quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Colóquio no Museu do Oriente sobre Tomás Pereira



A vida e a obra de Tomás Pereira na China

A Fundação Oriente assinala o 3.º centenário da morte de Tomás Pereira, o jesuíta português responsável pelo encontro cultural entre o Ocidente e a China, com o colóquio “Na luz e na sombra de um imperador”, que se realiza de 10 a 12 de Novembro, no Museu do Oriente.
Através de uma perspectiva interdisciplinar, o encontro tem por objectivo revisitar o percurso de Tomás Pereira no contexto da Missão da China, da política chinesa e da cultura da corte do seu tempo, nomeadamente, a sua relação pessoal, única e privilegiada com o imperador Kangxi.
Tomás Pereira trabalhou para a corte chinesa durante mais de trinta anos (1673-1708), onde se impôs como um músico inovador e um hábil mediador das relações sino-russas, tendo sido o principal responsável pelo tratado que delimitou a fronteira entre a China e a Rússia.
O jesuíta ocupou interinamente o cargo de prefeito do Tribunal das Matemáticas e assumiu o papel de efectivo representante e protector da Missão Cristã na Corte Imperial, a ele se devendo o Édito Imperial de Tolerância do Cristianismo na China.
É, ainda, autor de um tratado sobre música europeia, traduzido para chinês e é considerado o introdutor da música europeia na China, responsável pela criação dos nomes chineses para os termos técnicos musicais do Ocidente, muitos dos quais, utilizados ainda hoje.



Nascido em 1645, no Minho, Tomás Pereira integrou a Companhia de Jesus em 1663 e, três anos depois, partiu para o Oriente, acabando por morrer na China.
“Na luz e na sombra de um imperador – Tomás Pereira, S. J. (1645-1708), o imperador Kangxi e a missão jesuíta na China”, é uma iniciativa conjunta com o Instituto Ricci de Macau, o Instituto do Oriente – ISCSP-UTL e o Centro de História das Ciências (FC-UL), e será, posteriormente, continuado em Macau.

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