domingo, 25 de novembro de 2007

Josh Rouse no Teatro Circo de Braga



JOSH ROUSE AO VIVO EM BRAGA


27 de Novembro, 23h00, 15€



“Country Mouse, City House” é o mais recente álbum do cantor e compositor norte-americano Josh Rouse e que motiva o concerto, a 27 de Novembro (23h00), no Theatro Circo. Rouse faz-se acompanhar pela sua banda e deixa a primeira parte do espectáculo para os ritmos do argentino Federico Aubele.

Com um estilo já apelidado de “melodic folk”, “alt-country” ou mesmo “soft-rock”, Josh Rouse, agora em plena digressão europeia, tem vindo a conquistar internacionalmente o reconhecimento que cedo alcançou nos Estados Unidos.
Após “Subtitulo”, trabalho que surgiu em 2006 e que Rouse define como um «disco de Verão», o cantor, também conhecido como o “americano tranquilo”, reaparece agora com “Country Mouse, City Mouse”, um registo mais profundo que aborda temas como morte, isolamento, natureza, religião e sonhos.
De um percurso iniciado em 1998, com o álbum “Dressed Up Like Nebraska”, conjunto de gravações iniciais que lhe valeram a aclamação da crítica, Josh Rouse sobressai também – para além da edição de sete álbuns e de inúmeros singles de sucesso, que têm vindo a compor bandas sonoras de séries televisivas e filmes, designadamente de “Dr. House” – pela constante busca de uma sonoridade autêntica, mas muito próxima das produções musicais dos anos 60 e 70.

Com uma carreira profícua e dono da própria editora, a “Rycodisc”, Josh Rouse editou praticamente um disco por ano e atingiu o maior sucesso em 2005 com “Nashville”, registo que inclui o single “Winter in the Hamptons”, que reflecte, através de uma mistura de rock, jazz e baladas, a notável versatilidade musical do seu autor.
Natural do Nebraska e actualmente a residir em Espanha, Josh Rouse escreveu a sua primeira canção aos dezoito anos e aprendeu a tocar guitarra com um familiar, cedo revelando um talento pouco comum que, ao ser reconhecido pela crítica, lhe permitiu a dedicação exclusiva à música.
Dono de uma noção muito particular de sucesso, que define como o resultado do processo de fazer com que, através da “Rycodisc”, a sua música chegue mais facilmente aos admiradores, seja pela Internet ou pela via habitual, permitindo-lhe «fazer discos e ganhar o suficiente para continuar a fazê-los», Josh Rouse prevê já para o início de 2008 o lançamento de um novo projecto.


NOITE COMEÇA COM RITMOS DO

ARGENTINO FEDERICO AUBELE


Pela primeira vez em Portugal, ao argentino Federico Aubele é atribuída a missão de protagonizar a primeira parte do concerto de Josh Rouse em Braga. Com dois álbuns editados - “Gran Hotal Buenos Aires” e “Panamerica”, o autor e cantor Federico Aubele sobressai por uma mistura inesperada de sonoridades que se estendem do “dub” ao “reggae” e do tango ao “easy listening”.
Após anos de digressão, Aubele regressa aos lançamentos discográficos com 13 temas de sua autoria, interpretados em espanhol e acompanhados por instrumentos tão diversos como a guitarra ou o acordeão.

Os ingressos para este espectáculo, a 15 euros, podem ser adquiridos nas bilheteiras do Theatro Circo.
Mais informação:
Luciana Queirós da Silva (http://mail.google.com/mail/h/uavfl6qsiv2k/?v=b&cs=wh&to=imprensa@theatrocirco.com ou 913 093 094

“DE IMPROVISO” na Fox FX

“De Improviso” (“Unscripted” no título original) – um drama (com muito humor à mistura) sobre as experiências de 3 actores desempregados à deriva no acidentado terreno de Hollywood – chega ao FX no dia 25 de Novembro.

Bryan (Bryan Greenberg) é um tipo simpático que sofre todas as indignações que um jovem actor pode suportar; Krista (Krista Allen) é a rapariga que tenta fugir aos papéis de sex symbol mas que continua a ser chamada unicamente para os castings da mulher sensual e a sair nas revistas como a mulher-bomba; Jennifer (Jennifer Hall), ao contrário, é constantemente ultrapassada devido à sua aparência, mas vai mantendo um espírito positivo. Estes três amigos partilham as aulas de representação, leccionadas pelo mítico Goddard Fult (Frank Langella), um homem de muitas palavras que pode, por vezes, ser um pouco agressivo com as suas críticas construtivas mas que junta paixão genuína ao seus ensinamentos das artes do espéctaculo.

“De Improviso” é um olhar sobre três almas desesperadas na sua tentativa de sobreviver numa terra em que a primeira palavra dirigida a um actor é sempre “Não”.

“DE VOLTA À RIBALTA” na Fox FX

“De Volta à Ribalta” (“The Comeback” no título original) estreia a 25 de Novembro no FX. Criada por dois dos maiores mestres em comédia que Hollywood já teve o prazer de conhecer, Lisa Kudrow (“Friends”) e Michal Patrick King (produtor executivo de “O Sexo e a Cidade”), “De Volta à Ribalta” é uma série sobre uma actriz que tenta desesperadamente voltar aos tempos em que era uma estrela de televisão, num mundo onde o sucesso e o falhanço são muitas vezes decididos pela idade, aparência, e (talvez com menos frequência) pela determinação.

Valerie Cherish aceita assim ser a protagonista de um reality show que vai acompanhá-la na perseguição de um papel numa série televisiva sobre “quatro solteiros sexy a viver num apartamento”… A série expõe as incongruências da TV real, o corropio dos bastidores das produções televisivas, e os desafios colocados a uma actriz na casa dos quarenta, enquanto tenta ressuscitar a sua carreira e dar um rumo à sua vida pessoal – tudo sob o olhar imperdoável das câmaras de televisão.

À volta de Valerie circulam o marido, Mark (Damian Young) e a empregada doméstica, Esperanza (Lilian Hurst), que não estão muito felizes com o facto de ter que partilhar as suas vidas com as câmaras. Felizmente, há Mickey (Robert Michael Morris), o bem-disposto cabeleireiro, que está radiante por poder aparecer uns minutos na televisão.

Uma série dentro de uma série dentro de outra série, “De Volta à Ribalta” é uma comédia original e actual que dá especial destaque às pequenas humilhações que acompanham a busca desenfreada pela fama, e o que passa como entretenimento e “realidade” no que é o rolo compressor da televisão dos nossos dias.


Emissão: Domingos às 22h45 / Repetição: Segundas às 19h00

SEM SAÍDA no NGC


Resgatados e salvadores unem as suas forças para sobreviver aos desastres mais espectaculares dos últimos tempos.

“Sem Saída”, é uma nova série que o National Geographic Channel estreou este domingo, dia 25 de Novembro, as 20h00. A série será habitualmente emitida à quinta-feira, às 22h00, a partir de dia 29. A série documental apresenta uma visão pessoal dos resgates mais incríveis da história, através dos testemunhos de resgatados e salvadores. Esta série, de seis episódios, realiza uma reflexão acerca daquilo que inspira estes indivíduos para seguir em frente quando já não há qualquer vislumbre de esperança. Uma homenagem ao heroísmo, ao sacrifício e à valentia como exemplo do poder da vontade humana.

“Sem Saída: Acidente Aéreo nos Andes” Estreia: Domingo 25 às 20h00 Reposição: Domingo 2 de Dezembro às 14h00

Esta é uma das histórias de sobrevivência mais impressionantes de todo o século XX. Um avião encontra turbulência, sai da sua rota e despenha-se no meio dos Andes. 32 dos 45 passageiros sobrevivem ao acidente, mas quase não têm comida nem água, nem roupa de abrigo que lhes permita proteger-se das geladas temperaturas, 40 graus abaixo de zero. Os sobreviventes, desidratados, idealizam um método para derreter a neve e conseguir a água necessária para sobreviver a grande altitude. Em poucos dias, as reservas de comida esgotam-se. Os sobreviventes têm que conseguir uma nova fonte de alimento se não querem morrer de fome. A necessidade obriga a tomar uma decisão drástica: se quiserem sobreviver, terão de se tornar canibais.

As semanas passam e a moral dos sobreviventes está de rastos. Convencidos de que para chegar à civilização só terão de atravessar uma montanha, três dos jogadores de rugby aventuram-se na espessura nevada das montanhas numa tentativa desesperada de encontrar ajuda. Mas os seus cálculos estão errados e quando conseguem chegar ao topo da montanha, apercebem-se de que estão encurralados numa cordilheira. Desmoralizados e exaustos, um deles decide regressar ao ponto de partida, enquanto os outros dois progridem na sua travessia pelas montanhas. Depois de mais de uma semana a caminhar pelas gélidas paragens dos Andes, encontram o primeiro vislumbre de civilização. 72 dias após o acidente, os 16 sobreviventes que restam são resgatados num dos maiores triunfos da luta pela vida.

“Sem Saída: Emergência no Oceano” Estreia: Domingo 25, às 21h00 Reposição: Domingo 2 de Dezembro às 15h00
Canadá, Janeiro de 2003 - Um capitão finlandês e a sua tripulação ficaram presos a mais de 450 quilómetros do porto mais próximo em Newfoundland, Labrador. Os motores de 12 cilindros do barco não funcionam e, sem poder navegar, o barco está completamente exposto às terríveis tormentas do Oceano. Mais de 7.000 barcos já naufragaram nestas águas geladas devido às enormes ondas. Não há barcos de arraste nas imediações e os marinheiros terão de abandonar o “Camila” antes que chegue a tormenta.

O Esquadrão de Busca e Resgate canadiano recebe a chamada e põe-se rapidamente em marcha. Trata-se de uma operação M1, ou, por outras palavras: de vida ou de morte. A tormenta que se aproxima é como uma bomba meteorológica e vai crescendo em intensidade à medida que se aproxima do “Camila”. As ondas são cada vez mais altas, o vento cada vez mais poderoso e falta muito pouco para cair a noite. O helicóptero realiza uma manobra mortal para lançar alguns cabos de menos de 5 milímetros de diâmetro para que os homens se possam agarrar. Porém, um erro fatal no último minuto está prestes a pôr em perigo toda a missão.

António Lobo Antunes vai à Póvoa do Varzim apresentar novo livro



O escritor António Lobo Antunes regressa à Biblioteca Municipal para apresentar, na próxima quarta-feira, 28, às 21h30,o seu mais recente romance, “O Meu Nome é Legião”.
Usando a linguagem de um relatório policial, Lobo Antunes relata o quotidiano de um bando, oriundo de uma zona a que chama simplesmente Bairro e que evoca as zonas periféricas das grandes cidades e o leitor percorre, como se fosse sua, a vida de pessoas que vivem na pior parte do pior sítio do mundo.
“O Meu Nome é Legião” anuncia uma inovação na técnica narrativa do autor:

"E não tenho medo dela, não tenho medo de vocês, não tenho medo de nada, os plátanos do pátio, mil plátanos de berma de estrada que vou ultrapassando um a um neste carro roubado com a velha no outro banco a dizer-me - Menino".
Depois de aqui ter apresentado, em Março do ano passado, o “Terceiro Livro de Crónicas”, António Lobo Antunes regressa à Biblioteca Municipal para partilhar com os leitores este seu novo romance e alguns momentos de conversa, como só ele sabe.


Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.

Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria, tendo exercido, durante vários anos, a profissão de médico psiquiatra.

Em 1979 publicou os seus primeiros livros, “Memória de Elefante” e “Os Cus de Judas”, seguindo-se, em 1980, “Conhecimento do Inferno”.

Estas primeiras obras são marcadamente biográficas, estão muito ligadas ao contexto da guerra colonial e imediatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos, no âmbito nacional e internacional.

Todo o seu trabalho literário tem, ao longo dos anos, sido objecto dos mais diversos estudos, académicos ou não, e o número de distinções literárias, nacionais e internacionais, é vasto: conquistou duas vezes, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa, o Prémio Europeu de Literatura (Áustria), o Prémio Ovídio (Roménia), o Prémio Internacional de Literatura da União Latina (Roma), o Prémio Rosalía de Castro (Galiza), o Prémio Jerusalém de Literatura, o Prémio Iberoamericano das Letras José Donoso e o Prémio Camões, entre outros.



Exposição de Fotografia no Museu da Imagem em Braga



MUSEU DA IMAGEM TRAZ A BRAGA
“THE IDEA OF SOUTH” DE BRUNO SANTOS



O Museu da Imagem, em Braga, inaugurou, ontem sábado a exposição de fotografia “The Idea of South”, de Bruno Santos.

A mostra, que vai estar patente ao público até 30 de Dezembro neste espaço cultural do Município de Braga dedicado à fotografia, pode ser apreciada de terça a sexta-feira (11h00/19h00) e aos sábados e domingos (14h30/18h30).
“The Idea of South” apresenta-se como um projecto de fotografia conceptual, que «encerra todas as determinações temáticas da reflexão sobre o social», evocando «a forma perversa como as nossas pulsões se transformam em sublimações».


Maria do Carmo Serén, crítica de fotografia, explica: «“Between”, a série de retratos dos gestos quase vazios de expressão, de um quotidiano de insegurança banalizada que continua a inquietar estas nossas sociedades do sul, tão useiras da cumplicidade; “Surroundings”, esses lugares que são fluxos de dependência de periferias com frágeis infraestruturas de sobrevivência; “Refuges”, onde subjazem os últimos alentos de agregação e essa série polissémica dos colchões abandonados no que ficou do natural inabitável».


Esta colecção de imagens que Bruno Santos traz agora a Braga usa a cor sem exuberância, «para que o excesso do real se imponha», fotografias lisas, directas, neutras, sem enfeite, informativas quanto-baste, «interagindo pela seriação organizada e que omite a perspectiva triangular, evitando cuidadosamente o sistema de fuga e oferecendo-nos a horizontalidade das coisas, horizontes e devaneios».

São, indiscutivelmente, sagazes argumentos em busca de audiência, num projecto conceptualmente processado – garante aquela especialista.
Neste contexto, Maria do Carmo Serén considera que, hoje, a fotografia esclarece que tudo o que realmente conta, a inovação, a arte, a revolução, a violência ou a diferença, acontece no território da informação.

Aí – diz –, a fotografia gere a visibilidade do mundo e produz uma cultura de observatório com um sistema de desocultação onde as coisas (esse mundo, esses rostos, esses efeitos visíveis do tempo e do modo sobre a matéria) são, antes de tudo, idênticas à sua definição, o que tem muito a ver com o saber acumulado pelas imagens.
«Talvez por isso mesmo, estes rostos são, acima de tudo, máscaras, transitórias e identificáveis, mas sucedâneos de um rosto ausente; no sul, neste sul onde o desleixo e a impunidade se erguem como imaginação e sabedoria, as máscaras de Bruno Santos ainda conservam alguma perplexidade, mas a ritualidade expressionista das convulsões dos sentimentos que o neo-realismo soube suspender, já tornou homogénea a definição», escreve, no texto de apresentação desta mostra.
Para Serén, “The Idea of South” escava de forma mais profunda, ultrapassando o argumento, «porque este também é um tempo de crise da fotografia». E o corpo – sublinha – é também produto da sua envolvente imediata.

«Reconstruímos em nós os referentes, o design daquelas letras pintadas na caixa de correio do prédio periférico, a esplanada de um lazer adiado naquele café térreo, o “terraço” definido pelas vigas sobre a carrinha abandonada, o tempo acumulando novos abandonos sobre os colchões degradados, a imensa banalidade destes restos de uma civilização insatisfatória – o Sul?», interroga-se.
De acordo com a leitura desta especialista, estamos perante «imagens da doença do viver, onde a saga dos “Ex-Dreamers” recoloca a incúria dos nossos sonhos e a sua incapacidade em alicerçar a nossa persistência: os colchões, dispositivos maiores ou menores das nossas fantasias, do mesmo modo que os sonhos que aí construímos, se pervertem no chão, entregues ao poder destrutivo do tempo e do esquecimento».

Bruno Santos nasceu em Lisboa em 1968, fez estudos em Cultura Visual e Fotografia, cursos livres em fotografia e arte contemporânea na Fundação Calouste Gulbenkian e na Torre do Tombo. Publicou no “DNArtes” (Portugal), “Camera Áustria” (Áustria), “Purple Fashion” (França), “Dayfour Magazine” (Reino Unido), “Black & White Magazine” (EUA). Está representado em colecções públicas da Fundação PLMJ, do Museu da Imagem/Encontros da Imagem, e da “Maison de la Photographie” (Lille-França) e em colecções privadas em Portugal e Espanha.