quarta-feira, 2 de maio de 2007

Martinho Dias leva "Corpo Novo" ao Porto


“Preciso mesmo de tirar esta barriga nojenta que tenho.

Estou farta de me ver ao espelho e vê-la ainda mais saliente.
O chá não ajudou muito.
Hoje vou tomar outra vez.
Ainda parece que sinto em mim a porcaria das bolachas que comi ontem.

E ainda por cima, hoje comi mais.” A.L.


Naomi Wolf, feminista norte-americana, no seu livro ‘O Mito da Beleza’, fala da donzela de ferro, um instrumento de tortura da Alemanha medieval.

Era uma espécie de sarcófago com as formas de uma jovem bela e sorridente, e em cujo interior as vítimas, gordas ou magras, altas ou baixas, eram encerradas lentamente para que morressem de inanição ou fossem perfuradas por ferros pontiagudos.
Delicadamente, esse papel cabe hoje aos mass media, à indústria da moda e dos cosméticos.

Por sua vez, a cirurgia estética, tornou-se na solução para libertar homens e mulheres da opressão de estar fora dos padrões transformando o corpo que se encontra fora
do padrão num corpo da moda.

É o corpo-imagem e corpo-mensagem que se apresenta ao espelho da sociedade no palco das visibilidades.

A preocupação com a preservação da beleza e da juventude é legítima e tão antiga quanto a humanidade, porém, o culto da beleza contemporânea não aceita mais a fatalidade das rugas, flacidez ou envelhecimento e transformou-as numa obsessão.


CORPO NOVO é uma série de obras que têm como ponto de partida a beleza padronizada, o glamour, o culto das passerelles, a perfeição/imperfeição, a beleza que se mostra e a beleza que se oculta.
Para algumas destas obras convidei diferentes pessoas a darem o seu contributo, em forma de texto, manifestando as suas visões pessoais acerca da ‘beleza feminina’, do envelhecimento e da ‘máscara’.
Todas as respostas estão literalmente incluídas na pintura, sem, contudo, se fundirem e explicarem.
O texto torna-se também ele num corpo, eventualmente o corpo do seu autor.


Martinho Dias, Abril 2007


Depois de Lisboa, onde Martinho Dias expôs com grande sucesso e prestígio, chega a vez do Porto.

O pintor inaugurará a exposição "Corpo Novo", no próximo dia 4 de Maio pelas 21.30h, no Espaço Servantes.

A exposição de pintura poderá ser vista até dia 30 de Junho.

Matrioshka Sketch Comedy no S. Luiz


CICLO NOVOS VEZES NOVE
NOVOS HUMORISTAS

MATRIOSHKA
Um espectáculo dos Alcómicos Anónimos


Jardim de Inverno
3, 4 e 5 de Maio
Às 23h30


E se cinco humoristas se sentassem à mesa para escrever uma peça de sketches e stand-up comedy?
Não, isso já foi feito. E se tiver sido feito por esses mesmos humoristas? Ah, então assim está bem, mas já não é novidade! É, porque desta vez decidiram mostrar ao público o processo de criação da própria peça. E isso tem piada? Não, mas todos precisamos de comer.

Depois de Terapias de Grupo, os Alcómicos Anónimos apresentam Matrioshka, um espectáculo de comédia que incide nos sketches e intervenções de stand-up. A loja onde pode adquirir um avô novo, a marca de leite favorita dos nerds portugueses, a lenda da “linha” entre dois homens e o Rei do Karaoke. Estes e outros temas podem ser encontrados nesta peça, onde a falta de cenário é compensada por uma mesa e cinco cadeiras em pinho de fino design.

Alcómicos Anónimos
Alexandre Romão
João Miranda
Rui Sinel de Cordes
Salvador Martinha
Zé Beirão

Preço único 5 € Para Reservas : 21 325 76 50 / bilheteira.teatrosaoluiz@egeac.pt
Horário da Bilheteira: todos os dias, das 13h00 às 20h00.

Bill Jones com Arnie Zane Dance Company

BILL T. JONES/ARNIE ZANE DANCE COMPANY
BLIND DATE (2005)
4 e 5 Maio 21h00 Grande Auditório CCB

Bill T. Jones, um dos maiores expoentes da dança contemporânea e uma das vozes mais acutilantes das questões actuais, regressa aos temas morais e políticos com um novo trabalho sobre valores e multiculturalidade.

Nas mãos do coreógrafo Bill T. Jones (1952), a dança torna-se um instrumento extraordinário para sondar as grandes questões da vida e viajar em direcção à compreensão. Neste novo trabalho de uma noite, Blind Date explora temas como o patriotismo, a honra, o sacrifício e o trabalho dedicado a uma causa maior que nós próprios – valores quase perdidos no mundo moderno.

Dotados de uma técnica invulgar, os dez bailarinos desta companhia multicultural – que em breve completa 25 anos e que inclui bailarinos da Turquia, China e México – contam histórias pessoais e movimentam-se num cenário sensorial de cores primárias, imagens de vídeo e influências musicais provenientes de todo o mundo. Como num “blind date” (encontro às cegas), sabedoria e eloquência encontram um fundamentalismo embrutecido nesta explosiva meditação sobre forças e crenças opostas.

O resultado é uma experiência de dança/teatro multifacetada, que “ao combinar preocupações políticas e morais com ingenuidade coreográfica, e aptidão teatral”, é “ao mesmo tempo comovente, sexy, divertido, profundo e triste”.


BLIND DATE (2005)
Coreografia e Direcção: Bill T. Jones
Texto Original: Bill T. Jones e A Companhia
Música Original e Arranjos: Daniel Bernard Roumain (DBR)
Música Interpretada por: Akim “Funk” Buddha (voz de garganta, voz, percussão); Neel Murgai (cítara, daf, voz); Amie Weiss (violino); and DBR (laptop, violino, piano)
Johann Sebastian Bach Sonata para Violino N.º 1 Em Sol menor, BWV 1001: Fuga e Adagio
Mrs. McGrath 1815 Canções tradicionais do folclore irlandês
Security texto de Otis Redding, interpretado por Shaneeka Harrell
Step In the Name of Love de R. Kelly
Cenografia: Bjorn G. Amelan
Desenho de Vídeo: Peter Nigrini
Desenho de Luz: Robert Wierzel
Figurinos: Liz Prince
Software de Controlo de Vídeo criado por Peter Nigrini e Matthew Ostrowski
Intérpretes: Bill T. Jones, Andrea Smith e A Companhia

A Companhia
Asli Bulbul, Leah Cox, Maija Garcia, Shaneeka Harrell, Shayla-Vie Jenkins,
Wen-Chung Lin, Erick Montes, Charles Scott, Donald C. Shorter, Jr., &
Stuart Singer e Andrea Smith

Direcção Musical: Daniel Bernard Roumain (DBR)
Músicos: Akim “Funk” Buddha, Neel Murgai e Amie Weiss

Nabucco no Coliseu de Lisboa


Dias 04 e 05 de Maio em Lisboa
Solistas, coro e orquestra
130 Artistas
Espectacular cenografia e vestuário

NABUCCO, é uma ópera em quatro actos com música de Giuseppe Verdi e libreto de Temistocle Solera, baseada no Antigo Testamento e na obra Nabuchodonosor de Francis Cornue e Anicète Bourgeois.

Foi estreada em 09 de Março de 1842 na La Scala de Milão, foi composta num período particularmente difícil da vida do compositor.

A sua esposa e os dois pequenos filhos tinham falecido pouco tempo antes e Verdi tinha decidido não voltar a compor.

O libreto de Nabucco chegou às suas mãos muito por casualidade.



Primeiro Acto: "Jerusalém"
Os judeus oram diante templo de Salomão. O sumo-sacerdote Zacarias entra com Ana, sua irmã, e Fenena, filha de Nabucco, tida como refém pelos judeus. Zacarias avisa ao povo que Javé não vai abandonar o povo judeu. Ismael, chefe militar e sobrinho do rei de Jerusalém, entra com seus soldados e avisa de que Nabucco destrói tudo.
Zacarias espera que haja um milagre e entrega Fenena a Ismael para que ela tenha sua segurança garantida. Ambos são amantes, e conheceram-se na Babilónia. Abigail, a outra filha de Nabucco -que também é apaixonada por Ismael - entra comandando um exército de assírios para ocupar o templo. Os assírios estão vestidos como judeus. Abigail chantageia Ismael, dizendo que ela salvará seu povo caso ele lhe retribua o amor, mas Ismael não aceita.
Reaparecem os judeus, assustados com a reaproximação de Nabucco, que é enfrentado por Zacarias, que o denuncia por blasfémia e ameaça executar Fenena. Esta é entregue a Nabucco por Ismael, que é reprimido pelos judeus. Nabucco manda incendiar o templo.

Segundo Acto: "O Blasfemo"
Palácio de Nabucco, na Babilónia. Abigail acha um pergaminho no qual é dito que ela é filha de escravos, e não de Nabucco. Jura vingança a ele e a Fenena, enquanto se lembra de Ismael e acha que poderia ter salvado sua vida. Entra o Sumo Sacerdote e avisa que Fenena mandou libertar os prisioneiros judeus, e que, devido à traição, Abigail será nomeada herdeira do trono, em vez de Fenena.


Noutro local, Zacarias ora e tenta convencer os assírios a esquecerem seus ídolos. Fenena entra nos seus aposentos , e este tenta converte-la. Os levitas entram e encontram Ismael, que fora expulso. Zacarias perdoa-lhe, por este ter salvado um judeu - Fenena, agora convertida. Abdalo, conselheiro do palácio, entra e avisa Fenena sobre os boatos referentes à morte de Nabucco, e que sua vida encontra-se em perigo.
Entra o Sumo Sacerdote e proclama a regência de Abigail. É anunciada a sentença de morte aos judeus. Fenena se recusa a entregar o cetro a Abigail. Inesperadamente, entra Nabucco, toma a coroa e a coloca em suas cabeças. Nabucco diz que derrotou Baal e Javé, e por isso mesmo não é rei. É Deus. Nesse instante, cai um raio na cabeça de Nabucco, que fica louco. Abigail recupera a coroa.

Terceiro Acto: "A Profecia"
Jardins Suspensos da Babilónia.

Abigail é proclamada regente e é instigada a condenar à morte os judeus, mas, antes disso, Nabucco entra atordoado. Abigail explica que está na função de regente porque o rei está impedido de reinar, e entrega-lhe a ordem de execução aos judeus, esperando que ele decrete a morte de Fenena - agora, convertida ao judaísmo. Nabucco assina, mas pergunta sobre o que vai acontecer a Fenena, e Abigail avisa que ela também vai morrer, junto com os outros judeus. Nabucco tenta mostrar o documento a Abigail dizendo que ela é uma impostora, mas ela já o tem nas mãos e rasga-o em pedaços. Nabucco chama os guardas, mas não é atendido. Sem mais alternativas, suplica clemência a Abigail, que permanece irredutível.
Enquanto isso, os judeus permanecem descansando do trabalho escravo, diante das margens do Eufrates, e relembram sua pátria perdida. Zacarias anuncia que eles estarão livres do cativeiro em breve, e Javé os ajudará a derrotar a Babilónia.

Quarto Acto: "O ídolo destruído"
Nabucco está nos seus aposentos e ouve o grito por Fenena. Ao olhar para a janela, vê que Fenena está sendo executada. Ao tentar abrir a porta, dá-se conta de que é prisioneiro. Neste momento, Nabucco implora perdão a Javé, pedindo-lhe conversão, assim como ao seu povo. Ao recuperar a razão, entra Abdalo se certifica de que Nabucco é novamente ele próprio, e já está com todas as suas faculdades recuperadas. E tenta recuperar o trono.
Os carrascos preparam a execução de Zacarias e do seu povo. Fenena é aclamada como mártir, e na sua última prece, pede a Javé que a receba no céu. Nabucco acaba com a escravidão dos judeus e anuncia que ele próprio é um deles. A estátua de Baal e destruída e Abigail suicida-se, implorando a Ismael que se una novamente a Fenena. O povo reconhece o milagre, e direcciona louvores a Javé.




A composição empreendida, quase “puxada a ferros”, deu como resultado uma obra que cativou toda Itália.


Na estreia, o papel de Abigail foi interpretado por Giuseppina Strepponi, que se converteria em companheira sentimental e logo esposa de Verdi.



Esta ópera foi o primeiro êxito importante do compositor e com ele iniciam-se os chamados anos de galera, nos quais compôs a um ritmo frenético, produzindo dezassete óperas em doze anos.




O êxito deve-se em parte às qualidades musicais da obra e em parte à associação que fazia o público entre a história do povo israelita e as ambições nacionalista da época.


Um dos símbolos que utilizou, e provavelmente continua utilizando o povo, para reforçar o ideal independentista foi o coro Va pensiero, do terceiro acto.


Este coro de escravos hebreus é, sem dúvida, o número mais popular da ópera.
Na sua época, os italianos assimilaram-no como um canto contra a opressão estrangeira em que viviam.


O êxito da ópera perdura até aos dias de hoje.


É gravada e apresentada nos teatros de ópera com certa frequência.

STATE OPERA OF BULGÁRIA

A companhia State Ópera Of Bulgária contou desde a sua formação em 2001, com os corpos estáveis das óperas estatais búlgaras (Sofia, Plovdiv, Varna, Stara Zagora, Burgas), orquestras e coros de longa tradição e sólida formação musical aos que se juntaram solistas do país e um importante aporte de cantores estrangeiros, geralmente oriundos de outros países da Europa Central, com os que se tem vindo configurando papéis internacionais em todas as suas produções.




Até ao momento, a State Ópera Of Bulgária apresentou-se sempre com os grandes títulos do repertório, fundamentalmente verdiano (Nabucco, Rigoletto, Trovatore, Aida, Otello), com outros de igual preferência popular (Lucía dí Lammermoor, Tosca).



Os acordos consolidados com empresários europeus e norte americanos permitiram centrar a actividade de State Ópera Of Bulgária nas suas tournées internacionais.


Desde a sua criação actua regularmente na Suiça, Alemanha, Holanda, França, Espanha, Portugal e EUA.

Teatro de Marionetas no Museu da Marioneta

Espectáculo de Marionetas
“Agakuke e o Pescador Curandeiro”
Museu da Marioneta
LUA CHEIA – Teatro para Todos, em co-produção com o Museu da Marioneta, apresenta “Agakuke e o Pescador Curandeiro”, o 4º espectáculo de marionetas do ciclo “Agakuke o Inuit” que estreia, no Museu da Marioneta em Lisboa, a 4 de Maio e estará em cena até ao dia 1 de Junho.



Um conto da Micronésia onde a coragem, o mistério e o medo se cruzam.

Agakuke, o Inuit recorda a história de um pescador de uma pequena ilha do arquipélago da Micronésia que todos os dias, antes de ir pescar, se surpreende com o estado do seu barco. Tendo a coragem como única arma, o pescador decide resolver o mistério que o atormenta diariamente, mas aguarda-o um encontro inesperado e assustador.

Nos confins do Oceano Pacífico, espíritos, fantasmas e chamãs juntam-se para oferecer a imortalidade aos habitantes das ilhas.


Serão eles merecedores de tal dádiva?

Espectáculo “Agakuke e o Pescador Curandeiro”:



Horários:
3ª, 5ª e 6ªfeira às 10h30


4ªf às 10h30 e 14h30


sábado às 16h


domingo às 11h30


Bilhetes:


2€ (escolas)


4€ (crianças)


5€ (adultos durante a semana)


6€ (adultos ao fim-de-semana)



Reservas:


Tel: 214 430 591


Fax: 210 093 444


Telm: 966 046 448




Nota: Durante a semana é necessária reserva antecipada