sábado, 7 de junho de 2008

" Os Lusíadas " pela Compania de Teatro de Braga


“OS LUSÍADAS”
OBRA MAIOR DA LITERATURA PORTUGUESA

VISTA POR ALEXEJ SCHIPENKO


A Companhia de Teatro de Braga estreia a 10 de Junho (21h30) “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, trabalho com encenação e dramaturgia de Alexej Schipenko.

Consubstanciada numa «longa, estranha e assombrosa Viagem no Tempo, vivida por um punhado de Lusos, projectados num Futuro e tornados heróis pela Ideia e pela Pena de Luís de Camões», a adaptação teatral da obra mais emblemática da literatura portuguesa – que tem antestreia agendada para 9 e estará em cena de 10 a 12, a 17 (sessão para escolas) e de 20 a 22 deste mês – propõe a transformação do texto numa forma visual protagonizada pelos indispensáveis Luís, Vasco, Adamastor, Mouros, pelo Rei de Melinde e pelas Ninfas, entre muitos outros.

«A principal situação inscrita no poema é uma viagem, um trajecto, um estado de trânsito», expõe o encenador russo que, ao mesmo tempo, revela que «o importante não é aquilo que acontece mas como acontece».

Protagonizado por Carlos Feio, Rui Madeira, Rogério Boane, Jaime Soares, Solange Sá, Teresa Chaves e Puppa Formusura, actores responsáveis pela interpretação de um pequeno, mas aguerrido, grupo de portugueses que, a bordo da Nave Especial, prossegue com a saga de querer “dar novos mundos ao mundo”.

O trabalho dramático, destinado a um público maior de 16 anos, materializa-se numa «longa, estranha e assombrosa Viagem no Tempo, vivida por um punhado de Lusos, projectados num Futuro e transformados heróis pela Ideia e Pena de Luís de Camões.

Desta forma, no seguimento do trabalho desenvolvido a partir do “Auto da Barca do Inferno”, a Companhia de Teatro de Braga regressa com “Os Lusíadas”, transmutados na sua forma pelo olhar de Schipenko, a mais uma incursão exploratória pelo universo da Língua e da Literatura Portuguesas.

Na tentativa de desmistificar a forma pedagógica que transmite “Os Lusíadas” de geração em geração, a Companhia de Teatro de Braga coloca, agora, em acção o projecto que idealizava há já três anos – a “entrega” a Alexej Schipenko da «Obra Portuguesa» e, consequentemente, de «de uma grande parte da “nossa” identidade».

Considerado um dos mais radicais autores russos, Schipenko iniciou em 2005 um processo de colaboração com a Companhia de Teatro de Braga que resultou já na criação e encenação das peças “A Vida Como Exemplo” e “Praça de Touros” (2006).

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