quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Joaquin Murieta na Póvoa do Varzim


Joaquin Murieta na Póvoa do Varzim


A preto e branco o retrato do perigoso e sedutor Joaquin Murieta, o salteador, projectado numa tela branca, constituiu o cenário de abertura de "Cantata para o honorável bandido chileno Joaquín Murieta", espectáculo que O Teatro Art' Imagem apresentou, em ante-estreia, no Novotel Vermar, na abertura do Correntes d´Escritas .

Três actores em palco, num espectáculo musical para café-teatro construído a partir da peça "Fulgor e Morte de Joaquín Murieta" de Pablo Neruda, foram narrando a história do lendário personagem do poeta chileno. Anabela Nóbrega, Pedro Carvalho e Valdemar Santos deram corpo a esta que é a 89ª criação do Teatro Art'Imagem, construída pelo encenador Roberto Merino a partir do texto original de Pablo Neruda, traduzido por Viale Moutinho, com a direcção musical de Tilike Coelho.

A peça original, de Neruda, narra a história de Joaquín Murieta, um emigrante chileno que chega à Califórnia em 1830 durante a Febre do Ouro, mas, em vez de oportunidades, Murieta encontra racismo e discriminação, materializada na aprovação de uma lei que obrigava os mineiros latino-americanos a pagarem um pesado imposto. Impossibilitado de ganhar a vida legalmente, Murieta junta-se a um bando e torna-se numa figura lendária, eternizada como exemplo de rebeldia perante a injustiça, sendo morto em 25 de Julho de 1853 por um grupo de "rangers".

A obra original de Neruda "Fulgor e Morte de Joaquín Murieta" tem sido considerada pela crítica como uma peça de teatro, poema épico, cantata dramática e mesmo uma oratória insurreccional.

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