quinta-feira, 31 de julho de 2008

Festival de Folclore em Braga


PROGRAMA

31 Julho, quinta-feira

16h00
- animação folclórica com os grupos participantes nas praças e ruas do centro da cidade;
19h30 - jantar e “verde d’honra” oferecido pelo Município, no Regimento de Cavalaria 6;
21h30 - Avenida Central - desfile em palco.

1 de Agosto, sexta-feira

21h30 - Avenida Central - Primeira Passagem dos Grupos

Grupo de Danças “Djangar”
(República de Kalmykia – Rússia)

Oriundo da República da Kalmykia (sul da Rússia), o Grupo de Danças “Djangar” foi fundado em 1974 por estudantes da universidade estatal de Kalmykia e de outros centros educacionais.
Composta por estudantes do Departamento de Folclore da Escola de Arte, a orquestra que acompanha o grupo de danças apresenta um reportório interpretado em instrumentos tradicionais do Leste Europeu, correspondendo igualmente à mais autêntica tradição de Kalmykia.
Para além dos prémios conquistados no seu próprio país e na Rússia, o Grupo de Danças “Djangar” destacou-se ainda nas participações em festivais na antiga Checoslováquia, Mongólia, França, Holanda e Alemanha.

Grupo de Danças Aires D’Andratx
(Ilhas Canárias – Espanha)

O Grupo Folclórico “Aires d’Andratx” foi formado em 1986 por um conjunto de admiradores do folclore e das tradições locais.
Com um corpo de baile composto por 40 elementos e uma tocata que interpreta reconstituições de antigas melodias, o agrupamento espanhol recorre a instrumentos tradicionais – gaita, flauta maiorquina, tambor, “bandurria”, alaúde, violino e guitarra – para apresentar um reportório constituído por boleros, jotas, fandangos, copeos e “mateixes”.
Com origem na “Escuela Bolera” do século XVIII, as coreografias apresentadas constituem, para este agrupamento, um jogo de sensualidade, «porque o baile é marcado pela insinuação erótica da mulher, que é seguida pelo homem em movimentos de imitação», justificam.
Nesta performance, marcada pela improvisação e pelo espírito festivo, a mulher apresenta-se trajada à moda popular maiorquina do séc. XIX, envergando tanto trajes de faena como de festa, compostos por peças que atingem os 150 anos de existência.

Grupo de Danças “Zora” – Sérvia

Apesar do seu ainda recente percurso, que teve início em 1999 como secção musical da escola “Stari Grad”, de Belgrado, o Grupo de Danças “Zora” é constituído actualmente por duzentos elementos.
Tendo por objectivo a promoção da cultura tradicional sérvia junto das novas gerações, para além da intensa actividade na República da Sérvia, o agrupamento já se apresentou, contudo, em festivais na Itália, Rússia, Hungria, Ucrânia, França, Turquia, Bulgária e mesmo Portugal, onde marcou presença, em 2007, no Festival de Torres Novas (Santarém).

Grupo Folclórico da Casa do Povo de Lomar - Braga

O Grupo Folclórico da Casa do Povo de Lomar surgiu na sequência das rusgas que se organizavam na freguesia para participar nas Festas do São João.
Pretendendo manter essas tradições e costumes antigos, um conjunto de elementos decidiu, em 1979, fundar um grupo de folclore.
Durante os quase trinta anos de existência, percorreu o país inteiro, com inúmeras participações em festivais, festas populares e convívios, exibindo as músicas e as danças tradicionais do Baixo Minho, nomeadamente viras, chulas e malhões.
É composto por cerca de 40 elementos que envergam os trajes tradicionais da região – capotilha, de feira, de campo, da encosta e da ribeira –, sendo a tocata constituída por ferrinhos, concertina, bombo, viola braguesa, violão, cavaquinho e reque-reque.

Ballet Tradicional “Kilandukilu” – Angola

O Ballet Tradicional Kilandukilu, grupo de dança e música tradicional que surgiu em 1984 no Bairro Maculusso, em Luanda, escolheu o seu nome a partir de um vocábulo do dialecto kimbundo, que significa divertimento, e definiu como seu principal objectivo a divulgação da cultura musical africana, representada na exibição das danças e dos instrumentos tradicionais do continente.
Com quase um quarto de século de actividade, o Kilandukilu tem vindo a apurar o seu estilo e a diversificar o seu reportório, designadamente através da dança folclórica, recreativa, tradicional e contemporânea, danças guerreiras, fúnebres e rituais, facto que lhe tem garantido a participação em inúmeros eventos, não só em Portugal e Angola, mas também em países tão distantes como Coreia do Norte, Noruega, Suécia, Rússia, Polónia, África do Sul, Brasil, Alemanha, Cuba e Japão.

Rusga de São Vicente – Grupo Etnográfico do Baixo Minho

A Rusga de São Vicente, formada em 1965, apresenta-se trajada à moda camponesa de finais do século XIX, princípios do século XX, envergando os espécimes mais identificativos das diferentes zonas que compõem a região geo-etnográfica do Baixo Minho.
Elementos femininos e masculinos vestem trajes de trabalho e de festa ou domingueiro, merecendo especial destaque, devido à sua riqueza e beleza, os trajes de casal de noivos.
De entre os trajes femininos, salientam-se os do Vale do Cávado, Vale d’Este, da Ribeira e da Encosta.
A Rusga de São Vicente tem participado em inúmeros festivais, congressos, festas, romarias e encontros, levando um vasto reportório de danças e cantares, com o respectivo movimento, ritmo e cor a várias regiões do país e ao estrangeiro, designadamente a França, Espanha, Alemanha, Bélgica, Itália, Marrocos e Grécia.

2 de Agosto, sábado

21h30 - Avenida Central - Segunda Passagem dos Grupos

Grupo de Danças “Erani” – Geórgia

Oriundo de um dos mais antigos países do mundo, mundialmente conhecido pelas suas belezas paisagísticas, o Grupo Folclórico “Erani” é o reflexo da grande dedicação do povo georgiano às tradições mais antigas, à vida espiritual, à história e à música e dança folclórica.
No seu reportório, o grupo “Erani” faz uma demonstração das diferentes zonas etnográficas da Geórgia, através da interpretação de músicas e canções líricas, alegres e divertidas.
Fundado em 1998, este agrupamento já viajou por vários países da Europa, destacando-se pelas participações em festivais internacionais na Polónia, Bulgária, Ucrânia e Turquia.

Associação Cultural Folclórica “I Picciotti da Purtedda”
(Agrigento, Sicília, Itália)

Grupo de Danças “Enigma 92” - Venezuela

A organização “Enigma 92” foi criada em 1992, em Píritu, Venezuela, segundo a direcção de Froilan Mujica Gallegos, tendo por objectivo a investigação, promoção e difusão da música tradicional venezuelana, nos estilos popular, nacionalista e contemporâneo.
Apesar da sua ainda recente actividade, este agrupamento já participou em festivais de dança em Itália, México e Colômbia.
Na sua apresentação em Braga, o colectivo faz-se acompanhar pelo Grupo Maisanta, do Município Ospino.
Fundado em 1998, este segundo agrupamento surgiu com o propósito de difundir a música popular venezuelana, interpretando ritmos tão envolventes como as “parrandas fulias”, os “calypsos” e o “el Joropo”.
Tal como o “Enigma 92”, o Grupo Maisanta também se apresentou internacionalmente, actuando em Espanha, Itália, Colômbia e Atalanta.

Rancho Folclórico da Boidobra – Covilhã, Beira Baixa

Considerado um dos principais embaixadores da cultura tradicional da Beira Baixa, o Rancho Folclórico da Boidobra foi fundado em 1972.
Dedicando-se à reprodução fiel dos trajes de trabalho e romaria da região, que exibe em todas as coreografias, o grupo compõe-se ainda por uma tocata, constituída por intérpretes de concertina, viola beiroa, bandolim, gaita de beiços, ferrinhos, bombo, adufes e castanholas.
Pertencendo a uma zona de grande aptidão agrícola, a Cova da Beira, o rancho constituiu ainda um núcleo museológico com as alfaias que estiveram ligadas à cultura do feijão, do centeio, do trigo, do milho, da batata e do vinho.
Tal trabalho de pesquisa e recolha tem vindo a permitir ao rancho a realização de colóquios, exposições e a recriação de tradições que se foram perdendo ao longo do tempo, com especial destaque para os martírios, as janeiras, e as sachas.
O colectivo que já actuou em Espanha, França e Alemanha, tem uma forma muito original de apresentar as suas actuações que lhe valeu o prémio de melhor espectáculo folclórico no Concurso Etnográfico Henrique Rabaço, em 2005 e 2007.
Grupo Folclórico Gonçalo Sampaio - Braga

O Grupo Folclórico Gonçalo Sampaio é o colectivo mais antigo da região do Baixo Minho e um dos mais antigos e representativos de Portugal.
Formado em Braga, em 1936, com o objectivo de recolher e divulgar o folclore do Baixo Minho, participou activamente no movimento nacional em marcha, dedicando-se à preservação das suas tradições populares.
O grupo apresenta-se em trajes tradicionais da região de Braga do século XVIII, sendo de destacar entre eles os trajes de Capotilha, de Encosta, de Val d’Este e sua variante de Sequeira.
A sua “ronda”, das mais típicas, é constituída por concertinas, cavaquinhos, violas braguesas e violões, bombo, ferrinhos, castanholas e castanhetas, conforme as zonas de recolha das danças. Para além de duas publicações de reconhecido mérito, “Cancioneiro Minhoto” (da autoria Gonçalo Sampaio) e “Danças Regionais do Minho” (de Mota Leite), o grupo dedica-se também à conservação de instrumentos musicais, trajes regionais e lenços de pedidos, destinados à concretização do que pretendem que seja o Museu Regional Mota Leite.

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