quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Exposição " Amazónia Sagrada" de ANANDA




Inauguração da exposição “Amazónia Sagrada – A Arte da Floresta”, de Ananda, amanhã, dia 18 de Setembro de 2008, pelas 18 horas, na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa - Rua Sá Nogueira - Pólo Universitário – Alto da Ajuda.



Sobre a Exposição "Amazónia Sagrada"



Ananda, que significa « bem-aventurança » é o nome artístico de Fernanda Maria Moraes Costa nascida em São Luis no Maranhão, Estado coberto por um terço pela Amazônia legal.


Radialista e produtora cultural, a artista tornou-se messiânica no ano de 2001 e desde então vem desenvolvendo um trabalho artesanal de confecção de mandalas sobre telas em quadro, utilizando como matéria-prima básica do seu trabalho elementos recolhidos na natureza, tais como pedras semipreciosas, sementes, cordas, fios, madeira e mais especificamente fibras de carnaúba, buriti e açaí - árvores típicas da Amazônia Oriental e de grande beleza estética.
A arte de Ananda situa-se em vinculo com o artesanato de identidade cultural, expressão singular do patrimônio cultural brasileiro.
Essa arte é a resulta de saberes acumulados por gerações em diversas comunidades organizadas em territórios por todo o país.
Capazes de transformar este conhecimento em objetos inspirados em seus valores e visão de mundo, mulheres e homens criam e reinventam uma das formas mais singulares de representação da identidade própria.
Assim, a exposição da artista vem com telas confeccionadas com produtos artesanais de referência cultural, que se caracterizam pela incorporação de elementos própriosda região onde são produzidos.
Resultam de uma intervenção planejada da artista e designers, em parceria com artesãos, com o objetivo de diversificar produtos e, ao mesmo tempo, resgatar e preservar seus traços culturais representativos.
Todos estes elementos têm como referência a cultura de um povo e contribuem para a produção de objetos marcados por sua singularidade e diferença.
Mandala significa “circulo” em sânscrito.
Tudo na vida caminha em círculos: o dia e a noite que se alternam, a Lua crescendo e decrescendo, as estações do ano, as vidas que nascem, crescem e morrem deixando novas formas de vida a seguir.
O caminho espiritual também avança em círculos que criam uma espiral de crescimento de profundidade cada vez maior: desfazemos as imagens e aprendemos novas formas de ser, dissolvemos os bloqueios.
È o papel de uma mandala que deve ajudar a pessoa a meditar sobre a sua espiral de vida para receber a inspiração e desenvolver a expiração que nos anima a todos.
Em diversas culturas, em particular nas culturas xamanistas dos índios da Amazônia, o circulo torna-se numa roda sagrada que serve como metáfora aos círculos intermináveis da vida.
A roda representa o símbolo da mente universal em que todas as coisas são interligadas e mantidas em uma sincronia harmoniosa.
A roda serve como guia para o autoconhecimento e a busca de auto-transformação do homem moderno, para valorizar e adquirir uma nova compreensão do nosso processo evolutivo.
Para Ananda, a arte não deve somente exprimir o belo, ela deve ser também um o vetor para tocar o outro com seus sentimentos.
Chamando ela “uma linda alma do Brasil” o jornalista francês Gérard Charut escrevia: “As mandalas de Ananda, a mais da sua significação simbólica, são objetos de design e elegância; à sua imagem”.
Desde 2005, Ananda realizou varias exposições na América do Sul (São Luis e Santiago do Chile), na França (Paris, Nancy e Estrasburgo), em Portugal (Lisboa) e na Grécia (Atenas).

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