domingo, 9 de dezembro de 2007

Documentários especiais no NGC



No dia 9 de Dezembro, o National Geographic Channel apresenta uma noite especial com a emissão dos documentários “A Vida com os Grandes Felinos” e “O Olho do Leopardo”, filmados em África por um casal de realizadores especialista em seguir e observar os grandes felinos.

Há quase trinta anos que Dereck e Beverly Joubert, um casal de realizadores de origem francesa, vivem no Botswana dedicando-se a filmar os grandes felinos do continente africano. Os Joubert regressam ao National Geographic Channel com a estreia do seu trabalho mais intimista, o documentário ‘A Vida com os Grandes Felinos’. O serão conclui-se com a emissão de ‘O Olho do Leopardo’, outro dos grandes documentários do casal Joubert.

“A VIDA COM OS GRANDES FELINOS”
Estreia: Domingo, 9 de Dezembro às 20h00 / Reposição: Domingo, 16 de Dezembro às 15h00


Durante os últimos vinte e sete anos, Dereck e Beverly Joubert transformaram a savana africana no seu lar, dedicando-se ao estudo e protecção das magníficas espécies animais que a povoam.

Ao longo do seu trabalho de investigação e através das suas fotos, documentários e livros, os Joubert deram-nos a conhecer a vida quotidiana de leões, elefantes, zebras e outros animais que desde sempre habitaram a imaginação do homem. E fizeram-no enquanto casal, o que constitui uma originalidade na sua aproximação ao mundo animal, feita mais com a paixão do documentalista do que com a análise do cientista, mantendo uma extraordinária visão da realidade que sabe cativar. As extraordinárias fotografias de Beverly Joubert e a prosa escorreita de Dereck tornaram possível também a publicação de vários livros.

Nada foi fácil nesta aventura. A ideia romântica da vida em África esteve a ponto de lhes custar a vida em várias ocasiões: acidentes de carro, ataques de leões ou falta de medicamentos, são alguns dos problemas que o casal teve de enfrentar - sem dúvida, o preço de uma vida tão fascinante como os seus documentários. Em “A Vida Com os Grandes Felinos”, os Joubert dão testemunho destas e de outras experiências através da sua prolongada relação com Legadema, a cria protagonista do documentário “O Olho do Leopardo”.

“O OLHO DO LEOPARDO”
Estreia: Domingo, 9 de Dezembro às 21h00 / Reposição: Domingo, 16 de Dezembro às 16h00


A partir dos oito dias de vida, e durante os três anos seguintes, todos os passos de Legadema ficaram registados através de um documentário realizado por Dereck e Beverly Joubert em alta definição. É uma visão única da vida de Legadema, uma jovem fêmea de leopardo que vive num dos melhores habitats do planeta para a espécie, a região de Mombo no Botswana. “O Olho do Leopardo” é uma aproximação íntima à sua vida.

A poucas semanas de nascer, a sua mãe e ela forma atacadas por um grupo de babuínos, um grupo que se tornaria rotineiro na sua vida a par das hienas que sempre rondam por perto á caça das presas de Legadema.

Este documentário com uma estética inovadora, foi realizado através de uma série de flash backs que nos levam até à juventude de Legadema, cada um deles relacionando-se com um episódio presente. Enquanto observa os macacos verdes lutando e se prepara para lhes fazer uma emboscada, recuamos até ao momento em que, pela primeira vez, Legadema observou como a sua mãe caçava macacos a vinte metros de altura nas árvores. Foi nessa altura que aprendeu qual a chave do problema: ser o primeiro a chegar o mais alto possível e caçar daí para baixo. Exactamente o que faz hoje.

Conheceremos igualmente o pai de Legadema, que surpreenderemos na perseguição a um búfalo. E passaremos algum tempo com a sua mãe enquanto ensina a caçar e a evitar babuínos, leões, hienas…e outros leopardos. Mas no momento da rodagem do documentário, Legadema já não é uma cria e a nossa história segue o seu rumo no tempo actual. A jovem fêmea escuta o chamamento da sua mãe como um íman. É uma chamada pessoal, reservada e codificada para si enquanto bebe. Mas agora as chamadas são mais ásperas e Legadema tem que averiguar o que se passa de uma forma mais cuidada.

Tem três anos, é quase adulta. Um dia em que a chuva apaga o rasto de outros leopardos Legadema encontra de repente outra fêmea que a ataca. A desconhecida é a sua própria mãe.

Legadema é expulsa da comunidade mas garante a sobrevivência ao conseguir caçar pela primeira vez, sozinha um animal de grande porte. É o ritual de passagem à vida adulta. Um acontecimento importante embora aqui com um sabor algo amargo. É então que escuta de novo a sua mãe chamá-la. Mas a chamada não é para elas. A sua mãe tem novas crias.

Legadema já não é a última descendente nem a herdeira dos seus territórios. Mas está bem preparada graças á forma como entretanto aprendeu a lidar com macacos, leões, e com a vida em si, contando com arma do seu instinto e que a ajudará a criar a sua própria família de leopardos.

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