segunda-feira, 24 de novembro de 2008

" Nenhum Olhar" na Comunidade de Leitores em Braga



“NENHUM OLHAR” NA COMUNIDADE DE LEITORES

“Nenhum Olhar”, de José Luís Peixoto, é a obra que, a 25 de Novembro (21h30), no Theatro Circo, está em análise na segunda sessão da comunidade de leitores dedicada à “Nova Literatura Portuguesa em Oito Livros”.

Coordenada por valter hugo mãe, a iniciativa, dirigida a um público com idade superior a 16 anos e de formação académica variada, incentiva à exploração do romance vencedor do “Prémio Saramago” em 2001.

Responsável pela consolidação de José Luís Peixoto no contexto da nova literatura portuguesa, “Nenhum Olhar” «descreve parte da história real de muitos e de um imaginário surreal de outros», designadamente a realidade de muitas vidas alentejanas e o surrealismo que se desprende das vidas que se vivem em determinados locais do Alentejo.
Escrito num estilo de fusão entre prosa e poesia, o segundo livro de José Luís Peixoto proporciona ao leitor um fácil reconhecimento de aspectos gerais da vida ao incluir personagens comuns a várias aldeias portuguesas – o velho muito velho que resiste a tudo e sobrevive a todos; a prostituta da terra que, devido a alguma deficiência, não pode realizar o trabalho normal das gentes; o desgraçado que acaba sempre por ir ao local errado; e mesmo a religião católica, invocada por uma figura que bem espelha o seu significado, que desequilibra as relações sociais.

Motivada pelo crescente reconhecimento da nova literatura portuguesa, consequência de um maior nível de qualidade e da popularização de autores que começam a atingir a internacionalização, “A Nova Literatura em Oito Livros” prossegue a 9 de Dezembro (21h30) com a obra “Anos 90 e Agora, Uma Antologia da Nova Poesia Portuguesa”, com organização e selecção de Jorge Reis-Sá.

Para 2009, a comunidade de leitores, que tem como cenário o salão nobre do Theatro Circo, seleccionou ainda a abordagem das obras “Amar Não Acaba”, de Frederico Lourenço (6 de Janeiro), “Jerusalém”, de Gonçalo M. Tavares (20 de Janeiro), “o remorso de baltazar serapião”, de valter hugo mãe (3 de Fevereiro), “Aonde O Vento Me Levar”, de Manuel Jorge Marmelo (17 de Fevereiro), e “A Ressurreição da Água”, de Maria Antonieta Preto (3 de Março).

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