segunda-feira, 14 de abril de 2008

Exposição de Fotografia em Braga



“DAQUI ALI”

André Santos, Filipe Felizardo,
Joana Castelo, Luís Aniceto e Nuno Direitinho

Até 25 de Maio


terça a sexta-feira - 11h00/19h00
sábados e domingos - 14h30/18h00


A divulgação de valores emergentes na fotografia é o primeiro objectivo da exposição “Daqui Ali” que o Museu da Imagem tem patente ao público até 25 de Maio, em Braga.

Integra trabalhos de cinco novos fotógrafos -- André Santos, Filipe Felizardo, Joana Castelo, Luís Aniceto e Nuno Direitinho – e resulta de uma colaboração com a lisboeta “[K Galeria]”, onde foi exibida em Fevereiro.

«A divulgação de novos fotógrafos portugueses é uma das apostas da [KGaleria]; é também neste contexto que a exposição surge em Braga: os cinco nomes apresentados fazem parte de uma nova e promissora geração de fotógrafos», introduz o Director do Museu da Imagem, espaço cultural do Município de Braga inteiramente dedicado à fotografia.



De acordo com Rui Prata, a diversidade dos cinco olhares pretende reflectir «a transversalidade do meio fotográfico e, consigo, a procura de algo que expresse e transmita a individualidade e os desejos de quem tem a possibilidade e a vontade de olhar».
“Daqui Ali” apresenta «imagens próximas e distantes, em que cada fotógrafo partilha com o espectador jogos que desafiam o seu imaginário».


André Santos realiza dípticos de que sobressai de imediato o jogo cromático, num caso o amarelo, noutro o verde. «Qual a intencionalidade e simbologia dos objectos presentes? A caixa de correio, por exemplo, representa um elemento carregado de significado, sobretudo quando, como é o caso, se inscreve numa paisagem rural e nos remete para a comunicação – o recepcionar de notícias; carteiro e destinatário ausentes», explica Rui Prata.


A obra de Filipe Felizardo extravasa, por seu turno, a apresentação tradicional e convida o observador a penetrar num curioso universo narrativo. Os textos que acompanham as imagens apostas em placas metálicas e a música adicional, direccionam o espectador para um mundo supostamente existente, onde o processo imagético-narrativo se torna convincente.

Joana Castelo conduz o visitante até ao Vietname, a paragens longínquas de cultura diferente, que para algumas gerações contêm cicatrizes de guerra. A fotógrafa confronta, assim, o interlocutor com imagens de comércio ambulante, nas ruas de Ho Chi Minh, onde se imagina o contraste da azáfama dos transeuntes e das bicicletas com a imobilidade de cada vendedor.
«Cada fotografia de Joana Castelo contém um forte geometrismo, acentuado pelo formato quadrado donde sobressaem os objectos mercanciados», completa o Director do Museu da Imagem.

Por seu turno, Luís Aniceto mergulha o seu observador entre o público e o privado: «são imagens de espaços onde outrora dominou a natureza e que foram invadidos por fábricas e urbanizações despersonalizadas; no privado encontramos atitudes do quotidiano partilhadas com ícones que permanecem na utopia da revolução e sinais de velhice que nos remetem para o fim das coisas».

Esse «fim das coisas» é também representado de forma metafórica na obra de Nuno Direitinho, designadamente através de automóveis em fim de vida, testemunhos de situações trágicas que deixam para trás a angústia de momentos passados.


Com entrada livre, a exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, entre as 11h00 e as 19h00, e aos sábados e domingos, das 14h30 às 18h00.

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