quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Turangalila-Symphonie de Messiaen no CCB


Concerto Comemorativo do Centenário de Nascimento
de Olivier Messian

A abrir as comemorações do centenário do nascimento de Olivier Messiaen, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pela primeira vez por Julia Jones enquanto sua Maestrina Titular, interpreta uma das maiores obras-primas do século XX – Turangalîla-Symphonie. O concerto terá lugar no domingo dia 16 de Novembro, às 17h00, no Grande Auditório do CCB.
Turangalîla-Symphonie, foi composta entre 1946 e 1948 por encomenda de Serge Koussevitzky para a Orquestra Sinfónica de Boston.
A estreia foi dirigida pelo ainda jovem maestro Leonard Bernstein, em Boston, um ano após Messiaen ter concluído a composição.
O título da obra, Turangalîla, nasceu apenas em 1948 resultando da aglutinação de duas palavras do sânscrito [turanga + lîla] correspondendo assim à descrição de Messiaen quando se referia à sua obra, “Uma canção de amor”.

Em Turangalîla-Symphonie, Messiaen introduz o instrumento electrónico Ondas Martenot, que incluiu regularmente na sua criação musical e que será tocado, neste concerto, por Philippe Arrieus.
Ao piano, destaque para Markus Bellheim .


A Direcção Musical

JULIA JONES

Nascida em Inglaterra, Júlia Jones vem afirmando cada vez mais uma carreira de sucesso na Europa com apresentações regulares nos principais teatros líricos.

Dos seus compromissos mais recentes destacam-se a direcção musical de Otello na Staatsoper de Hamburgo, Carmen em Estugarda e Le nozze di Figaro na Opernhaus de Frankfurt e na Ópera do Canadá (Toronto).


Na Staatsoper de Viena dirigiu Così fan tutte, Die Zauberflöte e La Bohème e, em 2004, estreou-se no Festival de Verão de Salzburgo à frente da produção de Die Entführung aus dem Serail.

Também dirigiu Aïda e Madama Butterfly na Staastoper de Berlim, La Traviata no Gran Teatre del Liceu em Barcelona, Der Fliegender Holländer na Ópera de Estrasburgo, Lohengrin no Teatro Comunale de Florença, onde obteve grande êxito junto do público e da crítica italiana, destacando-se ainda a sua presença em Washington, Sydney, Genebra, Lisboa, e na Volksoper de Viena.

Entre 1998 e 2002 ocupou o cargo de Maestro Titular da Ópera de Basileia onde foi aclamada na direcção musical das produções de Otello e Macbeth, de Verdi, e Der Rosenkavalier de R. Strauss.

Nas salas de concerto já dirigiu um vasto número de Orquestras incluindo a Orquestra da Rádio de Viena e Sinfónicas de Montréal, Orquestra de Gürzenich, Scottish Chamber Orchestra, Filarmónica de Estrasburgo e a Orquestra do Maggio Musicale Fiorentino.

Futuros compromissos incluem o seu regresso à Opernhaus de Frankfurt (Così fan tutte, Un ballo in maschera) e Staatsoper de Hamburgo (Macbeth), para além de concertos em Tóquio, Lisboa e Nova Zelândia.

Na temporada 2008.2009 assume o cargo de Maestro Titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa.


Markus Bellheim
Piano

O seu triunfo no Concurso Internacional “Messiaen” em Paris (2000) garantiu-lhe o reconhecimento como um dos mais interessantes pianistas da sua geração.

Uma extensa agenda de concertos levou-o a percorrer a Europa, Ásia e EUA, com participações nos Festivais Beethovenfest de Bona, Musiktage de Kassel, La Roque d’Anthéron, Chamber Music Festival de Lockenhaus e Music Spring Festival de Xangai.

Interpreta regularmente obras do repertório clássico com as Orquestras Sinfónica da Rádio de Hessen, Sinfónica SWR em Baden-Baden e Freiburg, Sinfónica da Rádio de Munique, Northern Sinfonia, Filarmónica de Nice, Sinfónica de Malmö, e com o Ensemble Modern e Ensemble Intercontemporain.

Recentemente, foi dirigido por Sylvain Cambreling, Jonathan Nott e Karl Anton Rickenbacher, e colaborou com os compositores S. Reich, G. Kurtág e W. Rihm. Interpreta obras de música de câmara com Peter Lukas Graf e o Minguet Quartet.

O seu repertório privilegia os séculos XX e XXI, destacando-se a obra integral de Messiaen. Interpreta regularmente a obra Turangalîla-Symphonie com elogios unânimes da crítica e do público.

Em 2008 lançou gravações, a solo, incluindo-se a obra integral para solista de Wolfgang Rihm, Vingt regards sur l’enfant-Jésus, o primeiro volume da obra integral para piano de Messiaen e o Concerto para Piano, de Bruno Maderna, com a Orquestra Sinfónica da Rádio de Hessen.

Efectuou os seus estudos em Hannover, Frankfurt-am-Main,Würzburg e Paris.

Foi bolseiro da Cite International des Arts (Paris). Recebeu o Prémio de Cultura de Würzburg e o Prémio Estatal da Baviera.

Em 2002 foi nomeado para a categoria “Révélation de l’année” (“Victoires de la Musique Classique”).
Actualmente, lecciona Piano no Conservatório de Música de Würzburg.

Philippe Arrieus
Ondas Martenot


Nasceu em Pau (França) onde iniciou os seus estudos de Música. No Conservatório da sua cidade natal obteve os prémios de Piano, Escrita, Análise, Solfejo e Música de Câmara antes de ingressar no Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris onde viria a obter o Primeiro Prémio de Ondas Martenot na classe de Jeanne Loriod.

Titular do CA de teclado electrónico e de Ondas Martenot, lecciona estes dois instrumentos no Conservatório de Evry (região parisiense).

A sua carreira musical divide-se entre concertos a solo pelo mundo inteiro e a interpretação de música de câmara com o Sexteto “Jeanne Loriod” e o Quarteto “Ondes De Choc” com os quais se apresenta em inúmeros concertos dentro e fora do seu país.

Actualmente integra o agrupamento “Vecteur Ondes”, que reúne seis ondistas cujo objectivo consiste em promover e difundir o repertório das Ondas e suscitar novas criações por parte de jovens compositores.

Participa em gravações com a presença regular das Ondas e pertence a uma associação que promoveu e sustentou o projecto de fabrico de um novo instrumento (Ondéa).

O seu repertório inclui todas as obras para Ondas escritas até à data, Ondas solista com orquestra, concertos e música de câmara

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