Os destaques do penultimo dia de Queer12
O penultimo dia do Queer 12 é marcado por Saturno Contro com estreia marca
da para as 22h na sala 1 do Cinema S. Jorge.Realizado pelo turco Ferzan Özpetek, debruça-se sobre uma geração de quarentões que, tendo vivido a sua juventude nos anos oitenta e noventa, descobre-se agora no meio de uma crise ideológica provocada pela exaltação do sucesso económico do indivíduo. À beira da maturidade, percebe que chegou o momento de fazer um balanço e de que é necessário redescobrir um
sentido de "unidade". Isto porque num tempo de crises económicas, ameaça de doenças até aqui desconhecidas, calamidades naturais e o declínio da família tradicional, é cada vez mais importante criar uma sólida rede de amizades, por vezes autênticas famílias não convencionais.
sentido de "unidade". Isto porque num tempo de crises económicas, ameaça de doenças até aqui desconhecidas, calamidades naturais e o declínio da família tradicional, é cada vez mais importante criar uma sólida rede de amizades, por vezes autênticas famílias não convencionais. Ferzan Özpetek: Nasceu em Istambul, em 1959.
Mudou-se para Itália, em 1977, para estudar na Universidade La Sapienza em Roma e, mais tarde, frequentou aulas de realização na Academia de Arte Dramática "Silvio D'Amico".
Começou a trabalhar como assistente de realização e estreou-se como realizador, em 1997, com a longa-metragem Il Bagno Turco.
É um realizador assumidamente homossexual que aborda as questões da sexualidade em vários dos seus filmes.
Hoje, temos ainda a destacar no âmbito do ciclo Queer Art, a curta-metragem de ficção, Chlore na sala 3 pelas 19.15h.
Robitaille, o realizador, traça aqui um ensaio contemplativo, duro e poético, sobre o tédio adolescente.
Na primeira cena, existe um fragmento de uma peça musical da artista de som e ecologista acústica canadiana Hildegarde Westerkamp, que já cedeu o seu trabalho a Gus Van Sant por várias vezes.
O Programa do Obsceno, marcado para as 23.59h na sala 1, fecha o penultimo dia com 8 Inches do brasileiro Max Julien.
Esta longa-metragem de ficção conta-nos a história de detective heterossexual que ao tentar apanhar um carteirista fica perturbado com as imagens capturadas pela sua câmara oculta. Sem pista alguma sobre o homem, apenas sabendo que usa o tamanho desmesurado do seu sexo como isca, o detective pede a ajuda do seu irmão gay. Ao penetrar cada vez mais fundo num novo mundo sexual, os seus sentimentos contraditórios acerca de assuntos por resolver do passado levam o detective a um ponto em que a realidade e a fantasia estão tão misturadas que não consegue diferenciá-las.
Sem comentários:
Enviar um comentário