segunda-feira, 31 de março de 2008

Ballet Trocadero dança em Braga


“LES BALLETS TROCKADERO”

TUTUS, COLLANTS E SAPATILHAS-DE-PONTAS… N.º 44,
EM DUAS NOITES DE BALLET… COM MUITO HUMOR




Numa invulgar aliança entre dança e humor, “Les Ballets Trockadero de Monte Carlo” é a companhia de “ballet” masculino mais reconhecida em todo o mundo que, a 1 e 2 de Abril (21h30), se apresenta no palco principal do Theatro Circo.

Munidos dos tradicionais tutus, collants «e sapatilhas-de-pontas n.º44», os “Trockadero de Monte Carlo” regressam a Portugal para uma breve temporada de espectáculos, caracterizados pela interpretação particularmente divertida do “ballet” clássico a que já habituaram o público ao longo de uma carreira de mais de trinta anos.

Sem nunca descurar o irrepreensível rigor técnico e artístico, a performance em palco dos “Trocks”, diminutivo pelo qual já são conhecidos em todo o mundo, consubstancia-se numa paródia seriamente hilariante na qual associam exagerados “foibles”, “pliés” e acidentes à interpretação de um reportório que se prolonga dos clássicos do “ballet” até à dança moderna e a coreografias originais.
A par de um programa repleto de surpresas, a companhia de bailarinos profissionais masculinos, que se dedica a uma entusiasmada redenção das formas e conceitos do “ballet” clássico e que já atingiu os 500 espectáculos em 33 cidades de todo o mundo, traz ao Theatro Circo criativas e inesperadas performances de obras como “O Lago dos Cisnes”, “Dom Quixote” ou “A Morte do Cisne”.


Com música de Ludwig MinKus e coreografia de Marius Petipa e Alexander Gorsky, “Dom Quixote” transforma o palco no espaço exterior de um café no “Lorenza’s Inn”, em Espanha. Neste cenário, os divertidos bailarinos interpretam meretrizes, ciganas e uma série de inusitadas personagens que se encontram nesta paródia ao grande clássico russo do século XIX, designadamente Kitri, a rapariga mais bonita da aldeia, apaixonada por Basil, um barbeiro magricelas com uma forte tendência para o alcoolismo; o Marquês Cristobal Iglesias Habsburgo de Azuza e Cycamonga, rico homem da nobreza, que procura desesperadamente uma jovem e bela esposa; Lorenza, mãe de Kitri; e Amour, a quem cabe a missão de juntar ordenadamente todos os destinos desencontrados.



Em “O Lago dos Cisnes”, maior referência do trabalho da companhia nova iorquina, os “Trocks” colocam em cena a história de Odette, bela princesa transformada em cisne por um malévolo feiticeiro e quase salva pelo amor do Príncipe Siegfried.

Apresentando uma distinta interpretação da queda terminal, “Les Ballets Trockadero” trazem ainda a Braga “A Morte do Cisne”, um dos solos de “ballet” mais famosos do mundo, com música de Camille Saint-Saens e coreografia de Michel Fokine.


Fundado em 1974 por um grupo de entusiastas do ballet com o objectivo de criar uma visão criativa e divertida do clássico tradicional em forma de paródia e transformismo, Les Ballets Trockadero de Monte Carlo actuou pela primeira vez nos espectáculos tardios de um modesto teatro de Manhattan.
Em meados de 1975, a fusão do interesse e paixão pela dança, o seu talento para a comédia e o facto surpreendente de homens conseguirem dançar delicadamente em pontas sem cair, fez com que os Trockadero fossem notados para além de Nova Iorque.

Artigos e notícias em publicações como Variety, Oui, The London Daily Telegraph bem como o ensaio fotográfico para a Vogue, tornaram a Companhia nacional e internacionalmente conhecida.
Submetidos entretanto a um intenso processo de profissionalização, os Trockadero conquistaram a afirmação como um dos mais significativos fenómenos de dança em todo o mundo através de inúmeras digressões – seis na Austrália e Nova Zelândia, vinte e três no Japão, nove na América do Sul, três na África do Sul e cinquenta e duas na Europa –, participações em festivais de dança, presenças frequentes em estações televisivas americanas e europeias e gravação de documentários e programas exclusivos sobre esta incomum formação.

Contudo, o conceito original do Les Balletes Trockadero de Monte Carlo não mudou e a companhia que coloca em palco homens, com os seus pesados corpos a equilibrar-se em pontas como cisnes, princesas românticas ou damas victorianas, continua a ter como objectivo realçar, ao mesmo tempo que subverte, o espírito da dança como forma de arte, deliciando e divertindo as mais variadas audiências, ou, como os próprios afirmam : «Keep on Trockin».

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