domingo, 1 de julho de 2007

Ciclo Meg Stuart no Centro Cultural de Belém



CICLO MEG STUART NO CCB

BLESSED
Meg Stuart/Damaged Goods & Eira

3, 6 e 10 de Julho 21h00
Pequeno Auditório do CCB



O CICLO MEG STUART abre com BLESSED, uma nova coreografia que recupera uma velha colaboração: a da coreógrafa norte-americana com o bailarino português Francisco Camacho.


Coreografia: Meg Stuart
Interpretação e criação: Francisco Camacho e Kotomi Nishiwaki
Música: Hahn Rowe
Dramaturgia: Bart Van den Eynde
Instalação: Doris Dziersk
Assistente coreográfica: Abraham Hurtado

Direcção de produção: Tanja Thomsen

Produção: Damaged Goods e EIRA
Co-produção: Kunstencentrum Vooruit (Gent), Centro Cultural de Belém (Lisboa), PACT Zollverein (Essen), Volksbühne am Rosa-Luxemburg-Platz (Berlim), Théâtre de la Bastille (Paris), Festival d’Automne (Paris)
Francisco Camacho e Eira são apoiados pelo MC/IA

Meg Stuart fez a sua estreia como coreógrafa com Disfigure Study no Klapstukfestival em 1991. Mas foi durante os anos oitenta, em Nova Iorque, que o seu trabalho se consolidou – datam dessa altura as primeiras peças curtas.

Foi também neste contexto que conheceu o intérprete e coreógrafo português Francisco Camacho. Camacho havia completado a formação como intérprete durante este período
em Nova Iorque, e acompanhou Meg Stuart até à Bélgica, dançando nas suas peças iniciais. Depois desta colaboração, cada um seguiu o seu percurso artístico: Meg Stuart criou a sua companhia, Damaged Goods, em Bruxelas, trabalhando também em Zurique e Berlim. Camacho trabalhou como intérprete em criações de Alain Platel e Carlota Lagido, prosseguindo com a criação coreográfica desde 1988 e fundando, em Lisboa, a sua própria estrutura de criação e produção – a EIRA.
Em 1999, em Moscovo, os seus percursos cruzaram-se novamente, embora de forma breve, no decorrer do Projecto de Improvisação Crash Landing. Em 2007, estão novamente juntos, na peça criada pela coreógrafa para o bailarino, BLESSED, numa instalação sonora de Hahn Rowe.


MEG STUART


A coreógrafa e bailarina americana Meg Stuart foi viver para Nova Iorque em 1983 para frequentar a Universidade de Nova Iorque, onde obteve um BFA (Bachelor of Fine Arts) e prosseguiu estudos de dança na Movement Research, com aulas de técnica release e contacto improvisação. De 1986 a 1992 integrou a Randy Warshaw Dance Company, onde foi igualmente assistente do coreógrafo.
Fez a sua primeira grande peça, Desfigure Study, em 1991, a convite do Festival Klapstuk 91. Foi a primeira de uma impressionante série de produções que fez com a sua companhia Damaged Goods, sedeada em Bruxelas desde 1994: No Longer Readymade (1993); No One is Watching (1995); Insert Skin # 1 – They Live in Our Breath (1996) com o artista visual Lawrence Malstaf; Splayed Mind Out (1997, apresentada na documenta X, em Kassel), com o artista de vídeo Gary Hill; appetite (1998) com a artista Ann Hamilton; ALIBI (2001) e Visitors Only (2003), ambas em cooperação com a cenógrafa Anna Viebrock, o artista Chris Kondek e o compositor Paul Lemp; FORGERIES, LOVE AND OTHER MATTERS (2004), com o coreógrafo/bailarino Benoît Lachambre e o compositor Hahn Rowe; REPLACEMENT (2006); It’s not funny (2006, no Salzburger Festpiele), e, recentemente, BLESSED (2007), um solo com o bailarino e coreógrafo português Francisco Camacho. Em Junho de 2007 o novo trabalho MAYBE FOREVER, um dueto com o bailarino e coreógrafo austríaco Philipp Gehmacher, que teve a sua estreia no Kaaitheater, em Bruxelas.
Meg Stuart criou ainda Swallow My Yellow Smile (1994), uma encomenda da companhia de bailado da Deutsche Oper Berlin e, em associação com o designer gráfico Bruce Mau,
Remote (1997) para o White Oak Dance Project, de Mikhail Baryshnikov. Coreografou também para peças de teatro: Comeback (1999), Snapshots (1999) e Henry IV (2002), todas encenadas pelo alemão Stephan Pucher; Das goldene Zeitalter (2003), um projecto conjunto de Meg Stuart, Christoph Marthaler e Anna Viebrock para a Schauspielhaus-Zürich; e Der Marterpfahl (2005), encenada por Frank Castorf na Volksbühne am Rosa-Luxemburg-Platz, em Berlim. Em 2004 foi concluído o filme Somewhere in Between, do realizador francês Pierre Coulibeuf, adaptação de uma criação especial de Meg Stuart.
Um aspecto recorrente no trabalho de Meg Stuart e de Damaged Goods é a pesquisa de novas formas de cooperação e de contextos de apresentação para além do cruzamento entre o teatro, a arquitectura e as artes plásticas, patente na instalação de dança para a exposição This is the Show and the Show is Many Things, comissariada por Bart De Baere no Museum van Hedendaagse Kunst (Museu de Arte Contemporânea, actualmente SMAK) em Ghent (1974). Entre 1996 e 1999, esteve também envolvida, com Christine de Smet e David Hernandez, em Crash Landing, um projecto de improvisação para bailarinos, músicos, videastas, sonoplastas e designers, que teve cinco edições: Lovaina, Viena, Paris, Lisboa e Moscovo.
De Março de 2000 a Março de 2001 Meg Stuart e Damaged Goods criaram
Highway 101, em estreita colaboração com o encenador Stefan Pucher e o artista de vídeo Jorge Leon. O material de movimento, vídeo e som foi desenvolvido com uma equipa artística parcialmente variável, tendo em vista um certo número de lugares específicos. Highway 101 evoluiu assim para um projecto continuado, autocomemorativo e em constante redefinição, focando a memória, a relação com o público e o uso do espaço. Em Março de 2000, Meg Stuart e Damaged Goods realizaram uma primeira série de apresentações de Highway 101 no Kaaitheaterstudio, em Bruxelas. Seguiu-se Viena (Emballagen-Hallen), Paris (Centre Georges Pompidou), de novo Bruxelas (La Raffinerie du Plan K), Roterdão (TENT.) e Zurique (Schauspielhaus im Sciffbau). A instalação sand table e os solos soft wear, private room e I’ m all yours faziam parte originalmente de Highway 101, mas ganharam vida própria e desde 2001 têm sido frequentemente apresentados num programa partilhado com o escritor, encenador e actor Tim Etchells (Forced Entertainment).
Em 2005, Meg Stuart iniciou Auf den Tisch!, um novo projecto de improvisação para cujas sessões e apresentações convidou artistas, bailarinos e músicos.
A partir de 1997 a companhia Meg Stuart & Damaged Goods passou a estar em residência no Kaaitheater, em Bruxelas. De 2001 a 2004 esteve em residência na Schauspielhaus Zürich a convite de Christoph Marthaler. Desde a temporada de 2002-2003 Meg Stuart & Damaged Goods colaboram também com o Volksbühne am Rosa-Luxemburg-Platz, em Berlim.

Paralelamente à sua actividade coreográfica, Meg Stuart tem também dirigido workshops de composição e improvisação em instituições como o Fórum Dança, em Lisboa, o Movement Research, em Nova Iorque, PARTS, em Bruxelas, e ImPulsTanz, em Viena.
No ano de 2002 Meg Stuart e Damaged Goods receberam o Prémio de Cultura K.U.Leuven. Em 2006 Meg Stuart recebeu o Deutsche Theaterpreis DER FAUST pela coreografia de REPLACEMENT

FRANCISCO CAMACHO


Francisco Camacho (Portugal) estudou dança, teatro e voz em Portugal e prosseguiu os seus estudos em Nova Iorque no Merce Cunningham Dance Studio e no Lee Strasberg Theatre Institute. Dançou com diversos coreógrafos, como Paula Massano, Meg Stuart, Alain Platel e Carlota Lagido. Desde 1988 os seus próprios trabalhos têm sido apresentados na Europa, América e África. Para além dos solos e peças que dirigiu, criou também inúmeras performances em colaboração com artistas em dança e teatro. No âmbito das exposições de artistas como Pedro Cabrita Reis e Francis Bacon, desenvolveu projectos em locais específicos. Como actor participou em peças dirigidas por Lúcia Sigalho e em pequenas metragens. Lecciona regularmente em Portugal e no estrangeiro. A associação portuguesa da imprensa Casa da Imprensa consagrou o seu trabalho com os prémios Bordalo 95 e 97. Em 1994-1995 recebeu o prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão. Francisco é o fundador da EIRA, a sua própria empresa de produção.

Cool Jazz Festival



O CoolJazzFest chega em 2007 à 4ª EDIÇÃO.



Os nomes escolhidos para esta edição mantêm a fasquia de elevada qualidade que impusémos desde o início ao conceito do Festival: ALTA MISTURA.
Se não, vejamos: NORAH JONES, BUENA VISTA SOCIAL CLUB, MARIZA & AMIGOS (Carlos do Carmo, Tito Paris e Rui Veloso), GOTAN PROJECT, NOUVELLE VAGUE E TERESA SALGUEIRO & SEPTETO DE JOÃO CRISTAL.

O que se mantém, também, é a escolha criteriosa de locais ao ar livre para os espectáculos: Jardins do Palácio do Marquês de Pombal e Casa da Pesca em Oeiras, Jardim do Cerco em Mafra e Jardins do Casino do Estoril em Cascais.

Lugares únicos para assistir ao COOLJAZZFEST, Alta Mistura!

O mote “Alta Mistura” é, aliás, quase auto-explicativo. Alta qualidade nos artistas escolhidos. A nata dos cantores e instrumentistas das áreas do jazz, world music, músicas latina e portuguesa. Projectos com créditos firmados, cidadãos do mundo e da arte que fizeram da procura e afirmação de estilos próprios a sua razão de ser.
São sons para pessoas que gostam de ouvir canções, melodias, enganadoramente simples. Músicas que se imiscuem dentro dos corpos e que nos transformam em seres verdadeiramente de Verão, nas noites quentes e calmas em que estamos prontos para ouvir com todos os nossos sentidos.

ARTISTAS


NORAH JONES


Voz de veludo numa embalagem de cetim. Eis uma possível definição de um espectáculo de Norah Jones.
Para comprovar, basta deslocar-se no dia 22 de Julho aos Jardins do Casino Estoril, onde a cantora norte-americana dá a sua contribuição para o grande cartaz do CoolJazzFest de 2007.

Nos ombros carrega o facto de ter assinado com a mítica editora de jazz Blue Note, um pai famoso (o mestre da sitar indiano Ravi Shankar) e um álbum de estreia, “Come Away With Me”, que vendeu mais de 18 milhões de exemplares.

Norah responde com bom gosto, confiança e baladas que misturam suavemente jazz, pop e folk. Para desfrutar em noite de Verão nos Jardins do Casino Estoril, um oásis de calma e vegetação ao pé do mar.
http://www.norahjones.com/


22 DE JULHO * CASCAIS *JARDINS DO CASINO ESTORIL
INÍCIO DO ESPECTÁCULO 21h00

Africa Festival no Cinema S. Jorge

“Sons e Visões de África”
no Cinema São Jorge



A 3ª edição do África Festival conta com uma novidade: a mostra de cinema documental, “Sons e Visões de África”, em exibição no Cinema São Jorge, de 3 a 8 de Julho.
Este bloco de programação do festival tem como objectivo alargar e aprofundar o conhecimento da vida, da cultura e do imaginário dos países africanos.

A mostra é comissariada por Luciana Fina e Cristina Fina e conta com uma sessão especial de inauguração onde é apresentado, em estreia nacional, o mais recente filme do cineasta Abderrahmane Sissako, “Bamako”.

Outro dos pontos fortes é a exibição de “Amandla! A revolution in four part harmony”, de Lee Hirsch, no dia 4 de Julho, vencedor do prémio atribuído pelo público no Sundance Festival, em 2002. Também em estreia nacional chega ao Cinema São Jorge, no dia 7, “Mãe Ju”, um trabalho de Kiluanje Liberdade e Inês Gonçalves.

“Sons e Visões de África” encerra no dia 8 de Julho com o documentário “Lusofonia A (R)evolução”, seguido de uma sessão aberta de diálogo com o público e moderada pelo jornalista António Pires.

O África Festival é produzido pela EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural e integra o programa cultural das Festas de Lisboa 2007.


ÁFRICA FESTIVAL
“Sons e Visões de África” (mostra de cinema documental)
Cinema São Jorge 3 a 8 de Julho
Entrada livre até ao limite de lugares disponíveis.
Pressupõe o levantamento de bilhetes no dia, a partir das 13h00.
Não se efectuam reservas.




Festival Delta Tejo em andamento


CARTAZ DO FESTIVAL DELTA TEJO JÁ ESTÁ COMPLETO
A menos de um mês de invadir com boa música e bom café o Alto da Ajuda, em Lisboa, o cartaz do Festival Delta Tejo, que decorre entre 20 e 22 de Julho, já está completo.
Os brasileiros Ive Mendes e Clube do Balanço são os últimos artistas anunciados para dar aroma ao festival.
Ive Mendes é dona de uma voz melódica e a banda Clube do Balanço é responsável pelo renascimento do samba-rock na cidade de São Paulo.

Daniela Mercury, Orishas, Os Mutantes, Carlinhos Brown, Papas na Língua, André Sardet e ainda João Pedro Pais e Mafalda Veiga são outros nomes fortes que vão subir ao palco.
A programação do Delta Tejo celebra a união entre o universo do café e os mundos da música. Por isso, em território luso vão estar nomes importantes de países cuja cultura está intimamente ligada ao café: Timor, Angola, Brasil, Jamaica, México, Cuba, além de Portugal.
Além do Palco Delta, os amantes da boa música podem ainda viver novas sensações no Palco Montepio, por onde vão passar nomes como Terrakota, Mesa, Tito Paris, Cool Hipnoise e Mundo Secreto, entre outros.
Para equilibrar a intensidade das noites, é possível restabelecer energias na área da restauração, na tenda vip ou relaxar com massagens nos espaços de lazer e entretenimento, como o lounge.
Os bilhetes têm um custo de 25 euros por um dia e 40 euros para os três dias de festival.
O Festival Delta Tejo é um evento da Delta Cafés, promovido e realizado pela Música no Coração, que estima que o Alto da Ajuda receba cerca de 15 mil pessoas por dia.