quinta-feira, 13 de março de 2008

" A Noite Árabe" no Teatro da Politécnica



O Teatro Nacional D. Maria II estreou, ontem, na Politécnica, um dos mais interessantes autores do novo teatro alemão.


Trata-se de Roland Schimmelpfennig (n. 1967), dramaturgo nunca antes representado em Portugal e que trabalhou vários anos com o actual director da Schaubühne, Thomas Ostermeier, alcançando vários prémios importantes no campo da dramaturgia, nomeadamente o Else-Lasker-Schüler-Preis, em 1997, o Schiller-Gedächtnispreis (1998) e o Nestroy-Theaterpreis (2002).

A peça que apresentar este dramaturgo entre nós é “A Noite Árabe”, um texto já traduzido para árabe, catalão, dinamarquês, espanhol, francês, holandês, inglês, italiano, polaco, russo e romeno, e que dá conta de uma Europa povoada por gente de diversas proveniências, situação que pode gerar conflitos mas pode, também, enriquecer o quotidiano de todos nós.

A encenação da peça estará a cargo do actor e encenador Paulo Filipe e o espectáculo é para ver na Politécnica de 12 de Março até 27 de Abril.


Sinopse

Subúrbios de uma grande cidade portuguesa, bairro com muitos imigrantes.

Verão: o sistema de água de um conjunto de prédios está avariado. A água chega até ao sétimo andar e depois desaparece.

No sétimo vive Francisca, uma jovem mulher que não se lembra de nada. Não se lembra de como era a sua vida antes de ter co-alugado este apartamento com a sua amiga Fátima. Não se lembra de alguma vez ter sido raptada em Istambul ou de ter sido uma princesa árabe. Como todos os serões, volta do trabalho, vai-se esquecendo do que fez no laboratório onde é empregada, toma um banho e adormece no sofá.

O vizinho do prédio em frente vê-a no duche e não resiste a procurá-la. Fátima, por seu lado, espera sempre que ela adormeça para chamar o seu amante Kalil, que a ama muito.

Kalil vem logo na sua mota. Fátima ouve-o, resolve ir ao seu encontro. Kalil fica preso no elevador. Fátima vai descendo e acaba por ficar do lado de fora do prédio, sem chaves. A porta ficou aberta, o vizinho entra e dá com Francisca, coberta com uma toalha, a dormir no sofá. Kalil consegue sair do elevador. O vizinho beija-a e de repente vê-se dentro da garrafa de cognac ao lado do sofá. Kalil também entra no apartamento: acorda Francisca que se agarra a ele como saída de um sonho. Fátima conseguiu voltar a casa, encontra os dois agarrados e persegue o amante por todo o prédio. Também o porteiro, que desde o início está a procurar encontrar a fuga de água, vai ter com Francisca e acaba por trazer à consciência todo o mistério da sua vida.


Cenografia e figurinos VERA CASTRO

Música original NUNO REBELO

Desenho de luz JOSÉ CARLOS NASCIMENTO

Movimento AMÉLIA BENTES



Com


DINARTE BRANCO


JOÃO GROSSO


SARA CARINHAS

TERESA SOBRAL


VICTOR GONÇALVES

No Teatro da POLITÉCNICA

De 12 de Mar. a 27 de Abr. 2008



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