segunda-feira, 30 de abril de 2007

Companhia Bill T.Jones em Serralves



“BLAUVELT MOUNTAIN" COMPANHIA BILL T. JONES/ARNIE ZANE



2 MAI, 22H, Auditório de Serralves



“Blauvelt Mountain (A Fiction)” (1980) foi um dos trabalhos realizados por Bill T. Jones e Arnie Zane que primeiramente assinalou a chegada do duo ao mundo da dança.


Esta peça apresenta-nos diversas verdades coexistentes e presentes na forma como Catherine Cabeen e Leah Cox dançam.


Aliás, a repetição está largamente patente no trabalho.


Um conjunto de material transporta o público e os intérpretes para inúmeras situações e emoções que se vão multiplicando.


Ao ver a mesma proposta repetidamente, os olhos prendem-se a determinados acontecimentos, podendo o público observar como essas cenas mudaram com o passar do tempo, tornando-se mais confortáveis e empolgantes.


Sussurrar implica a passagem de uma situação tensa entre o público e os performers para um caso mais informal e compreensivo.


Uma vez que nos sentimos mais familiarizados com a rotina e percebemos o que os bailarinos desejam, o segredo já não é tão confidencial.



Bill T. Jones e Arnie Zane



Bill T. Jones e Arnie Zane conheceram-se em 1971, quando frequentavam a Universidade de Nova Iorque, em Binghamton, realizando desde logo o seu primeiro dueto Begin the Beguine.


Em 1973, co-fundaram, juntamente com Lois Welk e Jill Becker, um colectivo de dança denominado American Dance Asylum.


Em 1982, Jones e Zane formaram a Companhia de Dança Bill T. Jones/Arnie Zane.
No decorrer dos seus 25 anos de existência, a relação pessoal entre os artistas proporcionou material para as suas performances, contribuindo para a redefinição da estrutura do dueto e para a expressão de questões relacionadas com a identidade, forma e crítica social.
Conjuntamente, criaram várias co-produções como Intuitive Momentum (1982), Secret Pastures (1984) – com cenários de Keith Haring – e History of Collage (1988), peça que aborda as questões sobre a sexualidade, o racismo e estruturas do poder político.
Foi com a estreia mundial de Intuitive Momentum, em 1983, com o baterista lendário Max Roach, na Brooklyn Academy of Music que a companhia integrou a cena internacional.
Em 1988, após a morte de Zane, vítima de sida, Jones tornou-se director artístico, coreógrafo e representante da Companhia.


A partir dessa data, foram criados trabalhos notáveis como Last Supper at Uncle Tom’s Cabin/Promised Land (1990), The Mother of Three Sons (1990) e Still Here (1994).




Actualmente, a Companhia de Harlem é aclamada como uma das companhias mais inovadoras no mundo da dança contemporânea.

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