Lidia Franco volta aos palcos para um monólogo
ÓSCAR E A SENHORA COR-DE-ROSA
NA SALA ESTÚDIO
DO TEATRO NACIONAL D. MARIA II
DE ERIC-EMMANUEL SCHMITT
tradução IVONE DE MOURA | LÍDIA FRANCO
PRODUÇÃO TNDM II
SALA ESTÚDIO
JAN 17 – MAR 09
3ª a SÁB. 21H45 DOM. 16H15
Um monologo de Eric- Emmanuel Schmitt interpretado por Lídia Franco
O Teatro Nacional D. Maria II vai estrear, a 17 de Janeiro próximo, a peça de maior sucesso da carreira de Eric-Emmanuel Schmitt até ao momento. Trata-se de “Óscar e a Sra. Cor-de-Rosa”, texto que tem sido levado à cena nos cinco continentes e obtido inúmeros prémios, nomeadamente o Masque d’Or, na Rússia, em 2006, e o melhor “Seul en Scène”, em 2005, na Bélgica. O autor – de quem recentemente tivemos oportunidade de ver, no Salão Nobre do TNDM II, “Pequenos Crimes Conjugais” – dedicou a peça à actriz Danielle Darrieux, que a estreou na Comédie des Champs Elysées, em Paris, a 7 de Fevereiro de 2003, naquele que foi considerado pela crítica num dos grandes acontecimentos teatrais da temporada parisiense. A interpretação de Danielle Darrieux valeu-lhe o prémio Molière para Melhor Actriz do ano.
Em Lisboa, o monólogo – que Schmitt diz ser o seu texto mais autobiográfico de sempre – será interpretado pela actriz Lídia Franco, que assim regressa à Sala Estúdio para ser dirigida pela encenadora norte-americana Marcia Haufrecht (com quem fez, na temporada passada, “Frozen”, de Bryony Lavery). É a terceira vez que actriz e encenadora se encontram, depois do primeiro espectáculo em que colaboraram – “Vidas Publicadas”, de Donald Margulies, apresentado na Comuna, em Janeiro de 2006. Esta produção resulta de uma proposta da própria Lídia Franco que, ao deparar-se com a história de um menino que padece de leucemia e encontra, apesar disso, um sentido para a sua vida e uma forma de ser feliz, se deixou fascinar pela peça de Schmitt. Em cena, Lídia Franco será a vovó rosa – assim chamada por causa da bata cor-de-rosa que usam, nos hospitais franceses, as voluntárias de apoio a crianças com doenças terminais.
“Procurei, de entre todas (as peças do autor), uma que eu pudesse fazer e descobri esta. Descobri que é o texto de Éric-Emmanuel Schmitt que mais êxito tem alcançado, que já foi feito praticamente no mundo inteiro e que há inclusivamente planos para o levar ao cinema. (…). É definitivamente, a peça mais bonita que li nos últimos tempos”, afirma a actriz, em entrevista concedida ao Teatro Nacional D. Maria II.
Lídia Franco explica que o segredo do sucesso deste texto reside no facto de conter a fórmula para a felicidade.
“O apelo do texto é que nos faz descobrir o grande mistério da vida, o segredo da felicidade. (…) Viver cada momento na sua plenitude. É essa a metáfora criada por Éric-Emmanuel Schmitt. Na peça, a vovó Rosa diz ao Óscar que cada dia que viver equivale a dez anos. (…) A partir daí, aquela criança passa a viver intensamente o entusiasmo e a descoberta da vida. A maior parte de nós morre velho e a queixar-se de não ter vivido. Não vale a pena perder tempo com lamentações. Há que aproveitar bem o instante. Temos de nos maravilhar com o mundo, com as pessoas, com as trocas que fazemos, com aquilo que demos e que recebemos. Acredito nisso profundamente.”
“Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa” cumprirá carreira na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II entre 17 de Janeiro e 9 de Março, de terça a sábado às 21h45 e aos domingos às 16h15.
Sinopse
"Óscar e a Sra Cor-de-Rosa" é um hino à vida e ao ser humano. Mostra-nos a amizade total entre uma criança com leucemia e a Senhora cor-de-rosa (voluntária na área da pediatria do Hospital), que todos os dias o visita. Entre os dois estabelece-se um jogo: "Cada dia equivale a dez anos". Deste modo o menino passa a ter a sensação de que avança no tempo e de que aproveita a vida nas suas diferentes idades. Ele morre com mais de cem anos, ou seja, daí a alguns dias, com uma vida plena de emoções e alegrias. Nessa "longa" vida que o menino passa a ter, ele reiventa o Mundo sob a maravilhosa cor de fantasia, desafiando a morte com um olhar divertido sobre o Universo dos adultos e das outras crianças doentes que o rodeiam no Hospital. Desta vida maravilhosa ficou o testemunho através de cartas que o menino escrevia todos os dias a Deus.
encenação MARCIA HAUFRECHT
assistência de encenação SÓNIA NEVES
cenário | figurinos ANA VAZ
desenho de luz JOSÉ CARLOS NASCIMENTO
voz | elocução MARIA JOÃO SERRÃO
COM
LÍDIA FRANCO
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