sexta-feira, 18 de julho de 2008

Teatro nas Ruinas do Carmo




“VIEIRA – O CÉU NA TERRA”de FILOMENA OLIVEIRA e MIGUEL REAL

encenação FILOMENA OLIVEIRA

“Vieira – O Céu na Terra”, original de Miguel Real e Filomena Oliveira será apresentado ao ar livre, nas Ruínas do Convento do Carmo, no âmbito da iniciativa “Teatro Nacional – Outros Palcos”, que conta com o apoio do Turismo de Portugal.



O espectáculo, com que os autores homenageiam o Padre António Vieira no ano em que se celebra o IV centenário do seu nascimento, estreia no dia 18 e estará em cena até 16 de Agosto.

“Vieira – o Céu na Terra” retrata o tempo e a figura de uma personagem emblemática da cultura e um dos maiores prosadores de língua portuguesa.

No histórico cenário das Ruínas do Carmo, celebra-se a existência de um dos maiores pensadores de sempre, evidenciando-se a sua fabulosa singularidade.

Com espaço cénico de Andrzej Kowalski, o espectáculo conta com um elenco de 16 actores, onde se destacam Bruno Schiappa, Cármen Santos, João Lagarto, Júlio Martin ou Marques D’Arede, entre outros.

No papel do Padre António Vieira, estará José Henrique Neto.

Da ligação entre o céu e a terra, ou entre o intemporal e o temporal, vem o título deste espectáculo que pretende não só retratar a figura de Vieira, mas também o próprio tempo histórico em que ele viveu.

“Padre António Vieira foi o português mais fracassado de todos os tempos.

Nada do que sonhou se cumpriu, todas as suas profecias se frustraram, todos os seus planos políticos se goraram e toda a sua glória foi póstuma”.

Assim definem Filomena Oliveira e Miguel Real, em poucas palavras, o destino de um homem que se viu, até ao fim dos seus dias, apreciado como orador, apesar de votada a sua obra e o seu papel na sociedade ao esquecimento.

Tendo sido o mais famoso pregador religioso português, homem de muitos ofícios – missionário, diplomata, político, orador, escritor –, a sua imaginação social e as suas práticas religiosas, sociais e políticas são indispensáveis à compreensão do século XVII.

A construção de uma sociedade livre, sem fronteiras, era defendida através de uma retórica única onde o sermão, os bons exemplos e as boas práticas sociais vigoravam.

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