quinta-feira, 15 de novembro de 2007

" Sonho de uma noite de Verão" um musical para toda a família




“Sonho de uma Noite de Verão”,




Versão musical do conhecido clássico de William Shakespeare, reescrito por Claudio Hochman e musicado por Alfredo Moura, estreia no próximo dia 16, antecedendo o período natalício e cumprirá carreira na Sala Garrett até ao final do ano – mais propriamente até 30 de Dezembro.

Sinopse

Teseu, Duque de Atenas, vai casar-se com Hipólita, Rainha das Amazonas, e lança um concurso de teatro para animar a boda.


Ao concurso, concorre um divertido grupo artesãos que, com mais vontade do que talento, se dirige ao bosque para ensaiar a tragédia de Píramo e Tisbe.

Hérmia e Lisandro, dois jovens atenienses, estão apaixonados. Demétrio também está apaixonado por Hérmia e tem o apoio do pai dela para se casarem, mas a rapariga não está pelos ajustes. Helena, por seu lado, sofre, porque está apaixonada por Demétrio e não é correspondida.
Quando Teseu é chamado a dar uma resolução ao problema ordena a Hérmia que escolha: ou casa com Demétrio, cumprindo o desejo do pai, ou irá para um convento. Terá até ao dia do casamento para se decidir… Em vez disso, porém, ela foge com Lisandro. Demétrio segue-os e Helena segue Demétrio.
No bosque, Oberon, rei dos duendes, quer recuperar o amor de Titania, rainha das fadas, e pede a Puck que lhe arranje uma flor mágica que, esfregada nos olhos de uma pessoa, faz com que se apaixone pela primeira criatura que lhe aparecer à frente. Mas Puck desata a pôr o extracto da flor nos olhos errados e a partir deste momento desencadeia uma sucessão de enganos entre os jovens, os artesãos e os deuses que habitam o bosque mágico, numa inesquecível noite de Verão.
Mais de trinta canções originais – interpretadas ao vivo – contarão, de forma viva, esta divertida história e ilustrarão os sentimentos das personagens.


William Shakespeare

Pouco ficou documentado sobre a vida de Shakespeare mas, a julgar pelo seu registo de baptismo, acredita-se que terá nascido em 1564, no seio de uma família de comerciantes.

Apesar de não ter chegado a ir à Universidade, frequentou a escola.

Em 1582, com apenas 18 anos, casou-se com Anne Hathaway, oito anos mais velha, e desse casamento nasceram três filhos: Susanna (1582) e os gémeos Judith e Hamnet (1586). Hamnet morreu em 1587, sem que hoje se conheçam as causas.

Entre 1586 e 1592, a vida de Shakespeare passou por um período menos claro.

É muito possível que tenha deixado a terra natal, Stratford-upon-Avon, e a família, para se juntar a uma trupe de actores em digressão, embora haja quem defenda que, durante esse tempo, tenha trabalhado como preceptor ou mestre-escola.

Certo é que, em 1592, já era conhecido nos teatros londrinos, como autor.
A profissão teatral era, de resto, emergente na altura e havia procura de autores que escrevessem para a cena.

Shakespeare vendia os seus escritos e era tão bem sucedido que, em 1594, tornou-se sócio da companhia de Lord Chamberlain’s Men, que tinha por mecenas Henry Wriothesley.
Em 1594, já Shakespeare tinha escrito as comédias “The Comedy of Errors”, “The Two Gentlemen from Verona” e “The Taming of the Shrew”; e as tragédias “Titus Andronicus” e “Richard III”.
Dividindo-se entre os palcos e a pena – para além de escrever, Shakespeare gostava também de representar – o autor assinará, a partir de 1594, uma média de duas peças por ano. Entre esse ano e 1598 escreveu “King John”, “Love’s Labour’s Lost”, “A Midsummer Night’s Dream”, “The Merchant of Venice”, “Romeo and Juliet”, “Richard II”, “Henry IV” e “Henry V”. Entretanto, o dinheiro ganho com a sua actividade era rapidamente investido: Shakespeare comprou uma casa imponente em Stratford, e investiu no negócio do malte.
Em 1598, perante a ameaça de fecho do teatro (por parte do senhorio), a companhia mudou-se para a zona sul do rio Tamisa e aí construiu um novo teatro, baptizando-o como The Globe. E é aí que começa o período mais florescente da escrita de Shakespeare.
Entre em 1599 e 1608, escreveu “Much Ado About Nothing”, “As You Like It”, “Twelfth Night”, “All’s Well That Ends Well”, “Troilus and Cressida”, “The Merry Wives of Windsor”. Escreveu, também, as grandes tragédias “Julius Caeser”, “Hamlet”, “Othello”, “Antony and Cleopatra”, “Coriolanus” e “Timon of Athens”. Neste período, a companhia adquiriu um novo estatuto: passaram a ser The King’s Men (os homens do rei).
Shakespeare continuava a adquirir bens em Stratford, sobretudo terras, e a partir de 1608, já perseguido pela fama dos seus rivais mais jovens (os dramaturgos emergentes Beaumont e Fletcher), escreveu as suas últimas peças: “Péricles, Prince of Tyre, “Cymbeline”, “The Winter’s Tale”, “The Tempest”, “Henry VIII”, “The Two Noble Kinsmen” e “Cardenio” (hoje perdida).
Em 1613, o Globe foi destruído pelo fogo e Shakespeare perdera o ascendente no panorama teatral londrino.
É razoável supor que se terá retirado, passando os seus últimos anos em Stratford.
Morreu em 1616.


CLAUDIO HOCHMAN

Formado em Encenação pela Escuela Municipal de Arte Dramático de Buenos Aires, Argentina, de onde é natural.

Tem assinado encenações em vários países, nomeadamente em Espanha, no México e em Portugal, onde se instalou em 2002.

Na Argentina, trabalhou vários anos no Teatro Gral. San Martín, de Buenos Aires, onde assinou várias adaptações de textos de autores como Brecht, Shakespeare ou Molière e pecas suas. Noutros teatros, dirigiu peças de teatro, musicais, operetas, espectáculos de tango ou espectáculos para a infância, alguns de sua autoria.
Tem trabalhado com regularidade em Espanha, levando à cena textos de autores como, Plauto, Júlio Verne, Isabel Allende, Eduardo Galeano ou Ruiz de Alarcón, para além de muitas peças de Shakespeare: "Sonho de uma Noite de Verão", "Conto de Inverno", "Medida por Medida" ou "Noite de Reis", em cidades como Valladolid, Sevilha, Albacete, Valência, Jaén, Gijón ou Granada, entre outras.
Em Portugal, tem assinado espectáculos em todas as temporadas desde 1996, muitos inspirados nas obras de Shakespeare, como "Comédia de Enganos", "Julietta", "Príncipe Fim" ou "Homlet", que dirigiu para a companhia que fundou em Lisboa – a Shakespeare Women Company.


No Teatro Nacional D. Maria II fez "Os Contos de Shakespeare", mas trabalhou também no Teatro da Trindade, onde dirigiu espectáculos como "Cyrano", a partir de Edmond Rostand, "Navio dos Rebeldes", musical sobre a revolta estudantil de 1962, "Proof" de David Auburn, "O Último Tango de Fermat" e "Os Sonhos de Einstein", musicais de Joshua Rosemblum e Joanne Sidney Lessner, "As Bodas de Fígaro", de Mozart, ou "Fungagá", musical a construído a partir das canções de José Barata Moura.
A convite da Companhia de Dança Paulo Ribeiro dirigiu "Anfitriões", a partir de Camões, Plauto e Molière, "José", musical de Tim Rice e Andrew Lloyd Webber, e participou como criador no espectáculo "Ego Skin" de Amélia Bentes, todos apresentados no Centro Cultural de Belém.
Como formador, tem dirigido inúmeros workshops de teatro, quer no seu país quer em Portugal, Espanha ou México, nas áreas de encenação, interpretação, teatro musicado e teatro de marionetas.


Na Argentina, foi orientador da disciplina de Interpretação na Escuela Nacional de Arte Dramático de Buenos Aires.


Como formador, tem dirigido inúmeros workshops de teatro, quer no seu país quer em Portugal, Espanha ou México, nas áreas de encenação, interpretação, teatro musicado e teatro de marionetas.

Na Argentina, foi orientador da disciplina de Interpretação na Escuela Nacional de Arte Dramático de Buenos Aires.
Ao longo da sua carreira, tem sido distinguido com vários prémios.

Entre os mais recentes, estão o Prémio FETEN Gijón para Melhor Espectáculo em Pequeno Formato (2004), o Prémio Revelação 2002 na Feira Palma del Rio, em Sevilha, menção especial para Melhor Espectáculo obtida no Festival Internacional de Marionetas de Plovdiv, na Bulgária. Com "Cyrano" obteve o Prémio do Certamen Metropolitano de Buenos Aires (1992) e o Primeiro Prémio Bienarte Córdoba (1993). Com “A Tempestade” (1996) e “El Collar de Perlita” (1997) ganhou os prémios ACE dos críticos de teatro de Buenos Aires. Em 1999 foi distinguido com o Prémio Maria Guerrero de Carreira.

Ficha Técnica


Versão e encenação Claudio Hochman

Música original Alfredo Moura

Apoio Vocal Isabel Campelo

Com : Bruno Huca, Catarina Guerreiro,Diogo Mesquita, João Miguel Mota, Fernanda Paulo, Marta Queirós, Rita Cruz e Samuel Alves.


Músicos: Eduardo Jordão, Eduardo Lála, Gonçalo Santos, Jorge Silva, Pedro Pernas, José Luis Carvalho.








Sem comentários: