do mesmo ano.
O 1.º Capítulo foi realizado no dia 14 de Outubro, decorrendo a cerimónia de entronização dos confrades nos Paços do Concelho de Arganil, e o almoço comemorativo no antigo Mosteiro de S. Pedro, em Folques.
Inserido no programa das suas Jornadas Temáticas, a Confraria levou a efeito no dia 30 de Junho do ano em curso, a celebração do centenário da visita a Arganil do Rei D. Carlos e do Príncipe D. Luís Filipe, acto que serviu também para evocar Antero Alte da Veiga, um natural da freguesia de Cerdeira, célebre guitarrista de Coimbra que então ofereceu um concerto às figuras régias e que, mais tarde, viria a dar concertos em Espanha (foi cônsul de Portugal na Corunha) e em 1929, foi convidado a gravar na cidade inglesa de Liverpool.
A Confraria Gastronómica do Bucho tem como seu objectivo primordial, a defesa do Bucho, com património cultural concelhio, tanto em termos da defesa da qualidade como da sua promoção comercial.
O Bucho consiste na forma de aproveitamento do estômago do porco, sendo recheado de diversos modos, consoante a terra em que é produzido, sendo os mais conhecidos os de Folques (consistindo o recheio em minúsculos pedaços de lombo misturados numa massa formada por pão, ovos e salsa, para além dos temperos) e o de Vila Cova de Alva que, de um modo geral, leva pedaços de carne marinados em vinho, cebola picada, alhos, arroz e várias especiarias.
De salientar que estes Buchos, os que conseguiram maior notoriedade, são produzidos em terras onde existiram Ordens Religiosas. Assim, em Folques, o mosteiro de S. Pedro começou a ser erigido em finais do século XI princípios do século XII pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que ali se mantiveram até ao século XVI. Posteriormente, foram integrados no Mosteiro de Santa Cruz (Coimbra) e a estrutura monacal foi vendida a particulares com a extinção da Ordens Religiosas masculinas, em 1834.
No mesmo ano foi também vendido o convento de S. António, de Vila Cova de Alva, que existia desde 1713, por iniciativa dos frades franciscanos.
O programa do 2.º Capítulo da Confraria, a realizar no próximo dia 13 de Outubro, será iniciado às 18H30, com a concentração das Confrarias, junto à Fonte Cibernética (Casino Estoril), seguindo-se às 19H00 horas, o desfile com entrada para o Foyer Panorâmico, onde será servido um “porto-de-honra”.
Às 19H45, será feita a entrada no Salão “Preto e Prata”, onde decorrerá a cerimónia de entronização, na qual será “orador oficial” o confrade Prof. Mendes Ferrão (catedrático jubilado do Instituto Superior de Agronomia) que apresentará uma comunicação intitulada “A influência dos Descobrimentos Portugueses na troca de plantas”.
Segue-se o jantar às 21H30 e, no final, às 23H00 horas, será apresentado o Show do Casino Estoril “Four: Espírito dos Elementos”.