sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os destaques do penultimo dia de Queer12

O penultimo dia do Queer 12 é marcado por Saturno Contro com estreia marcada para as 22h na sala 1 do Cinema S. Jorge.

Realizado pelo turco Ferzan Özpetek, debruça-se sobre uma geração de quarentões que, tendo vivido a sua juventude nos anos oitenta e noventa, descobre-se agora no meio de uma crise ideológica provocada pela exaltação do sucesso económico do indivíduo. À beira da maturidade, percebe que chegou o momento de fazer um balanço e de que é necessário redescobrir um sentido de "unidade". Isto porque num tempo de crises económicas, ameaça de doenças até aqui desconhecidas, calamidades naturais e o declínio da família tradicional, é cada vez mais importante criar uma sólida rede de amizades, por vezes autênticas famílias não convencionais.

Ferzan Özpetek: Nasceu em Istambul, em 1959.
Mudou-se para Itália, em 1977, para estudar na Universidade La Sapienza em Roma e, mais tarde, frequentou aulas de realização na Academia de Arte Dramática "Silvio D'Amico".
Começou a trabalhar como assistente de realização e estreou-se como realizador, em 1997, com a longa-metragem Il Bagno Turco.
É um realizador assumidamente homossexual que aborda as questões da sexualidade em vários dos seus filmes.

Hoje, temos ainda a destacar no âmbito do ciclo Queer Art, a curta-metragem de ficção, Chlore na sala 3 pelas 19.15h.
Robitaille, o realizador, traça aqui um ensaio contemplativo, duro e poético, sobre o tédio adolescente.
Na primeira cena, existe um fragmento de uma peça musical da artista de som e ecologista acústica canadiana Hildegarde Westerkamp, que já cedeu o seu trabalho a Gus Van Sant por várias vezes.

O Programa do Obsceno, marcado para as 23.59h na sala 1, fecha o penultimo dia com 8 Inches do brasileiro Max Julien.
Esta longa-metragem de ficção conta-nos a história de detective heterossexual que ao tentar apanhar um carteirista fica perturbado com as imagens capturadas pela sua câmara oculta. Sem pista alguma sobre o homem, apenas sabendo que usa o tamanho desmesurado do seu sexo como isca, o detective pede a ajuda do seu irmão gay. Ao penetrar cada vez mais fundo num novo mundo sexual, os seus sentimentos contraditórios acerca de assuntos por resolver do passado levam o detective a um ponto em que a realidade e a fantasia estão tão misturadas que não consegue diferenciá-las.

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