segunda-feira, 7 de julho de 2008

Elenco português canta "La Traviata"



LA TRAVIATA

(Giuseppe Verdi)


PÁLACIO NACIONAL DE QUELUZ 10,12 e 13 de Julho 21h30

ORQUESTRA SINFÓNICA DA OP-COMPANHIA PORTUGUESA DE ÓPERA

CORO DE VILLA GARCIA DE AROSA,GALIZA


ACTO I

Num salão da casa de Violetta celebra-se uma grande festa.

A anfitriã encoraja os convidados a divertirem-se.

Entre eles encontram-se Flora, o Marquês d’Obigny e Gastone.


Este último apresenta-lhe Alfredo Germont e declara-lhe que o jovem é um fervoroso admirador dela, tendo-se preocupado com o seu estado de saúde quando ela se encontrava doente.

A sua atitude irrita o Barão Douphol, protector de Violetta.

Chega o momento do brinde e Alfredo canta enaltecendo os prazeres do vinho.

Enquanto todos se preparam para dançar, Violetta empalidece subitamente e é forçada a sentar-se.

Os convidados passam para outra sala, todos menos Alfredo, que aproveita a possibilidade de ficar a sós com Violetta para lhe declarar o seu amor.


Esta pede-lhe que se afaste e a esqueça: quando muito poderá oferecer-lhe a sua amizade. Gastone interrompe a conversa e Alfredo arranca a Violetta a promessa de o voltar a ver, quando murchar a flor que ela lhe entrega.


Violetta reflecte sobre o sucedido e dá conta que as palavras de Alfredo deixaram marcas no seu coração.


ACTO II

Numa casa de campo nos arredores de Paris, Alfredo e Violetta vivem agora juntos e felizes. Todavia, Alfredo toma conhecimento por intermédio de Annina que, para cobrir as despesas da vida em comun, Violetta mandou vender todos os seus bens, e por isso parte para Paris para saldar as dívidas em causa.

Ela aguarda a visita de um homem de negócios, mas quem se faz anunciar é Giorgio Germont, o pai de Alfredo.

Germont chega com o propósito de levar Violetta a romper a relação com o seu filho.


A mulher responde-lhe com dignidade e revela-lhe que por amor está disposta a renunciar aos seus próprios bens.

Apesar disso, Germont pai insiste na necessidade de ela pôr termo à relação: a sua outra filha está noiva, mas a família do futuro marido não concede a autorização enquanto Alfredo mantiver a relação escandalosa com Violetta.

Esta propõe separar-se de Alfredo durante algum tempo, mas o pai é inflexível: só com uma ruptura definitiva a paz poderá regressar à familia.


Depois de confessar que a tuberculose não lhe deixa mais que uma estreita margem de vida, Violetta aceita finalmente sacrificar o seu amor para tornar possível o casamento de família.


No palácio de Flora prepara-se uma nova festa e já corre a notícia da ruptura entre Alfredo e Violetta.


Esta última para não revelar a conversa prévia com Germont pai, durante uma discussão ela admite diante de Alfredo tê-lo deixado por amor ao Barão, o que provoca a ira do jovem.


ACTO III

Violetta jaz na cama do seu quarto, assistida pela aia Annina.


Recebe a visita do doutor Grenvil que confirma a Annina que a tuberculose não deverá deixar à sua patroa mais do que algumas horas de vida.

Consciente da morte próxima, Violetta contempla o seu passado e despede-se da vida.

Annina entra e anuncia a Violetta a chegada de Alfredo: este lança-se para ela, pedindo o seu perdão e jurando-lhe amor eterno.

Subitamente ela empalidece e atribui esse facto á inesperada alegria.

Alfredo manda chamar o médico, mas torna-se evidente que a morte se aproxima.

O médico já nada pode fazer por ela e Violetta expira nos braços do seu enamorado.


GIUSEPPE VERDI – compositor


O mais importante compositor de óperas do século XIX.


Foi consagrado em toda a Europa e considerado o artista italiano que melhor representou "o espírito nacional de seu povo".


Ficou conhecido como o maestro do Risorgimento, para o qual suas óperas representavam a ânsia de liberdade nas guerras pela Unificação Italiana.


Verdi marcou, em sua obra, o desenvolvimento do impulso dramático.

Ao mesmo tempo que realçava a singularidade de suas criações, não esquecia as tradições populares de sua terra natal.


Verdi começou ainda pequeno a se interessar pela música e, aos doze anos passou a estudar música em Busseto.


Quando completou 18 anos foi ao Conservatório de Milão, mas foi reprovado por ser maior de catorze anos (os estudantes eram aceitos somente até esta idade), e então demonstrar talento musical.

Depois disso, foi atrás de um professor particular e prosseguiu seus estudos por três anos.


Em Novembro de 1839, Verdi escrevia a ópera Oberto , Conte di S. Bonifacio, que foi estreada no Teatro alla Scala.


Pouco depois, em 1840, morriam seus dois filhos e sua esposa, de apenas 27 anos e a sua segunda ópera, Un Giorno di Regno, fracassou.

Verdi prometeu que nunca mais comporia, após o incidente.

Bartolomeo Morelli, diretor do Teatro alla Scala, não aceitou a promessa de Verdi e solicitou-lhe que estudasse uma outra peça de teatro, Nabucco, que foi considerado um símbolo nacional pelos italianos.

Passado o sucesso de Nabucco, Verdi continuou a escrever óperas e tornando-se mundialmente conhecido.

Surgiam as óperas Ernani, Rigoletto, Don Carlo, Un ballo in maschera, Il trovatore, La Traviata.

Durante esse período, Verdi era aclamado como um patriota, sendo eleito deputado e, posteriormente, senador.

Continuou escrevendo óperas, como Otello e Falstaff, baseadas em Shakespeare além de algumas peças religiosas.

Em 19 de Janeiro de 1901 sofre uma trombose e acaba falecendo no dia 27 do mesmo mês, em Milão, causando imensa comoção em toda a Itália.

Atendendo seus desejos, seu túmulo foi colocado na Casa di Reposo Giuseppe Verdi mantida até hoje com recursos de parte dos direitos autorais do compositor.


LA TRAVIATA


ORQUESTRA SINFÓNICA DA OP-COMPANHIA PORTUGUESA DE ÓPERA


Maestro titular principal conductor: Giovanni Andreoli


CORO DE VILLA GARCIA DE AROSA,GALIZA


Direcção de coro : Margarita Guerra


Elenco: Ana Ester Neves, Carla Caramujo, Carlos Guilherme, Pedro Chaves, Mário Alves, Luis Rodrigues, João Merino, Madalena Boléo, Ana Luisa Cardoso, Nuno Cardoso, Jorge Martins, João Oliveira, David Ruella.


Direcção Musical : Giovanni Andreoli


Encenação : Carlos Avilez


Concepção e direcção artística Op – Companhia Portuguesa de Ópera – Pedro Chaves

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