quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Música no Adamastor( miradouro).Gostará?



Sons de África no Festival dos Oceanos

O Ethnos – Raízes Atlânticas entoa sons de África no Festival dos Oceanos, num espectáculo gratuito no dia 8, às 22h, no Miradouro do Adamastor (Santa Catarina).
O grupo é composto por músicos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal e Moçambique e apresenta temas originais e novas interpretações.
Com a cidade de Lisboa e o rio Tejo como cenário, o emblemático miradouro junto à Bica recebe um projecto musical lusófono original, que cruza influências de músicos de quase todos os PALOP, de que resulta uma cumplicidade de sonoridades.
Os elementos do grupo são Ruça Rebordão (Angola), na percussão; António Palma (Portugal), no teclado e acordeão; Gustavo Roriz (Brasil), com contrabaixo, baixo eléctrico e flauta transversal; Rolando Semedo (Cabo Verde), em guitarras e voz; e Anabela (Portugal), com voz. Rita Lobo (Cabo Verde) e Costa Neto (Moçambique) são os convidados do Ethnos, ambos com guitarras e voz.

Ruca Rebordão é um conceituado percussionista que nasceu em Angola, emigrou para o Brasil e veio para Portugal nos anos 80.
Trabalhou com Rão Kyao, Teresa Salgueiro e Couple.

Rita Lobo
Nasceu na Ilha do Sal em 1976 numa família de músicos.
Muito cedo, Rita revelou um talento ímpar, ganhando com naturalidade o primeiro prémio no Concurso dos Pequenos Cantores em 1987 com apenas 11 anos.
Em 1994 passava a pisar regularmente os palcos, na sequência de convite para participação no grupo “Mobafuco”, grupo que anima as noites do famoso Hotel Morabeza, na Ilha do Sal , com as suas mornas, baruques, funanas e coladeras.
A culminar esse seu primeiro passo no sentido de uma carreira profissional chegaria a gravar um disco com o mesmo grupo.
Natural da Ponta do Ouro, sul de Moçambique, Costa Neto é considerado por muitos como o mais fiel intérprete da música moçambicana na Europa, tendo participado em diversos festivais internacionais em representação do seu país.
O cantor e multi-instrumentista é autor do single “Sinónimo Vida”, que se tornou no hino das vítimas da catástrofe das cheias de Moçambique em 2000.
No currículo musical do brasileiro baixista e compositor Gustavo Roriz incluem-se actuações em locais tão diversos como Moçambique, África do Sul, Japão e Estados Unidos.
Actualmente a residir no nosso país, o músico tem trabalhado com artistas nacionais e internacionais, nomeadamente Fernando Girão, Fernando Tordo, Joel Xavier, Paulo de Carvalho, Bárbara Lagido, Philip Hamilton, Daniel Mile, entre muitos outros.
A voz feminina de Ethnos pertence à cantora e actriz Anabela.
No seu já vasto currículo, destacam-se diversas participações nos musicais de Filipe La Féria e a vitória do Festival RTP da Canção de 1993 com “A Cidade até ser dia”.
O pianista António Palma conta com uma carreira de mais de vinte anos, em que dirigiu diversos espectáculos e artistas.
Parte do seu percurso profissional foi dedicado ao jazz (género de música de que é autodidacta), mas também participou em projectos de géneros musicais diversos, com, entre outros, Massimo Cavalli, Alice Day, Alexandre Frazão, David Gausden, Eddie Goltz, Carlos Miguel, Laura Ferreira, João Ferreira, Laurent Filipe, Maria Anadon.

Ethnos – Raíses Atlânticas é o primeiro concerto da edição deste ano do Festival dos Oceanos.
O britânico Craig David e o brasileiro Zeca Baleiro actuam no dia 9, na Praça do Comércio; no dia 14, no Largo de Santos, actua a portuguesa Yolanda Soares, numa simbiose perfeita entre o fado, o bailado flamenco e a canção napolitana.

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