sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Jesus de Nazaré de Ratzinger já nas livrarias

" Jesus de Nazaré"

de Bento XVI


«Quis fazer a tentativa de apresentar o Jesus dos evangelhos como o Jesus real, como o “Jesus histórico” em sentido verdadeiro e próprio.

Estou convencido – e espero que também o leitor possa dar-se conta do mesmo – que esta figura é muito mais lógica e, do ponto de vista histórico, até mais compreensível do que as reconstruções com que deparámos nas últimas décadas.

Penso que precisamente este Jesus – o dos evangelhos – seja uma figura historicamente sensata e convincente.

Somente se aconteceu algo de extraordinário, se a figura e as palavras de Jesus superaram radicalmente todas as esperanças e expectativas de então é que se explica a sua crucifixão e a sua eficácia.

Cerca de vinte anos após a morte de Jesus, já encontramos, no grande hino a Cristo da carta aos Filipenses (2, 6-11), uma cristologia plenamente desenvolvida, na qual se proclama que Jesus era igual a Deus, mas despojou-Se a Si mesmo, fez-Se homem, humilhou-Se até à morte na cruz, e agora é-Lhe devida a homenagem da criação inteira, a adoração que, no profeta Isaías (45, 23), Deus proclamara como devida apenas a Si mesmo.

Com razão a pesquisa crítica se põe a pergunta: O que é que aconteceu nestes vinte anos que se seguiram à crucifixão de Jesus? Como se chegou a esta cristologia? A acção de formações comunitárias anónimas, cujos mentores se procura descobrir, na realidade não explica nada. Como é possível que grupos desconhecidos pudessem ser tão criativos, convencer e deste modo impor-se? Não é mais lógico, mesmo do ponto de vista histórico, que a grandeza do fenómeno se encontre no princípio e que a figura de Jesus, na prática, tenha feito saltar todas as categorias disponíveis e deste modo tenha sido possível compreendê-la apenas a partir do mistério de Deus?»– BENTO XVI


Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, Alemanha, em 16 de Abril de 1927.

Ordenado sacerdote em 1951, feito arcebispo de München e Freising e criado cardeal em 1977, em 1981 foi nomeado por João Paulo II Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em 19 de Abril de 2005, foi eleito Papa tomando o nome de Bento XVI.

Em 2006, publicou a sua primeira Encíclica, Deus caritas est (Livraria Editora Vaticana).

A sua obra teológica e pastoral compreende mais de seiscentos artigos e uma centena de livros traduzidos em todas as línguas.

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