segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Livros sobre Eça de Queirós apresentados na Póvoa do Varzim


Dagoberto Carvalho Júnior apresenta duas obras

na Biblioteca Municipal

Na próxima quarta-feira, 15 de Outubro, às 21h30, Dagoberto Carvalho Júnior apresenta duas das suas obras na Biblioteca Municipal.

A Cidadela do Espírito e A Boa Mesa de Eça de Queiroz foram os livros escolhidos para apresentação entre a basta bibliografia que o autor já publicou sobre Eça de Queirós.

A Cidadela do Espírito : considerações sobre a Arte Sacra na Obra de Eça de Queiroz, publicado no Recife, em 1994, revela, segundo o autor, “o espírito místico de Eça, que o realismo como religião de estética literária, tantas vezes, sacrificou ao anticlericalismo de sua geração".

Já com 2ª edição, este livro versa sobre um tema que ainda não fora investigado por nenhum estudioso da obra queirosiana, examinando, no que diz respeito à arte sacra, a presença de símbolos e imagens, a descrição que Eça faz de igrejas e tipos religiosos.

A Boa Mesa de Eça de Queiroz, recentemente publicado pela Editorial Tormes do Recife, resulta da compilação de um ensaio e várias crónicas.

Dagoberto Carvalho Júnior, médico, escritor, historiador e mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco, é um dos maiores cultores de Eça de Queirós no Brasil.

Está ligado à Academia Piauiense de Letras e é Presidente da Sociedade Eça de Queiroz, Recife.

O escritor é também autor de numerosa bibliografia queirosiana, tendo colaborado na edição da obra Completa de Eça de Queiroz, no Dicionário de Eça de Queiroz, no Dicionário Temático da Lusofonia e na Revista Brasileira, edição comemorativa do centenário da morte do escritor promovida pela Academia Brasileira de Letras em 2000.

"Maracaturama"

Novo single de Projecto Fuga
"Maracaturama"
já está nas rádios...


Informações
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E-mail:
raquellains@letstartafire.com ;www.letstartafire.com

"A narração Oral" e outros contos...

Conferência "A narração Oral" e outros contos...
17 e 18 de Outubro
Casa Municipal da Cultura de Coimbra





Dia 18
CONFERÊNCIA “A Narração Oral” Programa

15h00 A Narração Oral e o Plano Nacional de Leitura
oradora: Helena Faria
15h40 A Tradição Oral
orador: José Craveiro
16h40 Escolher, Preparar e Contar uma história
orador: José Geraldo
Público-alvo: geral
Organização: Câmara Municipal de Coimbra _ CULTURA
Produção: CAMALEÃO – Associação Cultural
Inscrições gratuitas (até 15 Outubro) Telef. 239702630

Dead Combo no Hot Club de Lisboa

Dead Combo
15 de Outubro
Hot Club - Lisboa às 23H00


Próximas datas

1 de Novembro: CAEP, Portalegre
8 de Novembro: Teatro Viriato, Viseu
14 de Novembro: ZDB, Lisboa
19 de Dezembro: Teatro Municipal, Guarda
Informações
www.muspace.com/deadcombo

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Email: raquellains@letstartafire.comSite: www.letstartafire.com
Myspace: www.myspace.com/raquellains

Coimbra recebe a 9ª Festa do Cinema Francês

9ª Festa do Cinema Francês
De 13 e 18 de Outubro
Teatro Académico de Gil Vicente


Dia 13, 21h00
Deux jours à tuer
De Jean Becker [França, 2007, 85`, M/12]
Sessão com a presença do realizador Jean Becker

Antoine (Albert Dupontel), 42 anos, é um publicitário de sucesso com uma vida perfeita. É casado com Cécile (Marie-Josée Croze), de quem tem dois filhos, vive numa boa casa, tem amigos e mantém com os vizinhos uma boa relação. Um dia, o equilíbrio da sua vida perfeita desfaz-se. Adoptando uma atitude de intransigência, começa a questionar tudo o que construiu nos últimos anos – casamento, filhos, profissão, amizades. Perante o espanto daqueles que o rodeiam, destrói, no espaço de uma semana, toda a estrutura da sua vida...
Dia 13, 23h30
Survivre avec les loups

De Véra Belmont [França/ Alemanha/ Bélgica, 2007, 118`, M/12]
Segunda Guerra Mundial. Misha (Mathilde Goffart), uma criança judia de 8 anos, cujos pais foram deportados, abandona a família que a recolheu e parte em busca dos progenitores. Sabe apenas que estes estão algures para Este. Com a ajuda de uma bússola e pelos seus próprios pés, percorre a Bélgica, toda a Alemanha e a Polónia, na esperança de os encontrar. Para sobreviver, evita os homens e a sua violência, junta-se a uma alcateia de lobos e torna-se num deles.
Dia 14, 21h00
Paris

De Cédric Klapisch [França, 2007, 130`, M/12]
Pierre (Romain Duris), um jovem bailarino parisiense, descobre que sofre de uma doença que lhe poderá ser fatal. A perspectiva da morte faz com que valorize a sua vida e a das pessoas com quem se cruza diariamente no seu bairro, seja a sua irmã (Juliette Binoche), os vizinhos ou os comerciantes. Através de um novo olhar, Pierre assiste ao desenrolar das histórias destas pessoas, dos seus problemas, dos seus encontros e das suas emoções...
Dia 14, 23h30
Toi et moi

De Julie Lopes-Curval [França, 2006, 94`, M/12]

Redactora de fotonovelas para a revista “Toi & Moi”, Ariane (Julie Depardieu) inspira-se na sua vida amorosa e na da sua irmã Lena (Marion Cotillard) para compor as suas histórias, ainda que bastante romanceadas.
Na realidade, as suas vidas são muito pouco românticas. Ariane persegue Farid (Tomer Sisley) na esperança de que ele se transforme, miraculosamente, no seu príncipe encantado. E Lena vive entediada a sua relação com François (Eric Berger).
Ambas se debatem num mundo de dúvidas, emoções, desgostos e desejos. Entre o cinzento das suas existências monótonas e o colorido das fotonovelas, conseguirão realmente estas duas irmãs encontrar o verdadeiro amor?
Dia 15, 10h30
La Reine Soleil

De Philippe Leclerc [França/Hungria/Bélgica, 2007, 77`, M/6]

Antigo Egipto, 18ª dinastia. Akhesa é uma princesa linda, impetuosa e rebelde, filha do faraó Akhenaton. Recusando-se a viver confinada ao interior do palácio real, e ignorando a razão pela qual a sua mãe, a Rainha Nefertiti, se encontra exilada, foge com a ajuda do príncipe Thout na esperança de a encontrar. Sem consciência dos perigos de uma viagem destas, Akhesa e Tout navegam pelo Nilo e atravessam as dunas quentes do deserto, tendo como únicas armas a coragem e a inocência...
Dia 15, 21h00
Délice Paloma
De Nadir Moknèche [França, 2007, 134`, M/12]

Precisa de uma licença de construção? Ou de uma rapariga atraente e disponível?
Pelo preço certo, Madame Aldjeria (Biyouna), benfeitora nacional da Argélia, soluciona todos os problemas, realiza todos os sonhos. Para isso conta com a ajuda dos seus recrutas, bonitos e pouco escrupulosos. É justamente uma dessas recrutas, Paloma (Aylin Prandi), que com a sua doçura e sensualidade vai causar grande sensação entre os clientes de Madame Aldjeria, e também no seu filho, Riyade (Daniel Lundh)...
Dia 15 de Outubro, 23h30
Le Tueur

De Cédric Anger [França, 2007, 90`, M/12]

Paris, época de Natal. Léo Zimmerman é um homem de negócios, aparentemente exemplar, que vive sobretudo para a filha. Os investimentos que faz na bolsa, trazem-lhe ganhos avultados, mas sente-se espiado. É um homem stressado que já não sonha. Um dia é visitado no seu escritório por Dimitri Kopas que se apresenta como um cliente normal. Contudo, o empresário percebe que Kopas está ali para o matar. Desvairado pela paranóia e pela ansiedade, Leo Zimmerman decide confrontar o seu executor e propor-lhe um pacto…
Dia 16, 21h00
Le Premier cri
De Gilles de Maistre [França, 2007, 100`, M/12]

Durante um eclipse total do sol pela lua, avistado em todo o mundo, o destino de várias personagens reais cruza-se num momento único e universal: o nascimento de um bebé. Esta é a emocionante e verdadeira história sobre o nosso primeiro grito da vida, aquele que emitimos quando nascemos e que anuncia a nossa chegada ao mundo. Das areias quentes do Sahara às planícies brancas da Sibéria, da beleza sagrada do Ganges ao Japão tradicional, este é um filme com imagens únicas, onde o cenário é a própria Terra. Um contraste de terras, de pessoas e de culturas, na mais bela e insólita das viagens. O nascimento no grande ecrã, visto à escala do planeta.
Dia 16, 23h30
Faut que ça danse!

De Noémie Lvovsky [França/ Suíça, 2007, 100`, M/12]

Na família Bellinsky há o pai, Salomon (Jean-Pierre Marielle), que com 80 anos refuta qualquer intenção de monotonia. Entre as coreografias de Fred Astaire, que ele tanto aprecia, e a busca incessante por uma companheira, vive cada momento com grande energia; A mãe, Geneviéve (Bulle Ogier), que progride no seu processo de infantilização, de acordo com as indicações dadas pelo mentor e companheiro de todas as horas, Mr Mootoosamy (Bakary Sangaré); E Sarah (Valeria Bruni-Tedeschi), a filha, que tem de encontrar o equilíbrio adequado entre um pai que idolatra, mas que também a exaspera, e uma mãe, que há tempos deixou de tentar compreender. Mantém um relacionamento estável com François (Arié Elmaleh), mas fica surpresa ao descobrir que está grávida, pois sempre se julgou estéril. Tem agora a responsabilidade de constituir uma nova família...
Dia 17, 21h00
Les LIP, l'imagination au pouvoir
De Christian Rouaud [França, 2007, 118`, M/12]
A aventura começa a 17 de Abril de 1973, na fábrica de relógios LIP, em Palente, na periferia de Besançon. Outrora uma empresa próspera, a LIP encontrava-se então nas mãos de novos proprietários que apresentavam um plano de despedimentos dramático para os operários como única saída para a empresa. A resistência organizada pelos trabalhadores deu origem a um movimento de luta incrível, que durou vários anos, mobilizou multidões em França e na Europa, multiplicou as acções ilegais sem ceder à tentação da violência, apoiando-se na democracia directa e numa imaginação incandescente! E a prática da auto-gestão afirmou-se como alternativa, utilizando o mote “É possível: nós produzimos, nós vendemos, nós pagamos”.
Dia 17, 23h30
Un baiser s’il vous plaît

De Emmanuel Mouret [França, 2007, 100`, M/12]
De passagem por Nantes apenas uma noite, Emilie (Julie Gayet) conhece Gabriel (Michaël Cohen). Ambos ficam seduzidos um pelo outro, mas cada um tem a sua vida e sabem que nunca mais se verão. Ele gostaria de a beijar, e ela também… mas uma história que lhe contaram sobre um beijo com consequências, impede-a. É então que Emilie conta essa história.
Dia 18, 18h00
Le Deuxième soufflé
De Alain Corneau [França, 2007, 156`, M/12]

Gu (Daniel Auteuil), um perigoso e respeitado gangster francês condenado a prisão perpétua, consegue evadir-se da prisão no final dos anos cinquenta. Perseguido pela polícia, só pensa em fugir para fora do país com Manouche (Mónica Bellucci), a mulher que ama. Para o fazer precisa de dinheiro e aceita entrar num último assalto. Vítima de uma maquinação, acaba por ficar com fama de traidor e vai ter que limpar a sua honra…
Dia 18, 21h00
Le Fils de l'épicier
De Éric Guirado [França, 2007, 96`, M/12]
Quando Antoine (Nicolas Cazalé) propõe a Claire (Clothilde Hesme), sua melhor amiga, emprestar-lhe dinheiro para que ela possa prosseguir os estudos, está muito longe de imaginar onde o levará a sua promessa.
O Verão chegou e o jovem deixa a cidade de Paris para ir ajudar os pais, numa vila rural do sul de França. O pai, merceeiro ambulante, adoeceu e Antoine, embora contrariado, mas com a sua promessa para cumprir, aceita substitui-lo no abastecimento de mercearias aos povoados mais isolados.
Aquilo que começou por ser uma contrariedade transforma-se numa riquíssima (re)descoberta, num retorno à alegria de viver e, quem sabe, ao amor...
Dia 18, 23h30
Promets-moi
De Emir Kusturica [Sérvia/ França, 2007, 126`, M/12]
Tsane (Uros Milovanovic) vive com o avô (Aleksandar Bercek) num povoado, no cimo de uma colina. Juntamente com Bossa (Ljiljana Blagojevic), a vizinha, que é também a professora de Tsane, são os três únicos habitantes daquele lugar. Um dia, o avô revela que poderá estar perto de morrer e antes que isso aconteça o neto deverá cumprir três desejos seus. Para fazer a vontade ao avô, Tsane segue até à cidade mais próxima. Mas enquanto o jovem se debate com a confusão urbana, com redes mafiosas e outros tumultos, o avô descobre, onde menos espera, as delícias do amor...
Preçário
Preço sessão 3,50€
Preço geral (5 sessões) 10,00€
Sessão infantil (dia 15, 10h30) 1,00€ [Entrada Gratuita para grupos escolares]
TODOS OS FILMES SÃO LEGENDADOS EM PORTUGUÊS
Organização
Alliance Française de Coimbra e Instituto Franco – Português de Lisboa
Informações
Teatro Académico de Gil Vicente
Praça da República _ 3000-343 Coimbra
Tel.: +351 239 855630 _ Fax: +351 239 855637 E-mail:
teatro@tagv.uc.pt; Url: www.uc.pt/tagv; Blog: http://blogtagv.blogspot.com/
Bilheteira: 17h00-22h00 _ segunda a sábado _ telefone: 239 855 636

António Calvário fala do seu novo trabalho


Dissemos há tempos que António Calvário era um Senhor da nossa música ligeira que se mostrou sempre à altura das circunstâncias apesar de muitas contrariedades e se hoje se fala de clubes de fãs que se saiba o que eram fãs quando o Sr. Calvário andava por perto, histórias há que até a roupa lhe rasgaram! Desta notícia regista-se a declaração de MacDonald: Calvário "é um ícone da cultura pop que, injustamente, tal como outros, foi remetido no universo do nacional-cançonetismo".Vale sempre ouvir António Calvário!


O duplo CD “O melhor de António Calvário”, já editado, reúne temas dos "anos de ouro", os anos 60, do cantor, que está a celebrar 50 anos de carreira, entre eles, "Regresso" e "Oração".
"São temas da década de 1960, que corresponde aos anos de ouro e que foi o arranque da minha carreira. Era a coqueluche e estava em voga", disse à Lusa António Calvário.
O duplo CD, editado pela Valentim de Carvalho/IPlay, reúne 40 canções, algumas em duo com nomes como Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, Maria de Lourdes Resende ou Maria Fernanda Soares.
Outras canções são versões de temas estrangeiros como "The rain in Spain", do filme "My fair lady".
"As versões eram garantia de sucesso e muitas vezes fazíamo-las antes de chegarem a Portugal, até para abrir mercado à versão estrangeira", explicou o cantor.
O duplo CD inclui canções de 1960, como "Regresso", de que se inclui a primeira versão gravada com o conjunto de Sivuca, até 1966.
"Esta canção, ‘Regresso’, marcou-me, porque a apresentei num festival da canção da Emissora Nacional e foi um sucesso, tendo-me dado a conhecer ao país inteiro", disse o cantor.
De 1966 o álbum tem canções como “Sou ribatejano” (Jerónimo Bragança/Nóbrega e Sousa) e “Namorados de Domingo” (Francisco Nicholson/Eugénio Pepe).
João Macdonald, que assina o texto que acompanha o duplo CD, referiu à Lusa que a actual edição "esgota o que existe em arquivo de Calvário, na Valentim de Carvalho, relativamente a esta época (1960-1966), tudo gravado pelo Hugo Ribeiro, trazendo para digital pela primeira vez um grande número de temas".
Para Macdonald, Calvário "é um ícone da cultura pop que, injustamente, tal como outros, foi remetido no universo do nacional-cançonetismo".
À Lusa, Calvário definiu-se como um "cantor recreativo" e considerou "sem propósito e maldosa" a qualificação de "nacional-cançonetista".
"Canto em português, sou cançonetista e sou nacional, mais nada, e daí?", interrogou.
Macdonald e Calvário partilham a opinião de que é essencial conhecer o que existiu e dar a conhecer às gerações mais novas os êxitos pop da música portuguesa "de ontem".
António Calvário foi eleito entre 1962 e 1972 cinco vezes Rei da Rádio, título que ainda detém, recordou à Lusa, "pois não voltou a acontecer tal eleição", além de ter sido eleito Rei da TV.
Esta edição discográfica surge a partir da selecção de 34 EP gravados pelo cantor numa altura em que "fazia literalmente parar o trânsito", segundo Macdonald.
"O melhor de António Calvário" integra-se nas comemorações dos seus 50 anos de carreira artística, no âmbito das quais editou em Junho um CD com inéditos, uma autobiografia e realizará dia 25 de Outubro um espectáculo no Teatro Lethes, em Faro.
Hardmusica/Lusa

Os Beach House em Portalegre



Sab. 15 de Novembro – Beach House
«Quina das Beatas» -
Espaço Café -Concerto
Inicio 23.00h
Entrada 5 €
M/4 anos


Alex Scally e Victoria Legrand conheceram-se através de um amigo mútuo em 2004, tendo formado os Beach House na Primavera de 2005 (o ano chinês do Galo), depois de ambas as partes terem chegado à conclusão que tinham um incomum vínculo musical.
Enquanto passavam tempo juntos a gravar e a tocar, Alex (todo o tipo de cordas) e Victoria (formação em piano e em voz lírica) apreciaram o facto de não namorarem, não serem parentes e não terem crescido juntos.

Quando estas questões lhes são postas por jornalistas, o grupo têm um prazer especial em explicar que de facto não são namorados, não estão relacionados familiarmente, e não, não cresceram juntos…
Estranhamente, ambos eram entidades separadas antes de se conhecerem.

Alex cresceu em Baltimore, enquanto Victoria nasceu em França, de pais americanos, tendo ido viver aos 6 anos de idade para a pitoresca Baltimore, para onde regressou depois de muitos anos de adolescência saltimbanca a viver e viajar pelo mundo.
O par concorda que as suas inspirações musicais são demasiado numerosas para fazer uma lista, mas afortunadamente ambos gostam de ouvir música, e nos últimos tempos o que ouviram foram grupos como os The Zombies, Neil Young, Emitt Rhodes, Dusty Springfield, The Supremes, Nirvana, Earth, Ann Peebles, The Beach Boys, Hank Williams, Ravel, John Cale, Velvet Underground, Elliott Smith, Tony, Caro & John, The Beatles, e Daniel Johnston ,entre outros.
Os Beach House gravaram o seu primeiro álbum em 2006, com o título homónimo de “Beach House”, seguido em 2008 por “Devotion”, um registo igualmente surrealista e oniríco, mas mais maduro. Recentemente têm estado em digressão com artistas como os Grizzly Bear, Arbouretum e Clientele.
Quando não estão em extensas digressões, os Beach House passam o seu tempo com trabalhos em part-time, Alex como carpinteiro e Victoria como empregada de bar…
Em Outubro de 2008 os Beach House publicaram o single “Used to Be”, que mereceu honras de destaque e “streaming” no conceituado site pitchfork.com, e que continua da mesma forma discreta mas coerente, líquida e suave a sua aventura musical, que fazendo parte da linhagem de grupos como os Cocteau Twins, Galaxie 500 e Damon & Naomi, consegue ter no entanto uma identidade própria e uma expressividade temática que merece uma audição atenta e devotada.

Holocausto recordado para não esquecer


Holocausto: a memória do passado em nome do futuro


“Como é possível guardar a memória do passado em nome do futuro?” esta foi uma das muitas questões deixadas no ar na conferência sobre o Holocausto moderada por José Manuel Fernandes (director do Público), que decorreu no passado sábado, na Biblioteca Municipal.
O Presidente da Câmara Municipal, José Macedo Vieira, não pôde deixar de exprimir o seu pensamento perante o genocídio e as tragédias que ameaçam o mundo: “Vivemos num mundo de incertezas e cada vez mais tenho uma única certeza, como afirmou o filósofo grego Sócrates, «Só sei que nada sei»”.

Esther Mucznik, uma das conferencistas convidadas, apresentou razões irrefutáveis para o ensino da Holocausto, desde logo o facto de se tratar de um acontecimento onde foram assassinados cerca de seis milhões de judeus.

“Não podemos abstrair-nos de uma realidade tão trágica e temos de combater o negacionismo” afirmou a investigadora judia consciente de que a única maneira de combater essa negação da realidade é através do debate e do estudo.

“Só através do conhecimento e análise do Holocausto podemos detectar e compreender noutros conflitos algo que caracterizou este massacre”, acrescentou.

Esther Mucznik considera o Holocausto um acontecimento sem precedentes, pois “pela primeira vez, toda uma máquina de Estado colocou-se ao dispor do extermínio de um povo inteiro. Hitler não matou a totalidade dos judeus mas destruiu toda uma cultura e civilização. Hoje, a cultura judaica que existe na Europa é uma cultura morta”, afirmou.

Apesar de Portugal não ter participado na guerra, a presença dos judeus no nosso país faz parte da nossa História e foi-nos claramente relatada por Dora Caeiro, Professora de História, que participou na conferência reflectindo sobre a conduta, ora favorável ora repressiva, dos reis portugueses perante este povo.

Esther Mucznik alertou ainda para a “desumanização do inimigo, único meio para o planeamento do extermínio, que conduz à desumanização dos perpetuadores deste empreendimento sistemático de doze anos de exclusão e discriminação judaica”.

Apesar dos motivos apresentados serem mais que suficientes para justificar o ensino do Holocausto, Esther reconhece que estarmos a 60 anos da tragédia acrescido do facto do sucedido ir contra a religião e valores que nos foram incutidos dificultam a tarefa. “O Holocausto tornou-se um património da Humanidade, pelo lado negativo, claro.”, concluiu a investigadora. Gabriela Fernandes, responsável pela publicação de vários livros sobre o Holocausto, refutou a ideia de Esther afirmando que “há valores que são intemporais” e a realidade que nós queremos saber é terrível”.

A palestrante manifestou a sua constante indagação perante a indiferença com que as pessoas reagiram ao massacre e a passividade face ao genocídio, atitude de insensibilidade perante o outro que actualmente também se verifica em várias dimensões e que ela apelida de “banalidade do mal”.

Um mal que foi, em parte, reconstruído pelo testemunho de Esther Mucznik e Gabriela Fernandes que juntamente com José Manuel Fernandes e Margarida Delgado realizaram uma acção de formação em Israel no Verão passado e se disponibilizaram a transmitir uma fascinante lição sobre a história do Holocausto. Resultado dessa viagem foi também uma exposição intitulada “O Ensino do Holocausto no Século XXI” do Museu Yad Vashem que está patente na Biblioteca Municipal até ao dia 25 deste mês e que retrata o terror vivido pelos judeus desde o momento em que se convertem em cidadãos inferiores, privados de direitos (1933) até à altura em que são vítimas das maiores atrocidades e um terço do seu povo é exterminado (1945).