segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Filme brasileiro na Póvoa do Varzim


Netto e o Domador de Cavalos



Em “Neto e o Domador de Cavalos”, Tabajara Ruas retoma a história do herói brasileiro do século XIX, António de Souza Netto, que esteve na origem do livro “Netto perde a sua Alma”, escrito por Tabajara e adaptado por ele mesmo para o cinema, em 2001.


Depois de “Netto perde a sua Alma”, explica o escritor, “a personagem ficou tão grande que tive que fazer este segundo filme, ‘Netto e o Domador de Cavalos’ e estou já a trabalhar num terceiro, porque gostaria de fazer uma trilogia em torno dele, e que já tem título, será ‘Netto nos Braços da Moura’”.

Na Póvoa para participar na nona edição do Correntes d´Escritas, Tabajara Ruas fala com orgulho do segundo filme da saga de Netto que, como explica, não se baseia, desta vez, num livro, resultando antes de um guião especificamente escrito para o cinema.

E neste “Netto e o Domador de Cavalos”, o autor explora um lado totalmente ficcional da vida do herói farroupilha. Como revela Tabajara Ruas, a história une dois personagens de mundos diferentes: “o real, que é Netto, e o Negrinho do Pastoreio, personagem da mais popular lenda do Rio Grande do Sul”. Nesta história explora-se, pois, o lado ficcional e a mistura entre a realidade e a lenda, uma tendência que se há-de repetir no terceiro filme, do qual Tabajara Ruas não quer ainda revelar muito mais.


“Netto e o Domador de Cavalos” retoma, pois, o herói farroupilha, o general António de Souza Netto, que participou em todas as guerras de fronteira no sul do Brasil, no século passado. Um republicano, segundo Tabajara, contra a escravatura e o império numa época em que o Brasil era ainda o único império esclavagista na América do Sul de 1835.
O romance “Netto perde a sua alma” deu origem a um filme que ganhou quatro kikitos, no Festival de Cinema de Gramado 2001, o maior festival de cinema do Brasil e América Latina e o filme que agora passou na Póvoa é a sua continuação.
Antônio de Souza Netto, general brasileiro, descendente de emigrantes açorianos, é ferido durante a Guerra do Paraguai (1861-1866) e recolhido ao Hospital Militar de Corrientes, na Argentina, onde viria a falecer.
Apesar de tantas batalhas, o guerreiro, com porte de herói galante, encontrou tempo para casar, ter duas filhas e cuidar de sua estância em Piedra Sola, distrito de Tacuarembó, no Uruguai.




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