sexta-feira, 16 de maio de 2008

Museu Nacional de Arte Antiga inaugura exposição


O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) inaugura sábado três exposições, uma criada pelo artista plástico Rui Sanches em ligação com obras da colecção, outra sobre a história do museu, e a terceira sobre pintura estrangeira em miniatura.

As exposições foram hoje apresentadas à comunicação social numa visita guiada pelo director do MNAA, Paulo Henriques, um dia antes da inauguração, no âmbito da Noite dos Museus e do Dia Internacional dos Museus, que se celebra domingo, dia 18 de Maio.

"Museum" é a exposição criada por Rui Sanches - com base em 12 peças seleccionadas da colecção do MNAA - para questionar a natureza da obra de arte, o seu poder e os seus limites, num espaço do museu totalmente trabalhado pelo artista.
Concebeu oito esculturas (em contraplacado, ferro e bronze), três trabalhos em aço inox, e quatro desenhos - que resultam de "uma mistura de critérios afectivos e racionais", disse Rui Sanches, que esteve presente na visita guiada aos jornalistas - criando relações de vários tipos com as peças do MNAA.
O visitante entra na exposição e é esperado por um espelho no qual vê a própria imagem reflectida e tem de o contornar para ir ao encontro das várias peças, pinturas de vários géneros e épocas, objectos decorativos e mobiliário de diversas origens geográficas.
O artista escolheu, entre outras peças, um sacrário do século XVI, um espelho macaense do século XVIII, uma arca em madeira do século XVII e várias pinturas antigas de mestres portugueses e estrangeiros, nomeadamente "Porto de Mar", de Claude-Joseph Vernet, e a "Anunciação" de Frei Carlos.
Outra exposição que o MNAA inaugura também sábado é "Museografias", em contraponto a "Museum" de Rui Sanches, evocando, a partir de registos e documentos, algumas soluções expositivas em diferentes momentos da história do chamado "Museu das Janelas Verdes", desde o seu primeiro director, José de Figueiredo.
Numa das salas do museu, os visitantes poderão ver como eram expostas as colecções ao longo do tempo, desde o início, quando o palácio que recebe actualmente o MNAA, ainda sem o anexo depois construído, tinha as paredes das salas cobertas de quadros, numa "desnorteante promiscuidade", como deixou descrito na época o segundo director do museu, João Couto.
Esta exposição mostra alguns expositores antigos, nomeadamente com vitrais e no seu interior porcelanas, pinturas, mobiliário e alguns objectos de pequena dimensão.
A terceira exposição que o MNAA inaugura sábado é "Miniaturas Estrangeiras", um conjunto de 90 peças de retratos em miniatura pintados por artistas ingleses, franceses, espanhóis e italianos.
Nas pinturas, executadas entre os séculos XVI e XX, predominam as emoções e sentimentos das pessoas representadas, isoladamente, ou em família.
Estas pinturas em miniatura tinham o mesmo papel que viria a ter a fotografia, quando se começou a generalizar, e viriam a desaparecer gradualmente, tal como o trabalho destes

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