sábado, 25 de outubro de 2008

My Dream!


MY DREAM


‘My Dream’ ou um sonho chinês tornado realidade , melhor dizendo , como uma Companhia dos Artistas Deficientes da China consegue encantar, emocionar e brilhar de forma inexcedível.
Têm limitações porque elas foram anunciadas, mas para nós elas não entraram no palco.
Saltam, pulam , dançam ,cantam como se vissem, ouvissem, ou não tivessem qualquer deficiência motora..

My Dream é a história de um sonho, mas na verdade o sonho começou há 21 anos, quando a própria companhia foi fundada, devido à teimosia de 30 adolescentes portadores de deficiência que quiseram mostrar, no 1. º Festival de Arte da China, que também tinham uma palavra a dizer em cima de um palco.
Entretanto, os artistas da companhia já foram nomeados Artistas para a Paz pela Unesco, e recentemente protagonizaram a cerimónia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Pequim.
As referências ao imaginário oriental são imensas: nos cenários com os lagos ou as árvores em flor, nas sombras chinesas que pontuam a apresentação aqui e ali, ou nos números inspirados nas artes marciais.
No entanto, a mensagem de My Dream é universal: amor, paz, esperança, união entre os povos.
Existe um número que é sem dúvida a grande atracção do espectáculo: a deusa dos mil braços (Avalokitesvara Bodhisattva).
São 20 bailarinas com deficiência auditiva que, para darem a ilusão dos “mil braços”, estão todas colocadas em fila e em sincronia absoluta.
O efeito é extraordinário, assim como é o método pelo qual elas comunicam entre elas: através da respiração.
Perante tamanha entrega ao espectáculo, uma tão tremenda vontade de ultrapassar uma deficiência que inoportunamente surgiu na suas vidas só nos resta retirar a lição de Vida, Amor e Vontade a que acabámos de assistir.
De salientar a simpatia com que brindaram o público português ao interpretarem de forma excelente duas canções bem conhecidas de todos nós-Canção do Mar e Adio,adieu.
Também de salientar que contrariamente ao que tem acontecido nos paises onde actuam, não tiveram em Portugal qualquer entidade oficial a dar-lhes as boas vindas. Foi pena!

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