quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Semana Europeia da Mobilidade
Instalação de 5 pontos de carregamento
de veículos eléctricos na cidade de Lisboa

No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, a Câmara de Lisboa, em parceria com a EDP, vai instalar 5 pontos de carregamento de veículos eléctricos na cidade de Lisboa, numa aposta em incentivar a utilização de transportes não poluentes na nossa cidade.
Amanhã, sábado, dia 20 de Setembro, às 10h00, em Belém, em frente ao Planetário, proceder-se-á à apresentação pública destes pontos, com a presença do vice-presidente da CML, Marcos Perestrello, e do presidente da EDP, António Mexia.
Será ainda inaugurada uma exposição de veículos amigos do ambiente.

Noite de Chorinho no Onda Jazz


Carlos Barretto Trio no Portugal Jazz Lagoa

Portugal Jazz Lagoa
19 e 20 de Setembro
Auditório Municipal - Lagoa


Depois da época estival o Portugal Jazz arranca com mais uma temporada de concertos até ao fim do ano. Iniciamos viagem, já este fim-de-semana, em direcção a Lagoa, onde nos vamos encontrar com o Carlos Barretto acompanhado pelo José Menezes e José Salgueiro, no dia 20 e no dia 19, o encontro está marcado com a acção didáctica Ora Vamos Lá Improvisar assinada por Rui Eduardo Paes e Miguel Leiria Pereira.
Carlos Barretto Trio
Três músicos que dispensam apresentações e cujas carreiras representam uma parte da história do jazz em Portugal. Três instrumentistas que abordam os seus instrumentos com uma entrega impressionante. Três amigos que mostram o prazer que têm cada vez que pisam o palco. Portugal Jazz

19 de Setembro às 14h30 - Auditório Municipal
Acção didáctica "Ora Vamos lá Improvisar!"
com Rui Eduardo Paes (narrador) e Miguel Leiria Pereira (contrabaixo)
20 de Setembro às 21h30 - Auditório Municipal
Concerto com Carlos Barretto Trio
Carlos Barretto - contrabaixo
José Menezes - saxofone
José Salgueiro - bateria
Site oficial -
http://carlosbarrettoonline.com/
Ponto de escuta - www.myspace.com/carlosbarretto
Organização - Jazz ao Centro Clube
Informações - www.portugaljazz.org

O atelier

O ATELIER VAI PARA A RUA
[2ª edição]
20 de Setembro das 10h00 às 18h00
Praça 8 Maio; R. Visconde Luz; R. Ferreira Borges
Coimbra

A rua enquanto ponto de encontro de artistas com o público.
Um projecto de execução de trabalhos ao vivo, por pintores e escultores, na tentativa de aproximar a criação artística da cidade e dos munícipes;
Por um dia, deixa-se o espaço habitual para usar a rua como um atelier que convida à experimentação e à criação;
A rua como espaço de diálogo e fruição estética entre o artista e o público;
A baixa da cidade de Coimbra transforma-se, por um dia, no maior e mais diversificado Atelier de Rua.
Informações
Casa Municipal da Cultura;
Rua Pedro Monteiro; 3000-329 CoimbraTelef. 239 702 630; Fax 239 702 496: E-mail -
cultura@cm-coimbra.pt; www.cm-coimbra.pt

Rota da música balcânica

Rota da Música Balcânica
20 de Setembro


15h00 - Fonoteca Municipal de Coimbra
00h00 - espaço À Capella
Informações
Casa Municipal da Cultura; Rua Pedro Monteiro; 3000-329 CoimbraTelef. 239 702 630; Fax 239 702 496: E-mail -
cultura@cm-coimbra.pt; www.cm-coimbra.pt

Pintura de Mário Branco

Pintura de Mário Branco
18 de Setembro a 25 e Outubro
Edifício Chiado - Coimbra


Mário Tavares Cravo Branco é natural do Barreiro. Tem 51 anos de idade e, desde 1994, dedica-se, em exclusivo, à Pintura.
Promoveu, desde então, quatro exposições individuais: na Galeria de Arte Faul (Lisboa, 1995), na Galeria de Arte S. Bento (Lisboa, 1998), na Galeria de Arte Raquel Prates (Cascais, 1999) e no Instituto Camões (Lisboa, 2003). Esteve presente noutros eventos, com referência especial para a Bienal de Paris “Grands et Jeunes D’Aujourd’Hui, 1998” integrado numa representação portuguesa, cuja obra foi seleccionada pelos membros do júri do acontecimento artístico.
No Edifício Chiado, o artista apresenta obra que, pretende, “… ocupe, junto das pessoas, um território emocional não preenchido”.
Horário de Verão - Abril a Setembro - Terça a Sexta: 11h00 às 19h00 e Sábado: 11h00 às 13h00 14h00 às 19h00
Horário de Inverno - Outubro a Março - Terça a Sexta: 10h00 às 18h00 e Sábado: 10h00 às 13h00 14h00 às 18h00
Encerra: Domingos, Feriados e Segundas-feiras.
Informações
Casa Municipal da Cultura
; Rua Pedro Monteiro; 3000-329 CoimbraTelef. 239 702 630; Fax 239 702 496: E-mail -
cultura@cm-coimbra.pt; www.cm-coimbra.pt

Exposição " Amazónia Sagrada" de ANANDA




Inauguração da exposição “Amazónia Sagrada – A Arte da Floresta”, de Ananda, amanhã, dia 18 de Setembro de 2008, pelas 18 horas, na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa - Rua Sá Nogueira - Pólo Universitário – Alto da Ajuda.



Sobre a Exposição "Amazónia Sagrada"



Ananda, que significa « bem-aventurança » é o nome artístico de Fernanda Maria Moraes Costa nascida em São Luis no Maranhão, Estado coberto por um terço pela Amazônia legal.


Radialista e produtora cultural, a artista tornou-se messiânica no ano de 2001 e desde então vem desenvolvendo um trabalho artesanal de confecção de mandalas sobre telas em quadro, utilizando como matéria-prima básica do seu trabalho elementos recolhidos na natureza, tais como pedras semipreciosas, sementes, cordas, fios, madeira e mais especificamente fibras de carnaúba, buriti e açaí - árvores típicas da Amazônia Oriental e de grande beleza estética.
A arte de Ananda situa-se em vinculo com o artesanato de identidade cultural, expressão singular do patrimônio cultural brasileiro.
Essa arte é a resulta de saberes acumulados por gerações em diversas comunidades organizadas em territórios por todo o país.
Capazes de transformar este conhecimento em objetos inspirados em seus valores e visão de mundo, mulheres e homens criam e reinventam uma das formas mais singulares de representação da identidade própria.
Assim, a exposição da artista vem com telas confeccionadas com produtos artesanais de referência cultural, que se caracterizam pela incorporação de elementos própriosda região onde são produzidos.
Resultam de uma intervenção planejada da artista e designers, em parceria com artesãos, com o objetivo de diversificar produtos e, ao mesmo tempo, resgatar e preservar seus traços culturais representativos.
Todos estes elementos têm como referência a cultura de um povo e contribuem para a produção de objetos marcados por sua singularidade e diferença.
Mandala significa “circulo” em sânscrito.
Tudo na vida caminha em círculos: o dia e a noite que se alternam, a Lua crescendo e decrescendo, as estações do ano, as vidas que nascem, crescem e morrem deixando novas formas de vida a seguir.
O caminho espiritual também avança em círculos que criam uma espiral de crescimento de profundidade cada vez maior: desfazemos as imagens e aprendemos novas formas de ser, dissolvemos os bloqueios.
È o papel de uma mandala que deve ajudar a pessoa a meditar sobre a sua espiral de vida para receber a inspiração e desenvolver a expiração que nos anima a todos.
Em diversas culturas, em particular nas culturas xamanistas dos índios da Amazônia, o circulo torna-se numa roda sagrada que serve como metáfora aos círculos intermináveis da vida.
A roda representa o símbolo da mente universal em que todas as coisas são interligadas e mantidas em uma sincronia harmoniosa.
A roda serve como guia para o autoconhecimento e a busca de auto-transformação do homem moderno, para valorizar e adquirir uma nova compreensão do nosso processo evolutivo.
Para Ananda, a arte não deve somente exprimir o belo, ela deve ser também um o vetor para tocar o outro com seus sentimentos.
Chamando ela “uma linda alma do Brasil” o jornalista francês Gérard Charut escrevia: “As mandalas de Ananda, a mais da sua significação simbólica, são objetos de design e elegância; à sua imagem”.
Desde 2005, Ananda realizou varias exposições na América do Sul (São Luis e Santiago do Chile), na França (Paris, Nancy e Estrasburgo), em Portugal (Lisboa) e na Grécia (Atenas).

Viagem ao Futuro no Discovery Science



VIAGEM AO FUTURO


CONHEÇA OS DEVASTADORES EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
COM O DISCOVERY SCIENCE
“A Terra em 100 anos”


A Terra em 100 anos – Este documentário examina a crise que vai atingir a Terra no futuro, causada pelo poder das forças naturais.

Desde climas extremos, que levam ao aquecimento global, até doenças infecciosas e epidemias que poderiam dar lugar a um caos social.

Este dinâmico programa antecipa um futuro dominado por um clima extremo e leva o telespectador ao centro de um devastador furacão, a um bosque chuvoso agonizante e ainda mais longe, enquanto contempla o crescente dilema global ocasionado pelas mudanças no clima.

Dá um salto até ao futuro do planeta Terra, narrando a sua história através de gráficos, animação, sequências dramáticas e testemunhos em primeira mão num mundo em crise ambiental.

Veremos como um super-computador modela o clima futuro a partir das tendências actuais e prevê o nosso tormentoso futuro.

A simulação oferece uma visão aterradora do clima global em 2100.

Este programa é uma viagem ao futuro para examinar os efeitos das mudanças climáticas no nosso mundo e nas nossas vidas.

Estreia: Quarta 17 de Setembro às 21h00

Festival Música Viva em Belèm


FESTIVAL MÚSICA VIVA


CONVERGÊNCIA DE EXPRESSÕES E ESTÉTICAS MUSICAIS MÚLTIPLAS

19 A 27 DE SETEMBRO 2008

MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS + CENTRO CULTURAL DE BELÉM + FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


O Festival Música Viva, na sua 14ª edição, é tanto a nível nacional como internacional um amplo e reconhecido espaço de renovação e encontro com as metamorfoses sonoras da música de hoje.

Sítio privilegiado de circulação e confronto de ideias e de estéticas, este festival é também ponto de convergência da criação musical e da inovação tecnológica e um pólo fundamental de diálogo da música com outras áreas da criação contemporânea.

Numa área artística que se estende do domínio instrumental e analógico ao virtual e electrónico, da música improvisada à música escrita, este ano o Festival Música Viva propõe mais uma vez nomes consagrados, lado a lado com novíssimos compositores e intérpretes.

Das grandes formações orquestrais aos emblemáticos concertos de música electrónica pela Orquestra de Altifalantes, passando pela música de câmara, pelas instalações, pelo vídeo, pela palavra, pelo teatro musical e pelos espectáculos para crianças, a criação musical portuguesa e internacional afirma aqui a sua plena vitalidade e diversidade.


O Festival Música Viva 2008 apresenta um total de 24 acções distintas, 124 obras, das quais 20 peças electrónicas no novo projecto Sound Walk, 88 obras tocadas em concerto, 6 instalações sonoras no Interactive Lounge. De um universo de 82 compositores representados e 53 estreias absolutas, 27 são estreias de compositores portugueses, prova inequívoca da prolífica actividade criadora actualmente em Portugal e à qual o festival dá voz.


CONCERTO DE ABERTURA DO FESTIVAL:


DIA 19 IGREJA DO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS: ORQUESTRA METROPOLITA NA DE LISBOA*


PROGRAMA NO CCB:

DE 20 A 27 CAMINHO PEDONAL: SOUND WALK + INTERACTIVE LOUNGE*

DIAS 20 E 27 HALL : Π-ANO[4X]*


DIA 20 SALA LUÍS DE FREITAS BRANCO: SOND'AR-TE ELECTRIC ENSEMBLEDE


23 A 27 SALA DE ENSAIO: CONTOS CONTA DOS... CANTA DOS COM SOM


DIA 23 SALA DE ENSAIO: VIOLINO E ELECTRÓNICA — JOSÉ MACHADO + ORQUESTRA DE ALTIFALANTES I

DIA 24 SALA DE ENSAIO: VOX VOCIS 3.0 + QUASARS ENSEMB LE + ORQUESTRA DE ALTIFALANTES II

DIA 25 SALA DE ENSAIO: CLARINETE E ELECTRÓNICA — NUNO PINTO + DUO CON:FUSION + ORQUESTRA DE ALTIFALANTES II

DIA 26 SALA DE ENSAIO: QUINTETO DIAPHONIA + CRASH ENSEMBLE

DIA 27 PEQUENO AUDITÓRIO – SALA EDUARDO PRADO COELHO: SMITH QUARTET

Ciclo de Concertos no Museu do Oriente encerra com Música Clássica





Música clássica fecha ciclo no Museu




O Museu do Oriente assinala o encerramento da edição de 2008 do ciclo Concertos de Verão, com uma sessão de música clássica, interpretada por Yeree Suh e Arnaud Arbet, no dia 18 de Setembro, às 19h00, no Auditório.
O espectáculo apresenta um programa eclético que transporta o público das obras de Monteverdi e Vivaldi, até às estreias, em Portugal, das peças dos compositores sul-coreanos Jong Hee Kang, Looking for Immortals, sobre poemas chineses, e Unsuk Chin, Snags and Snarls, sobre “Alice no País das Maravilhas”, passando, ainda, por Mozart, Schumann, Donizetti, Puccini e Gounod.
A versátil soprano sul-coreana Yeree Suh é, actualmente, considerada um dos maiores talentos entre os jovens cantores emergentes.



O seu trabalho inclui papéis em óperas e oratórios, que vão do barroco à música contemporânea, sob a direcção de maestros de grande reputação mundial.
Yeree Suh será acompanhada, neste recital, pelo jovem pianista francês Arnaud Arbet que, por sua vez, interpretará as Douze Notations, de Pierre Boulez, para piano solo.

Maria João Pires no seu primeiro concerto desta temporada no Centro Cultural de Belém




MARIA JOÃO PIRES artista associada da


Temporada 2008/2009 Centro Cultural de Belém




Entre Setembro de 2008 e Abril de 2009, a artista portuguesa apresenta-se por três vezes no CCB, consolidando a relação de colaboração artística iniciada em Abril de 2007, quando actuou na primeira edição do Festival Dias da Música em Belém.


Maria João Pires inicia a sua associação à temporada do CCB com um concerto dedicado a Beethoven, no âmbito do projecto Beethoven 2008. Em Janeiro, a pianista apresenta um programa consagrado a Chopin, interpretando algumas das últimas páginas do compositor polaco; e em Abril, com um programa inteiramente dedicado a Haydn e Mendelssohn, associa-se à evocação destes dois grandes compositores, que prosseguirá ao longo do ano.




BEETHOVEN 2008: UM SERÃO MUSICAL


Maria João Pires & Companhia19 Setembro ● 21h ● Grande Auditório ● CCB




Maria João Pires > piano


Pavel Gomziakov > violoncelo


Rufus Müller > tenor




PROGRAMA


Parte I


Ludwig van BEETHOVEN


1- Adelaide, op. 46Einsam Wandelt dein Freund im Frühlingsgarten


2 - Sonata para piano e violoncelo nº 1, em Fá maior, op.5 n.º1Adagio sostenuto – AllegroRondo. Allegro


3 - Mit einem gemalten Band, op.83 n.º3Kleine Blumen, kleine Blätter


4 - Wonne der Wehmut, op.83 n.º1Trocknet nicht, trocknet nicht,Tränen der ewigen Liebe.


5 - Abendlied unterm gestirnten Himmel, WoO 150Wenn die Sonne nieder sinket.


6 - Die laute Klage, WoO 135Turteltaube, du klagest so laut.


7 - 32 Variações para piano sobre um tema original em Dó menor, WoO 80




Parte II


Franz SCHUBERT


1 - Der Zwerg, op. 22, n.º1, D 771


2 - Sonata para violoncelo e piano, Arpeggione


3 - Im Haine, op.56, n.º3


4 – Nachtstück, op.36, n.º2


5 - Im Frühling, D.882


6 - Ludwig van BEETHOVEN


Sonata para piano e violoncelo nº2 em Sol menor, op. 5 n.º 2Adagio sostenuto ed espressivo – Allegro molto più tosto prestoRondo. Allegro


7 - Franz SCHUBERT


Der Musensohn, op 92, n.º 1


8 - Nacht und Träume, op.43, n.º 2, D.827


NOTAS SOBRE:


MARIA JOÃO PIRES


Maria João Pires
nasceu a 23 de Julho de 1944, em Lisboa. Tocou pela primeira vez em público em 1948. Em Portugal estudou com Campos Coelho e Francine Benoit, e mais tarde, na Alemanha, com Rosl Schmid e Karl Engel.
Gravou para a editora Erato durante 15 anos e, nos últimos 17 anos, para a Deutsche Grammophon.
Desde 1970 tem-se dedicado à reflexão sobre a influência da arte na vida, na comunidade e na escola, tentando desenvolver novos meios de implementação das teorias pedagógicas na sociedade.

Pesquisou novas formas de comunicação que respeitam o desenvolvimento pessoal, em oposição à lógica destrutiva e materialista da globalização.

Em 1999, Maria João Pires criou o Belgais, um centro para o estudo das Artes, tendo actualmente alargado a filosofia e pedagogia de Belgais à cidade da Baía, no Brasil.
Em 2005 criou o Art Impressions, um grupo experimental de teatro, dança e música e, em conjunto, produziram dois projectos – "Transmissions", e em 2007 "Schubertiade".


RUFUS MÜLLER


No seguimento de uma actuação recente no Carnegie Hall, o The New York Times escrevia a respeito do tenor anglo-germânico Rufus Müller: "...de longe, o melhor tenor que já ouvi num concerto ao vivo de Messiah."

É o Evangelista nas Paixões de Bach, e a sua interpretação única e dramática do personagem veio confirmar o seu estatuto de um dos cantores mais requisitados do mundo.

Apresentou-se na estreia mundial da aclamada produção da Paixão segundo São Mateus de Jonathan Miller, que também gravou para a United e transmitida pela BBC TV; recentemente, repetiu a sua actuação numa reposição da produção na Brooklyn Academy of Music, em Nova Iorque.
No domínio da oratória e da ópera trabalhou com maestros prestigiados, como Franz Welser-Möst, Sir John Eliot Gardiner, Roger Norrington, Ivor Bolton, Richard Hickox, Nicholas McGegan, Gustav Leonhardt, Frans Brüggen, Trevor Pinnock, Philippe Herreweghe, Joshua Rifkin, Andrew Parrott, Nicholas Kraemer e Ivan Fischer. Tem actuado a solo no Wigmore Hall e no Barbican Concert Hall em Londres, bem como para a BBC Radio, e em Munique, Tóquio, Barcelona, Madrid, Utreque, Paris, Salzburgo e Nova Iorque.

Apresenta-se regularmente com a pianista Maria João Pires, com quem já actuou em Espanha, Portugal, Alemanha, Irlanda, Japão e Reino Unido.
Nos seus papéis na ópera destacam-se Tamino (Garsington Opera) Lucano em L'Incoronazione di Poppea (Houston Grand Opera), as personagens principais em Pygmalion de Rameau e Persée de Lully (Opera Atelier em Toronto), em Orfeo de Monteverdi (Opera Zuid na Holanda), Aminta em Euridice de Peri (Opéra de Normandie), Alessandro em Poro de Handel (Halle) e Lurcanio em Ariodante de Handel em Göttingen com Nicholas McGegan gravado para o CD premiado pela Harmonia Mundi EUA.

Cantou também Tersandre em Roland de Lully com René Jacobs, em Paris, Lisboa e Montpellier, Giuliano em Rodrigo de Handel em Siena, Castor em Castor et Pollux de Rameau em Magdeburg, Il Ritorno di Ulisse in Patria em Atenas, Florença e Cremona, Oronte em Alcina com Paul Goodwin e a Academia de Música Antiga em Montreux e Poissy, e Soliman em Zaide com Ivor Bolton e a Freiburg Baroque Orchestra em Londres.

Outras gravações incluem a Paixão Segundo S. João e as Cantatas de Bach com John Elliot Gardiner para a DG Archiv, A Flauta Mágica de Mozart e a Choral Fantasia de Beethoven com Roger Norrington para a EMI, First Book of Airs de Dowland com o alaudista Christopher Wilson para a ASV, O tuneful voice de Haydn e canções de Benda com a soprano Emma Kirkby, e três gravações com canções do século XIX com Invocation, todas para a Hyperion, Admiralitätsmusik de Telemann na CPO, cantatas a solo de Telemann na Capriccio, Evidence of Things Not Seen de Ned Rorem com o New York Festival of Song para a New World Records, e canções de Franz Lachner com Christoph Hammer para a Oehms Classics.
As suas recentes actuações como o Evangelista tiveram lugar em Lucerna, Munique, Toronto, Calgary, Nova Iorque, Londres, Birmingham, Gotemburgo, Estocolmo, Copenhaga, Dortmund e no Killaloe Festival na Irlanda e no Berkshire Choral Festival nos EUA.

Das suas muitas interpretações do Messiah incluem-se récitas no Carnegie Hall em Nova Iorque, uma digressão em Espanha transmitida pela televisão com Trevor Pinnock e o English Concert, bem como apresentações no Canadá, Dinamarca, Noruega, Suécia e Reino Unido. Muitos outros concertos tiveram lugar como as Cantatas de Bach com John Eliot Gardiner em Londres, obras de Bach e Handel com a Philhamonia Baroque Orchestra e Nicholas McGegan em São Francisco, uma digressão europeia de Casals El Pessebre com a Berlin Symphony Orchestra Magnificat de Bach no BBC Proms, e Dies Natalis de Finzi com a Orchestra della Svizzera Italiano e Thierry Fischer.
Em recital, merecem especial destaque Die Schöne Müllerin de Schubert, em Munique e Barcelona, um concerto no âmbito da exposição de Burne-Jones no Museu de Orsay, em Paris, o Mozart Festival em Salzburgo, e actuações com o New York Festival of Song.

A temporada de 2006/2007 teve como pontos altos a Harmoniemesse de Haydn com a Cleveland Orchestra, a Missa em Dó menor de Mozart em Uppsala, Suécia, Messiah em Washington DC, Toronto e Nova Escócia, Die Erste Walpurgisnacht de Mendelssohn na Gran Canaria, o Evangelista na Paixão segundo São Mateus em digressão com a Orchestra of the Age of Enlightenment, e recitais no Wigmore Hall e em Espanha com Maria João Pires.
Rufus Müller nasceu em Kent, Inglaterra, e estudou canto no New College em Oxford. Actualmente está a estudar em Nova Iorque com Thomas LoMonaco.

Em 1985 ganhou o 1º Prémio no English Song Award em Brighton, e em 1999 foi premiado na Oratorio Society of New York Singing Competition.

É professor assistente convidado de música no Bard College.


PAVEL GOMZIAKOV


Nasceu na cidade de Tchaikovski, nos montes Urais na Rússia, em 1975.

Iniciou os seus estudos de violoncelo aos 9 anos.

Aos 14, mudou-se para Moscovo, onde estudou na Gnessin School, e, mais tarde, no Conservatório Estatal de Moscovo, com o professor Dmitri Miller.
Em 2000, prosseguiu os estudos com a professora Natalia Schakhovskaya na Escola Superior de Música Reina Sofia, em Madrid.

Mais tarde, graduou-se no “ciclo de aperfeiçoamento” do Conservatório Nacional de Paris, na classe de Philippe Müller.
Como solista e intérprete de música de câmara, Pavel apresentou-se por todo o mundo, colaborando com artistas como Eldar Nebolsin, Zakhar Bronn, Gerard Causse, Jose-Luis Garcia Asencio, Jesus Lopez Cobos, Anthony Ros-Marba, entre muitos outros.
Toca num violoncelo Bernardel-pere de 1865 fabricado em Paris, cortesia da Zilber Association.
Desde a sua actuação com Maria João Pires no Festival Escorial em Espanha, têm-se apresentado muitas vezes em conjunto pela Europa, Extremo Oriente e América do Sul.

No Outono de 2008 será lançado um CD das Sonatas para violoncelo de Chopin, com Pavel e Maria João Pires, pela editora Deutsche Grammophon.


LUDWIG VAN BEETHOVEN


(Bona, 16 de Dezembro 1770 – Viena, 26 de Março 1827)
Beethoven foi um dos compositores mais importantes da história da música ocidental. Revolucionário por natureza, fez evoluir a linguagem musical do classicismo para o romantismo, espelhando assim a conturbada realidade política e social do início do século XIX.

Mais ainda, a imagem que hoje temos do compositor continua a ser o arquétipo da imagem do artista, o que não impede que a música de Beethoven esteja entre as mais celebradas, populares e interpretadas.
Beethoven nasceu em Bona, no dia 16 de Dezembro de 1770.

O pai e, sobretudo, o avô estavam ligados à música e foi do primeiro que obteve as suas primeiras aulas.

Em 1779 torna-se aluno de Christian Gottlob Neefe e, cinco anos mais tarde, seu assistente como organista da corte do Eleitor.

Em 1786, Beethoven visita Viena pela primeira vez, mas é em 1792 que, com o apoio do conde Waldstein, o jovem músico se instala na cidade.

O pretexto era estudar com J. Haydn, o que só acontece esporadicamente, sendo que Beethoven tem também aulas com Schenk, Albrechtsberg e Salieri.

Nesta época, era sobretudo conhecido como pianista e improvisador virtuoso, mas em 1795, com a edição dos Trios com Piano, op. 1, começa também a estabelecer-se como compositor.

Em 1798 descobre que sofre de surdez progressiva e embora só tenha ficado completamente surdo por volta de 1819, este é foi um factor determinante na sua vida e na sua criação.
Entre a publicação do seu primeiro opus e a sua morte, em Março de 1827, Beethoven prosseguiu uma brilhante carreira como pianista (até 1815) e como compositor, tornando-se muito popular em Viena e no estrangeiro, mesmo se as relações com o público nem sempre foram pacíficas.

O funeral do compositor foi um verdadeiro evento nacional e o cortejo foi seguido por vários milhares de pessoas.
Costuma-se dividir a carreira de Beethoven em três fases distintas (ou em quatro, se considerarmos os anos passados em Bona), e embora esta divisão seja discutível, é extremamente útil para perceber a evolução estilística da sua obra.

O primeiro período vai da sua chegada a Viena até 1802, e é durante estes anos que o compositor se estabelece como pianista e desenvolve as suas capacidades como compositor, nomeadamente ao assimilar as técnicas utilizadas pelos seus contemporâneos.
Em 1802 surge o Testamento de Heiligenstadt em que o compositor considera a hipótese de se suicidar – sobretudo por causa dos problemas crescentes de perda de audição –, e é aqui que se inicia o período intermédio.

Durante os mais de dez anos que se seguem, Beethoven compõe várias das suas obras mais importantes e revolucionárias.

Esta década, que se inicia em 1803-1804 com a Sinfonia Eroica, é muitas vezes apelidada de “década heróica”, por causa da natureza particularmente triunfante e gloriosa de algumas obras.
O período final tem um início bem menos definido do que o anterior. A partir de 1812-1813, Beethoven vê-se confrontado com inúmeros problemas pessoais: à perda de audição e à desilusão em relação à situação política na Europa, vêm-se juntar problemas de ordem sentimental, financeira e familiar – em 1815 o seu irmão Caspar Carl morre e o compositor entra numa batalha legal para assegurar a guarda do seu sobrinho Karl.

Consequentemente, e no que diz respeito a obras significativas, estes são uns anos pouco produtivos para Beethoven, sobretudo se considerarmos a década anterior.

Mas, nos últimos dez anos de vida (sobretudo a partir de 1818, ano em que acaba a Sonata para Piano op. 106, Hammerklavier), Beethoven compõe algumas das suas obras mais significativas e influentes.

Além de introspectivas e enigmáticas, como é o caso das últimas sonatas para piano e dos últimos quartetos de cordas, as obras deste último período estilístico apresentam também uma complexidade formal e harmónica inovadora.

Foram sobretudo estas últimas obras que inspiraram os compositores do século XIX e que propulsionaram a música para o romantismo.


Franz Schubert (1797-1828)


Compositor austríaco, nasceu e morreu em Viena. Em 1808 foi admitido como soprano na capela imperial, passando a viver no Konvikt. Em 1812 foi aluno de teoria musical com Salieri.

A sua inspiração criadora foi herdada de Mozart e Haydn, ambos determinantes no seu estilo, tendo também reconhecido na música do seu contemporâneo Beethoven “um ideal inatingível”. Realizou-se plenamente no domínio lírico, especificamente no Lied, género que os seus antecessores ainda não tinham abordado.

Entre a abundante produção de Schubert, as sonatas são injustamente negligenciadas, facto que se deve principalmente ao relativo desconhecimento desta parte do repertório schubertiano.
Schubert representa a personalidade contemplativa, viajante solitário com aspirações panteístas.

A sua música reflecte essa ânsia de fuga e de lirismo, é prolixa, fértil em prolongamentos e digressões, repetitiva.

Na realidade, a mais bela da sua música é feita de reminiscências de temas inesquecíveis. Ao génio melódico, alia-se o génio modulador do compositor, que oscila incessantemente entre tonalidades maiores e menores, alargando o domínio da tonalidade e definindo as fronteiras da atonalidade.

Em Schubert, a escrita pianística toma as cores da intimidade e da espontaneidade; a sua fantasia transcende as regras, para cantar a ternura ou a melancolia risonha.