quinta-feira, 19 de junho de 2008

O Plátano de Portalegre vai ser monumento!



Começamos a aprender com os espanhóis, nem que seja num plátano sossegado que vai dando sombra a meia dúzia, pois Portalegre é o distrito com menos população e que mais a perde de ano para ano, já lá vão os tempos de Régio, das fábricas de cortiça e as famosas mantas, haverá ainda as tapeçaria afamadas no mundo inteiro.

Mas aprendemos com os espanhóis a saber usar o que também é nosso a Península, e assim a amior copa de plátano da Península é nossa! Assim tomássemos tudo tão a peito! E Portalegre e arredores tem tanto para explorar!

Plátano com a maior copa da Península Ibérica
vai ser alvo de conservação e manutenção



O plátano que, há 170 anos, o botânico José Maria Grande mandou plantar no rossio de Portalegre vai ser alvo, quarta e quinta-feira, de trabalhos de manutenção, substituição e pintura de suportes e tratamentos fitossanitários.
Segundo anunciou hoje a Câmara Municipal de Portalegre, a intervenção naquela árvore emblemática, que assinala este ano 170 anos de existência, vai ser efectuada pelo Serviços de Arboricultura da Fundação Serralves.

“Desafiando a passagem do tempo, a árvore cresceu e desenvolveu-se, sendo necessários suportes para os seus largos ramos.
Contudo, esses mesmos suportes estão a atrofiar o seu crescimento e o Serviço de Arboricultura da Fundação Serralves tratará de os substituir e pintar, permitindo, assim, o seu crescimento saudável”, revela o município.
Considerado de interesse público, o plátano do rossio de Portalegre, no Jardim do Tarro (ou Jardim da Avenida da Liberdade), apresenta uma copa com cerca de 34 metros de diâmetro médio, sendo a “maior da Península Ibérica”, segundo o município.

“Aproveitando a celebração do Dia Mundial do Ambiente, esta árvore emblemática da história de Portalegre e de Portugal será sujeita a uma operação de manutenção, de forma a manter-se viva por muitos mais anos”, realça.
Situado no “coração” da cidade alentejana, o plátano foi mandado plantar, em 1838, pelo botânico José Maria Grande e, sob a sua cerrada copa, muito episódios se têm passado ao longo dos tempos.
A árvore já abrigou feiras e negócios, conversas de ocasião, encontros de namorados, a primeira sede do Sport Clube Estrela e até reuniões políticas, “desafiando tudo e todos, vingando com o passar do tempo”, segundo o município.
O plátano do Rossio faz parte da história de Portalegre e é local de encontro de muitos amigos, que cresceram a vê-lo crescer”, sublinhou Ana Manteiga, vereadora com o Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Portalegre.
A árvore, que aproveitou uma linha de água que passa no local onde foi plantada para se desenvolver, tem grande parte do seu tronco soterrado (apenas cerca de 30 metros estão visíveis).
“Um dia a mão do homem decidiu condená-lo ‘à morte’, mas o povo portalegrense, orgulhoso deste ‘monumento’, revoltou-se e não permitiu que o plátano fosse deitado abaixo. Pelo contrário, tem sofrido operações de limpeza e manutenção”, acrescenta o município.




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