Martinho Dias expõe em Ponte de Sor

Ele desdobra esta realidade, que nos é comum, através de uma forma sugestiva, sugerida, privilegiando padrões de informação recolhendo imagens dos meios de comunicação.
De forma criteriosa, serve-se desses seus “modelos” para a realização de composições pictóricas, substrato das representações de figuras e corpos da sua pintura, encarados como uma inevitabilidade do quotidiano.
“A sua visão tem em consideração a consciência como elemento identificatório da identidade humana (...).
“A sua visão tem em consideração a consciência como elemento identificatório da identidade humana (...).
Martinho Dias equaciona uma desconstrução das diversas franjas da nossa realidade percepcionada, naquilo que Debord consid
era ‘o espectacular integrado’, e reconfigura-as no plano da tela, demonstrando em níveis múltiplos e de diversas formas que não nos será possível a total captação do mundo exterior, a não ser que a própria pintura seja tão complexa e multifacetada como o próprio mundo global”. (Hugo Barata)

As obras que agora se apresentam, evocam instantes ou mesmo realidades “eternamente” provisórias, do indivíduo na sociedade, quer tocando o frágil mundo das emoções, as movimentações geopolíticas, o poder, quer o vazio dos discursos numa sociedade de “diálogo ao mais alto nível”.
Tocando a ironia, o cinismo ou mesmo o paradoxo, a obra de Martinho Dias tem a capacidade de criar a dúvida, ao retirar a referenciação do contexto habitual e levar o espectador a questionar sobre a realidade (que também é a sua), contrapondo-lhe o efeito do espectáculo. Somos levados para além da própria pintura, para legítimas e diferentes realidades vivenciais, bem como para um mundo em trânsito, (in)voluntariamente.
Tocando a ironia, o cinismo ou mesmo o paradoxo, a obra de Martinho Dias tem a capacidade de criar a dúvida, ao retirar a referenciação do contexto habitual e levar o espectador a questionar sobre a realidade (que também é a sua), contrapondo-lhe o efeito do espectáculo. Somos levados para além da própria pintura, para legítimas e diferentes realidades vivenciais, bem como para um mundo em trânsito, (in)voluntariamente.
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