terça-feira, 13 de maio de 2008

Rádio France Culture dedica semana a Paulo Branco

A propósito do Festival de Cannes que tem início esta semana, a rádio France Culture, dedica o programa A Voix Nue a “Paulo Branco, ou l'amour du destin”, numa emissão diária de 30 minutos, de ontem até 6ª feira, sempre às 20h.

Conduzido por Leonor Baldaque, Paulo Branco fala-nos das suas histórias, ao longo de mais de 30 anos de carreira como produtor internacional e da sua relação com realizadores como Marguerite Duras, Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Wim Wenders, Alain Tanner, Chantal Akerman, entre muitos outros.

«Paulo Branco nasceu em 1950 em Portugal e exerce a profissão de produtor há mais de trinta anos. É uma figura mítica no mundo do cinema. Um homem a propósito do qual se contam mil histórias. Um homem que suscita sentimentos contraditórios, tanto consensuais como fracturantes. Um homem nascido, indubitavelmente, para deixar um rasto naqueles que o frequentaram um dia. Um olhar evasivo, uma natureza indomável, uma alegria de rapaz, com o ar de ser sempre esperado nalguma parte, nunca nos apoderamos verdadeiramente de Paulo Branco. É a razão pela qual esta entrevista no microfone de France Culture tem nível de desafio.

Mas uma constância atravessa a vida deste produtor – a fidelidade para com os cineastas. Mais do que nas histórias, Paulo Branco parece acreditar nos sonhos desses realizadores – sonhos aos quais ele se encarrega de dar uma consistência, em fazê-los viver, viajar através do mundo, e perdurar na memória. Acaso? Instinto? Predestinação? Paulo Branco não necessitou tactear muito para produzir obras-primas. Não fora no fim de um longo caminho que ele encontrara os grandes. Logo a sua boca diz: Marguerite Duras, Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Wim Wenders, Alain Tanner, Chantal Akerman. Na linha de uma personagem de Goethe, Paulo Branco poderia dizer dele próprio: “Dirão de mim o que quiserem, mas ninguém responderá que eu não sou um homem de hoje.”»
RÁDIO France CULTURE

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