terça-feira, 17 de abril de 2007

Lefèvre vem a Portugal a presentar o seu livro


JEAN D’ORMESSON
Membro da ACADEMIA FRANCESA
EM LISBOA



Personagem fascinante, Jean d’Ormesson é um dos grandes nomes da França contemporânea e vem a Lisboa para apresentar, dia 18 de Abril às 18h30, no auditório do Instituto Franco-Português, o seu mais recente livro “A Criação do Mundo, agora editado pela Quetzal Editores.
Recebeu o Grande Prémio da Academia Francesa em 1971 pelo livro La Gloire de l’Empire.

Jean d’Ormesson nasceu em 1925.
Homem de letras, membro da Academia Francesa desde 1973, ex-director do jornal Le Fígaro (1974-1977), foi nomeado em 1950 Secretário-Geral Adjunto do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas da Unesco que presidiu em 1972.
Oriundo de uma família da alta burguesia intelectual (conselheiros de estado, controladores gerais das finanças, embaixadores e parlamentares), recebeu uma educação privilegiada no respeito pelos valores tradicionais.
O seu pai, André Lefèvre, foi embaixador da Frente Popular e amigo de Léon Blum.

Jean Lefèvre, conde de Ormesson, passou a sua infância entre a Baviera e Munique, aí fazendo a descoberta da ascensão do nazismo.
Viveu ainda em Bucareste e no Rio de Janeiro. Fixou-se em Paris em 1943, onde estudou Letras, História e Filosofia.
Aluno brilhante, acumulou diplomas.
Frequentou a École Normale Supérieure, onde se diplomou e obteve a agregação.
Iniciou a sua carreira de jornalista.
A sua primeira prosa jornalística foi publicada em 1950 no Paris-Match.
Dirigiu o jornal francês Le Fígaro entre 1974 e 1977.

Como membro da Academia Francesa foi ele quem propôs a candidatura de Marguerite Yourcenar, aquela que foi a primeira mulher a ter assento na Academia.
Como filósofo, d’Ormesson impregnou-se do pensamento de Descartes, Hegel, Espinosa, Kant, Alain e Marx.
Como homem de letras, inscreve-se na tradição dos clássicos.

Os primeiros romances de Jean d’Ormesson datam dos anos 50 (“L’Amour est un plaisir” e Du côté de chez Jean”), mas é com « La Gloire de l’Empire » (Grande Prénio da Academia Francesa, 1971) que a sua carreira literária ganha expressão.

Aspirando a um mundo “tradicionalmente moderno”, como ele próprio diz, d’Ormesson coloca muito de si em todos os seus romances.
O novíssimo “A Criação do Mundo” que a Quetzal agora edita em língua portuguesa, é um livro de um género novo para ele e a crítica aguardava-o com enorme expectativa.

RESUMO DO LIVRO

Quatro amigos, um psiquiatra, um grande empresário, um professor de ciências e o narrador, passam anualmente oito dias de férias numa ilha do Mediterrâneo oriental. Edgar, o psiquiatra, levou com ele um manuscrito que um desconhecido, Simon Laquedam, paleógrafo e arquivista, lhe enviou.
O texto é intrigante e ele gostaria de saber o que pensam os seus amigos sobre ele. T
rata-se de uma mensagem de Deus à Humanidade onde este discorre, com grande humor, sobre a génese do universo.
Os quatro amigos decidem então fazer a leitura diária de algumas páginas…


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