Eunice Muñoz faz 80 anos!!!
EUNICE MUÑOZ: 80 ANOS
HOMENAGEM NA CINEMATECA
Sala Dr. Félix Ribeiro - 31de Julho às 19:00
Com a presença de Eunice Muñoz
Em ano de comemoração de aniversário redondo, Eunice Muñoz (nascida a 30 de Julho de 1928) é reconhecida entre as maiores actrizes portuguesas, num percurso firmado em grande medida no teatro, mas também no cinema.
É a evocação da sua obra no cinema que a Cinemateca propõe, assinalando a data em seis sessões que dão a ver títulos significativos do seu trabalho.
Quer nos anos 40, dirigida por Leitão de Barros, Henrique Campos e Caetano Bonucci, quer nos anos 80, sob a direcção de Fernando Lopes e João Botelho.
Precoces, os primeiros passos de Eunice Muñoz nos palcos foram dados ainda em criança, no Ribatejo, onde vivia com a família.
Depois de se ter mudado para Lisboa, aos 13 anos fez um teste no Teatro Nacional, obtendo um papel em Vendaval, de Virgínia Vitorina.
Em 1943, a Maria em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, foi o papel da sua revelação.
O cinema surgiu três anos mais tarde, com CAMÕES em que protagonizou o principal papel feminino, Beatriz da Silva, despeitada personagem imaginária apaixonada pelo poeta.
Na década seguinte, Eunice continuou a representar em cinema, compondo uma série de jovens e temperamentais papeis dramáticos (UM HOMEM DO RIBATEJO e RIBATEJO, de Henrique Campos; NÃO HÁ RAPAZES MAUS, de Garcia Maroto; A MORGADINHA DOS CANAVIAIS, de Caetano Bonucci) mas também na comédia (OS VIZINHOS DO RÉS-DO-CHÃO, de Alejandro Perla).
Em 1955, e de novo durante uma década, o seu caminho inflectiu, reforçadamente, na direcção do teatro.
Foi este o ano da sua consagração como Joana d'Arc numa peça que, em grande parte pelo fulgurante êxito da sua interpretação, recebeu variadíssimos prémios.
De então em diante, somou grandes clássicos e autores portugueses num vasto e variado repertório teatral cujo reconhecimento generalizado, de crítica e de público, não parou de crescer, conhecendo um êxito impar com a sua composição como protagonista de Mãe Coragem, em 1986.
Nos anos 1960, regressou ao cinema com Manuel de Guimarães em O TRIGO E O JOIO a partir do romance homónimo de Fernando Namora (1965), voltando então a repetir um longo período de concentração nos palcos e afastamento das câmaras.
Em 1980, Lauro António dirigiu-a em MANHÃ SUBMERSA, Manoel de Oliveira em LISBOA, CAPITAL CULTURAL (1983), José Nascimento em REPÓRTER X (1986), Fernando Lopes em MATAR SAUDADES (1987) e João Botelho em TEMPOS DIFÍCEIS (1988).
Eunice Muñoz tornou-se entretanto presença regular da ficção portuguesa televisiva, desde que protagonizou, com uma imensa popularidade, A Banqueira do Povo.
Continua a fazer cinema e teatro.
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