quinta-feira, 19 de julho de 2007

Fados no Maxime

Mais uma noite de Fados
no Maxime

Jazz Nordico em Porto Covo




RÃO KYAO & KARL SEGLEM
Festival de Músicas do Mundo - Porto Covo, 22 de Julho às 23:00H

Jazz nórdico e fusão luso-oriental num espectáculo em estreia mundial.


A ideia de música do mundo parece ter sido criada para descrever encontros como aquele que o público do Festival de M! úsica de Sines vai ter o privilégio de testemunhar quando Rão Kyao e Karl Seglem subirem ao palco.


Mais do que um cruzamento de Portugal e Noruega, o que este concerto vai proporcionar é uma mistura de ideias criativas que se apoiam nas tradições lusas e nórdicas, claro, mas que sabem olhar muito mais longe do que isso, abraçando a ideia do mundo como uma fonte inesgotável de inspiração.

Rão Kyao é hoje um dos mais respeitados músicos portugueses. A sua ideia de Portugal assenta numa sensibilidade mediterrânica que lhe permite entender a nossa identidade como o resultado de um longo processo de trocas culturais e históricas. Que a sua música evoque tanto as planícies alentejanas como as praias orientais onde as descobertas portuguesas nos levaram há vários séculos não é surpresa. E estas ideias ! são, claro, o resultado de uma longa carreira de mais de duas d écadas de intensa entrega à música que no último álbum, "Porto Alto", foram alvo de um refinamento profundo.

A Andaluzia, os perfumes árabes, o calor do sul de Portugal... tudo isso está na música desse álbum. "Por acaso fiquei surpreendido com o Karl, que ouviu o meu álbum mais recente e escolheu para interpretar alguns dos temas com mais vincado sabor folclórico. Ele também procura a música de raiz," explica Rão Kyao. "Sei que as nossas tradições são diferentes, mas percebi que há espaço para a procura de uma sensibilidade comum." Por seu lado. Seglem sublinha o carácter "poético e poderoso" da música de Rão Kyao. Depois do mútuo reconhecimento, há a procura de pontos de contacto.
Tanto Rão Kyao como Karl Seglem são homens do ! sopro, do ar.

Rão Kyao dono de mil e uma flautas, claro, e Seglem exímio saxofonista que também sabe recorrer a instrumentos tradicionais, como os "ram's horns", cornos usados como instrumentos que têm uma tradição milenar.

Karl Seglem é respeitado na Noruega como um excelente compositor e improvisador e a sua música já percorreu um largo espectro estético, da mais séria tradição folk até à mais empenhada liberdade de formas. E, tal como Rão, Seglem é igualmente um inveterado viajante, sinal de que procura fora da sua tradição nórdica estímulos para expandir a sua música. "De certa maneira posso pensar em mim como um nómada musical. A Noruega é um país pequeno e quem como eu quer expandir horizontes, tem mesmo que viajar," explica Karl Seglem cujas viagens p! assadas já o trouxeram até ao nosso país onde viv eu durante alguns meses: "vivi perto de Portimão e escrevi um álbum inteiro durante esse período que foi editado em 2002." Seglem é obviamente um músico que procura novas experiências e que acredita no poder de comunicação universal da música: "pode pensar-se nisto como um cliché, mas não deixa de ser verdade. Estou neste momento a trabalhar com músicos paquistaneses em Oslo e eles só falam urdu, pelo que toda a nossa comunicação é feita através da música. " Espera-se portanto uma comunicação intensa: não apenas entre Rão Kyao e Karl Seglem, mas também entre os músicos que os acompanham. À banda de Rão Kyao juntar-se-ão alguns músicos noruegueses que normalmente acompanham Karl - o baixista Helge Harstad e o percussionista Harald Skullerud - e ainda José Pe! ixoto (guitarra clássica) e Ruca Rebordão (percussão).

Rão Kyao assume a ansiedade para o concerto de Sines e fala na possibilidade de uma "troca intensa" de experiências. O facto de se poderem encontrar frequentemente referências ao carácter místico da música nas críticas a discos e concertos de Rão Kyao e de Karl Seglem permite antecipar a magia deste concerto.

O músico norueguês promete um concerto repleto "de espaços e de surpresas com melodias fortes e improvisações imaginativas." Para ambos, a música é uma forma de contar histórias, de descrever o mundo, de meditar e, sobretudo, de viajar. Tendo em conta os currículos destes dois gigantes, pode-se esperar uma volta ao mundo no espaço de um único concerto.

Portugal Jazz Vila Nova de Cerveira


Portugal Jazz continua em viagem

O Portugal Jazz - Festival Itinerante de Jazz segue viagem a norte ao encontro da Vila das Artes - Vila Nova de Cerveira, vila localizada no distrito de Viana do Castelo. O concerto está integrado na Feira do Livro e realizar-se-á na praça central - Terreiro.

Destaque para o concerto comentado com os músicos Afonso Pais, Bernardo Moreira e Bruno Pedroso a realizar no Terreiro às 18H, aos quais a voz de Joana Machado se juntará às 22H no mesmo local.


"Temas como "Day Dream", de Billy Strayborn, e "Ana Luiza", de António Carlos Jobim, estarão no alinhamento, mas outros "lugares do jazz e da música universal", como o próprio quarteto indica, serão visitados. Ao lado de Joana Machado, uma cantora que se tornou obrigatório ouvir, estão alguns dos mais "batidos" protagonistas do nosso jazz, como Afonso Pais, Bernardo Moreira e Bruno Pedroso. Estes instrumentistas protagonizarão igualmente um concerto comentado durante a tarde." in revista "
jazz.pt"

www.portugaljazz.org