domingo, 1 de junho de 2008

Bill Callahan em Braga


BILL CALLAHAN
NOME DE CULTO DA MÚSICA
“FOLK”
APRESENTA “WOKE ON A WHALEHEART”

Mais conhecido por “Smog”, o cantor e compositor norte-americano Bill Callahan traz ao theatro Circo, a 2 de Junho (22h00), “Woke on a Whaleheart”, primeiro trabalho discográfico editado em nome próprio.

Ritmos “folk” experimentais, letras profundas e uma delicada tendência para o humor negro, característica menos acentuada neste novo projecto, são algumas das particularidades que fazem de Callahan um dos nomes em destaque no contexto “indie” internacional.

Com primeira parte assegurada por Alasdair Roberts, cantor e guitarrista escocês que trás na bagagem as sonoridades melódicas do recente “The Amber Gatherers”, Bill Callahan traz a Braga o projecto resultante de uma mistura de géneros tão distintos como “gospel”, “blues”, “folk”, “rock” e “country” que deixa antever uma viragem no estilo que caracterizou um percurso de duas décadas.

Se, enquanto “Smog”, o autor de “Woke on a Whaleheart” usou o experimentalismo como base para temas dominados por uma melancolia e um humor negro, presente na maioria dos poemas que compunha, o seu reaparecimento artístico em 2007 – como Bill Callahan – desvenda maior concentração no processo de composição e escrita de canções reveladoras de um estado de espírito menos obscuro, mais optimista, não cedendo, contudo, ao conformismo.

Reflexo desta nova postura, “Woke on a Whaleheart”, álbum em que a voz de barítono de Callahan adquire um destaque nunca antes atingido.

Abre com “From the Rivers to the Oceans” e prossegue com “A Man Needs a Woman or a Man To Be a Man”, com o “single” de apresentação “Night” e “Sycamore”, entre outros temas que se consubstanciam em «autênticos momentos de intimismo e paz interior».

Natural de Maryland, Bill Callahn iniciou-se no universo musical com um estilo “rock underground” de que resultaram canções, praticamente isentas de estrutura melódica, que fizeram parte do primeiro álbum, “Sewn to The Sky”.Com a assinatura de contrato com a editora “Drag City”, Callahan passou a ter ao seu alcance recursos que lhe permitiram uma crescente profissionalização, reflectida em projectos compostos por uma instrumentação mais simples e poemas mais elaborados e consistentes e dos quais são exemplo “Rain on Lens”, “Supper” ou “A River Ain’t Too Much to Love”.

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