Trilogia dos Dragões no Centro Cultural de Belém
LA TRILOGIE DES DRAGONS
(A TRILOGIA DOS DRAGÕES)
ROBERT LEPAGE EX MACHINE
DIAS 12, 13, 14, 16 E 17 DE OUTUBRO
DIAS 12, 16 E 17: 18H30 DIAS 13 E 14 ÀS 16H
PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO DO CCB
Legendado em português
Duração aproximada: 6 horas com 3 intervalos
Co-apresentação: CCB Robert Lepage ExMachina
A Trilogia dos Dragões fala de uma China imaginária, que se desenhava na cabeça de duas meninas dos anos trinta educadas no ambiente misterioso do bairro chinês do Quebeque, hoje desaparecido. Uma das raparigas, a única personagem que terá contacto com todas as partes da peça, iniciava o espectáculo com algumas palavras que anunciavam, em simultâneo os limites e o interesse do projecto: “Nunca fui à China…”
No início, não havia nada, ou quase nada. Seis actores, o encenador que os escolheu, com dois cenógrafos e um produtor, e que procuram a rota do Oriente. Um terreno vazio que se tornou num parque de estacionamento, onde a imaginação e a memória se deveriam aprofundar.
No início, havia três bairros chineses: o de Quebeque, nos anos trinta, que iria servir de pano de fundo ao dragão verde, primaveril, aquático; o de Toronto, próspero nos anos cinquenta, decoração do dragão vermelho, de terra e de fogo; o de Vancôver, dos anos oitenta, florescente, onde se estende o dragão branco, outonal e aéreo.
Existia a China imaginária, do mito e do comércio, Tintim e o lótus azul, Tao, Yi King, mah jong, tai chi, lavandarias e comida chinesa, yin, yang, riquexó, chin chin e made em Hong Kong. Havia a história da tia Marie-Paule casada com um chinês, a mãe nos CWAC (Canadian Women’s Army Corps), o guarda do parque de estacionamento e a sua cabana, e uma bola de vidro que tocava uma música japonesa.
No início, havia Françoise e Jeanne. Têm doze anos, e são inseparáveis. Brincam na loja com caixas de sapatos, recriando a Rua St-Joseph e as suas lojas. Havia Lépine o gato-pingado… Havia a barbearia do pai de Jeanne, onde ela cruza olhares com Bédard, cujos cabelos ruivos a fascinam… Havia a lavandaria do velho Wong, onde chegou, numa noite fresca, William S. Crawford, vindo de Inglaterra na esperança de instalar o seu negócio no Quebeque…
Talvez se descubra nesta peça uma nova resposta para a pergunta feita tantas vezes, entre o fumo do ópio, o tai chi e os cânticos maoístas:
Então, com que é que sonha o chinês da lavandaria do bairro chinês de Saint-Roche?
A Trilogia dos Dragões, Grande Prémio do Festival de Teatro das Américas em 1987, já foi apresentada em mais de quarenta cidades da América do Norte, Europa e Oceânia, de 1985 a 1992.
LA TRILOGIE DES DRAGONS (A TRILOGIA DOS DRAGÕES)
No início, havia Françoise e Jeanne. Têm doze anos, e são inseparáveis. Brincam na loja com caixas de sapatos, recriando a Rua St-Joseph e as suas lojas. Havia Lépine o gato-pingado… Havia a barbearia do pai de Jeanne, onde ela cruza olhares com Bédard, cujos cabelos ruivos a fascinam… Havia a lavandaria do velho Wong, onde chegou, numa noite fresca, William S. Crawford, vindo de Inglaterra na esperança de instalar o seu negócio no Quebeque…
Talvez se descubra nesta peça uma nova resposta para a pergunta feita tantas vezes, entre o fumo do ópio, o tai chi e os cânticos maoístas:
Então, com que é que sonha o chinês da lavandaria do bairro chinês de Saint-Roche?
A Trilogia dos Dragões, Grande Prémio do Festival de Teatro das Américas em 1987, já foi apresentada em mais de quarenta cidades da América do Norte, Europa e Oceânia, de 1985 a 1992.
LA TRILOGIE DES DRAGONS (A TRILOGIA DOS DRAGÕES)
O regresso de Lepage ao antigo jardim Zen da sua peça seminal, sugere a sua forma peculiar de conceber uma peça sobre a memória e a transmissão, um momento para nos dar prazer. Remexe, então, as pedras, para que a magia que se desprende da folhagem, com o perfume do Oriente e do Ocidente, irrompa arrebatadamente.
Assistido por uma nova equipa de actores e de designers, Lepage reconstitui os cenários, dando-lhes a forma de uma antiga oficina de caminhos-de-ferro. Num enorme rectângulo de areia e cascalho, situado num parque de estacionamento no meio do nada e apenas iluminado pela claridade nocturna, Jeanne e Françoise reencarnam os personagens principais desta saga, em torno da qual gravitam figuras inesquecíveis: Crawford, Lee Wong, Bédard, Morin, Stella, Irmã Marie-de-la-Grâce, Yukali, Pierre, entre muitas outras.
UMA VALSA NUM BERÇO
Movidos por um fluxo de energia vital, os personagens revelam a sua vida através dos sulcos cavados por uma trama imaginária mal explorada, ligadas ao refluxo do Ocidente. O Oriente. Na abertura da peça, três vozes na sombra, com sonoridades familiares e desconhecidas, vozes de mulheres e de homens articuladas, convidam-nos a embarcar numa viagem: “Nunca fui à China. Quando era pequeno, havia casas aqui. Aqui era o bairro chinês. Se esgravatares o chão com as unhas encontrarás água e óleo de motor. Se escavares mais fundo, é provável que encontres pedaços de porcelana e de jade e as fundações das famílias chinesas que ali viveram. Se escavares ainda mais fundo, chegarás à China.”
A MAGIA DO IMPALPÁVEL
tai chi e passos de tango; metáforas inseridas na trama anedótica; rupturas de tons e de ritmos que relançam o movimento nas suas oscilações entre o humor e a seriedade, a emoção e a contenção.
TRÊS DRAGÕES NUM RECTÂNGULO DE AREIA
Personagens e actores que recriam o mundo num rectângulo de areia organizado pela luz, pela música, por coreografias, por imagens projectadas num ecrã de publicidade.
Robert Lepage põe em cena o teatro do duplo[1], projectando a sua saga de vida, de morte e de transformação incessante, através de um foco de luz que transporta os personagens e os espectadores para uma China imaginária. O que os espectadores trazem consigo, o que um colectivo de actores, lançados em 1985, numa operação de pesquisa arqueológica e imaginária, é esvaziado num parque de estacionamento do bairro Saint Roch do Quebeque, local outrora ocupado por uma comunidade chinesa.
Cada detalhe de A Trilogia dos Dragões contém todo o espectáculo, reproduzindo o princípio do holograma. Os setenta e cinco anos de vida e as dezenas de vidas que se sucedem ao longo de três gerações depositar-se-ão numa galeria de arte em Vancôver. O terceiro e último movimento da valsa dos dragões acompanha duas jovens artistas, filhas da terceira geração de migrantes e de mestiçagem, numa reflexão sobre a arte e a criação, numa luta constante entre o impulso de vida e a morte, entre a interioridade e a exterioridade, entre a vontade e a alma, entre o visível e o invisível.
Neste teatro-instalação onde os personagens da saga vêm morrer, vê-se o Oriente e o Ocidente a reflectir-se no mar do Pacífico, aldeões chineses a celebrar o ano do dragão, Pierre e Yukali a fazer amor num jardim Zen, guardado por três dragões que repousam num leito de estrelas. Ao mesmo tempo, um piloto da Air France mergulha na noite entre Vancôver e o Japão, a cabeça de Stella fere o metal, Françoise enterra uma bola de vidro, Crawford volta a Hong Kong pela chaminé. Um velho vigia sai da sua guarita e recolhe a bola de vidro, artefacto de uma representação que se extingue.
Antonin Artaud dizia que o teatro era oriental, Ariane Mnouchkine referia-se ao Oriente como o local onde qualquer artista ocidental deve regressar se quiser recuperar o corpo e a carne do teatro.
Cada detalhe de A Trilogia dos Dragões contém todo o espectáculo, reproduzindo o princípio do holograma. Os setenta e cinco anos de vida e as dezenas de vidas que se sucedem ao longo de três gerações depositar-se-ão numa galeria de arte em Vancôver. O terceiro e último movimento da valsa dos dragões acompanha duas jovens artistas, filhas da terceira geração de migrantes e de mestiçagem, numa reflexão sobre a arte e a criação, numa luta constante entre o impulso de vida e a morte, entre a interioridade e a exterioridade, entre a vontade e a alma, entre o visível e o invisível.
Neste teatro-instalação onde os personagens da saga vêm morrer, vê-se o Oriente e o Ocidente a reflectir-se no mar do Pacífico, aldeões chineses a celebrar o ano do dragão, Pierre e Yukali a fazer amor num jardim Zen, guardado por três dragões que repousam num leito de estrelas. Ao mesmo tempo, um piloto da Air France mergulha na noite entre Vancôver e o Japão, a cabeça de Stella fere o metal, Françoise enterra uma bola de vidro, Crawford volta a Hong Kong pela chaminé. Um velho vigia sai da sua guarita e recolhe a bola de vidro, artefacto de uma representação que se extingue.
Antonin Artaud dizia que o teatro era oriental, Ariane Mnouchkine referia-se ao Oriente como o local onde qualquer artista ocidental deve regressar se quiser recuperar o corpo e a carne do teatro.
Em A Trilogia dos Dragões, Robert Lepage põe em cena o teatro do duplo. Ocidente e Oriente olham-se, à noite, no espelho do Pacífico.
Lorraine Hébert
no programa do Festival de théâtre des Amériques
Tradução: Mafalda Melo Sousa
ROBERT LEPAGE
Lorraine Hébert
no programa do Festival de théâtre des Amériques
Tradução: Mafalda Melo Sousa
ROBERT LEPAGE
Nasceu no Quebeque em 1957. Muito cedo, descobriu a paixão pela geografia e, atraído por todas as formas de arte, vem-se a interessar pelo teatro. Em 1975, então com 17 anos, entra no Conservatório de Arte Dramática do Quebeque. Em 1978, faz um estágio em Paris e no seu regresso participa em diversas criações onde acumula os papéis de comediante, autor e encenador. Dois anos mais tarde, ingressou no Théâtre Repère.
Em 1984, criou a peça Circulations que foi apresentada por todo o Canadá e que recebeu o prémio da melhor produção canadiana, no âmbito da Quinzena Internacional de Teatro do Quebeque. No ano seguinte criou La Trilogie des Dragons (“A Trilogia dos Dragões”), espectáculo que teve um grande reconhecimento internacional. Seguiram-se as peças Vinci (1986), Le Polygraphe (1987) e Les Plaques tectoniques (1988). Em 1988, fundou a sua própria sociedade de gestão profissional, Robert Lepage inc. (RLI).
De 1989 a 1993, ocupou o cargo de director artístico do Teatro Francês do Centro Nacional das Artes em Otava. Paralelamente a esta nova função, prosseguiu a sua carreira artística apresentando Les Aiguilles et l’opium (1991-1993/1994-1996), Corolian, Macbeth, La Tempête (1992-1994) e A Midsummer Night’s Dream (1992), peça que lhe permitiu tornar-se o primeiro norte-americano a dirigir uma peça de Shakespeare no Royal National Theatre de Londres.
O ano de 1994 marca uma etapa importante na carreira de Robert Lepage com a fundação de uma companhia multidisciplinar, Le Projet ExMachina, da qual é director artístico. Esta nova equipa apresentou ininterruptamente Les Sept Branches de La rivière Ota (1994), Le Songe d’une nuit d’été (1995), bem como o espectáculo a solo Elseneur (1995-1997).
Ainda em 1994, aborda pela primeira vez o cinema fazendo os cenários e realizando a longa-metragem Le Confessionnal, apresentado no ano seguinte na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Em seguida, realizou Le Polygraphe (1996), Nô (1997), Possible Worlds (2000), uma primeira longa-metragem em inglês (versão original) e, por fim, em 2003, a adaptação para cinema da sua peça La Face cachée de la Lune.
Foi com o seu incentivo que o centro de produção pluridisciplinar a Caserne nasceu em Junho de 1997, em Quebeque. Nestes novos espaços, Robert Lepage e a sua equipa criaram e produziram La Géométrie des miracles (1998), Zulu Time (1999), La Face cachée de la Lune (2000), La Casa Azul (2001), The Busker’s Opera (2004), uma nova versão de La Trilogie des Dragons com novos actores (2003), ópera 1984 baseada no romance de Georges Orwell, com direcção musical do maestro Lorin Maazel (2005), Le Projet Andersen (2005), a nova criação de Ex Machina Lipsynch (2007) e The Rake’s Progress ópera de Igor Stravinsky apresentada numa grande estreia no Théâtre Royal de la Monnaie de Bruxelas, em Abril de 2007.
Como consequência do êxito que obteve recebeu numerosos convites que lhe permitiram aplicar os seus conhecimentos artísticos noutras áreas. Foi com sucesso que encenou as óperas Le Château de Barbe-Bleue e Erwartung (1992). Em 1993, assinou a encenação da digressão mundial do espectáculo de Peter Gabriel, The Secret World Tour. Voltou à cena lírica assegurando a encenação de La Damnation de Faust no Japão, em 1999, e posteriormente em Paris em 2001. Em 2000, participou na exposição Métissages no Museu da Civilização de Quebeque. Em 2002, de novo com Peter Gabriel encenou o espectáculo Growing Up Live. Em Fevereiro de 2005, apresentou KÀ, um espectáculo em permanência do Cirque du Soleil em Las Vegas, do qual foi o criador e encenador.
A obra de Robert Lepage foi coroada de numerosos prémios. Entre os mais prestigiados destacam-se, em 1999, la Médaille des Officiers de l’Ordre National du Québec. Em Setembro de 2000, recebeu o Prémio de La SORIQ (La Sociedade das Relações Internacionais do Quebeque), pelo êxito alcançado fora do Quebeque. Em Outubro de 2001, foi galardoado pela Associação dos World Leaders no Harbourfront Centre, o que sublinha uma vez mais a dimensão da sua carreira internacional. Em 2002, a França presta-lhe homenagem concedendo-lhe a Legião de Honra. Foi nomeado Grand Québécois pela Câmara do Comércio do Quebeque e recebeu o Herbert Whittaker Drama Bench Award pela sua contribuição excepcional para o teatro canadiano. No ano seguinte, recebeu o prémio Denise-Pelletier, a mais alta distinção
concedida pelo governo do Quebeque no domínio das artes do palco, bem como o prémio Gascon-Thomas concedido pela Escola Nacional de Teatro. Em 2004 foi-lhe atribuído o Prémio Hans-Christian-Andersen confiado a um artista excepcional que contribuiu para honrar internacionalmente o nome de Hans Christian Andersen. Em 2005, recebeu o prémio Samuel-de-Champlain concedido pelo Institut France-Canada pela sua contribuição para a cultura francesa, e o prémio Stanislavski pela sua contribuição para o teatro internacional e os êxitos obtidos nas produções La Trilogie des Dragons (“A Trilogia dos Dragões”), Les Sept Branches de la rivière Ota e The Busker’s Opera. Em 2007, o Festival de l’Union des Théâtres de l’Europe concedeu-lhe o prestigiado prémio Europe. Robert Lepage é o artista mais jovem laureado com este prémio, desde Ariane Mnouchkine, o segundo artista não europeu depois de Bob Wilson e o primeiro cuja base de trabalho não se situa na Europa.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA :
Texto : Marie Brassard, Jean Casault, Lorraine Côté, Marie Gignac, Robert Lepage, Marie Michaud
Encenação: Robert Lepage
Assistência dramatúrgica: Marie Gignac
Assistente de encenação: Félix Dagenais
Assistente de encenação, versão original: Philippe Soldevila
Interpretação:
Sylvie Cantin: Uma velha chinesa, Stella, Irmã Marie-de-la-Grâce
Jean Antoine Charest: Morin o Barbeiro, oficial americano, enfermeiro e outros
Simone Chartrand: Françoise e outras
Hugues Frenette: Bédard, Lépine o Gato-pingado, Pierre Lamontagne
Tony Guilfoyle:
Crawford, o médico
Éric Leblanc: O velho chinês, Lee Wong, o piloto e outros
Véronika Makdissi-Warren: Jeanne e outras
Emily Shelton: Uma velha chinesa, Yukali (3 gerações)
Música original: Robert Caux
Assistência e arranjos: Jean-Sébastien Côté
Interpretação da música: Martin Gauthier
Cenografia original: Jean François Couture, Gilles Dubé
Assistente de cenografia e de adereços: Vano Hotton
Assistente de adereços: Marie-France Larivière
Desenho de luz: Sonoyo Nishikawa
Desenho original de luz: Louis-Marie Lavoie, Lucie Bazzo
Figurinista: Marie-Chantale Vaillancourt
Assistente: Sylvie Courbron
Multimédia: Jacques Collin
Criação de imagens: Lionel Arnould
Agente do encenador: Lynda Beaulieu
Direcção de produção e de digressão: Louise Roussel
Adjunta de produção: Marie-Pierre Gagné
Direcção técnica: Serge Côté
Direcção técnica (digressão): Patrick Durnin
Direcção de cena: Annie Pilon
Operação de luz: Dominic Minguy-Jean
Operação de som e vídeo: Claude Cyr
Responsável por guarda-roupa e adereços: Marie-France Larivière
Chefe maquinista: Paul Bourque
Assistente da responsável dos figurinos e adereços: Sylvie Courbron
Estagiário de produção: Claudia Couture
Consultor técnico: Tobie Horswill
Concepção de figurinos: Nicole Gadoury, Valérie Couture, Stéban Sanfaçon
Realização de perucas e postiços: Joëlle Monty e Richard Hanson; Rachel Tremblay
Consultor para o movimento: Harold Rhéaume
Construção do décor: Les Conceptions Visuelles Jean-Marc Cyr
Música adicional: Youkali/ Musique de Kurt Weill, textos de Roger Fernay
Obra utilizada com a autorização da European American Music Corporation, agente para The Kurt Weill Foundation for Music, Inc. e agente para Heugel S.A.
Imagens do Espectáculo do Exército Canadiano: Fox Movietonews, Inc.
Tradução para cantonês: Truong Chanh Trung
Produção: Ex Machina
Co-produção: Bergen Internasjonale Festival, Bergen
BITE: 05, Barbican, Londres
Centre Cultural de Belém, Lisboa
Festival de Otono, Madrid
Festwochen / Berliner Festspiele
Kampnagel, Hamburgo
Le Festival de théâtre des Amériques, Montréal
Les Francophonies en Limousin, Limoges
Pilar de Yzaguirre – Ysarca Art Promotions, Madrid
Schauspielhaus Zürich / Zürcher Festspiele"
Teatr Dramatyczny, Varsóvia
Zagreb World Theatre Festival, Croácia
Produtor delegado, Europa, Japão: Richard Castelli
Adjunto do produtor delegado, Europa, Japão: Sarah Ford, Florence Berthaud
Produtor delegado, Reino Unido: Michael Morris
Produtor delegado, Américas, Ásia (excepto Japão), Oceânia, Nova Zelândia: Menno Plukker
Produtor da Ex Machina: Michel Bernatchez
Agradecimentos: Michel Gosselin, Jeffrey Hall
Ex Machina é apoiada pelo Conseil des Arts du Canada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Comércio Internacional do Canadá, o Conseil des Arts et des Lettres do Quebeque e a Cidade do Quebeque.
[1] Conceito desenvolvido pelo dramaturgo Antonin Artaud em o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double, 1935), considerado um dos livros mais influentes do teatro do século XX. Robert Lepage incorpora esta linguagem, dando-lhe corpo nas suas peças: Em ‘A Trilogia dos Dragões’, esta fórmula está novamente presente.
Foi com o seu incentivo que o centro de produção pluridisciplinar a Caserne nasceu em Junho de 1997, em Quebeque. Nestes novos espaços, Robert Lepage e a sua equipa criaram e produziram La Géométrie des miracles (1998), Zulu Time (1999), La Face cachée de la Lune (2000), La Casa Azul (2001), The Busker’s Opera (2004), uma nova versão de La Trilogie des Dragons com novos actores (2003), ópera 1984 baseada no romance de Georges Orwell, com direcção musical do maestro Lorin Maazel (2005), Le Projet Andersen (2005), a nova criação de Ex Machina Lipsynch (2007) e The Rake’s Progress ópera de Igor Stravinsky apresentada numa grande estreia no Théâtre Royal de la Monnaie de Bruxelas, em Abril de 2007.
Como consequência do êxito que obteve recebeu numerosos convites que lhe permitiram aplicar os seus conhecimentos artísticos noutras áreas. Foi com sucesso que encenou as óperas Le Château de Barbe-Bleue e Erwartung (1992). Em 1993, assinou a encenação da digressão mundial do espectáculo de Peter Gabriel, The Secret World Tour. Voltou à cena lírica assegurando a encenação de La Damnation de Faust no Japão, em 1999, e posteriormente em Paris em 2001. Em 2000, participou na exposição Métissages no Museu da Civilização de Quebeque. Em 2002, de novo com Peter Gabriel encenou o espectáculo Growing Up Live. Em Fevereiro de 2005, apresentou KÀ, um espectáculo em permanência do Cirque du Soleil em Las Vegas, do qual foi o criador e encenador.
A obra de Robert Lepage foi coroada de numerosos prémios. Entre os mais prestigiados destacam-se, em 1999, la Médaille des Officiers de l’Ordre National du Québec. Em Setembro de 2000, recebeu o Prémio de La SORIQ (La Sociedade das Relações Internacionais do Quebeque), pelo êxito alcançado fora do Quebeque. Em Outubro de 2001, foi galardoado pela Associação dos World Leaders no Harbourfront Centre, o que sublinha uma vez mais a dimensão da sua carreira internacional. Em 2002, a França presta-lhe homenagem concedendo-lhe a Legião de Honra. Foi nomeado Grand Québécois pela Câmara do Comércio do Quebeque e recebeu o Herbert Whittaker Drama Bench Award pela sua contribuição excepcional para o teatro canadiano. No ano seguinte, recebeu o prémio Denise-Pelletier, a mais alta distinção
concedida pelo governo do Quebeque no domínio das artes do palco, bem como o prémio Gascon-Thomas concedido pela Escola Nacional de Teatro. Em 2004 foi-lhe atribuído o Prémio Hans-Christian-Andersen confiado a um artista excepcional que contribuiu para honrar internacionalmente o nome de Hans Christian Andersen. Em 2005, recebeu o prémio Samuel-de-Champlain concedido pelo Institut France-Canada pela sua contribuição para a cultura francesa, e o prémio Stanislavski pela sua contribuição para o teatro internacional e os êxitos obtidos nas produções La Trilogie des Dragons (“A Trilogia dos Dragões”), Les Sept Branches de la rivière Ota e The Busker’s Opera. Em 2007, o Festival de l’Union des Théâtres de l’Europe concedeu-lhe o prestigiado prémio Europe. Robert Lepage é o artista mais jovem laureado com este prémio, desde Ariane Mnouchkine, o segundo artista não europeu depois de Bob Wilson e o primeiro cuja base de trabalho não se situa na Europa.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA :
Texto : Marie Brassard, Jean Casault, Lorraine Côté, Marie Gignac, Robert Lepage, Marie Michaud
Encenação: Robert Lepage
Assistência dramatúrgica: Marie Gignac
Assistente de encenação: Félix Dagenais
Assistente de encenação, versão original: Philippe Soldevila
Interpretação:
Sylvie Cantin: Uma velha chinesa, Stella, Irmã Marie-de-la-Grâce
Jean Antoine Charest: Morin o Barbeiro, oficial americano, enfermeiro e outros
Simone Chartrand: Françoise e outras
Hugues Frenette: Bédard, Lépine o Gato-pingado, Pierre Lamontagne
Tony Guilfoyle:
Crawford, o médico
Éric Leblanc: O velho chinês, Lee Wong, o piloto e outros
Véronika Makdissi-Warren: Jeanne e outras
Emily Shelton: Uma velha chinesa, Yukali (3 gerações)
Música original: Robert Caux
Assistência e arranjos: Jean-Sébastien Côté
Interpretação da música: Martin Gauthier
Cenografia original: Jean François Couture, Gilles Dubé
Assistente de cenografia e de adereços: Vano Hotton
Assistente de adereços: Marie-France Larivière
Desenho de luz: Sonoyo Nishikawa
Desenho original de luz: Louis-Marie Lavoie, Lucie Bazzo
Figurinista: Marie-Chantale Vaillancourt
Assistente: Sylvie Courbron
Multimédia: Jacques Collin
Criação de imagens: Lionel Arnould
Agente do encenador: Lynda Beaulieu
Direcção de produção e de digressão: Louise Roussel
Adjunta de produção: Marie-Pierre Gagné
Direcção técnica: Serge Côté
Direcção técnica (digressão): Patrick Durnin
Direcção de cena: Annie Pilon
Operação de luz: Dominic Minguy-Jean
Operação de som e vídeo: Claude Cyr
Responsável por guarda-roupa e adereços: Marie-France Larivière
Chefe maquinista: Paul Bourque
Assistente da responsável dos figurinos e adereços: Sylvie Courbron
Estagiário de produção: Claudia Couture
Consultor técnico: Tobie Horswill
Concepção de figurinos: Nicole Gadoury, Valérie Couture, Stéban Sanfaçon
Realização de perucas e postiços: Joëlle Monty e Richard Hanson; Rachel Tremblay
Consultor para o movimento: Harold Rhéaume
Construção do décor: Les Conceptions Visuelles Jean-Marc Cyr
Música adicional: Youkali/ Musique de Kurt Weill, textos de Roger Fernay
Obra utilizada com a autorização da European American Music Corporation, agente para The Kurt Weill Foundation for Music, Inc. e agente para Heugel S.A.
Imagens do Espectáculo do Exército Canadiano: Fox Movietonews, Inc.
Tradução para cantonês: Truong Chanh Trung
Produção: Ex Machina
Co-produção: Bergen Internasjonale Festival, Bergen
BITE: 05, Barbican, Londres
Centre Cultural de Belém, Lisboa
Festival de Otono, Madrid
Festwochen / Berliner Festspiele
Kampnagel, Hamburgo
Le Festival de théâtre des Amériques, Montréal
Les Francophonies en Limousin, Limoges
Pilar de Yzaguirre – Ysarca Art Promotions, Madrid
Schauspielhaus Zürich / Zürcher Festspiele"
Teatr Dramatyczny, Varsóvia
Zagreb World Theatre Festival, Croácia
Produtor delegado, Europa, Japão: Richard Castelli
Adjunto do produtor delegado, Europa, Japão: Sarah Ford, Florence Berthaud
Produtor delegado, Reino Unido: Michael Morris
Produtor delegado, Américas, Ásia (excepto Japão), Oceânia, Nova Zelândia: Menno Plukker
Produtor da Ex Machina: Michel Bernatchez
Agradecimentos: Michel Gosselin, Jeffrey Hall
Ex Machina é apoiada pelo Conseil des Arts du Canada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Comércio Internacional do Canadá, o Conseil des Arts et des Lettres do Quebeque e a Cidade do Quebeque.
[1] Conceito desenvolvido pelo dramaturgo Antonin Artaud em o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double, 1935), considerado um dos livros mais influentes do teatro do século XX. Robert Lepage incorpora esta linguagem, dando-lhe corpo nas suas peças: Em ‘A Trilogia dos Dragões’, esta fórmula está novamente presente.
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