quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Parque Eduardo VII foi invadido


Durante o dia de ontem, a zona do Parque Eduardo VII, do Pavilhão Carlos Lopes e da Estufa Fria, em Lisboa, foi invadida pelos participantes na primeira edição do Euromilhões Pax Rally, que cumpriram as sempre exigentes e demoradas verificações, documental e técnica, que lhes permitem obter o “steaker” que os autoriza a alinhar à partida.

Ao final da tarde, aqueles que, durante os próximos cinco dias, vão atrair as atenções dos amantes do desporto automóvel, estiveram na Conferência de Imprensa de pré-evento, na qual Carlos Sainz (VW Race Touareg 2) fez rir os presentes ao referir que em Portugal “estão todos os bandidos”, apontado para aqueles que estavam ao seu lado.
Para o piloto espanhol a competitividade vai ser grande: “Vamos ter uma prova aberta, que todos queremos ganhar, e difícil, já que as pistas portuguesas são estreitas, o que torna difícil, por vezes, encaixar lá estes carros, que são muito grandes.” Como não podia deixar de ser, o sucedido em Janeiro, quando a 24 horas do arranque, o “Lisboa-Dakar” foi anulado, não podia deixar de vir à baila, com o piloto a reconhecer que “foi uma grande desilusão para todos”: “Trabalhámos um ano para participar na prova e a 24 horas do seu arranque soubemos que não íamos alinhar à partida.”

Em relação ao futuro “Dakar”, a ter lugar, em Janeiro de 2009, na Argentina e no Chile, o espanhol não escondeu: “Vamos ter um público entusiasta, uma vez que na Argentina há uma grande paixão pelo desporto motorizado e em particular pelos ralis, mas a grande questão que se coloca é a de saber como é que a organização vai conseguir colocar a prova de pé e qual a cobertura mediática que ela terá, já que só depois disso é que podemos fazer um balanço.”

Outro espanhol, Nani Roma (Mitsubishi Pajero Evo), que perdeu a última edição do Transibérico, depois de a ter dominado, está de regresso a Portugal. “É um país de que gosto muito e estou disposto a vencer, embora saiba que, com esta concorrência, nada está garantido, tanto mais que a prova vai ser muito dura.”

Para Stéphane Peterhansel (Mitsubishi Pajero Evo), está encontrada a maior dificuldade: “Deriva do facto de estarmos a preparar no novo carro, no qual depositamos muita confiança e que será a nossa arma no futuro. Esta vai ser a última prova com o actual carro.” O piloto francês não escondeu também que “a prova vai ser muito difícil e de prognóstico reservado, uma vez que todos os presentes querem vencer”.

Filipe Campos (BMW X3), que encabeça o lote de pilotos portugueses no Euromilhões Pax Rally 2008, não escondeu que “o objectivo é ser o melhor português e terminar logo atrás dos pilotos das equipas de fábrica, que têm um andamento e carros superiores.”

Por sua vez, Guerlain Chicherit (BMW X3) confessou: “Vou tentar alcançar o melhor resultado possível, face a uma concorrência de altíssima qualidade, embora pense em vencer, como acontece com todos nós.”

Também Nasser Al-Attyah (BMW X3) afinou pelo mesmo diapasão, com o piloto do Qatar a considerar que “a prova não vai ser fácil para ninguém e, de certeza, que haverá uma excelente luta pela vitória”.

Dieter Depping (VW Race Touareg 2), por sua vez, reconheceu ter aspirações limitadas pois esta é apenas a sua “segunda prova do ano e a primeira em Portugal”, mas apesar de ter consciência das dificuldades garante “ir lutar pelo melhor lugar possível”.

A terminar a conferência de imprensa, o Tenente-Coronel Mesquita Fernandes, comandante de operações do PAX, fez questão de sublinhar que a principal preocupação da organização é a segurança de pilotos e de público: “Para a assegurar, vamos ter no terreno cerca de 500 homens, que terão a missão de facilitar a vida a todos quantos estejam envolvidos com a prova e permitir a maior fluidez de trânsito possível.”





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