quarta-feira, 18 de junho de 2008

Afinal que Rei foi D.Manuel II?


NOVA BIOGRAFIA DE D. MANUEL II

A monarquia não caiu por si mas pelos vícios instalados.

O Rei que mataram era um bom monarca e via mais além, só a cegueira dos revolucionários achou por bem matar um homem esclarecido, político hábil mas de princípios.

D. Manuel foi um príncipe que mais não tinha que cumprir a Carta pois o terreno estava já minado.

Todavia, no exílio demonstrou o que era ser português e nunca levantou um dedo contra a Pátria ou os interesses de Portugal.


Esta biografia foi já editada pelo Círculo de Leitores e a a historiadora dá de facto a moldura correcta de onde sobressai um monarca que revela maior perspicácia e presença espírito que de facto a propaganda republicana veiculou e o desleixo da história deixou.

Morreu o Rei, Viva o Rei!

História: Nova biografia de D. Manuel II revela um Rei "atento e cuidadoso" e não "o tonto piedoso" da propaganda republicana .

D. Manuel II foi um monarca "atento, preocupado, cauteloso, mas não um tonto, piedoso e orientado pela mãe", como acusavam os republicanos, sustenta a historiadora Maria Cândida Proença, autora de uma biografia do último Rei de Portugal.


"D. Manuel II era um moderador, cauteloso sem dúvida, e profundamente preso ao juramento que fizera à Carta Constitucional, a 06 de Maio de 1908, quando assumiu a coroa", disse a investigadora Maria Cândida Proença à agência Lusa.

A historiadora afirmou que o monarca “não era o tonto que a propaganda republicana pretendeu fazer dele”, e lamentou o facto “da sua personalidade e acção serem pouco conhecidas dos portugueses que fazem dele uma outra ideia”.


A sua curta acção política como soberano, de 1908 a 1910, "demonstra preocupação com o país”.
“Estudava as pastas até altas horas da noite, e era atento à situação política, pois tentou travar o avanço republicano, ao fazer uma aliança com os socialistas, procurando cativar para a Coroa as massas populares e o operariado".


Para esta biografia que levou cerca de seis meses a concretizar, a historiadora utilizou dois fundos documentais inéditos, o espólio de D. Manuel II e o que se encontra depositado na Associação Cultural da Casa de Sabugosa e S. Lourenço.
Segundo a historiadora, estes dois núcleos documentais "deram achegas muito importantes para compreender melhor não só a personalidade D. Manuel como os seus pais e várias personalidades da época".

"Estes documentos dão, por exemplo, novas pistas relativamente ao Pacto de Dover que estabelece a pretensão ao trono [assinado em 1912 pelos dois ramos da família de Bragança]".
Cândida Proença acrescentou ainda que "são muito interessantes as cartas trocadas entre o Rei e o marquês de Sobral, e também com Henrique de Paiva Couceiro, que tentou reinstaurar a monarquia".

"O Rei, relativamente a Couceiro, não o apoiou abertamente, pois foi sempre cauteloso. Defendia antes uma campanha de esclarecimento que naturalmente faria desejar o regresso da monarquia. Defendia também que os monárquicos deviam ir conquistando lugares no Parlamento e de destaque na sociedade", disse.

Relativamente a esta biografia, agora editada pela Temas & Debates, Maria Cândida Proença afirmou que procura “ser esclarecedora relativamente à ideia feita do monarca pela propaganda republicana, traz novos dados da sua atitude política durante o exílio em Inglaterra, e a sua acção na Cruz Vermelha Internacional".

"D. Manuel tinha um grande amor a tudo o que era português e teve sempre em primeiro plano os interesses patrióticos e dos portugueses, e não os seus", acrescentou.
D. Manuel II assumiu a trono aos 18 anos, após o assassinato do pai, o Rei D. Carlos, e o seu irmão mais velho, D. Luís Filipe, a 01 de Fevereiro de 1908, interrompendo a sua carreira naval à qual estava predestinado.

A 04 de Setembro de 1913 casa em Singmaringen (Alemanha) com a princesa Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, sua segunda prima, pois ambos eram bisnetos da Rainha D. Maria II e do príncipe consorte D. Fernando.

O Rei morreu a 02 de Julho de 1932 em Twickenham (Inglaterra) não deixando descendentes, assumindo a pretensão ao trono, de acordo com o Pacto de Dover, D. Duarte Nuno de Bragança, neto de D. Miguel I.

Hardmusica/Lusa

Sem comentários: