quarta-feira, 2 de maio de 2007

Nabucco no Coliseu de Lisboa


Dias 04 e 05 de Maio em Lisboa
Solistas, coro e orquestra
130 Artistas
Espectacular cenografia e vestuário

NABUCCO, é uma ópera em quatro actos com música de Giuseppe Verdi e libreto de Temistocle Solera, baseada no Antigo Testamento e na obra Nabuchodonosor de Francis Cornue e Anicète Bourgeois.

Foi estreada em 09 de Março de 1842 na La Scala de Milão, foi composta num período particularmente difícil da vida do compositor.

A sua esposa e os dois pequenos filhos tinham falecido pouco tempo antes e Verdi tinha decidido não voltar a compor.

O libreto de Nabucco chegou às suas mãos muito por casualidade.



Primeiro Acto: "Jerusalém"
Os judeus oram diante templo de Salomão. O sumo-sacerdote Zacarias entra com Ana, sua irmã, e Fenena, filha de Nabucco, tida como refém pelos judeus. Zacarias avisa ao povo que Javé não vai abandonar o povo judeu. Ismael, chefe militar e sobrinho do rei de Jerusalém, entra com seus soldados e avisa de que Nabucco destrói tudo.
Zacarias espera que haja um milagre e entrega Fenena a Ismael para que ela tenha sua segurança garantida. Ambos são amantes, e conheceram-se na Babilónia. Abigail, a outra filha de Nabucco -que também é apaixonada por Ismael - entra comandando um exército de assírios para ocupar o templo. Os assírios estão vestidos como judeus. Abigail chantageia Ismael, dizendo que ela salvará seu povo caso ele lhe retribua o amor, mas Ismael não aceita.
Reaparecem os judeus, assustados com a reaproximação de Nabucco, que é enfrentado por Zacarias, que o denuncia por blasfémia e ameaça executar Fenena. Esta é entregue a Nabucco por Ismael, que é reprimido pelos judeus. Nabucco manda incendiar o templo.

Segundo Acto: "O Blasfemo"
Palácio de Nabucco, na Babilónia. Abigail acha um pergaminho no qual é dito que ela é filha de escravos, e não de Nabucco. Jura vingança a ele e a Fenena, enquanto se lembra de Ismael e acha que poderia ter salvado sua vida. Entra o Sumo Sacerdote e avisa que Fenena mandou libertar os prisioneiros judeus, e que, devido à traição, Abigail será nomeada herdeira do trono, em vez de Fenena.


Noutro local, Zacarias ora e tenta convencer os assírios a esquecerem seus ídolos. Fenena entra nos seus aposentos , e este tenta converte-la. Os levitas entram e encontram Ismael, que fora expulso. Zacarias perdoa-lhe, por este ter salvado um judeu - Fenena, agora convertida. Abdalo, conselheiro do palácio, entra e avisa Fenena sobre os boatos referentes à morte de Nabucco, e que sua vida encontra-se em perigo.
Entra o Sumo Sacerdote e proclama a regência de Abigail. É anunciada a sentença de morte aos judeus. Fenena se recusa a entregar o cetro a Abigail. Inesperadamente, entra Nabucco, toma a coroa e a coloca em suas cabeças. Nabucco diz que derrotou Baal e Javé, e por isso mesmo não é rei. É Deus. Nesse instante, cai um raio na cabeça de Nabucco, que fica louco. Abigail recupera a coroa.

Terceiro Acto: "A Profecia"
Jardins Suspensos da Babilónia.

Abigail é proclamada regente e é instigada a condenar à morte os judeus, mas, antes disso, Nabucco entra atordoado. Abigail explica que está na função de regente porque o rei está impedido de reinar, e entrega-lhe a ordem de execução aos judeus, esperando que ele decrete a morte de Fenena - agora, convertida ao judaísmo. Nabucco assina, mas pergunta sobre o que vai acontecer a Fenena, e Abigail avisa que ela também vai morrer, junto com os outros judeus. Nabucco tenta mostrar o documento a Abigail dizendo que ela é uma impostora, mas ela já o tem nas mãos e rasga-o em pedaços. Nabucco chama os guardas, mas não é atendido. Sem mais alternativas, suplica clemência a Abigail, que permanece irredutível.
Enquanto isso, os judeus permanecem descansando do trabalho escravo, diante das margens do Eufrates, e relembram sua pátria perdida. Zacarias anuncia que eles estarão livres do cativeiro em breve, e Javé os ajudará a derrotar a Babilónia.

Quarto Acto: "O ídolo destruído"
Nabucco está nos seus aposentos e ouve o grito por Fenena. Ao olhar para a janela, vê que Fenena está sendo executada. Ao tentar abrir a porta, dá-se conta de que é prisioneiro. Neste momento, Nabucco implora perdão a Javé, pedindo-lhe conversão, assim como ao seu povo. Ao recuperar a razão, entra Abdalo se certifica de que Nabucco é novamente ele próprio, e já está com todas as suas faculdades recuperadas. E tenta recuperar o trono.
Os carrascos preparam a execução de Zacarias e do seu povo. Fenena é aclamada como mártir, e na sua última prece, pede a Javé que a receba no céu. Nabucco acaba com a escravidão dos judeus e anuncia que ele próprio é um deles. A estátua de Baal e destruída e Abigail suicida-se, implorando a Ismael que se una novamente a Fenena. O povo reconhece o milagre, e direcciona louvores a Javé.




A composição empreendida, quase “puxada a ferros”, deu como resultado uma obra que cativou toda Itália.


Na estreia, o papel de Abigail foi interpretado por Giuseppina Strepponi, que se converteria em companheira sentimental e logo esposa de Verdi.



Esta ópera foi o primeiro êxito importante do compositor e com ele iniciam-se os chamados anos de galera, nos quais compôs a um ritmo frenético, produzindo dezassete óperas em doze anos.




O êxito deve-se em parte às qualidades musicais da obra e em parte à associação que fazia o público entre a história do povo israelita e as ambições nacionalista da época.


Um dos símbolos que utilizou, e provavelmente continua utilizando o povo, para reforçar o ideal independentista foi o coro Va pensiero, do terceiro acto.


Este coro de escravos hebreus é, sem dúvida, o número mais popular da ópera.
Na sua época, os italianos assimilaram-no como um canto contra a opressão estrangeira em que viviam.


O êxito da ópera perdura até aos dias de hoje.


É gravada e apresentada nos teatros de ópera com certa frequência.

STATE OPERA OF BULGÁRIA

A companhia State Ópera Of Bulgária contou desde a sua formação em 2001, com os corpos estáveis das óperas estatais búlgaras (Sofia, Plovdiv, Varna, Stara Zagora, Burgas), orquestras e coros de longa tradição e sólida formação musical aos que se juntaram solistas do país e um importante aporte de cantores estrangeiros, geralmente oriundos de outros países da Europa Central, com os que se tem vindo configurando papéis internacionais em todas as suas produções.




Até ao momento, a State Ópera Of Bulgária apresentou-se sempre com os grandes títulos do repertório, fundamentalmente verdiano (Nabucco, Rigoletto, Trovatore, Aida, Otello), com outros de igual preferência popular (Lucía dí Lammermoor, Tosca).



Os acordos consolidados com empresários europeus e norte americanos permitiram centrar a actividade de State Ópera Of Bulgária nas suas tournées internacionais.


Desde a sua criação actua regularmente na Suiça, Alemanha, Holanda, França, Espanha, Portugal e EUA.

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