quinta-feira, 26 de junho de 2008

Festival de Teatro em Braga


MIMARTE 2008 – FESTIVAL DE TEATRO DE BRAGA

"ANJO DE MONTEMURO" DESCE AO PALCO DO THEATRO CIRCO


27 Junho > 21h45

Cumprindo honras de abertura do "Mimarte 2008 – Festival de Teatro de Braga", marco firmado do ciclo cultural bracarense, o "Anjo de Montemuro" sobe esta sexta-feira (27 de Junho, 21h45) ao palco da Sala Principal do Theatro Circo para iniciar um ciclo de dez espectáculos dramáticos.

Interpretado pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro, o "Anjo de Montemuro", baseado no texto de Peter Cann e encenado por Steve Johnstone, tem por cenário a Lisboa de 1755, atingida pela tragédia de um grande terramoto.

Do meio dos destroços, uma figura branca, ferida, acorda e começa a caminhar sem destino, deixando a cidade para trás.

Passados muitos dias subiu a serra, onde encontrou Álvaro, pastor cego que guardava o seu rebanho e que, no momento em que se cruzou com o estranho forasteiro, recuperou a visão. Naquele instante o milagre aconteceu e, com ele, o início das aventuras de «um anjo na serra».

Perplexos perante tão estranha visão, os habitantes da aldeia questionam quem «se atreveu a cortar as asas a um anjo de Deus».

Contudo, no meio de tanta confusão, o astuto Ribeiro já sabia o que fazer. «Amanhã é dia de feira, hei-de levar-te na minha égua: venham ver, venham ver, uma moeda para ver o Anjo de Montemuro», congeminava.


Interpretado por Abel e Paulo Duarte, Eduardo Correia e Neusa Fangueiro, "Anjo de Montemuro" constitui, desta forma, a quinta participação do Teatro Regional da Serra de Montemuro no "Mimarte", que em edições anteriores se apresentou no certame bracarense com os trabalhos "Splash" (2007), "O Regresso de Pepino" (2006), "A Grande Aventura" (2001) e "As Bodas de Cândida" (2000).

Resultante do encontro entre artistas locais, nacionais e internacionais em Campo Benfeito, uma aldeia localizada no alto da Serra de Montemuro, o Teatro de Montemuro surge em 1990, adoptando a decisão de apostar na criação, a partir do espaço rural, de textos originais, embora se tenha dedicado igualmente à abordagem de clássicos de Shakespeare e Moliére.


Inspirada pela cultura popular e pela intensa ligação à tradição e modo de vida das pessoas da Serra de Montemuro, designadamente por elementos como as máscaras de Lazarim, santos populares, cinema mudo ou mesmo pelo fado, a Companhia que assume igualmente uma forte vertente educativa através do recurso a uma fusão entre teatro, contadores de histórias e debate sobre questões várias.

Hoje, a companhia teatral distingue-se pelo teatro contemporâneo que produz e que apresenta por todo o território nacional e, cada vez mais, em palcos europeus, tendo assim conquistado o título de uma das companhias nacionais mais activas e dinâmicas no âmbito da descentralização.

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