quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Nova animação musical no Casino Estoril, em Outubro



Casino Estoril renova em Outubro
animação musical no Du Arte Lounge


Num ambiente acolhedor, o Du Arte Lounge apresenta, em Outubro, um novo programa de animação musical, que reforça a oferta lúdica e cultural do Casino Estoril.

São pequenos ciclos de actuações protagonizados pelas bandas Trio Naranjus, Box of Blues, XL Femme e Freakassé, que interpretam vários temas originais, assim como versões de grandes êxitos internacionais.
Com estreia agendada já para a próxima Sexta-Feira, os Nobody’s Bizness actuam até 4 de Outubro.

Numa proposta acústica, a banda lisboeta inspira-se num repertório centrado nos blues, recuperando composições de artistas que são referências na evolução deste género musical.
Os Nobody’s Bizness prestam, assim, um tributo a nomes como Robert Johnson, Tampa Red, Ida Cox ou Alberta Hunter, passando, ainda, pelos incontornáveis Bessie Smith, Willie Dixon, Skip James ou pelo gigante Muddy Waters.
Pela primeira vez no Casino Estoril, o Trio Naranjus sobe ao palco de 3 a 11 de Outubro.

Com um perfil intimista, este conjunto interpreta um diversificado elenco de temas, preconizando originais combinações instrumentais e vocais.
Fundado em 2004, o Trio Naranjus é constituído por Pedro Carvalho na guitarra acústica, carron e instrumento de percussão ligado ao flamenco; Pedro Soares na guitarra acústica, baixo eléctrico, pandeireta; e Tiago Barbosa no teclado.
De 10 a 18 de Outubro, será a vez da banda Box of Blues apresentar uma abordagem musical criativa, alegre e descontraída, proporcionando momentos enérgicos, intensos e plenos de improvisação.
No seu repertório cabem clássicos dos blues, do rock e da soul como T-Bone Walker, Freddie King, BB King, Muddy Waters, Buddy Guy, Elmore James, Eric Clapton, Canned Heat, Carlos Santana, Aretha Franklin, Big Mama Thornton, Etta James, Janis Joplin, Patricia Barber ou Susan Tedeschi.
Por sua vez, os XL Femme estão de volta ao Du Arte Lounge, de 17 a 25 de Outubro.
A banda distingue-se por interpretar versões electrónicas de clássicos da música portuguesa, como, por exemplo, o “fado electrónico”.

Num estilo vanguardista, os XL Femme percorrem clássicos de Amália Rodrigues, Madredeus, Doors ou Rolling Stones.
Formado em 2000 por Miguel Ângelo Majer, os XL Femme são um projecto que alia uma sonoridade original e contemporânea, com arranjos de Miguel A. Majer e Ricardo Santos, à voz cheia de personalidade e carácter de Marisa Pinto.
Na semana de 24 a 31 de Outubro, os Jazz Me Brown trazem ao Du Arte Lounge a fusão do jazz, soul e funk.

Em palco, apresentam composições próprias, assim como outras versões electrizantes.
Com um experiente quarteto de músicos, a banda é formada por Demétrio Bezerra, no trompete, Miguel Casais, na bateria, Daniel Lima, no teclado, e Ciro Cruz, no baixo.
Para a última noite de Outubro, os Freakassé propõem um conjunto de medleys com fortes influências de funk, rock e dance dos anos 60, 70 e 80.

Estarão em evidência êxitos de Incubus, Lenny Kravitz, Jamie Cullum, Sting, Stevie Wonder, Jamiroquai, Lenine, Djavan, Ed Motta, RHCP, KC & The Sunshine Band.
Numa proposta revivalista, o vocalista Miguel Sette será acompanhado por Capela, no baixo, Marco Rodrigues, nas teclas, Bruno Capelas, na bateria, e André Frazão, na guitarra.

Dia Mundial do Turismo comemorado em Braga


BRAGA EVOCA ÉPOCA BARROCA

NO DIA MUNDIAL DO TURISMO


Uma evocação histórica da época barroca foi a forma encontrada pelo Município de Braga para assinalar, este fim-de-semana (26, 27 e 28 de Setembro), o Dia Mundial do Turismo, o que faz através de um vasto programa festivo, que tem o seu ponto alto num “cortejo real” e numa imaginada recepção ao rei D. João V, meio-irmão do arcebispo bracarense D. José de Bragança, por si nomeado.

No contexto comemorativo, o Pelouro Municipal do Turismo promove também, na Avenida Central, sexta-feira e sábado (27 e 28), uma programação de cariz popular e tradicional, com a realização de uma feira minhota «de antanho», em que são comercializados, de facto, produtos agrícolas, animais de capoeira, utensílios artesanais e iguarias naturais hoje menos vulgares.

«Para o Município de Braga, a comemoração do Dia Mundial do Turismo serve de motivo para a evocação pública de momentos marcantes da história da cidade; sabemos que é no turismo cultural e religioso que Braga se afirma, sabemos que é neste contexto concreto que a cidade tem reforçado particularmente a sua atractividade; limitamo-nos, portanto, a explorar essa imagem junto dos residentes, mas fundamentalmente junto de quem chega até à Bracara Augusta ou Capital do Barroco com a intenção de conhecer melhor a cidade que fomos e a cidade que somos», justifica a Vereadora da tutela, Ana Paula Morais.Aliás, um “Sarau Barroco” é mesmo o final feliz para o “cortejo real” imaginado para a noite de sexta-feira (26 Setembro, 21h00, palco da Avenida Central). Após uma sessão de boas-vindas do povo de Braga «a Sua Eminência D. José de Bragança e Sua alteza Real D. João V», pode assistir-se a um programa musical preparado pelo Conservatório bracarense, onde pontuam trechos como “Marche Gay”, de Jean-Baptiste Lully; “Coro Judas Macabeu, de Handel; “Musette”, de Bach; “Bourré”, de Handel; “Minueto 1, 2 e 3” de Bach; “Paduan”, de Peuel; “Minuetto” de Carlos Seixas; “Allegro” de Correli; “Largo” de Vivaldi; “Gavotte”, de Handel; “Minuetto” de Tartini; “Giga” de Pachelbel; “Minuetto” de Handel; “Delizie contente” de Cavalli; “The People That Walked In The Darkness” (Messias), de Haendel; e “Stizzoso, Mio Stizzoso”, de Pergolesi.«Num esforço para respeitar o tempo histórico, o trabalho desenvolvido pelos vários parceiros pretende recriar uma recepção imaginária ao rei D. João V, situada temporalmente no dia 26 de Setembro de 1741; D. José de Bragança, nomeado arcebispo de Braga e primaz das Espanhas, convida o seu irmão e rei de Portugal, bem como a rainha de Espanha, sua sobrinha, a deslocar-se a Braga para a cerimónia da sua assunção das funções eclesiásticas», enquadra Ana Paula Morais.

É neste ambiente que ocorre o suposto sarau barroco, em que ganham destaque a música, a dança e a poesia, em que, além dos monarcas portugueses e espanhóis, se destaca a presença do grande compositor Carlos Seixas e do professor de cravo Domenico Scarlatti.

Com textos e coordenação de Ana Maria Caldeira, direcção musical de Raquel Alves, encenação de Sónia Sousa, coreografia de Filomena Vasconcelos e Cristina Cardoso, destacam-se neste espectáculo os alunos do Conservatório Calouste Gulbenkian Nuno Marques (trompete), Maria João Santos (caixa), Leonor Bravo, Joaquim Pereira, David Correia, Francisco Grilo, Luísa Gomes e Mariana Correia (violinos), Ana Carolina Ferreira e Ana Carolina Freitas (violoncelo), Emanuel Novais (flauta), Sofia Sousa (viola de arco), Paula Peixoto (cravo), e Joana Teixeira, Ana Sousa e Sagar Dipak (canto).A poesia é recitada por Catarina Peixoto (“Poema”, de António da Fonseca Soares) e Hugo Dias (“O canto da Babilónia”, de D. Francisco Manuel de Melo).A dança é assumida por um grupo de 25 bailarinos e a representação cabe a Rui Martins (D. João V), Daniela Araújo (D. Maria Ana de Áustria), Gonçalo Felgueiras (D. José de Branca), Mariana caldas (D. Maria Bárbara), José Diogo Martins (Carlos Seixas), José Marques (Domenico Scarlatti), Carlos Dias (mestre de cerimónias), Claúdio Miranda, Tiago Loureiro, Rui Pedro Vieira e Tiago Afonso (prelados do Cabido), David Duque, Bernardo Barreira, Jorge Ramos e André Espírito Santo (lacaios).O “Tin.Bra” – coordenado por Maria Torcato – cede a esta encenação jovens actores como Joana Gaspar, Carlos Lima, Sofia Reis, Inês Peixoto, Bárbara Bastos, Juliana Quintas, Carla Marques, Pedro Miranda e Clara Duhamel.Quanto à “Feira à Moda Antiga”, ela abre, conforme referido, às 10h00 de 27 de Setembro (sábado), registando então a animação de lavradeiras e artesãos, que comercializam directamente os seus produtos.

Às 16h00, a avenida Central serve de palco a uma “Desfolhada Minhota”, a que se seguem os “Cantares Tradicionais” do Grupo Desportivo e Recreativo da Groz-Veckert.A animação deste espaço público continua no domingo (28), com a “Feira dos Artesãos”, a partir das 11h00, e a actuação do Grupo de Cavaquinhos Gonçalo Sampaio, às 16h00.

A Felicidade

A Felicidade
de Alexander Medvedkine
*musicado ao vivo por Kubik
27 de Setembro às 21h30

A Felicidade, do russo Alexander Medvedkine, é um filme-mudo de 1934 inspirado no cinema burlesco americano de Buster Keaton mas também no cinema surrealista e provocador de Luís Buñuel. Trata-se de uma comédia dramática que ousou criticar a política bolchevique e foi banido na Rússia durante 40 anos. O cine-concerto foi um projecto encomendado a Kubik para o festival Escrita na Paisagem 2008 e segue-se a experiências semelhantes do músico com obras como Un Chien Andalou, de Luís Buñuel e Salvador Dalí ou Entre'Acte, de René Clair.
Informações
Departamento de comunicação
Fnac Forum Coimbra
Loja 1.03
Horário da Loja: 10h-24hE-mail:
fnac.coimbra@fnac.pt

PORTUGAL JAZZ SEVER DO VOUGA

PORTUGAL JAZZ
27 de Setembro às 21h30
CAE SEVER DO VOUGA



Para festejar a entrada no Outono, com muito sol, o Portugal Jazz viaja já no próximo sábado para Sever do Vouga onde tem encontro marcado com o Quarteto de Ana Paula Sousa, para concerto e workshop. Um programa intenso para principiantes e amantes do jazz.
Ana Paula Sousa Quarteto
Ana Paula Sousa, pianista, compositora e improvisadora, reúne numa formação standard do jazz contemporãneo, a irreverência do rock com a universalidade da música clássica, dando-lhe um peculiar sabor português. Oferece um reportório de originais em que a emoção dá lugar a uma liberdade artística honesta, fora dos compromissos estéticos habituais. Uma reciclagem de som luso que reformula o conceito de importação.
Com o disco "Valsa para a Terri", Ana Paula Sousa dá início a uma prometedora nova fase da sua carreira. Poderão testemunhá-lo neste concerto, em Sever do Vouga, onde Ana Paula Sousa será acompanhada por três dos mais relevantes novos músicos do jazz português Afonso Pais, na guitarra, Hugo Antunes, no contrabaixo e Luís Candeias na bateria.
10h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h - Workshop de jazz orientado por Ana Paula Sousa
21h30 - Concerto com Ana Paula Sousa Quarteto
Ana Paula Sousa - piano
Afonso Pais - guitarra
Hugo Antunes - contrabaixo
Luís Candeias - bateria
Mais informações:
www.portugaljazz.org

Comunidade de leitores hoje em Coimbra

Comunidade de leitores
25 de Setembro às 18h30
Casa Municipal da Cultura - Coimbra

Uma Comunidade de Leitores é um grupo de pessoas que se reúne periodicamente para debater um conjunto de livros cuja leitura foi proposta pelo coordenador do clube.
A experiência da leitura é sempre íntima e individual, feita em sua casa por cada um dos participantes. Mas essa experiência é enriquecida pela partilha de opiniões, comentários e pontos de vista que ocorre nas reuniões, permitindo a descoberta de outras formas de interpretar o livro analisado.
O objectivo das reuniões não é produzir dissertações académicas, nem fazer análises textuais aprofundadas das obras lidas, tão pouco avaliar o tipo de leitura feito pelos participantes. O que se pretende é partilhar o prazer da leitura com os outros, descobrindo e confrontando os pontos de vista dos participantes sobre aquilo que leram.
Os participantes...
... não têm de ler em voz alta durante as reuniões;
... não têm de comprar o livro analisado: podem requisitá-lo na Biblioteca;
...não são obrigados a participar nos debates, se não o quiserem fazer.
Programa

25 Setembro
A Escola do Paraíso, de José Rodrigues Miguéis
30 de Outubro
O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy
27 de Novembro
O Doente Inglês, de Michael Ondatje
18 de Dezembro
O Livro das Lendas, de Selma Lagerlof
Funcionamento
Periodicidade
: mensal (última Quinta-feira de cada mês)
Local: Gabinete de História da Cidade (Casa da Cultura).
Coordenação: Maria de Fátima Carvalho
Acesso: gratuito
Inscrição: Biblioteca Municipal de Coimbra; telefone nº 239702630

"Os sons que nascem..." nas comemorações do dia Mundial da Música

Atelier “Os Sons que nascem…”
30Setembro1234 Outubro às 10h00 e às 14h30
Casa Municipal da Cultura de Coimbra



Atelier para escolas e famílias - "Os Sons que Nascem..." - comemorações do DIA MUNDIAL DA MÚSICA
O atelier “Os Sons que Nascem…” parte de um conceito de notação musical – partitura gráfica – utilizada por muitos dos principais compositores de vanguarda contemporâneos (John Cage, Mauricio Kagel, Morton Feldman, G. Ligeti, etc.) e compreende três etapas distintas:
1. Abordagem dos princípios fundamentais da música (altura, dinâmica, timbre, duração) através de uma aprendizagem lúdica de alguns elementos da grafia musical contemporânea;
2. Criação de uma obra musical colectiva com as ferramentas aprendidas na etapa anterior (serão utilizadas técnicas de colagem, pintura, desenho, etc. como meios de notação musical);
3. Execução das obras compostas pelos alunos em concerto. Interpretação a cargo dos orientadores do ateliê.
pelo CENTA _ Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas.
Público-alvo: jovem/escolar (30 Set., 1, 2 e 3 Out.) e famílias (4 Out.)
Faixa etária: dos 6 aos 15 anos

Escolaridade: 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico
Necessário fazer inscrição: telef. 239702630

Festival de Cinema Gay e Lésbico-Queer Lisboa 12


" Was am Ende Zählt " foi a longa metragem em competição apresentada ontem na sessão da noite.
Conta a história de uma jovem que vê os seus planos alterados por uma gravidez inesperada.
Carla foge de casa para estudar moda em Lyon. Na estação de combóios roubam-lhe a bagagem e ela aceita a oferta de ajuda de Rico que conheceu na altura.
Entretanto encontra Lucie que também trabalha no barco que Rico está a transformar em Bar. A gravidez inesperada de Carla atrasa-lhe o sonho de moda mas Lucie faz-lhe uma proposta e acabam por juntar as suas vidas.
Nada de novo nos traz o desenrolar desta história. O mesmo se podendo dizer do próprio filme.Uma sequência de imagens com sentimentos e emoções a passarem quase despercebidos.
A noite terminou com a exibição de mais um Obsceno que será objecto de posterior análise.
Pelas 15 horas de hoje é exibido o filme " 20,13 ", de Joaquim Leitão que trata o dia a dia de um posto militar no norte de Moçambique em plena guerrilha. A situação de permanente tensão e conflito faz explodir sentimentos e emoções contidos desde há muito.
Pelas 18 horas, perspectiva-se um debate" Homens provisoriamente sós-Homossexualidade e a Guerra Colonial" que se prevê polémico e controverso.
Surge na sequência da exibição do filme " 20,13" e certamente que o mesmo servirá de base à discussão.
O debate que será moderado por António Fernando Cascais terá como participantes Domingos Oliveira e Guilherme de Melo.
António Fernando Cascais é Professor da Universidade Nova de Lisboa e publicou cerca de uma centena de ensaios sobre filosofia, história e ética das ciências e das técnicas, teoria gay e queer em Portugal e no estrangeiro.
Domingos Oliveira nasceu em Atei, Mondim de Basto.Proganizou alguns filmes e é o autor de uma escultura de homenagem a Amália Rodrigues. A partir de agora é o autor, como escultor, do prémio do Festival de Cinema Gay e Lésbico.
Guilherme de Melo é jornalista e escritor, homossexual assumido, com várias obras com a temática gay como fundo.
Este debate ,necessário quanto baste, servirá certamente para que se disperse o nevoeiro que se pretende exista sobre sentimentos e relações entre pessoas isoladas de todos menos delas próprias.

Os Concertos dos seus ídolos




26.SET
GNRLISBOA – LUMIAR, JARDIM DOS ULMEIROS22:00 – ENTRADA LIVRE





27.SET
TARA PERDIDALISBOA – ALAMEDA – ARRAIAL DO CALOIRO (TÉCNICO)22:00 – ENTRADA PAGA



DA WEASELMADEIRA – ÁGUA DE PENA, PARQUE DESPORTIVO – “ANT3NA ON TOUR”22:00 – ENTRADA LIVRE



MESAGUIMARÃES – CENTRO CULTURAL VILA FLOR 22:00 – ENTRADA PAGA






29.SET
MAFALDA VEIGAVIANA DO ALENTEJO – FEIRA D’AIRES22:00 – ENTRADA LIVRE

Tiago Bettencourt hoje no Casino Estoril




Tiago Bettencourt e “Mantha”
encerram ciclo de Concertos no Casino Estoril


Inspirado no álbum “Jardim”, Tiago Bettencourt está de volta ao Du Arte Lounge no próximo dia 25 de Setembro, pelas 23 e 30.

Acompanhado pelos “Mantha”, o intérprete encerra, assim, mais um ciclo dos “Grandes Concertos do Casino Estoril”, o qual se tem distinguido, nos últimos três meses, pela expressiva adesão de público.
Num projecto musical bem sucedido, Tiago Bettencourt revela, ao vivo, uma invulgar cumplicidade com os “Mantha”.


O artista partilha o palco, com Tiago Maia, no baixo, e João Lencastre, na bateria.
No Du Arte Lounge, Tiago Bettencourt & “Mantha” apresentam as melhores composições do álbum que gravaram em Outubro de 2007.


“Jardim” inclui doze temas originais, entre os quais se destacam “Canção Simples”, “A Ponte”, “Labirinto”, “Outono”, “Amanhã”, “Noite Demais”, “Fim da Tarde” ou “O Jogo”.
Gravado num estúdio em Montreal, o álbum “Jardim” foi produzido pelo canadiano Howard Bilerman, que colaborou já em registos discográficos de outros conhecidos grupos, como é o caso dos Arcade Fire.
Após um assinalável percurso como vocalista dos “Toranja”, Tiago Bettencourt apresenta uma renovada orientação musical.


Enquadrado na sonoridade dos “Mantha”, o artista promete uma actuação a condizer com a expectativa que rodeia sempre a sua participação nos “Grandes Concertos do Casino Estoril”.
Com um programa muito diversificado, o Casino Estoril acolhe a contorcionista Helene, às 21 e 50. A artista apresenta um original exercício intitulado “Aquarium”.


A partir das 22 horas, a banda The Soaked Lamb assegura a animação musical. Posteriormente, Helene repete a sua actuação, às 23 e 15, antecedendo o concerto de Tiago Bettencourt, agendado para as 23 e 30.


A partir da uma hora, o conhecido DJ António Machado prolonga a festa até de madrugada.

Última Chamada de Rafael Alvarez

Sessão Cultural no Museu do Neo-Realismo em V.F.de Xira



Actividades no Museu do Neo-Realismo


No âmbito da sua programação cultural, o Museu do Neo-Realismo apresenta para os dias 26 e 27 de Setembro, no Auditório, as seguintes sugestões:

Sexta-feira – 26 de Setembro - 21.30 Horas
“Lançamento do N.º 2/3 da Revista Nova Síntese”
Apresentação: Vitor Viçoso


Sábado – 27 de Setembro - 17.00 Horas
“Encontros com Artistas e Escritores”
Convidado: Baptista-Bastos



Já nas Lojas o melhor de António Calvário



O MELHOR DE ANTÓNIO CALVÁRIO Regresso 1960-1966
É tão bom cantar


A única forma de acabar com o nacional-cançonetismo de uma vez para sempre é transformá-lo em ícone pop da cultura portuguesa.
Enquanto isso não acontecer, todo um enorme conjunto de compositores, intérpretes, executantes e editores ficará indistintamente refém da sentença ideológica aplicada a um determinado período e caminho da nossa música (digamos, entre os anos 1950 e 1974) por um tribunal igualmente indistinto que o condenou ao silêncio. Assim não vale.
Escolhamos então outro caminho.
Ao fazer passar o “nacional-cançonetismo” pelo filtro da “pop culture” – o termo tem mesmo que ser este, porque “cultura popular” remete para outros domínios –, poderemos obter algumas revelações pertinentes.
Poderemos perceber, por exemplo, como a indústria musical norte-americana e europeia, nas suas décadas de glória, influenciou e moldou a nossa própria indústria. Por outro lado, ficaremos a conhecer-nos melhor enquanto sociedade produtora de cultura.
Isto é: daquela época, não basta saber da enorme importância musical de José Afonso e de seus empenhos políticos. É preciso também entender os Reis da Rádio.
A antologia que o ouvinte tem em mãos é um excelente começo para este caminho, porque tal história nunca pode ser contada sem António Calvário. Trata-se de uma inteligente selecção escolhida a partir dos 34 EPs (discos de vinil com dois temas de cada lado) gravados pelo cantor para a Valentim de Carvalho (VC) entre 1960 e 1966, os únicos anos em que esteve naquela casa editorial. Se o ouvinte mais sabedor não encontrar aqui um ou outro tema que retém na memória, isso será apenas porque decidiu-se circunscrever a colectânea ao património VC. De resto, está aqui tudo que define Calvário como artista.

António Calvário da Paz nasceu em 1938 em Maputo (então Lourenço Marques), Moçambique, ex-colónia portuguesa.
Iniciou estudos de piano aos sete anos – Chopin fascinava-o e imaginou carreira como pianista. Aos 14, já em Portimão, onde a família tem raízes, estreou-se e surpreendeu como cantor numa festa escolar.
Mudar-se-á para Lisboa, inscrevendo-se no Colégio Académico. É na capital que recebe aulas de canto de uma prima-avó, Corina Freire, nome importante do teatro de revista. Aos 18 anos concorre a uma vaga na estação radiofónica Emissora Nacional.
Aprovado, inicia carreira em espectáculos colectivos e um ano depois obtém o primeiro lugar no II Festival da Canção Portuguesa, no Coliseu do Porto, com o tema “Regresso”, de Maria Almira e Resende Dias, suplantando, entre outros, Alice Amaro, Simone de Oliveira e Madalena Iglésias – com estas duas últimas gravaria duetos.
A vitória é motivo para a VC assinar com ele e editar um single, onde regista também “Sem Ti”, de João Nobre.
Daqui em diante, o sucesso é imparável. Entre 1962 e 1972 será eleito cinco vezes Rei da Rádio, o mais importante título para um cantor da altura medir a sua popularidade.
Outros títulos semelhantes sucedem-se. Ao ganhar, em 1964, com “Oração”, de Francisco Nicholson, Rogério Bracinha e João Nobre, o I Grande Prémio da Canção da RTP, entra simultaneamente no panteão do êxito maior e no patamar da associação política, quer queira, quer não: o triunfo leva-o ao Festival da Eurovisão, que naquele ano se realiza na Dinamarca, em representação de Portugal, onde obtém zero pontos.
É uma clara condenação do júri ao regime ditatorial de Salazar. Nada que perturbe a fama doméstica: naquela época, Calvário pára literalmente as ruas das cidades se decide sair em público. As fãs não o perdem de vista. Neste sentido, foi o mais parecido que o país teve com um Elvis.
Novos palcos acontecerão: os do teatro de revista, de comédia e de opereta a partir de 1963 (em pelo menos 15 títulos); cinco filmes “populares” entre 1964 e 1969 (em 1999 participou ainda no drama Longe da Vista de João Mário Grilo); actuações internacionais e prémios em festivais no estrangeiro. A carreira abranda nos inícios da década de 70, tendo um êxito inesperado em 1979 com a canção “Mocidade, Mocidade”. Ao longo da década de 90 vê surgirem várias reedições e compilações.
O ensinamento de Corina Freire teve, evidentemente, os devidos frutos. A prima-avó ensinou ao jovem António o essencial para que a carreira fosse longa e eficaz. Ninguém pode negar a Calvário um talento duradouro (até hoje – basta vê-lo em qualquer actuação no século XXI). A plasticidade e doçura da sua voz destacam-se num universo onde a maioria dos cantores da sua geração afirmou-se pela gravidade.
O imenso sucesso prende-se certamente com isto e com uma escolha de repertório onde primam as baladas (“Sabor a Sal” é um primor).
Há fados, há marchas, há um pouco de tudo, e twists também: nestes é curioso ver a teatralidade dramática que adapta a um género musical dançável por excelência (é escutar os deliciosos “Meu Coração de Madeira” e “Tu Nunca Saberás”). A maior parte dos temas são de compositores portugueses, não faltando versões de êxitos anglo-saxónicos – incluindo uma de Paul Anka da banda-sonora do filme “O Dia Mais Longo” e, no extremo oposto, as mais conhecidas canções de “My Fair Lady” em dueto com Simone de Oliveira. Há o crooner competente (Sinatra é o seu grande ídolo) em “O Amor Tem Sempre Um Sítio Para Morar” e, é claro, há esse monumento pop português ao lado da sua parceira perfeita, Madalena Iglésias, em “É Tão Bom Amar”.
Em Abril de 2007, António Calvário regressou em concerto ao Maxime, em Lisboa, actuando para uma geração que não o conhecia e voltando a assinar o livro de honra daquele que é o mais famoso cabaret de Portugal, a funcionar desde a década de 40, hoje com direcção artística de Manuel João Vieira. Vieira, com a programação que ali exerce, tem sido o principal responsável na música portuguesa por passarmos a encarar sem pruridos, e já com gosto, nomes como Calvário.
Um dia o termo “nacional-cançonetismo” será mais lúdico do que qualquer outra coisa. Percebermos nessa altura como, para o bem e para o menos bem, a nossa “pop culture” é útil. Dançaremos então ao som de António Calvário. Assim já vale.
(João Macdonald)