quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Lendas do Jazz actuam no Museu do Oriente


Charles Lloyd com Zakir Hussein e Eric Harland

Lendas do jazz actuam em Lisboa


O Museu do Oriente apresenta um dos mais conceituados trios de jazz internacionais, o projecto Sangam, composto por Charles Lloyd, Zakir Hussein e Eric Harland, no dia 6 de Setembro, às 21h30.

Neste espectáculo memorável, Charles Lloyd interpreta saxofone, flauta, piano e tarogato, acompanhado por Zakir Hussein, nas tablas, e Eric Harland, na bateria.

O projecto Sangam surgiu em 2004, quando os três músicos se reuniram para um concerto de homenagem ao baterista Billy Higgins, com quem Charles Lloyd gravou o duplo álbum “Which way is East”.

Aproveitando o sucesso da reunião, os artistas continuaram a desenvolver música em colaboração.

Sangam, que significa confluência, união, agrega elementos de música indiana e uma base coerente de jazz.


Charles Lloyd nasceu em Memphis, Tennessee, em 1938.

Começou, desde muito jovem, a tocar com grandes nomes da música, como George Coleman e B. B. King e, durante os tempos de estudante na Universidade da Califórnia do Sul, em Los Angeles, dava concertos em bares e clubes nocturnos, acompanhando Ornette Coleman, Don Cherry, Charlie Haden e Eric Dolphy, entre outros.

Em 1960 integrou o grupo de Chico Hamilton, do qual foi director musical.

Ainda na década de 60, mudou-se para Nova Iorque, onde tocou com Coltrane, Monk, Mingus e Miles Davis.

Em 1964 passou a fazer parte do sexteto de Cannonball Adderley e, ainda nesse ano, assinou um contrato com a editora CBS, para quem gravou vários álbuns.
No ano seguinte formou o seu quarteto com Keith Jarrett, no piano, Jack DeJohnette, na bateria, e Cecil McBee, no baixo.

A banda teve um enorme sucesso e, uma das suas gravações, “Forest Flower”, foi o primeiro disco de jazz a vender um milhão de exemplares.

No auge da carreira, no início dos anos 70, resolveu, porém, dissolver o quarteto e retirar-se para Big Sur, uma pequena região da Califórnia, recolhida e de rara beleza, onde se refugiavam criadores literários como Jack Kerouac ou Henry Miller.

Só em 1986, depois de uma grave doença, Lloyd voltou a dedicar-se à música.

Em 1990 assinou um contrato com a editora ECM, de Manfred Eicher, para quem já gravou doze álbuns.

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